Do Folha de São Paulo
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB), do Turismo, atuou para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS.
Parte do dinheiro do esquema desbaratado pela Operação Lava Jato teria abastecido a campanha de Alves ao governo do Rio Grande do Norte em 2014, quando ele acabou derrotado.
A negociação envolveria o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro.
As afirmações da Procuradoria constam do pedido de abertura de inquérito para investigar os três, enviado no fim de abril ao Supremo, mas até hoje mantido em sigilo.
No despacho obtido pela Folha, Janot aponta que Cunha e Alves atuaram para beneficiar empreiteiras no Congresso, recebendo doações em contrapartida.
A investigação tem como base mensagens apreendidas no celular de Pinheiro.
Conversas indiscretas
Henrique Alves para Léo Pinheiro (22 de junho de 2013):
– Charles (não identificado) poderia me procurar segunda cedo em casa? Lá marcaria com presidente do TC, irmão do Garibaldi. Discutiríamos problema. Se ele puder, 8h30! OK
Henrique Alves para Léo Pinheiro (14 de julho de 2013):
– Segunda em Brasília vou pra cima do TCU. Darei notícias.
Segundo a Procuradoria, o ministro diz que procurará o então presidente do Tribunal de Contas do RN, Paulo Roberto Chaves Alves, irmão do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), para resolver demandas da OAS.
Eduardo Cunha para Léo Pinheiro (10 de outubro de 2014):
– Vê Henrique segundo turno.
– Vou ver.
Eduardo Cunha para Léo Pinheiro (13 de outubro de 2014):
– Amigo, a eleição é semana que vem preciso que veja urgente… (sic)
Eduardo Cunha para Léo Pinheiro (15 de outubro de 2014):
– Henrique, amigo?
– Está muito complicado (Léo Pinheiro).
– Mas amigo, tem de encontrar uma solução se não todo esforço será em vão (Eduardo Cunha).
Henrique Alves para Léo Pinheiro (16 de outubro de 2014):
– Amigo, como Cunha falou, na expectativa aqui. Abs e obrigado.
Eduardo Cunha para Léo Pinheiro (17 de outubro de 2014):
– Amigo, qual a saída para Henrique (Eduardo Cunha)?
– Infelizmente não tenho (Léo Pinheiro).
Eduardo Cunha para Léo Pinheiro (21 de outubro de 2014):
– Deixa falar. Tive com Júnior. Pedi a ele para doar por você ao Henrique. Acho que ele fará algo. Tudo bem (Eduardo Cunha)?
– Preciso que dê um reforço ao Júnior ao menos 1 dele da. Sua contra precisava de emergência (Eduardo Cunha).
Eduardo Cunha para Léo Pinheiro (23 de outubro de 2014):
O.K. Bom tocando com Júnior aqui na pressão ele vai resolver e se entende com você (sic).
Segundo a Procuradoria, “Júnior é Benedicto Barbosa Silva Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura.
“Verificou-se não apenas a participação de Henrique Eduardo Alves nesses favores, como também o recebimento de parcela das vantagens indevidas, também disfaçadas de ‘doações oficiais'”.
Entre 10 e 23 de outubro de 2014, houve ao menos oito pedidos de recursos para Alves, feitos por Cunha a Pinheiro. Também há cobranças diretas do atual ministro ao empreiteiro.
Alves, segundo a PGR, prometeu ao comando da OAS atuar junto ao Tribunal de Contas da União e ao Tribunal de Contas do RN, onde a empreiteira tinha pendências.
As mensagens também citam diversos encontros dos empreiteiros com Alves.
Na prestação de contas da campanha de Alves, há o registro do recebimento de R$ 650 mil da OAS.
Além disso, outros R$ 4 milhões doados p ela Odebrecht, são considerados suspeitos por Janot, porque as doações teriam sido feitas a pedido de Cunha para um posterior acerto da empresa com a OAS.
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Eu escrevi aqui que antes das fogueiras muitos iriam se queimar. Que teríamos bomba pedindo para bomba se afastar para poder passar. Mas o que eu escrevo dizem que é coisa de palpiteiro.
Um dia aprenderão a dar atenção ao que eu antecipo neste blog. Se tenho Bola de Cristal? Não!
Eu tenho fontes fidedignas. São mais de 40 anos no batente.
Incrível é em Mossoró eu tentar arrendar um horário numa rádio, audiência explodiria, e nenhuma rádio sequer aceitar conversar. Falar em audiência em uma rádio a diretora disse que a rádio não estava interessada em audiência. Onde já se viu rádio não ter interesse em aumentar audiência? Só mesmo em Mossoró.
Incrível é eu ter sugestões para oferecer a uma candidato a prefeito que tenha as mínimas condições de vencer a eleição e nenhum deles sequer me ouvir. Estão convencidos pelos alpinistas políticos que eu sou um palpiteiro. Eu um palpiteiro…
Os próximos acontecimentos serão:
DEMISSÕES DE MAIS MINISTROS.
JULGAMENTO DE VÁRIOS RECURSOS DE CONDENADOS POR IMPROBIDADE EM TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DE DIVERSOS ESTADOS BRASILEIROS.
AFASTAMENTO DA VIDA PÚBLICA, POR CONDENAÇÃO EM 2ª INSTÂNCIA, DE FIGURAS BASTANTE CONHECIDAS NOS SEUS ESTADOS E MUNICÍPIOS.
E por enquanto é só.
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OS RECURSOS SAL GROSSO PODEM SER JULGADOS A QUALQUER MOMENTO. AGUARDEM!
Vai voltar de mala e cuia para Natal, inclusive trazendo a reboque o famoso bode ‘Galeguinho’.
Será sempre esse o fim dos crápulas golpistas.