O desgosto entre quadrilheiros começa na partilha do butim. Porém, os menos aquinhoados permanecem quietos enquanto dure a liberdade de agir.
Seguem os líderes, acumulando um ranço morno, que vai esquentado com tempo. Até que a quadrilha seja alcançada.
Quando caem, desaparece qualquer sentimento de afeição.
O que parecia afeto, era apenas medo ou interesse. Aí, o que se sentia injustiçado empurra o que pode, de pior, para o chefe privilegiado.
A cumplicidade nas quadrilhas não guarda nenhum sinal de amizade.
É ódio adiado.
Taí as delações que confirmam o dito.
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Isso!
Pra ler o François temos que ir ao pai dos burros, ó homi pra falar dificil!
BUTIM: Segundo o Houaiss, é o conjunto de bens materiais e de escravos, ou prisioneiros, que se toma ao inimigo no curso de um ataque, de uma batalha, de uma guerra. Pode ser o produto de roubo ou de pilhagem. No uso formal é o produto de caça ou pesca, e, informal, é o proveito, lucro.
Como espólio de guerra, era divido de acordo com a eficiência de cada um nos campos de batalha
Atensiosamente,
Seu ignorante desconhecido.
A propósito, lembrei-me de um fato acontecido com um prefeito de uma cidade do interior potiguar. Vivia-se o período junino e como tal formam-se várias quadrilhas e suas coreografias típicas. Certo dia, um grupo de estudantes procurou o Sr. prefeito para pedir ajuda em dinheiro para comprarem as vestimentas típicas, ao mesmo tempo em que convidaram-no para compor dita quadrilha, tendo o alcaide respondido que não iria entrar naquela quadrilha. Estupefato, o líder dos estudantes respondeu de bate-pronto: Tá certo ! – o senhor já tem a sua !. Dito isto, saíram rapidamente do gabinete do incauto prefeito, que ficou mudo e surdo diante tão oportuna e plausível observação. Como dizia a minha saudosa avó dona Nicinha Maia, da boa gente do Catolé do Rocha-PB: “Pra bom entendedor duas palavras bastam”.