A reforma administrativa da Prefeitura de Mossoró pouco ou nada vale, sem efetivo comando, foco e planejamento. São apenas nomenclaturas e organograma.
O diferencial de qualquer gestão pública está no seu lÃder. Afinal de contas, quem administra a Prefeitura de Mossoró?
Qualquer pessoa medianamente bem-informada das coisas do pindorama mossoroense, não titubeia na resposta: trata-se do agitador cultural Gustavo Rosado.
Ele tem talento, capacidade intelectual e espÃrito de liderança para uma tarefa tão ingente?
Não se pode tirar de Gustavo, o mérito de ter assumido o poder em lugar da própria irmã, a prefeita Fafá Rosado (DEM). Também atropelou irmãos teoricamente mais preparados, como os empresários Tasso e Edmur Rosado, além do também secretário (Controladoria) Noguchi Rosado.
O cunhado, deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), marido de Fafá, também não foi páreo para Gustavo.
Ponto para ele.
Entretanto é certo que lhe falta capacidade gerencial. É pobre ainda em termos de tirocÃnio polÃtico. Confunde poder com mando. Em terra de cego, porém, enxerga e se apresenta como soberano, em face da debilidade da prefeita de direito, de Leonardo e os demais “generais” dessa facção polÃtica.
A segunda gestão de Fafá não vai melhorar ou piorar em face da reforma. A grande mudança precisaria ocorrer em termos de mentalidade. A máquina continuará emperrada, arrastando-se como um mastodonte, devido à centralização doentia nas mãos de Gustavo.
O bordão picaresco “choque de resultado”, adotado antecipadamente pelos porta-vozes do governismo, antecipa a pobreza do que vem por aÃ. Até o momento, a prefeita de direito e o prefeito de fato estão muito aquém das aspirações de um municÃpio pólo como Mossoró.
Em sua equipe, quase ninguém se destaca nem brilhará, porque não é dado a nenhum auxiliar o direito de eclipsar pelo trabalho e talento, os donos do pedaço. Mas será que alguém despontaria, com oportunidade para tal?
Faz-me lembrar a visão inversa do célebre empreendedor irlandês, que venceu nos Estados Unidos, Andrew Carnegie. Em seu túmulo, a lápide tem essa inscrição: “Aqui jaz um homem que soube rodear-se de outros mais capazes que ele próprio”.
Um vencedor no plural, sem medo de se cercar dos melhores e os incentivando ao êxito.
Isso,chamava-se,em outros tempos,”brincar de casinha”,escolhiam-se os bonecos(as),colocava-se cada um(a),em seu devido lugar e suas funções e falas eram dadas por quem estava “brincando”,assim,como um teatro de marionetes.”Já fez o arroz?”