• Repet - material para campanha eleitoral - 16 de maio de 2024
domingo - 11/08/2024 - 17:48h

Um “Jumento” no Vaticano

Por Carlos Santos

Reprodução de quadro com charge e crônica

Reprodução de quadro com charge e crônica

O professor, advogado e ex-vereador mossoroense Tomaz Neto passeia pelas “Oropas”, com prioridade para visita ao Vaticano.

Ao lado de sua mulher, a professora Ceição, faz a segunda viagem internacional da vida.

Na primeira aos Estados Unidos, há alguns anos, foi apresentado ao WhatsApp e chamadas de vídeo por esse aplicativo. Os amigos sofreram bastante com essa descoberta científica dele.

Agora, creio, venha da Basílica de São Pedro com o domínio do Direito Canônico, amigo do Papa Francisco e alguma encíclica para pacificar o Brasil.

Tomaz, que a todo interlocutor trata carinhosamente por “Jumento”, ainda poderá contar em sua volta a Mossoró, que pela primeira vez um “animal” nordestino atravessou o oceano para receber a bênção papal.

O Jumento é nosso irmão!

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos

*Crônica originalmente publicada no dia 22 de outubro de 2022 (veja AQUI)

Nota do Blog Carlos Santos – O ex-vereador Tomaz Neto completou 70 anos essa semana e o presenteamos com  quadro espelhando charge constante desta crônica e o próprio texto, em trabalho do chargista, artista plástico e caricaturista Túlio Ratto. Saudação a uma amizade de mais de 35 anos de estrada, que sobreviveu ao tempo, às diferenças, conflitos de interesses e ao nosso temperamento por vezes trovejante.

Saúde, paz e juízo (se ainda for possível), Velho.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 16/06/2024 - 15:48h
Bispo de Mossoró

Conversa com Dom Francisco de Sales

Por Carlos Santos

Conversa foi na Cúria Diocesana em Mossoró nessa quarta-feira (Foto: Valéria Bulcão)

Conversa foi na Cúria Diocesana em Mossoró nessa quarta-feira (Foto: Valéria Bulcão)

Foram quase duas horas de conversa. Rebobinamos o tempo em várias décadas e lugares. Peregrinamos por Araripina-PE, Olinda-PE, Goiana-PE, Recife-PE, Dublin-Irlanda, Roma-Itália, Cajazeiras-PB, Luis Gomes-RN e Mossoró. Ufa!

Nessa recente quarta-feira (12), fui recebido por Dom Francisco de Sales, bispo da @diocesedemossoro, na sala em que despacha na Cúria Diocesana, Centro da cidade. Não o procurei em busca de entrevista e de lá não saí com material para qualquer reportagem.

Tive oportunidade para conhecê-lo e o bate-papo versou sobre os mais diversos temas. Do seu despertar à vida sacerdotal na infância, na zona rural de Araripina, à densidade de estudos em Filosofia e Teologia no Instituto Milltown, em Dublin.

Tempo para um cafezinho, sem açúcar, pros dois, que ele fez questão de servir ao visitante. Bem antes, eu já o tinha ‘vitimado’ com meu segundo livro: “Só Rindo – A política do bom humor do palanque aos bastidores.”

Tímido, ou de natureza parcimoniosa, Dom Francisco de Sales Alencar Batista descontraiu-se mais adiante. Ao resgatar um caso da tradição oral pernambucana, sorrimos uníssonos.

Hora de partir.

Grato, Dom Francisco de Sales – o Carmelita.

Sucesso em seu pastoreio.

Bispo tem origem pernambucana, mas com trabalho e estudos na Irlanda e Roma Foto: Valéria Bulcão)

Bispo tem origem pernambucana, mas com trabalho e estudos na Irlanda e Roma (Foto: Valéria Bulcão)

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos que está no ar há mais de 17 anos

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Categoria(s): Crônica
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quarta-feira - 12/06/2024 - 08:24h
Encontro marcado

Para ouvir e aprender mais com Dom Francisco de Sales

Dom Francisco de Sales é o sétimo bispo da Diocese de Mossoró (Foto: Diocese de Mossoró)

Dom Francisco de Sales é o sétimo bispo da Diocese de Mossoró (Foto: Glauber Soares)

Hoje, quarta-feira (12), às 10h, estarei visitando o bispo Dom Francisco de Sales na Cúria Diocesana em Mossoró. Pedi, foi-me concedida audiência para uma visita.

Que fique claro: não será uma entrevista. Não é o repórter com quase 40 anos de estrada que estará à sua frente, como interlocutor ou impertinente sabatinador. É o cidadão de família cristã que quer conversar com o sétimo bispo da Diocese de Mossoró. Assuntar, aprender mais.

Ideia é conhecer a cabeça desse pastoreio que começou há poucos meses, das afinidades dele com Santa Teresa de Ávila, os estudos de Filosofia e Teologia no Instituto Milltown em Dublin (Irlanda), enxergar sua terra natal (Araripina-PE) pelos olhos do menino que resolveu seguir chamado à vida religiosa, além da passagem no episcopado em Cajazeiras-PB – antes de aportar aqui.

