O insubstituível Raimundo
Pároco da Catedral de Santa Luzia, Padre Mota (ex-prefeito de Mossoró) é assediado por um grupo de beatas e senhoras destacadas da sociedade mossoroense. Em síntese, elas esperam que padre Mota afaste o sacristão Raimundo dos trabalhos na catedral. Sua notória homossexualidade não agrada.
É algo visto como incompatível com a religião e os rituais da Santa Madre Igreja Católica, Apostólica, Romana.
Pressionado, mesmo sem concordar com o preconceito, Padre Mota aquiesce. “Tudo bem. Tá bom! Eu vou tirar ‘Raimundo Sacristão’, como as senhoras querem”.
Só que, passado algum tempo, substitutos não conseguem atender às obrigações elementares na Catedral de Santa Luzia, como conseguia o eficiente Raimundo Sacristão. Daí, Padre Mota se insurge contra sua própria decisão: resolve convocar novamente Raimundo Sacristão ao ofício.
Diante do readmitido, ele sentencia o retorno ao seu modo:
– Raimundo, dando o ‘c’ ou não dando o ‘c’, você é o sacristão.
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