Os candidatos ao Governo do Rio Grande do Norte, que disputam hoje o segundo turno das eleições, têm um desafio a mais: além da própria eleição, tirar uma multidão da apatia e repulsa ao voto e a ambos.
No primeiro turno, 843.212 eleitores ignoraram Robinson Faria (PSD) e Henrique Alves (PMDB), além dos outros três concorrentes.
Foi uma multidão entre votos branco, nulo e abstenções, num eleitorado registrado de 2.326.583 votantes, que preferiu rejeitá-los.
Voto Nulo deu um salto que impressiona, atingindo 315.236 (16,29%). Em 2010, tinham sido 222.462 (9,91%) e no primeiro turno de 2006 chegaram a 192.106 (10.73%).
Historicamente, o Rio Grande do Norte teve a maior quantidade de votos branco e nulo e também bateu recorde no país nesses quesitos.
As abstenções seguiram média dos últimos pleitos de 2006 e 2010, com 16.83% (391.478 eleitores) no primeiro turno deste ano.
Como convencer tamanho contingente de eleitores a mudar de opinião e fazer uma das escolhas, foi um quebra-cabeça intrincado para candidatos e marketing neste segundo turno.
Vamos ver se conseguirão reduzir esses números.
Veja abaixo um histórico das eleições ao Governo do Estado de 2006 para cá. Compare números e veja como Branco e Nulo, em 2014, tiveram salto impressionante.
Eleições 2014 (1º Turno)
Branco – 136.496 (7,05%)
Nulo – 315.236 (16,29%)
Abstenção 391.478 (16.83)
Eleições 2010
Branco – 103.978 (4,63%)
Nulo – 222.462 (9,91%)
Abstenção – 367.434 (16.37%)
Eleições 2006 (1º Turno)
Branco – 56.656 (03.17%)
Nulo – 192.106 (10.73%)
Abstenção – 311.232 (14,81%)
Eleições 2006 (2º Turno)
Branco – 21.307 (01,22%)
Nulo – 155.058 (08,86%)
351.506 (16,73%).
Nota do Blog – Em 2006, os principais concorrentes foram a então governadora Wilma de Faria (PSB) e Garibaldi Filho (PMDB). Vitória de Wilma nos dois turnos.
Em 2010, os principais concorrentes foram o governador e candidato à reeleição Iberê Ferreira (PSB) e Rosalba Ciarlini (PFL, hoje DEM). Vitória de Rosalba.
Leia a postagem “Alienação eleitoral” e o segredo para vitória no 2º turno, clicando AQUI, e saiba mais detalhes sobre esse enfoque.
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Sabe por que??? Os políticos com seus cabos eleitorais e contratados militantes, juntos, se tornam ainda mais agressivos e mais perigosos nessa época do que a permanente ocupação e ações criminosas da bandidagem que reina todos os dias do ano ao ponto de, nessa época, ser necessário se requisitar, além da polícia, até as forças armadas nacionais, Exército, Marinha e Aeronáutica para contê-los, né, não??? Isso assusta, cria apatia gratuita e repulsa irreversível, só separa em vez de agregar simpatia…
Avelino, estou surpreso com seus comentários no dia de hoje. Imaginava que você estaria fazendo boca de fossa, digo, boca de urna para Dima e Henrique.
Ops! fui mal, Aécio e Robinson. ”Cenzin”, acertei?