Vou-me inteirar quanto aos primados carmelitas e a missão de conduzir uma diocese vastíssima, circunscrição eclesiástica com 39 paróquias, mais de 55 municípios e população além dos 900 mil habitantes.

Bate-papo sobre espiritualidade, fé, gente, ação apostolar.

Às 10 horas estarei aí, Dom Francisco de Sales Alencar Batista.

Encontro marcado.

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Categoria(s): Comunicado do Blog / Crônica / Gerais
domingo - 19/05/2024 - 06:26h

David e Moisés, eu falo

Por Carlos Santos

Turma Vox2You Mossoró "Evolution" Foto em 14 de maio de 2024)

Turma Vox2You Mossoró “Evolution” Foto em 14 de maio de 2024)

Num tempo em que muitos são profundos desconhecedores de quase tudo, na Web, com opinião formada sobre qualquer tema, resolvi mergulhar numa experiência interessante: fazer o que não gosto para me desafiar a ser o mesmo, melhor.

Topei ser esculpido mais ainda, me aperfeiçoando na fala, na comunicação verbal e não verbal, apesar de uma estrada com quase 40 anos na imprensa. Estou imerso no curso da franquia nacional Vox2You Mossoró, para melhorar meu bê-á-bá. Simples.

“Se depender de mim, nunca ficarei plenamente maduro nem nas ideias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental,” definia-se o escritor Gilberto Freyre. Sigo o ‘relator.’

Mas, qual a razão para estar num curso de oratória? Não gostar de falar em público, apesar de ter uma rotina, por dever de ofício, desfiando a palavra em palestras, rádio, televisão, debates, reuniões etc. Justifiquei assim para um dos sócios da Vox, Luís Henrique, quando lhe comuniquei num cafezinho informal sobre a minha matrícula.

“Apenas tirei do mármore tudo o que não era David”, explicou Michelangelo sobre sua escultura, com a naturalidade de quem sabia ser possível encontrar naquele bloco de cinco toneladas, um ser melhor do que a matéria bruta. Sou essa pedra imensa, que segue lapidada pelo martelo e o cinzel da vida, mesmo que jamais venha a ser um David.

Estou sempre pronto a ouvir, a aprender, a ofertar o que sei. Amo escrever, posso falar melhor.

“Fala, Moisés! Por que não fala?”, pronunciou-se Michelangelo extasiado com sua obra, depois de concluir seu Moisés, também nascido do mármore.

Renascentista, imperfeito, eu falo.

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos – página que completou 17 anos dia 3 de maio último.

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Categoria(s): Comunicação / Crônica
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domingo - 17/03/2024 - 10:26h

Um Oscar para o rapaz velho

Por Marcos Ferreira

Reprodução do autor da crônica

Reprodução do autor da crônica

Passei alguns dias meditabundo. Pois é, já começo esta conversa assim, com uma palavrinha cheirando a mofo, de pouca empregabilidade, falando difícil como quem desejasse que o leitor enrugue a testa e abandone esta página antes do primeiro parágrafo terminar. Mas não é este meu intuito. Então troquemos o famigerado “meditabundo” por “entristecido”. Pronto, é isso. Andei uns dias com um bocado de fastio para certos “pratos” da cozinha cotidiana de nossa existência.

Agora, porém, o apetite voltou. Inclusive o da escrita. Especialmente depois que li “Uma confissão de amor para me sentir vivo”, do meu colega de xícaras e neuras Carlos Santos. Texto de profunda inspiração que nos inspira de maneira profunda. Ao menos a mim. Isto não é um simples elogio, é merecimento. É a mais sincera opinião deste sapateiro das letras. Digo sapateiro porque é esta a única assinatura em minha carteira de trabalho (CTPS) de que tenho o maior orgulho.

Hoje não, os anos 1980 foram embora, as fábricas de calçados de Mossoró quebraram por causa da produção das grandes indústrias em escala planetária, todavia já fui um sapateiro profissional. Comecei com dez anos de idade, e o patrão carimbou minha CTPS quando completei quinze anos. “É o seu presente de aniversário”, disse-me. Daí por diante me ocupei com outras coisas, toda sorte de bicos e subempregos. Fui impostor em um bocado de atividades, até me tornar isto, um sujeito que não conseguiu aprender outra coisa melhor para fazer além de escrever.

“Uma confissão de amor para me sentir vivo”, a meu ver, só tem um defeito: não foi escrita por mim. É daquelas coisas que a gente termina de ler e exclama: “Caramba! Muito bom!” Foi o que eu disse. Tanto que agora estou pegando carona na “confissão”, escrevendo uma crônica sobre outra crônica, como se a página do Carlos Santos precisasse do brilho emprestado das minhas tintas.

Não precisa. “Uma confissão de amor para me sentir vivo” tem luz própria. É uma declaração, um testemunho tocante, uma ode apaixonada, um genuíno louvor. Enxerguei a mim mesmo em vários pontos da mensagem.

