Lázaro por Evaristo
Os vereadores Lázaro Paiva e Evaristo Nogueira tentam a reeleição em 1988, à Câmara de Mossoró. Reeleição difícil, que se diga.
Reta final de campanha, nervos à flor da pele, Lázaro Paiva mal acorda e já é acossado. Sua mulher avisa-o: “Tem um eleitor querendo falar com você aí fora.”
Sem alternativa, Lázaro manda-o entrar para ouvir a primeira saraivada de pedidos do dia.
– Seu “Evaristo”, eu tô precisando do seguinte e quero que o senhor me ajude – dispara o equivocado pedinte, confundindo Lázaro com o adversário e companheiro de Câmara Municipal.
Percebendo que o interlocutor trocara as bolas, sem saber sequer distingui-lo do amigo e concorrente, Lázaro não perde tempo para se livrar do incômodo:
– Olha, eu não faço nada e não tenho nada para lhe dar. Pode ir embora e, se quiser, pode falar mal de mim em qualquer canto.
Atordoado com a reação do vereador, o eleitor não deixa por menos. Solta os ‘cachorros’:
– Vou meter o pau em você por aí, “Evaristo”; pode esperar, pode esperar, seu… #?+%:]º.
Esta é ótima.Parabéns.