Vai, Tomaz!
Apuração de votos a prefeito e vereador em Mossoró, a tensão marca o ambiente de apuração nas mesas escrutinadoras. É um tempo ainda de cédulas impressas, esse 1996.
Entre os candidatos à Câmara de Mossoró, o professor Tomaz Neto é o mais açodado à garantia de seus votos, marcando os escrutinadores em cima, no cangote.
Em dado momento, como inoportuno “papagaio-de-pirata”, Tomaz berra:
– É meu! Esse é meu! Esse voto é meu!
A mesa, repórteres, outros candidatos e representantes partidários ficam atordoados com a erupção de Tomaz Neto.
Ele aponta que um voto prestes a ser anulado, em que fora escrito uma expressão chula, puro palavrão, na verdade é uma manifestação enviesada de preferência por sua candidatura.
Na cédula, em caligrafia quase ininteligível, está escrito: “Vai tomar no c.!”
Instado a justificar por que aquela expressão se converteria em voto a seu favor, o vereador e candidato à reeleição faz a tradução:
– Ele quis dizer ‘vai, Tomaz! Vai, Tomaz…’ Tá me incentivando…
P.S – Apesar do esforço, Tomaz não ganhou o voto.
Faça um Comentário