Essa entrega, esse compromisso com o mister do ofício da escrita, mexe com os meus botões. Imagino que estamos no mesmo barcos das palavras. Às vezes, pelo capricho dos ventos, seguimos em direção à notícia pura e simples; noutro momento, com ou sem um pouco de arte, ajustamos as velas no rumo das águas onde habitam as criaturas linguísticas com maior e subjetiva grandeza.

Identifiquei-me, enquanto enfeitiçado que sou da necessidade de escrever, com a reverência do rapaz velho à sua longeva profissão de fé, devoção que hoje já está com trinta e nove anos de serviços prestados ao bom jornalismo do Rio Grande do Norte, bem na borda, na beiradinha dos quarenta anos.

Quem quiser que diga que estou puxando o saco. Há sempre quem não goste de ver outrem recebendo um reconhecimento assim, público, e sem economizar os méritos do homenageado. Dirão, pois, que estou puxando o saco. É verdade que já peguei nos bagos de supostas unanimidades da cena literária potiguar, autênticos pavões assinalados, contudo foi só para deixá-los sem as bolas. Mas aposentei o bisturi; hoje não faço mais esse tipo de intervenção cirúrgico-escrotal.

“Uma confissão de amor para me sentir vivo” recebeu um nome belíssimo. Algo que fica muito bem, por exemplo, para intitular um livro de poemas, crônicas, contos ou romance. Ouso dizer, ainda, que o título é coisa de cinema. Peço, então, nesta nossa Hollywood dos invisíveis, um Oscar de melhor roteiro original para o rapaz velho. Enquanto eu concorreria, claro, como ator coadjuvante.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
quarta-feira - 13/03/2024 - 13:30h
Jornalismo

Uma confissão de amor para me sentir vivo

Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

Estou próximo de completar 39 anos de atividade continua no jornalismo e 17 desta plataforma – www.blogcarlossantos.com.br. Dei-me conta há poucos dias que os 40 estão rondando por aí. Sinceramente, não sei se chego lá. Dobrei o Cabo da Boa Esperança e estou na etapa final, quase uma prorrogação.

De verdade: nunca imaginei tanto nessa longa estrada da existência terrena e numa atividade profissional que não estava nos meus planos mais primários.

Até pensei, menino mirrado e asmático que fui, adolescente também, que jamais chegaria tão longe na vida. E, nesse ofício, menos ainda.

O jornalismo me salvou, me abduziu, me deu a chance de viver com apetite e querendo viver mais. De ser feliz, mesmo quando os manchetes do meu íntimo diziam: “Não. Não vai dar certo.” É meu lazer, meu parque de diversões. Onde me encontro e reencontro-me todos os dias.

Sigo aprendiz, sobretudo porque gosto da companhia e dos ensinamentos dos mais jovens.  Mas, impossível esquecer o encantamento com professores como Cassiano Arruda Câmara, Dorian Jorge Freire, Jaime Hipólito Dantas, Givanildo Silva, Aluízio Alves e Vicente Serejo, por exemplo. Ricardo Kotscho, Luiz Fernando Imediato, Hélio Fernandes, Mauro Santayana, Elio Gaspari, Sylvio Costa, David Nasser, Gilberto Dimenstein, Carlos Lacerda…

Quero mais e mais fazer o que faço no webjornalismo, no rádio e televisão. Sem esquecer a escola do jornal impresso, a experiência inovadora e surpreendente do Herzog Press (jornal via fax que lancei em fins dos anos 90).

A disposição física não é aquela de décadas. Mas, o apetite em aprender, a curiosidade, a febre da reportagem, o detalhismo da textualização, o foco no título, o zelo nas legendas e fotos, tudo continua como antes.

Tive frustrações, tentei largá-lo, senti-me atraído pela advocacia, mas a paixão e um pouco da razão de viver me chamaram de volta. Puxaram-me uma, duas, três vezes ou mais às redações.

Desisti de desistir. Chega.

Eloísa, meus filhos, netos, amigos, webleitores, por favor não fiquem com ciúmes. Essa não é uma crônica que menospreza vocês, mas uma confissão de amor para me sentir vivo.

Já disse e repito: enquanto der, dará.

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domingo - 25/02/2024 - 04:34h

Um oficial de Justiça (amigo) em minha porta

Batendo à porta, porta,Por Carlos Santos

Mais uma vez tenho um oficial de justiça à minha porta. A batida ao portão, com o punho cerrado e em sequência tonitruante, não me deixa dúvida. Pergunto só para conferir mesmo:

– Quem é?

– Sou eu, Carlos Santos. É Otacílio, oficial de Justiça.

Nem precisava a declaração oficial.

O “toque” de Otacílio é personalíssimo.

Tomo a liberdade, para não atrasá-lo, de sair em trajes quase sumários, com meu físico de pintassilgo resfriado, pernas de talo de coentro à mostra.

