Se a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) finalmente resolver encarar de frente as fraudes no acesso ao seu curso de Medicina (e outros) fará justiça social. Além disso granjeará mais respeito da sociedade.
Até aqui é visível que só a pressão do Ministério Público tem dado alguma resposta ao escândalo denunciado – em primeira mão – por este Blog, em 2009. Muito pouco.
A falsificação de documentos para facilitar o caminho à aprovação no curso de Medicina envolve muita gente "respeitada", de famílias ilustres, que promove um crime ainda maior: tirar de jovens advindos de famílias carentes,
os meios de acesso ao curso tão disputado.Os resultados dessa cruzada ainda são tímidos.
Entretanto podem ser ainda mais incisivos, se além da punição cível e criminal dos culpados, sejam convocados os reais beneficiados às vagas ociosas. Essas pessoas estão sendo duplamente punidas: foram vítimas da esperteza alheia e não são chamadas após comprovação do ilícito.
E o que esperar de alguém que, para se tornar "médico", pegou o atalho da ilegalidade, falsificando documentos às vezes até de forma grosseira?
A questão é também de ordem econômico-financeira, que se diga.
A mensalidade – hoje – em uma faculdade privada no Rio Grande do Norte, para Medicina, gira em torno de R$ 4,5 mil. Sem se falar no caro material didático, logística etc..
A sociedade, a juventude ainda excluída deste país, deve muito ao Ministério Público e a setores da imprensa que não se omitem no combate a esse escândalo. Contudo o prélio está só começando.
Se este é um "Brasil de todos", não pode continuar sendo de uma minoria inescrupulosa, patrimonialista e insensível. Nâo podemos confundir sabido com inteligente e vice-versa.
O filho da lavandeira, do carteiro, do gari, do policial, do garçom, da manicure, da empregada doméstica etc. também tem o direito de ser "doutor".
Carlos Santos
Somente se relata o curso de medicina, mas há casos idênticos também no curso de DIREITO da UERN… é a mesma fraude, basta ser apurado, que se encontra, são casos dos vestibulares de 2009 e 2010.
Cabe assim o MP não investigar apenas o curso de Medicina, mas todos os que foram beneficiados pelo sistema de cotas, e fizeram o fundamental, o ensino médio e/ou ambos através do supletivo, ou EJA – Ensino de Jovens e Adultos.
Sr.Carlos Santos,é possível saber que familias ilustres e respeitadas de Mossoró estão fraudando o acesso de seus filhos no curso de medicina da UERN ? , eu tenho muita curiosidade sobre este assunto e toda Mossoró também.
São os ricos pobres. Qurem serem ricos a custa de falcatruas.
…….. Não era para comentar aqui mas pela BOMBA urge…….
300 ESCOLAS SERÃO FECHADAS NO RN
wilpersil RVPWP2011 CXPENSART
Governo deve extinguir mais de 300 escolas em todo o Rio Grande do Norte //www.dnonline.com.br/ver_noticia/69443/
Sou funcionário público e minha relação com essa função profissional está intimamente relacionada com o que posso contribuir, por meio de ações educativas e interdisciplinares, não apenas para processo de eliminação de falsas concepções ideológicas historicamente herdadas, como também, como corolário, contribuir com o despertar de uma consciência crítica e dinâmica para transformar essas realidades imperiosas de classes dominantes que se perpetuam na história da humanidade por meios de manobras resilientes, adaptativas e circunstanciais que desestabilizam a harmonia social e o bem-estar do cidadão, como essas que acabo de ler, mencionadas por Carlos Santos. É revoltante por ser inconcebível, se verdade for, acontecer na maior instituição de ensino superior que um sociedade possa ter.
Esse é o meu papel enquanto educador e considero isso, num pensar pitagórico, como a quintessência da minha íntima relação entre ser, expressar-se e agir em todas as esferas sociais e, principalmente, acadêmica – minha responsabilidade maior.
Portanto, a falta de condições que me ensejam viabilizar a atividade dialética entre ensino-aprendizagem significativa (que se opõe â “aprendizagem” instrucional e mecanizada) é o que me revolta e me motiva tomar atitudes reivindicatórias.
Não sou contra qualquer categoria profissional observar e exigir o cumprimento de seus planos salariais. Deve exigir. Porém isso não garante um maior compromisso do funcionário com seus deveres. Como exemplo, basta observar o bom salário e privilégios que têm os vereadores e os outros membros dos outro poderes.
Faço saber que minhas vindícias na UERN nesse momento são: a elaboração de um projeto de urbanização dos espaços da UERN; um plano de segurança e, por último, mas nem por isso, menos importante, uma formulação de critérios que tenha como referência a Lei da Ficha-Limpa para as próximas sucessões administrativas. Reivindico, mais enfaticamente, este último ponto porque nem todos os candidatos e eleitores estão interessados na observação de ditames constitucionais que garantam os direitos individuais.
amigo carlos santos, mais uma vez o tema fraude na UERN é colocado em pauta, mas sabemos, infelizmente, que a uern e o ministério público não fará nada em relação a isso.É algo aparentemente consumado.Então uma pergunta: porque a UERN não divulga uma nota ´´oficial´´ dizendo que ter vários diplomas é legal?? e mais ainda ;dizendo que as AUTORIDADES( digo reitor, coordenador da comperve, etc..) aceitam e acham ´´normal´´ esse tipo de atitute( acham porque nunca vi nenhum deles falando sobre os fatos) ….as vezes eu fico pensando( não tem muito a vê com a uern..rsrs), mas quem é mais errado, o que deixa roubar ou quem rouba junto…rsrss. obrigado
Carlos Santos,
Os casos de fraudes no acesso à universidade, particularmente a UERN, deveriam ser investigados com mais atenção pelo Ministério Público. Isso é um fato danoso a sociedade, pois impossibilita o acesso de pessoas que lutaram tanto para ter essa vaga e acabaram perdendo para outros mais “sabidos”. Deixando de lado, assim, a meritocracia.
O autor do blog tem razão em dizer que não adianta só investigar e descobrir as fraudes, tem que punir os envolvidos. Não só os beneficiários, mas também quem participou do processo fraudulento. Para que o MPE tenha mesmo êxito na investigação, necessita da colaboração de forma transparente da universidade. Assim, acreditando na lisura e transparência dos seus gestores em relação ao processo.
O MPE tem que estar atento que a forma de fraude não está somente em falsificar documentos, pode ir atrás que tem gente que consegue comprar a prova a partir de pessoas ligadas à instituição promotora do concurso. Se conseguem comprar a prova do ENEM, exame a nível nacional, imaginem a prova da UERN.
Esses fraudadores pagam muito dinheiro, 50 mil reais, 60, ou até mais dinheiro para ter em mãos uma prova dessa. Afinal, é uma vaga no curso de medicina e, ainda mais, público. Esse tipo de espécie humana não tem coragem de ficar 30 minutos sentado estudando para passar no vestibular de forma justa, honesta e
merecedora e procuram meios ilegais para entrar na faculdade.
Dessa forma, tirando a vaga e ocupando o espaço de quem realmente merece e necessita dessa oportunidade.
Precisa-se que seja feita a justiça social acabando com essas fraudes.
“Xostô” o caba não ter vergonha de se tornar médico, um servidor do povo, dessa forma.
Venancio Neto – webleitor