Por François Silvestre
O dia 11 de Novembro marca a última manifestação festiva do Império. Sob o pretexto de homenagear a Marinha chilena, o governo imperial realiza um extravagante baile na Ilha Fiscal; onde não faltou frivolidade e luxo.
O Jornal do Comércio dá notícia da presença de mais de cinco mil pessoas. Hélio Silva informa que, pela madrugada, os convidados, no cais Pharoux, ao voltarem do baile, cruzaram com o 22º Batalhão de Infantaria que embarcava para o Amazonas, punição imposta pelo Gabinete Imperial. Ostentação de festa e poder. Onde não havia mais poder nem motivos para festa.
A família imperial retirou-se no início da madrugada, antes da ceia monumental. Depoimentos da época dão conta do aspecto cansado e ar de enfado do Imperador. A Princesa Isabel o poupava das notícias ruins. Ela mesma cuidava das reuniões com Ouro Preto e demais Ministros. Urgia uma última tentativa para salvar a Monarquia.
Na manhã do dia 12 de Novembro, Terça-Feira, o Imperador sobe a serra de Petrópolis, fugindo do calor. A quentura pior não era a do tempo, mas da conspiração.
O assédio dos republicanos ao Marechal Deodoro torna-se irresistível. Todos sabiam do afeto dedicado pelo velho militar ao Imperador. Por isso mesmo os republicanos poupavam a figura de D. Pedro, nos ataques ao governo, na presença do Marechal. Reservavam toda a carga de intrigas e ataques ao Visconde de Ouro Preto, chefe do gabinete, e ao Conde d’Eu, futuro Príncipe Consorte. Sabiam que os dois não gozavam do apreço de Deodoro.
Até à noite do dia 15, Deodoro só cogitava de derrubar o gabinete de Ouro Preto. Não lhe atraía a derrubada do amigo Imperador.
Era preciso muita habilidade dos republicanos para usar o Marechal no golpe programado. Os fatos deveriam conspirar com a adesão dele, sem que o mesmo desconfiasse das intenções dos novos “aliados”. Os mesmos que, pouco tempo depois, conspiraram para derrubá-lo da Presidência da República.
Por outro lado, a inabilidade arrogante do Visconde de Ouro Preto e uma mentira deram aos republicanos o que eles não conseguiram antes. Isto é, a adesão de Deodoro à República.
Um fato, de natureza pessoal, levou Deodoro ao golpe. Ainda dos tempos em que servira no Rio Grande, o Marechal se indispôs com o Presidente da Província do Sul, Gaspar da Silveira Martins. Intriga figadal. Até uma namorada do “sargentão”, como lhe chamava o desafeto, foi-lhe tomada pelo político gaúcho.
Benjamim Constant informou a Deodoro que o sucessor de Ouro Preto já fora convidado pelo Imperador. Seria Silveira Martins. A informação não era verdadeira, mas Deodoro acreditou.
Irado, ele decidiu assinar o termo de Proclamação da República. Só o fez no dia 16, com data do dia 15.
Cai o Império após o rega-bofe e nasce a República sob a ginecologia da mentira e do chifre.
Té mais.
François Silvestre é escritor
* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.
Tudo teve inicio em 1500 quando Cabral, mais perdido que cego em meio a um tiroteio, descobriu essa coisa por acaso. Segundo relatos do próprio Cabral no livro que escreveu tão logo retornou a Portugal, na mesa de um bar e com o cu cheio de cana, cujo titulo é ‘EU ME ENGANEI, ESTOU ARREPENDIDO E É POR ISSO QUE EU BEBO DEMAIS. GARÇOM, TRAGA MAIS UMA’, na página 808 ele descreve o discurso de improviso, pronunciado antes de desembarcar da Caravela e diante de toda a tripulação:
– Piso pela primeira ver nesta merda sabendo que será a merda mais esculhambada de todo o universo. Aqui o povo adorará a bola de futebol acima de todas as outras coisas, e haverá um único, eterno e adorado Rei que se chamará Pelé, cujo cérebro estará localizado nos pés e nas pontas dos dedos…dos pés. As mulheres adorarão uma coisa chamada ‘novela da globo’. Também nascerá uma raça chamada ”politico”, cujo objetivo é não trabalhar, ganhar dinheiro fácil e meter a mão nos cofres públicos, salvo raríssimas exceções que serão chamados de ‘otários’ pelos perversos originários da raça. Diz a profecia de Nostradamus, que uma besta barbuda pousará nestas terras e empobrecerá mais ainda os pobres, e arrasará ‘aiszelites”. Segundo o ”Nostra”, será o fim da picada. De qualquer forma e esperando a merda feder lá mais adiante e eu longe daqui, eu descubro a terra que será eternamente ‘inséria’, corrupta, destrambelhada, cujo povo só levará a sério as novelas da Globo, o Circo, o futebol, a cachaça, o carnaval, samba, pagode e forró. Portanto, está descoberto o brasil. Agora, prezada tripulação, velas ao vento porque vamos voltar imediatamente para Portugal porque a merda já tá feita. Se eu pudesse voltaria a ‘portuga’ na primeira classe da TAP. Como não posso porque não compraram a passagem imaginando que eu ficaria na Bahia comendo Acarajé no Pelourinho, pernas, digo, vento pra que te quero rumo a qualquer lugar. ‘Vumbora logo que lá vem um índio correndo nu e ‘armado’ em nossa direção.