Por François Silvestre
Juscelino Kubitschek foi o último governo que tivemos. O último rei legítimo dos canalhas, como o definiu David Nasser, na primeira página da Revista “O Cruzeiro”.
Depois dele um farsante, Jânio Quadros, ditador frustrado.
Depois, um latifundiário populista, Jango, vendendo reforma agrária.
Aí vieram os políticos recalcados da caserna. Castelo Branco, figura parda de uma “Sorbonne” de coturnos. “O anjo da rua Conde Laje”, na definição de Lacerda.
Costa e Silva, preterido por Jânio numa promoção de mérito, pelo crime de ter ficado ao lado de Lott, na tentativa de golpe da UDN. Depois vingou-se, cassando Jânio e Lacerda.
Médici, comandante da AMAM, Academia Militar das Agulhas Negras, em 1963, mandou a um dos dos grupos em confronto, o recado: “Aqui vocês não têm nem pão nem água”.
Geisel, discípulo e mestre da “Sorbonne”, aprendeu com Golbery do Couto e Silva, mestre em conspiração, e ensinou a João Figueiredo, filho do Coronel Euclides Figueiredo, opositor e perseguido pela ditadura Vargas.
Depois, a lástima da farsa abocanhou as últimas fibras da tragédia. Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma e Temer.
De todos esses todos, o último rei dos canalhas, JK, ainda não teve substituto. Faria, após 1965, a maior revolução agrícola do país. Seríamos o celeiro fornecedor do mundo.
Com que currículo?
Com a experiência de ter tirado o Brasil da manufatura rural para o desenvolvimento. Esse crime não foi perdoado pelo recalque dos representantes do atraso, da esquerda à direita. Nem pelos perdedores contumazes de eleições.
Não precisamos de salvadores da pátria.
Precisamos de canalhas honestos, criado es, entusiastas e construtores de uma pátria adiada.
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Perfeito. Sábio texto. Concordo em 100%.
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Quem viveu àquela época e tem memoria, sabe que, depois de Nonô, só cocô.
É por isso, Senhores, que eu insisto em escrever aqui: ”Enquanto a Terra gira em um sentido, o brasil gira em outro”.
Se todos os governos que sucederam Nonô (50 anos em 5) tivessem realizado ao menos 50% do que ele realizou, esse país já teria, há tempos, saído da condição de 3º mundo.
Hoje, o brasileiro teria motivos para se orgulhar, não de se envergonhar como o faz todos os dias.
Perfeito Mestre François Silvestre. JK, o maior presidente que esse país ja teve. Seriamos outro sem ele, tanto quanto seriamos outro com ele (caso a ditadura não se instaurasse e tivesse havido as eleições de 1966).
“A minha alma chorou tanto, que de pranto está vazia desde que aqui fiquei, sem a sua companhia.
Não há pranto sem saudade nem amor sem alegria. É por isso que eu reclamo essa tua companhia.”