Do Blog Brasília Urgente
Em Mossoró, na Praça da Redenção que leva o seu nome, ostenta uma estátua sua e dizem ser vigiada dia e noite por um guarda municipal, a casa-grande de Dorian Jorge Freire foi invadida por vândalos.
Eles quebraram banheiros, destruíram aparelhos de ar condicionado, rasgaram cortinas, furaram paredes e emporcalharam todos os cômodos por onde passaram.
Só não entraram na biblioteca de quase oito mil volumes do jornalista e escritor morto há sete anos, preservando-a inteiramente.
Além de vândalos, portanto, são também ignorantes.
Crias perfeitas do status quo mossoroense.
Nota do Blog – Em breve, não se assuste, ouviremos notícia de que os “brothers” invadiram essa mesma casa e torraram os livros, na tentativa de acender cachimbo do crack.
Mas droga mesmo é quem despreza história e cultura de um povo, convertendo tudo em festim, pão e circo.
Caro amigo/jornalista Carlos Santos. O mesmo aconteceu na residência que foi do meu avô materno, Amâncio Leite, um dos 154 resistentes/combatentes ao bando de Lampião à Mossoró, e ex-prefeito nos anos de 1930. Desde que a Câmara Municipal deixou as instalações da ‘casa grande’, como chamávamos, em março de 1989, que o imóvel ficou entregue a marginalidade. Tivemos, os herdeiros, que fechar portas e janelas, na parte interna, com tijolos, na tentativa de evitar, sem muito sucesso, a destruição daquele casarão histórico – sim, ali funcionou uma das trincheiras no combate ao cangaceiro – pelos marginais.
Tentei, quando estive a serviço da prefeitura de Mossoró nos últimos cinco meses de mandato do prefeito Dix-huit Rosado, negociar com o município aquele espaço, na tentativa de preservá-lo, como um local para abrigar secretarias municipais, algo como um centro administrativo atualmente. Não prosperou.
O resultado hoje, todos conhecem. O cupim, mais a combinação sol e chuva, além da falta de recursos financeiras dos herdeiros para mantê-lo em condições de uso, ou alugá-lo para outros órgãos dos governos municipal e estadual, assim como o desinteresse da classe “empresarial” da cidade, o imóvel veio abaixo.
Particularmente, fui muito criticado por tal situação. Mas questiono você Carlos, e seus webleitores: qual seria uma outra solução? Aguardar o tombamento por parte do poder municipal que nunca se pronunciou para tal, ou esperar que transcorresse uma tragédia, caso acontecesse um desabamento em pleno horário comercial, pois ali concentra-se uma grande parcela do comércio do bairro Paraíba?
Ontem, 05/08, ao passar pela praça da Redenção/Dorian Jorge Freire, vi um trabalhador ‘fechando’ as portas e janelas, pelo lado de fora, com tijolos. Ou seja: o gato subiu no telhado…
Acabei de narrar esse filme.
Pela atenção, muito obrigado e um forte abraço.
Togo Ferrário.
Será possível que a cidade de Mossoró somente caminhar para trás? Será que a cidade recebeu alguma praga quando de sua fundação pelos indígenas locais? …rsrs.
TEM GENTE QUE PENSA QUE FESTA,FESTA E MAIS FESTA É SINÔNIMO DE CULTURA.O CIRCO VEM AI,.AGUADEM.
Em nossa amada e querida Mossoró, algo que não se cogitar preservar é a “tal” da história, haja vista, que o Museu Municipal Lauro da Escóssia está fechado há nada mais nada menos do que 08 anos. Debalde, então, tecer maiores acerca do tema. Grande abraço! Junior Pirata.
Museu que está com as portas fechadas e agora isso, muita sorte esses vândalos não terem invadido a biblioteca, pois imagino o crime que fariam com os volumes ali guardados. Como citaram anteriomente, festa e mais festa não é sinônimo de cultura propriamente dita.