Uso apenas uma toalha contornando a cintura, dorso “atlético” à exibição, como um gladiador apolíneo, espécie de deus grego do semi-árido.

Tenho essa naturalidade, em face da frequência com que os oficiais de justiça aportam aqui em meu muquifo, sempre trazendo citações e intimações da patota que está no poder e, que, não é do ramo.

Pelo menos do ramo de governar, que se diga.

Suas manoplas têm outras habilidades.

Bem, mas voltemos ao ponto central desta prosa.

Surpreendi-me. Nem intimação nem citação.

O amigo Otacílio, de manhã ainda cedo, pede desculpas pelo suposto incômodo. Quer apenas uma informação sobre outra pessoa a ser citada judicialmente. Oriento-lhe, ajudo-o. E, lógico, coloco-me sempre à disposição para esse ou outro fim ao meu alcance.

Como jurisdicionado, até cobro tratamento diferenciado, pois me considero o melhor por essas plagas, sem nunca me esconder ou colocar qualquer embaraço ao prosseguimento processual, desde a simples citação.

Dessa vez, na pressa não deu para oferecer pelo menos um copo com água ao Otacílio. Mais não posso. A geladeira parece um chafariz: só tem água.

Fica para uma próxima.

– Volte sempre – intimei ao me despedir.

Carlos Santos é editor e criador do Blog Carlos Santos (Canal BCS) e autor dos livros “Só Rindo – A política do bom humor do palanque aos bastidores” (I e II)

*Texto originalmente publicado no dia 20 de maio de 2011, quando eu era soterrado por dezenas de processos judiciais originários de um mesmo grupo político local.

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Categoria(s): Crônica
terça-feira - 13/02/2024 - 16:34h
No sertão

Todos se pintam de alegria

BR-405 à tarde de 8 de fevereiro, Oeste do RN (Foto: BCS)

BR-405 à tarde de sexta-feira (9 de fevereiro de 2024), Oeste do RN (Foto: BCS)

Carlos Santos

Na boleia, caroneiro, testemunho o sertão no seu momento mais sublime.

A chuva abre caminho na BR-405, em pleno Oeste do RN. Pede passagem. Seja bem-vinda, porque resolvi ir no seu rastro.

Vou-me embora para a paz das horas que não têm fim, em busca da conversa despreocupada na calçada e daquelas crianças que vivem estórias da Terra do Nunca.

O Carnaval por lá não tem pierrô nem colombina. A gente não vai atrás do trio-elétrico.

Mas, todos se pintam de alegria.

Eu, também.

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Categoria(s): Crônica
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sexta-feira - 09/02/2024 - 14:28h
Televisão

‘Diálogo & Política’ aborda disputas eleitorais com o Blog Carlos Santos

Bate-papo sobre questões diversas irá ao ar às 19h30 (Foto: TV Câmara Mossoró)

Bate-papo sobre questões diversas irá ao ar às 19h30 (Foto: TV Câmara Mossoró)

Internautas e telespectadores vão poder acompanhar nesta sexta-feira (8), às 19h30, nos canais 23.2 da @tcmtelecom e 2 da @telecabtvinternet, o programa “Diálogo & Política”, da TV Câmara Mossoró.

Na edição de hoje, o editor do Blog Carlos Santos (Canal BCS) é o entrevistado, em bate-papo com a jornalista e apresentadora Bênia Medeiros.

Política nacional, jogo eleitoral no RN, gestões estadual, nacional e municipal, nominatas à vereança, o papel do vereador e outros pontos de pauta fazem parte desse diálogo político.

A TV Câmara Mossoró faz parte da Fundação Vereador Aldenor Evangelista Nogueira, entidade da Câmara Municipal de Mossoró.

Acompanhe.

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sexta-feira - 02/02/2024 - 11:30h
Cenário Político

Blog Carlos Santos atualiza pauta deste ano eleitoral na TCM

Cenário PolíticoCom a apresentação excepcionalmente hoje do jornalista Tárcio Araújo, o Cenário Político da Tv Cabo Mossoró (TCM Telecom), Canal 10, recebe sexta-feira (02/02), o editor do Blog Carlos Santos (Canal BCS).

O bate papo poderá assistido Ao Vivo a partir das 19h25 pelo canal 10 ou pelo site www.TCMplay.tv.br.

Num ano eleitoral, a pauta da nossa conversa e intervenções de internautas e telespectadores vai girar em torno desse ponto.

Esta é a primeira vez que Tárcio vai ancorar um dos mais tradicionais programas de TV do estado. Substituirá o jornalista Vonúvio Praxedes.

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segunda-feira - 29/01/2024 - 16:38h
Jornalismo

Cenário Político receberá Blog Carlos Santos sexta-feira (02)

Tárcio entre em lugar de Vonúvio Praxedes no programa (Foto: Divulgação)

Tárcio entra em lugar de Vonúvio  (Foto: Divulgação)

No Cenário Político da Tv Cabo Mossoró (TCM Telecom), Canal 10, da próxima sexta-feira (02/02), o jornalista Carlos Santos (Blog Carlos Santos) será entrevistado por Tárcio Araújo.

