Veja só o que circula hoje na coluna "Painel" da Folha de São Paulo:

Duas mulheres

Pressionado pelo Planalto e pelo núcleo governista de seu partido, Garibaldi Alves (PMDB-RN) diz que, "por ora", está "inclinado a apoiar Dilma" nacionalmente, ainda que pretenda se reeleger senador abraçado à candidatura da oposicionista Rosalba Carlini (DEM) ao governo potiguar.

Nota do Blog – O senador há muito mandou às favas principios partidários.

Ele quer se reeleger, mesmo que isso signifique tamanha pirueta político-partidária-ideológica.

O vereador mossoroense Jório Nogueira (PDT) conversa com o Blog e justifica projeto aprovado pela Câmara de Mossoró, batizando a "Praça da Convivência" da Avenida Rio Branco com o nome da governadora Wilma de Faria (PSB). O Blog tratou do assunto AQUI na quinta (24), em postagem às 23h37.

Jório garante que tem amparo na Lei Orgânica do Município (LOM), que apontaria casos especiais à homenagem a personalidades vivas. Não haveria conflito com a legislação. Em sua ótica, o veto assinado pela prefeita Fátima Rosado (DEM) foi um "ato político", para não enaltecer a governadora que foi responsável por liberação de 70% dos recursos à urbanização da Avenida Rio Branco.

Reitera, ainda, que a Assessoria Jurídica da Casa deu respaldo ao projeto.

Até bem pouco tempo, Jório era componente da bancada governista. Na oposição, ele enxerga o governo com base no conhecimento e convivência de quase um ano. "A administração de ‘Fafá’ procura a todo custo encobrir os feitos do governo Wilma", comenta.

Ele também rebate versão que setores da imprensa "azul-turquesa" imprimem, dizendo que ele tentou prejudicar a imagem do industrial-empresário Manoel Duarte, um dos heróis da resistência ao bando de Lampião em 1927. O nome da praça, batizado com Wilma de Faria, não encobriria a homenagem já feita a Manoel. Desde 1987 existe o Largo Manoel Duarte na própia área da Rio Branco.

Nota do Blog – O Blog tinha dado esse assunto por encerrado, mas o retoma em respeito ao contraditório, algo sagrado nesta página. Voz de direito ao vereador Jório Nogueira.

Entretanto não mudo o que já escrevi na postagem anterior, que dá origem à réplica do parlamentar.

Não encontro na LOM nada que assegure o batismo de logradouro público com nome de patrono vivo. Existem homenagens por aí dessa forma? Sim, existem.

Temos a "Praça Wilma Maia" no bairro Carnaubal, o "Conjunto Geraldo Melo" no Alto da Pelonha e muitos outros exemplos. Todos ferem a lei.

A prefeita agiu certo, mesmo que tenha também sido uma forma de acertar politicamente a governadora Wilma de Faria.

Quanto ao herói de verdade Manoel Duarte, quase ninguém lembra que há pouco mais de dois anos, a Prefeitura de Mossoró "arrancou" o busto dessa personalidade do largo que tinha o seu nome e o jogou num ferro velho. Não foi o vereador Jório que promoveu essa barbárie cultural e desrespeitosa à família do homenageado.

Graças a uma campanha deste Blog e do jornal Página Certa, o busto ganhou um lugarzinho na  Praça da Convivência, depois de recuperado pela família de Manuel Duarte.

Tem mais: o mesmo aconteceu com o busto do industrial Francisco Heronildes da Silva, o "Nias", igualmente denunciado por este Blog e o Página Certa (AQUI).

Portanto, quem tem o hábito de insultar famílias que não são Rosado, não é o vereador Jório e, sim, essa patota infame que governa Mossoró com arrogância, humilhando pessoas de bem, que não se ajoelham diante de si.  

Essa é a verdade histórica, sem maquiagem ou politicalha.

O Natal de padre Fábio de Melo está sendo duplamente feliz. Primeiro porque ele está em Natal, no Rio Grande do Norte, uma graça de cidade. Segundo porque embolsará por uma única apresentação a módica quantia de R$ 221 mil paga pela prefeitura da cidade.

Fábio é um sacerdote católico, cantor, compositor, apresentador, poeta, escritor, professor, ligado a Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus. Sim, e é também amigo da prefeita de Natal, Micarla Araújo de Sousa Weber, 39 anos, do PV da senadora Marina Silva. Deu uma força à campanha de Micarla no ano passado. Não cobrou nada por isso.

O padre-cantor rezará e cantará esta noite no estádio José Machado, o Machadão, encerrando o ciclo de festejos do Natal em Natal. Roberto Carlos recebeu R$ 150 mil da prefeitura por um show que fez por lá em julho último. Bibi Ferreira cantou ontem por R$ 55 mil. E Zé Ramalho, anteontem, por R$ 60 mil.

O cachê de padre Marcelo Rossi anda na casa dos R$ 70 mil.

Você entregaria sua alma aos cuidados de padre Fábio?

Leia e medite sobre uma pérola do pensamento dele:

– A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos. Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.

Durante muito tempo eu fiquei preocupado com o que os outros achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam], porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito.

* Extraído do Blog do Noblat.

Nota do Blog – Em poucos minutos posto material analítico sobre o assunto, mostrando ângulo que ninguém atentou ainda: afinal de contas, quanto custa realmente um show de padre Fábio de Melo?

A polêmica criada em torno da homenagem à governadora Wilma de Faria (PSB), que teria seu nome na Praça de Convivência da Avenida Rio Branco, é a bobagem deste final de ano na política provinciana de Mossoró.

Uma situação constrangedora para todas as partes.

Na verdade, a prefeita Fafá Rosado (DEM) agiu em respeito à lei, ao vetar o projeto. O vereador Jório Nogueira (PDT) se precipitou. A Lei Orgânica é muito clara ao vetar o nome de pessoas vivas para ruas, praças e prédios públicos.

Acabou criando uma situação delicada para a governadora Wilma, que foi homenageada e viu seu nome retirado, e para a prefeita Fafá, que teve o desgaste de vetar uma homenagem para a governadora do Estado, que garantiu a quase totalidade dos recursos da obra em questão.

Agora, situação delicada mesmo ficou para a Câmara. Como é que os vereadores aprovam um projeto de lei, se ele está em desacordo com a Lei Orgânica?

Será que os vereadores não conhecem a Lei Orgânica do Município? Ficou parecendo isso, o que é lamentável e preocupante.

* Extraído do Blog de Julierme Torres AQUI.

Nota do Blog – Hô! Hô! Hô, Julierme. Não estranhe. Faça como o Papai Noel: dê boas risadas.

Essa é a mesma câmara que aprovou projeto com regimento militar para agentes de trânsito, que são civís, por pura pirraça e ordem de seus superiores no Governo;

É a câmara que aprovou autorização para o Executivo movimentar mais de R$ 100 milhões da receita-2010, sem pedir autorização à Casa;

É a câmara que rejeitou 64 emendas ao Orçamento Geral do Município (OFM), só porque eram da oposição;

É a câmara que decepciona, trai as aspirações da sociedade e insulta a inteligência alheia.

Nesse caso, o veto da prefeita é absolutamente natural e não deve ser tratado como picuinha. O assunto tende a ser encerrado rapidamente, pois além de inócuo é ridículo.