Por François Silvestre
O MDB nasceu sob o signo da suspeita. Quando a Ditadura aboliu os partidos políticos da ordem constitucional de 1946, criou dois “partidos” para dar feição de normalidade política. Arena e MDB.
Os adversários mais consequentes do regime imposto torceram o nariz para os dois. Um declaradamente a ser “partido do governo” e o outro “partido de oposição”.
Oposição consentida, era o rótulo do MDB.
Passado o tempo, o partido da oposição consentida criou estatura de oposição respeitável. E muitos dos que não se filiavam a correntes ideológicas extremadas abrigaram-se no seu ninho.
E prestou um grande serviço na luta pelo retorno da Democracia.
Com o fim do bipartidarismo, a ditadura imaginou desfigurar o MDB. E legislou exigindo a palavra “partido” em todas as siglas partidárias.
Ao ganhar o “P”, o MDB prostituiu-se. E só piorou ao longo do tempo.
Agora, sem jeito de remendo querem retirar o “P”, como se o fim de uma letra fosse o fim da patifaria.
Não.
É apenas a farsa da tragédia originária.
Café requentado muito tardiamente.
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Com ‘p’ ou sem ‘p’, o MDB nunca esteve tão mal na fita. Em discurso na tribuna da Câmara, Jarbas Vasconcelos trata Romero Jucá por “crápula”. E diz que sua esperança é vê-lo algemado. //youtu.be/MqgNLx-Ovi0
Não queria falar, mas a fama do p mdb é como catinga de c.., não tem quem acabe!
Desculpem, mas não dá pra suportar tanta hipocrisia.
Já não bastou acabar – ou ajudar a acabar – com o Brasil, agora vamos acabar de desgraçar o nome/sigla que homens como Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Tancredo Neves e Pedro Simon, entre outros, levantaram enfrentando suspeitas e perseguições.