Ele vai ser questionado sobre o atual momento político de Mossoró, quadro estadual e aspectos da política nacional neste começo de ano eleitoral.

Esta é a primeira vez que Tárcio vai ancorar de forma excepcional um dos mais tradicionais programas de TV com entrevistas políticas de Mossoró e região, em substituição pontual a Vonúvio Praxedes.

O bate papo poderá assistido Ao Vivo a partir das 19h25 pelo canal 10 ou pelo site www.TCMplay.tv.br.

Com informações da TCM Telecom.

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sexta-feira - 26/01/2024 - 15:24h
Congresso para poucos

Veja ponto de vista sobre distorção da democracia

Participando do programa “Jornal da Tarde”, da Rádio Rural de Mossoró, nesta sexta-feira (26), analisamos que democracia brasileira só regride. Partidos são instituições de direito privado, mantidos por recursos públicos bilionários.

Com emendas milionárias, congressistas partem na frente em projetos de reeleição, inibindo surgimento de novos nomes. Redução no número de partidos também é uma forma para fabricar sistema restrito, de siglas, concentrando fundos eleitoral e partidário na mão de poucos.

O programa foi ancorado por Saulo Vale (@blogsaulovale), com presença ainda de Cézar Alves (@mossorohoje) e @gutembergdias.

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quinta-feira - 25/01/2024 - 23:16h
Mesa-redonda

“Jornal da Tarde” faz análise política com convidados

Jornal da Tarde com Gutemberg Dias, Cézar Alves, Carlos Santos, Saulo Vale, Rádio Rural de Mossoró 26-01-2023Da Rádio Rural de Mossoró

O “Jornal da Tarde” realiza nesta sexta-feira (26) uma mesa-redonda.

Na pauta, política nacional, estadual e local.

O âncora do programa, jornalista Saulo Vale, vai receber os jornalistas Cezar Alves, editor-fundador do Mossoró Hoje, e Carlos Santos, do Blog Carlos Santos.

Também o professor da Universidade do Estado do RN (UERN), Gutemberg Dias.

Anote aí: começa às 12h, na Rádio Rural (AM 990) ou pelo site ruraldemossoro.com.br.

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segunda-feira - 08/01/2024 - 21:30h
Terça-feira, 09

Programa Meio-dia TCM conversa com Blog Carlos Santos

Meio-Dia TCM com Carlos Santos e apresentação de Tárcio Araújo - dia 9 de janeiro de 2024A partir das 12h10 desta terça-feira (9), a gente entra no ar na 95 FM de Mossoró, no programa Meio-dia TCM, ancorado pelo jornalista Tárcio Araújo.

Na pauta, política.

Oportunidade de falarmos sobre quadro sucessório municipal, gestões estadual e federal, além de outros pontos correlatos.

O programa poderá ser acompanhado pelo site www.tcm95fm.com.br, @95fmmossoro no Instagram e nos canais da 02 do pacote família e 26.6 do pacote compacto no sistema cabo TCM.

Até lá.

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domingo - 31/12/2023 - 20:00h

Diálogo com o tempo

Carlos Santos na Via Appia - Roma -Por Carlos Santos

Caro 2023, pode ir em paz. De minha parte, valeu!

Talvez tenhas me dado o melhor ciclo dessa vida: chego a 60 anos sem desejar ter 30; livre de fantasmas, ciente do que é o tempo e com sonhos.

Sou feliz, realizado e grato.

Venha, 2024.

Agora é com a gente.

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos (BCS)

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terça-feira - 28/11/2023 - 09:30h
Para Sátiro

A conversa que faltou

Aquela gargalhada que fica, na sensibilidade de Ricardo Lopes, no lançamento de meu segundo livro em 21 de junho de 2011)

Aquela gargalhada que fica, na sensibilidade de Ricardo Lopes, no lançamento de meu segundo livro em 21 de junho de 2011

Nesta terça-feira (28), a gente se despede do padre Sátiro Cavalcanti Dantas, falecido dia passado.

Meu adeus é à amizade polida por mais de 34 anos, entre gargalhadas, conversas sérias, muita camaradagem e lições. Não entra na conta temporal, o período em que dona Maura me levava às bancadas da Igreja de São Vicente, em missas dominicais.

Eu, o menino mirrado, disperso, achava mais interessante a batina do que a homilia do padre.

Só muitos anos depois conheci outro Sátiro nos escaninhos do Gazeta do Oeste. Veio daí um carinho mútuo e a liberdade de tratá-lo, na intimidade, por “Padreco.”

É dessa pessoa que estou me despedindo: única. E sem aquela conversa a mais que nos faltou, mesmo que programada. Vamos nos falando assim mesmo.

*Nas fotos de Ricardo Lopes, lançamento do meu segundo livro em junho de 2011 (há mais de 12 anos), com dedicatória a ele; nosso último encontro em maio deste ano, em lançamento de livro com sua biografia e, por último, em festa realizada por Caby da Costa Lima (in memoriam), em 2016.

