O desembarque do ex-prefeito (três vezes) José Pinheiro (PR) no palanque da prefeita e candidata à reeleição do Apodi, Gorete Pinto (PMDB), é um reforço considerável. Ela ganha musculatura para continuar na prefeitura.
Mas ao mesmo tempo, o atalho tomado por Pinheiro – que desistiu de candidatura de oposição, alegando problema de saúde – produz uma situação muito alvissareira para o professor Flaviano Monteiro (PCdoB).
Candidato a prefeito pela segunda vez consecutiva, Flaviano firma-se como principal baluarte oposicionista e em condições de dilatar seu capital de votos para outros embates.
Com parcos recursos, descolado de forças tradicionais e com tenacidade, o professor Flaviano é o nome de proa da bipolarização política em Apodi.
Mesmo que venha a ser derrotado nas urnas, não tem como sair descapitalizado. Está no lucro, paradoxalmente, graças – em parte – ao próprio Pinheiro.
Enquanto isso, o ex-prefeito José Pinheiro sai do topo para ser peça secundária na engrenagem do poder nesse espaço geopolítico. Extravia parte considerável do prestígio que amealhou nas últimas décadas e vira troféu de conquista dos donos do poder.
Carlos, transito diariamente naquela região e uma pessoa bem situada me disse que durante a atual campanha as agressões entre os correligionários de Pinheiro e Gorete foram fortes e praticamente impossíveis de cicatrização rápida o necessário para uma união completa. Com isso, Flaviano pode estar ganhando a eleição de Apodi de presente. aguardemos o dia 07 para ver.