“É o meu bêbado!”
Campanha política sem bêbado, mesmo aquele chato, não tem graça e não se completa como tal. E, em Mossoró, o que não falta é integrante da AD (Alcoólatras Declarados).
Com a presença do presidenciável Ciro Gomes na cidade, em 1998, o ex-candidato a vereador – em 1996 – Fernando Lins, o “Fernando Rayovac”, resolve observar in loco sua passagem. Em meio às conversas, um jornalista próximo a ele faz uma observação:
– Fernando, em todas as movimentações que acompanhei, este ano, aquele bêbado (apontando com o indicador) estava presente.
À distância de uns 100 metros do pêndulo humano em que se transformara o bêbado, Fernando não conseguia idenficá-lo. Mas aproveitou o tema para resgatar um passado recente:
– Em minha campanha, tinha um bêbado que sempre aparecia. Animado, mas não perturbava ninguém”.
Com a aproximação dos manifestanes, em cerco a Ciro Gomes, o jornalista volta a a apontar: “Olha o bêbado aí.”
Fernando Lins não se contém. Abre um sorriso amistoso e percebe que fazia ali uma descoberta arqueológico-etílica:
– É o meu bêbado! É o meu bêbado!
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