Outro registro de Ricardo Lopes no dia 21 de junho de 2011

Outro registro de Ricardo Lopes no dia 21 de junho de 2011

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segunda-feira - 13/11/2023 - 04:16h
Futuro

O que vai ficar

janela, isolamento, quarto, apartamento, luz solarHá pouco mais de dois meses, em conversa com um filho à distância de milhares de quilômetros, no uso de um desses aplicativos virtuais, falamos sobre vida e despedida.

De mim, um testamento para resumir o que ofertarei para o futuro, quando não estarei mais por aqui:

– Espero não deixar sequer uma bicicleta; só boas memórias e exemplos. Herança, legado.

É isso.

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domingo - 05/11/2023 - 08:38h

Enquanto o sono não vem (culto à noite)

Por Carlos Santos

Foto ilustrativa da página Perito Animal

Foto ilustrativa da página Perito Animal

Boêmio convicto, o jornalista-compositor pernambucano Antônio Maria cunhou uma frase que virou um culto à boa vida noturna carioca, que ele aproveitou intensamente, sobretudo nos anos 50: “A noite é uma criança”.

É verdade. Eu já a embalei muito e a conheço bem. Contei estrelas sob seu teto, tangi-a por aí, sem destino. Com seu consentimento eu bebi todas, bradando aos quatro cantos a minha felicidade.

Para Cazuza, “o banheiro é a igreja de todos os bêbados”. À noite, é também o vômito espalhado no chão, o batom na gola da camisa, recanto das mais sórdidas confissões e daquele inescapável último pingo na cueca.

“À noite todos os gatos são pardos.” Tenho minhas dúvidas. Muitos cintilam e reluzem, para morrer aos primeiros raios de sol da manhã. Outros têm cores próprias e se renovam ao amanhecer. Tem sete vidas.

Na verdade, a noite tem o poder de revelar pessoas, isso sim. Mas elas não são melhores ou piores por causa da noite. Nem adianta culpar a bebida por sua imagem lasciva declarada, longe da identidade diurna.

A “persona” (máscara) não cabe em qualquer um, é bom que fique claro. Ela se esconde na maquiagem borrada, na moral encardida.

Hemingway disparou: “Paris é uma festa”. Tem sido assim há décadas. E a noite?

Temos muito de Paris, do Sena que nos corta à Bastilha que nos prende. A Champs Élysées que parece infinita é como aquela noite que nunca devia acabar, de tão boa.

A “baladeira” (rede) me aguarda dadivosa. Tadinha, tão surrada, mas acolhedora. A noite engatinha e o sono não chega. É como meu novo bebê, vivo num imaginário dividido e partilhado, pronto para nascer. Estou à sua espera infinitamente.

O que seria da humanidade pós-moderna se não fosse Twitter, MSN, Facebook etc.? Sobreviveria, lógico, mas assim mesmo quero ir para Pasárgada. Sem querer ser esnobe, vou logo avisando: lá não faço questão de ser amigo do rei.

Sou velho mesmo. Do tempo que puxava o sono ouvindo a Rádio Mundial, folheava a Playboy às escondidas, com olhar rútilo, jogava conversa fora à calçada para engolir as horas e fazia do sarro o ápice do “amor”.

Bom tempo.

Sou do tempo que a madrugada insone, de boemia inocente, terminava no Mercado Central, na esquina de casa, na praça com o sol dando “bom-dia”. Feliz pela camisa amarrotada, por sentir outro perfume no corpo ou conformado com a solidão de muitas vozes ininteligíveis, sem que umazinha sequer me acalentasse.

Saudosista? Não. Vivo hoje o melhor dos meus dias terrenos, sem medo de olhar para trás e enxergar minhas próprias pegadas.

O meu tempo não é o da saudade. Fico a falar do que passou, porque passou sem ir embora. É como aquele livro bom, socado entre outros na estante, que a gente sempre consulta numa releitura que se renova.

É, muitas vezes, um volver para rir das próprias desgraças. Passeio por desventuras próximas as de “Geraldo Viramundo”, personagem de Fernando Sabino, sempre envolto em situações picarescas e estapafúrdias. Um Dom Quixote sertanejo.

Ah… e se eu fosse poeta? E se tivesse um violão? Não quero nem pensar. A sarjeta seria minha pátria. Bardo solto por aí, crente na imortalidade, não estaria aqui, balbuciando essas palavras. A noite teria minha vigília permanente à janela de Rapunzel.

Talvez fosse “um menino passarinho, com vontade de voar”, como escreveu Luiz  Vieira. Até pediria que copiassem o próprio Sabino com um etipáfio parecido àquele posto em seu túmulo, para fechar minha história:

“Aqui jaz Carlos Santos, que nasceu homem e morreu menino”.

Boa noite. O sono chegou.

São 3h15… zzzz!!!

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos (Canal BCS)

*Texto originalmente publicado nesta página no dia 13 de fevereiro de 2011 (veja AQUI).

