Por Marcos Pinto
Nestes últimos meses, há uma flagrante e instigante constatação de alavancagem nos anais da Bibliografia potiguar, de cunho imensurável. Neste contexto, evidencia-se um vasto cabedal de conhecimentos que ampliam a nossa visão, no sentido de que somos detentores de acentuadas e variadas paralelas e dotes culturais. Esta Bibliografia tem sido inserida em ínclita performance, enfocando e enfatizando a certeza de que estamos ampliando novos e importantes meridianos em termos de pesquisa em fontes primárias.
Em sua própria definição, a bibliografia projeta a essência do que representa. Emoldura autores cujas lutas envidadas para a concretude do prelo não conheceram tréguas ou armistícios de ordem temporal ou econômica. Às vezes, ampliam a nossa conscientização de que somos detentores de intenso e extenso potencial da cultura e da intelectualidade, variada em suas origens.
Argamassam valores humanos, projetando homens e títulos como fermento da história e da pujança da inteligência. É certa a assertiva de que a bibliografia potiguar revela fases distintas quanto a sua evolução referencial aos títulos estoicamente publicados e efusivamente celebrados. Intimamente se entrelaçam na comunhão dos fenômenos que regem a natureza das projeções culturais. Q
uanto nos comove o extenso rol de títulos publicados, englobando atividades culturais as mais variadas, componentes do concerto geral da intelectualidade. A emblemática obra intitulada “CÔNICA DO SERTÃO DO APODI”, resultado de densa e abissal pesquisa efetivada pelo já consagrado historiador e genealogista potiguar, Luiz Fernando Pereira de Melo, provocou ressonâncias históricas contextuais nos quatro cantos do país, dado a sua extensa abordagem temática abrangendo referenciais que despertam interesses de ordens genealógicas e biográficas.
Com esmero retórico, perfilo o eminente autor da já famigerada obra “CRÔNICA DO SERTÃO DO APODI” como lição de determinação, coragem, grandeza de objetivos e paciência, virtudes imprescindíveis para qualquer caminhada. Com invejável verve e retórica, eis que o autor adentra o limiar da longa vida. Aconselha a ética o evocar a sua idade. Quando esta longa vida é atingida com a lucidez e a fortaleza do ânimo (No caso do lépido e fagueiro Luiz Fernando) melhor ainda para a celebração efusiva.
Adentremos ao título do presente artigo. A magnânima obra “CRÔNICA DO SERTÃO DO APODI” condensa acendradas pesquisas efetivadas ao longo de mais de quatro décadas. O título é instigante e auspicioso em suas 373 páginas, obra conclusa com denodado esforço em Setembro de 2020.
Cabe-nos ressaltar que o profícuo historiador e genealogista já publicara duas memoráveis e reverenciais obras intituladas “UM RAMO JUDAICO DOS MEDEIROS NO SERIDÓ (Maio de 2020) e o não menos celebrado livro “OS FERNANDES PIMENTA” (Julho de 2020). A obra ora elencada foi finalizada em Setembro de 2020. Orgulha-nos a fecunda produção de três memoráveis e imprescindíveis obras em apenas cinco meses. A prodigalidade merece alvíssaras de toda intelectualidade potiguar.
A vastíssima e já celebrada obra “CRÔNICA DO SERTÃO DO APODI” arrancou do olvido documentos oficiais denotativos de fatores que proporcionaram a ocupação do solo na extensa e fértil RIBEIRA DO APODI, cujas áreas limítrofes com o Ceará e a Paraíba eram cobiçadas pelos potentados reinóis dos séculos XVII e XVIII.
Conclui um cenário de periodicidade para contar e separar o tempo histórico através da ocupação do solo via potentados sesmeiros e seus prepostos. Vastas extensões de terras eram obtidas na maioria das vezes através de tráfico de influência e de poder, como denota a concessão feita ao Conde de Alvor Francisco de Távora em 21.07.1706, que nunca saiu de Portugal para ocupar suas três léguas de terras de comprimento por uma de largura no lugar “Pau Ferro”, Ribeira do Apodi.
Hoje, não há como se efetivar estudo preciso e conciso sobre o processo histórico da região Oeste potiguar sem compulsar esta valorosa “CRÔNICA DO SERTÃO DO APODI”, manancial repositório dos registros da crônica social e econômica das inóspitas paragens.
É um trabalho de resgate e valorização histórica. “Não se inventa iniciativa espiritual. São produtos e maneiras de ser de um povo, de uma raça”. (Sílvio Romero). Inté.
Marcos Pinto é escritor e advogado
Apreciei seu texto Marco. Gostaria que o vc me indicasse onde posso adquirir o livro aqui citado Um Ramo Judaico dos MEDEIROS no Seridó. Grato
Boa tarde nobre Ramalho Costa. De antemão agradeço-lhe especial leitura. Para seu contentamento, informo-lhe que tenho em mãos xerox/cópias do inventário do seu ancestral português MANOEL RAMALHO DO ESPÍRITO SANTO, que foi Sesmeiro em Apodi em terras na margem da Lagoa do Apodi. (Em 14/07/1738. Era português dos Açores. Foi inventariação em Apodi em 1793. Meu E-Mail marospinto.52@hotmail.com
Sempre tive uma forte sugestão sobre a presença judaica dos Medeiros no Seridó. Gostaria muito de ler sobre o tema. O tipo físico de alguns Medeiros levava-me a conjecturar a presença hebraica.
Bom dia nobre intelectual Naide de Serra Grande e de Naide Medeiros, do Assu-RN. Caso pretenda a aquisição do aludido livro sobre OS MEDEIROS está à venda na AMAZON. Abraço.
A quem interessar possa: Os três livros referenciados no artigo estão disponíveis à venda na ESTANTE VIRTUAL.
Como sempre o admirável escritor Dr Marcos Pinto escreve seus artigos de alto nível conforme ao assunto referenciado. Parabéns grande apodiense radicado em Mossoro!
Ola, tudo bem? O senhor teria algum documento a cerca de BRITES Maria de Melo casada c João Ferreira da Silva?!