Com a delicada tarefa de restruturação do partido Solidariedade (SD) em todo o estado, trabalho que antecede renovação do próprio comando estadual, o suplente de deputado federal Lawrence Amorim ganha continuada importância na legenda. Não por acaso, ele se encaminha para presidi-la ainda este ano. Substituirá o deputado estadual Kelps Lima, mentor do nítido crescimento do SD no RN.
“Só irei assumir formalmente quando concluir esse trabalho. Acredito que final de fevereiro devo terminar essa missão”, comenta em entrevista ao Blog Carlos Santos. Porém o foco está claro: o Solidariedade quer ser a grande força alternativa às siglas e grupos tradicionais que saíram destroçados das urnas no ano passado.
A reorganização do Solidariedade começou logo após as eleições 2018. O pente fino é um processo de depuração imprescindível às próximas fases de fortalecimento partidário que antecedem os testes nas urnas em 2020 – pleitos municipais. “Nós destituímos algumas comissões por infidelidade partidária, estamos buscando novos grupos nessas cidades. O partido tinha 132 comissões provisórias. Desativamos 52 depois das eleições e temos hoje 80 comissões que estão aptas a se tornar diretório”, resume.
Ex-prefeito de Almino Afonso, candidato a deputado federal tendo Mossoró e Médio Oeste como principais bases, Amorim somou 24.551 (1,53%) votos nas eleições de 2018 na Coligação Renova RN I, ficando atrás apenas do General Eliéser Girão (PSL), eleito nessa nominata.
Kelps prefeito; Mossoró em busca do diálogo
Nascido em Mossoró, onde reside, Lawrence fala sobre uma política de expansão para o SD que passa também pelas eleições municipais nos principais colégios eleitorais do RN, como Natal e Mossoró. “A candidatura mais importante em 2020 será a de Kelps à Prefeitura do Natal. Vamos trabalhar forte para que ele seja eleito prefeito da capital”, avisa.
“Em Mossoró, iremos conversar com os partidos de oposição e buscar montar um grupo para discutir os problemas da cidade, visando uma disputa majoritária”, comenta. Mas não fala em nome ou nomes. “Também vamos trabalhar a montagem de uma chapa proporcional para eleger vereadores do partido em 2020. Com o fim das coligações, os partidos precisam seguir sozinhos na proporcional”, identifica.
Oposição à Fátima
No plano estadual, principalmente em relação ao Governo Fátima Bezerra (PT), o SD tem posição formada:
– “O partido não vai aderir ao governo nem indicar nomes para cargos na gestão estadual. Vai ter uma bancada independente na AL, e será a 2a maior bancada com três deputados: Kelps Lima e Allyson Bezerra, além da chegada da deputada reeleita Cristiane Dantas (PPL) que vai se filiar ao partido ao lado do marido e ex-vice-governador Fábio Dantas (PSB)”.
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