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domingo - 29/10/2023 - 04:30h

Antes que tudo lá fora seja sol

Por Carlos Santos

(Foto: Produção do BCS)

(Foto: Produção do BCS)

Você nem percebeu antes: meus olhos fitavam-na há tempos. Ô! Nem lhe conto.

Viam cada detalhe daquele rosto delicado, branquinho, quase encoberto pelo grosso lençol.

Cabelos desdenhados faziam véu sobre sua fronte; uma respiração quase inaudível dava sinal de vida interior. De repente…cílios e pálpebras fazem movimento contínuo e sincronizado, num abrir e fechar lento. Hesitante.

Como “cortinas” que se elevam, eles deixam à mostra o brilho do seu olhar, que espelham o meu. Sob o traçado de lábios sinuosos e semifechados, você sorrir sem jeito. Parece incomodada.

Descubro a luz num quarto que teima em não amanhecer, antes que tudo lá fora seja sol.

Fecham-se as ‘cortinas’ outra vez. Ao que tudo indica, sem direito a “bis”. Mesmo que eu pedisse em silêncio, não seria igual.

Segundos depois, um leve olhar se forma de novo. Agora, mais cauteloso e de viés, como a perscrutar se ainda estou ali à espreita e de modo tão impertinente.

Assumo a felicidade contemplativa, aquela que vê tudo com a alma. Posso até virar estátua de sal, mas não largo a tentação de espiar o que me cativa.

Seu corpo rola para o outro lado num esforço sobre-humano, sem que quase nada saia desse casulo de algodão.

“Huumm!” A preguiça se enrosca na própria manha de menina que quer colo. Só isso.

Em posição fetal, se defende do mundo, do meu olhar e dos meus instintos. Mas não se queixa dos meus braços.

Faz do meu pulso extensão do seu, apertando-o firmemente com a mão presa ao próprio peito.

Está na hora de irmos embora.

– Vamos!

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos (Canal BCS)

*Crônica originalmente publicada no dia 1º de junho de 2014, há quase nove anos e quatro meses (veja AQUI).

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Categoria(s): Crônica
domingo - 22/10/2023 - 04:30h

O bem volta!

Por Carlos Santos

(Imagem: Reprodução/Shutterstock)

(Imagem: Reprodução/Shutterstock)

Costumo dizer que “o bem volta.” Muitas vezes nem o percebemos, porque ele é simples, espontâneo e de coração. Não tem fatura, não precisa ser visto. Vem do fundo d’alma.

“E o mal?” – podem me perguntar. Fico com o ensinamento ancestral que a vida tem-me confirmado: “O mal por si só se destrói.”

O que nos confunde muito é a crença de que ele, o bem, deva voltar pelas mãos de quem de algum modo ganhou nossa generosidade ou compaixão. Teve o ombro. Por gratidão, digamos.

Seria uma espécie de reconhecimento ou materialização espiritual do toma lá, dá cá.

Ele pode bater à sua porta por outras mãos e formas, não necessariamente por quem você socorreu.

É comum que nem o identifiquemos de imediato ou jamais.

Mas, ele volta.

Mais ele volta.

E se a propaganda do que é feito não for a essência do gesto, para não se revelar um negócio, falso, eis o bem se preparando para retornar;

Principalmente, se nos sentimos mais felizes em ofertá-lo do que aquele que o recebe.

O bem está nas mãos de quem acolheu meu filho com carinho no seu primeiro dia de emprego, mesmo sem saber de minha existência;

Aparece no estresse do trânsito, quando o outro em vez de buzinar de ódio ao perceber uma manobra indevida, se aquieta – compreensível. Perdoa-nos;

Chega no sorriso sincero de quem me atende na lanchonete simples, não apenas por obrigação ou marketing, mas porque vê um rosto angustiado;

Está na oração reservada e sem voz de quem lembra de mim, de você, sem que saibamos, colocando-nos em seu pedido de proteção espiritual;

O bem tem a cara dos que me elegeram pai, não por orfandade, mas porque minha carência era bem maior;

Surge de supetão, assim mesmo de repente, de onde você menos espera, para dividir aquele restinho de refrigerante e o cachorro-quente contigo, na porta da escola;

Acolhe-nos através do amigo que nos faz irmão, pois nosso sangue é universal no sentimento;

Esse bem que conheço não estica o braço diante do semáforo, no vermelho, para deixar tilintar algumas moedas nas mãozinhas encardidas da criança faminta;

Nem pense em encontrá-lo no Instagram, Facebook, Twitter… Lá ele não aparece, por não ter necessidade de se exibir;

E fique certo: jamais existirá na primeira pessoa, visto que não aprendeu a conjugar a vida desse jeito;

O bem volta.

Às vezes a gente nem desconfia…

Mas, ele volta.

Mais ele volta.

