“Mossoró com alegria… saúda Santa Luzia!”
Chegou o dia de nossa padroeira.
À memória, lembrança do brado de padre Américo Simonetti puxando multidões, numa força catalisadora.
Lembrança da infância: da roupa nova que eu só podia estrear na festa, das novenas, de padre Huberto Bruenning; do algodão doce e parque de diversões…
… Lembrança de Seu Mané e A Mais Bela Voz; do The Pop Som, dos primeiros flertes na “Praça do Cid” e da procissão grandiosa.
Lembrança dos leilões, pescaria e tiro ao alvo… da volta para casa, tranquilo, sem temor de ser molestado pela violência.
Lembrança da fé nos olhos, lacrimejantes, de minha mãe. Do terço envolto em sua mão firme…
Da fé incontida, que levava milhares de nós à romaria, para encontro e reencontro com nossa identidade.
O dia ainda orvalhado não se encontrou com o sol onipresente do meu sertão.
Mas hoje, o astro-rei sabe que vai ser apenas súdito da santinha em minha terra.
Amém!
Só me resta rezar para Santa Luzia.
Processo de adoção já com dois anos. Na primeira audiência a juíza exige que a avó paterna seja ouvida, avó que as crianças sequer conhecem e muito menos eu sei onde mora.
E o prazo dado foi de 10 dias sob pena de extinção do processo.
Contrato uma advogada e o processo não é extinto.
E nisto fica, apesar de estar concluso desde o dia 26/08/2013.
Enquanto isto acontece comigo, no RS um casal gay consegue adotar uma criança com dois anos de idade.
Se a criança tem dois anos é lógico que a adoção foi concedida num tempo menor, já que é impossível que este processo de adoção tenha se inicado com a criança na barriga da mãe.
O que me causa espanto não é a doção ter sido concedida a um casal gay, mas a rapidez com que foi concedida. Enquanto que a minha adoção, casado com a mãe das crianças e com elas convivendo há mais de 4 anos fica concluso a espera de que a audiência seja realizada.
Depois nenhuma rádio abrir espaço para mim.
Quando fiz contato com o Padre Talvaniz e lhe apresentei algumas ideias dele ouvi que não entendia como as rádios daqui ainda não tinham me aberto espaço..
Ficou com o meu telefone para depois ligar e até hoje nada.
Quando tento marcar uma consulta médica a coisa vira um parto feito a fórceps.
Remédio a que tenho direito receber em falta.
Tento renovar a CNH e o DETRAN não aceita a minha identidade porque o retrato é preto e branco e, pasmem, afirmam que a CNH que tenho não vale como identidade, contrariando a lei que diz ser a CNH prova de identidade.
Serão somentes coincidências?
Rezar para a milagrossa Santa Luzia é o que vou fazer.
Ela na sua infinita bondade saberá me dar a proteção devida.
Rezar e continuar na luta denunciando a não entrega do UNIFORME ESCOLAR, a falta de MEDICAMENTOS de distribuição gratuita, a baixa qualidade da MERENDA ESCOLAR, o abandono das praças, as ruas esburacadas, as doações, os eventos chinfrins, os gastos com propaganda e tudo o mais.
Que Santa Luzia me proteja.
Que Deus nos abençoe.
///
FALTAM MEDICAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA NA UBS CHICO PORTO.
O POVO EM MOSSORÓ DORME NAS CALÇADAS PARA CONSEGUIR UMA SENHA DE ATENDIMENTO NO DETRAN.
Grandes saudades desse tempo. Oh viagem boa.
Lindo texto. Amém!
Voltei também à minha infância. Lembranças como a de comer os bonecos de açúcar e o som que eu não deixava parar do rói-rói, para desespero dos circunstantes. Músicas de Nelson Gonçalves nos parques e canoas de balanço puxadas na corda.
Bons tempos.
Rapaz,particularmente eu não gosto desse novo formato da procissão. Prefiro o antigo,que corta o centro e os paredões. Tanto no âmbito da locomoção dos fiéis,de chegar mais fácil ao local da concentração,como pelo saudosismo das antigas e grandes caminhadas banhadas pela fé em Santa Luzia. Inclusive,achei que este ano tinha menos gente que o ano passado,e isso é incomum. De resto,fica a saudade de Padre Américo,e a beleza de nosso patrimônio maior,a festa de nossa padroeira. Que “alguns” não façam com ela o que fizeram com outros bens de nossa cidade. Só mesmo a fé em algo maior para nos manter seguros de nosso futuro.
Quantas lebranças boas.Saudades de quando acompanhava com minha mãe Luzia!
A QUE SAUDADE ME DÁ.
NOTA DO BLOG – A crônica é manifestação de saudades, Líria e Fernando. Um jeito de reencontro, podem apostar. ABraços.
Ótimo texto. Viagem maravilhosa por minha infância. Também lembro de quando íamos à procissão debaixo de chuva. Que maravilha, passar a procissão debaixo da chuvinha fina sabendo que o inverno forte estava por vir.