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segunda-feira - 15/04/2019 - 15:02h
História

Nosso Al Capone

José Maria Marin está preso nos Estados Unidos (Foto: AP Photo/Seth Wen)

Por François Silvestre

Alphonse Gabriel “Al” Capone foi um criminoso multidisciplinar. Navegou em todos os mares da criminalidade.

Porém, nunca foi apanhado pelos seus crimes bárbaros. Traficou bebidas, drogas e cometeu inúmeros assassinatos. Matou um amigo para ficar com sua mulher. Praticou uma chacina, com bandidos fantasiados de policiais, no centro de Chicago. Incontáveis delitos.

Mas, os Federais não conseguiam provar. E ele nadava na impunidade. Até que, num deslize fiscal, ele foi apanhado como sonegador. Crime suave provado, foi preso e mandado para um presídio federal.

Lá, ele foi humilhado, surrado brutalmente e nunca mais se levantou. Um pequeno delito o fez pagar pelos grandes crimes.

Temos aqui um sósia seu, na fisionomia delituosa. José Maria Marim. Foi durante o regime ditatorial senhor de destaque do poder em São Paulo. Apoiava politicamente a tortura de presos políticos e financiava o aparelho repressor.

No emaranhado da vida empresarial, misturada com futebol, ele deitava, rolava e roubava. Corrupto notório e financiador de assassinatos, por tortura. Nunca foi apanhado por esses crimes.

Tudo mudou. Há alguns anos foi alcançado por crimes de corrupção, preso na Suíça e transferido para Nova York, onde foi posto num presídio infecto; imundo igual a ele.

Pela corrupção provada, está pagando, igual ao mafioso ítalo-americano. Agora foi punido pela FIFA (veja AQUI), com pena perpétua de impedimento sobre qualquer ação no futebol.

Tardou, mas chegou!

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Categoria(s): Artigo / Gerais / Opinião

Comentários

  1. João Claudio diz:

    A depender da ‘justissa tupiniquim’ esse bandidão jamais seria preso. Ainda é tratado em terras verde e amarela como uma celebridade. Ainda há quem estenda tapete vermelho para ele andar sem pisar no chão.

    – Tô mentindo, Ricardo Teixeira?

    – Tá não, e eu não eu sou louco de pôr os pés na Suíça e nos EUA. Me deixem quietinho aqui no brasil, o melhor lugar do mundo para bandido viver em paz. Fato, fato e fato.

    – Fato, não! Fatão, fatão e fatão.

    O médico do holocausto, Joseph Mengele, e o maior ladrão da Inglaterra, Ronald Biggs, não me deixariam mentir se vivos fossem.

  2. François Silvestre diz:

    Conheci a figura. Durante aquele período morei ou estive em São Paulo, de formas diversas. Foragido e depois jornalista, trabalhando no Boletim Cambial, cuja redação chefiei, free lancer da Revista Visão, e um dos fundadores da Gazeta do Brás; advogado no fórum Clóvis Beviláqua, (criminal) e no fórum João Mendes (cível). Conheci de perto a vida política e cultural daquela antiga e elegante metrópole, cuja elegância virou escombro de pardieiros. Quando vou lá, hospedo-me na também outrora elegante Avenida São Luís. Defronte da Biblioteca Mário de Andrade, na Praça D. José Gaspar.

  3. Francisco César. diz:

    Ainda bem que foi nos EUA. Se ocorre esses fatos no Brasil, com certeza o desfecho seria bem diferente. Que esse bandido asqueroso fique por lá pelos próximos. E que pague todas as maldades que fez contra as pessoas de bem no Brasil, quando apoiou a ditadura militar e seus torturadores. Sem esquecer as grandes falcatruas que fez na CBF, juntamente com os amigos da banda podre do futebol brasileiro.

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