O bem vai voltar, mas não porque doei o que me sobrava inútil: a camisa desbotada, o tênis esfolado ou o restante da quentinha que não consegui comer por completo;

Ele voltará porque resolvi dividir para lhe suprir, me desnudei para lhe vestir, renunciei para permitir que brilhes, estiquei o tapete em vez de puxá-lo à sua passagem, à sua vez, ao seu direito de vencer.

E se o bem não voltar?

O bem volta.

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos (BCS) e autor dos livros “Só Rindo – A política do bom humor do palanque aos bastidores (I e II)”

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Categoria(s): Crônica
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terça-feira - 17/10/2023 - 22:00h
Horário marcado

Blog Carlos Santos vai estar no Jornal das Seis

Da 95 FM de MossoróCarlos Santos no Jornal das Seis 18 de Outubro de 2023 com Tárcio Araújo e Elizângela Moura - Tag para publicar

Nesta quarta-feira (18), no Jornal das Seis, da 95 FM de Mossoró (Grupo TCM), a gente vai ter um bate-papo político com o jornalista Carlos Santos – criador e editor do Blog Carlos Santos (BCS).

Na pauta, os desdobramentos da política local e estadual, entre outros assuntos.

O Jornal das Seis vai ao ar diariamente das 18h05 às 19h.

Você acompanha no www.tcm95fm.com.br e nos canais da TCM – 02 do pacote família e 26.6 do pacote compacto.

No Instagram @95fmmossoro.

A apresentação de Tárcio Araújo e Elizângela Moura.

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Categoria(s): Comunicação / Política
domingo - 10/09/2023 - 09:38h

Antes de partir

Por Carlos Santos

Ilustração de Bastian Weltjen/Getty Images

Ilustração de Bastian Weltjen/Getty Images

Nesses tempos em que tudo é muito fugaz, líquido – como definiu o sociólogo polonês Zygmunt Bauman -, a morte como fim definitivo do indivíduo, da matéria, não tem a devida paz. Nem ela. Testemunhamos experimentos que buscam a eternidade in vitro. Ou a longevidade máxima através de complexos vitamínicos e exaustão física sob peso de marombas. Todos, todas, todes e toddynhos pensam que viver muito é viver.

Surgiu até a “compostagem humana” nos Estados Unidos, onde o capitalismo ganha sempre, tirando de vivos e mortos o máximo possível. Nesse método de ‘reciclar’ o finado, o cadáver passa por processo químico e de decomposição com produtos naturais, para se transformar em “solo utilizável.” Um adubo, digamos.

A parentada pode levar para casa e espalhá-lo no jardim, onde dividirá o solo gramíneo com o cocô do bichano e aquela frutinha que se esparramou no chão, lá se decompondo. Enfim, o fim nada edificante, coabitando o lugar com o que apodrece e pisoteado todos os dias por quem lhe amava (ou detestava em silêncio).

Vida louca vida, vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida, vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

(Cazuza em Vida, louca vida)

Essa resistência em partir é muito humana. Contudo, não faz parte do mundo líquido de Bauman, sem dúvidas.

Nem todos pensam e agem assim. Diagnosticado com câncer, o genial jornalista, escritor e cronista Rubem resolveu que não se submeteria à qualquer tipo de tratamento.

Ele optou pela cremação, para que as cinzas do seu corpo fossem dispersas no rio de Cachoeira de Itapemirim-ES, sua terra natal. Tudo em data, local e horário que só um núcleo familiar soubesse e o filho Roberto sacramentasse. Já tinha feito as despedidas em vida.

No livro Rubem Braga – Um cigano fazendeiro do ar, de Marco Antônio de Carvalho, publicado em 2007, o autor narra esquisitices que muitos pensavam ser lenda, quanto aos preparativos à viagem sem volta do cronista, em 1990. Braga (olha só a minha intimidade) saiu do Rio de Janeiro para São Paulo, onde tratou dos detalhes da cremação em empresa do ramo, acostumada a torrar gente.

Uma funcionária muito educada quis apenas saber de quem seria o cadáver. “O cadáver sou eu!”

De adeus eu entendo. Por não saber me despedir, não acompanhei meus velhos à última morada. Só depois, dias depois, só eu e eles, pude chorar ao pé da cova e imerso no meu eu, enquanto balbuciava alguma oração que decorei – mal – na infância.

Por achar que doeria muito ver um amigo indo embora aos poucos, resisti em visitá-lo num leito hospitalar – mais consegui, só Deus sabe como. Foi nosso último encontro por aqui. À esposa, sobre minha ausência até então, quase acertou:

– “Carlos não vem. Ele não aguenta me ver assim.”

Previno-o nessas últimas linhas: essa não é uma crônica sobre a morte, embora pareça. Nem é epitáfio laudatório, mesmo que assim possa ser interpretado. Ao contrário de Brás Cubas, um defunto autor que só a cabeça criativa de Machado de Assis daria vida, cá estou para contar – do meu jeito – sobre o que é viver… antes de partir.

“Não tenho tempo a perder (…),” diria o poeta piauiense Torquato Neto, que resolveu ir mais cedo, sem nunca nos deixar.

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
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