quarta-feira - 03/04/2013 - 09:14h
Mossoró

“Herança maldita” pressiona início de Governo Cláudia

Cláudia e Fafá: contas que não batem (Carlos Costa)

Sucessora da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, a ex-vereadora e ex-vice-prefeita Cláudia Regina (DEM) tem uma “herança maldita” em mãos. Só que não pode externar publicamente isso.

Resmunga para poucos interlocutores.

Como foi apoiada por Fafá, fez parte de sua base de apoio e é do mesmo sistema político, tem que engolir tudo a seco. Paga o ônus.

Cortes em vantagens salariais de servidores, retração em custo da máquina pública (como limitação de combustível para veículos automotivos), contratação de cargos comissionados abaixo do que é cobrado por correligionários e dívidas enormes deixadas pela antecessora revelam pressão do início da gestão de Cláudia.

O “buraco” é impossível de ser medido a distância, de fora para dentro e sem dados confiáveis que só mesmo o governo possui. Politicamente, a prefeita sabe que não é prudente olhar pelo “retrovisor”, culpando o que passou para explicar e justificar o presente.

Propaganda

Sabe-se que só em relação à propaganda, a dívida com agências quatro agências seria superior a R$ 2,5 milhões.

Houve atraso também nos repasses da prefeitura à Previ-Mossoró (previdência própria da municipalidade), no final da administração passada.

Muitos servidores comissionados e outros que atuavam em empresas terceirizadas, durante o Governo Fafá Rosado, continuam aguardando o novo emprego. Alguns passam situação aflitiva. Centenas deles vão continuar desempregados, pois Cláudia Regina não quer perder controle das contas.

Uma obra de enorme importância estratégica para a saúde pública do município, como a Unidade de Pronto-Atendimento do bairro Belo Horizonte (UPA), inaugurada no dia 28 de dezembro do ano passado, três dias antes de Fafá entregar o governo, continua fechada. É um monumento à irresponsabilidade e desdenha a lei.

Cláudia tenta administrar calada essa relação com quem a apoiou. É provável que leve vários meses para botar os números em dia.

Mesmo assim, é impossível que consiga o milagre de deixar todos os insatisfeitos felizes.

Tem que suportar calada. Porém não significa que tenha que se submeter a todas as pressões e eventuais chantagens de aliados.

É, enfim, uma relação que deixará sequelas – algo comum no poder.

Perto de completar 100 dias de gestão, Cláudia Regina prioriza a arrumação da “casa”. Assim, não pode e não deve fazer certas concessões, que podem se transformar em permissividade.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Rui Nascimento diz:

    É bastante satisfatório o início da gestão de Cláudia. Mesmo não tendo votado nela torço para que faça uma grande administração, não seria imbecil de desejar um mau governo, pois todos nós seríamos prejudicados. Agora, ela merece um pouco do que está passando, paga por ter sido cúmplice da administração inócua e sem comando de sua antecessora, pois ela e toda Mossoró sabia quem realmente mandava no Palácio da Resistência. Portanto, a “fatura” de sua omissão enquanto vereadora, que apoiava tudo e mais um pouco dos desmandos do “prefeito de fato”, está sendo cobrada agora. O jeito agora é se virar!

  2. Ricardo Lopes diz:

    Inclusive dívidas da campanha não estão sendo sanadas,um amigo,dos mais trabalhadores que conheço,já vendeu o carro, esta vendendo o seu único apartamento porque literalmente “A campanha de Cláudia” o quebrou,a conta é pra mais de R$ 300.000,00 , ele esta desesperado e ela nem “Thuiú”.

  3. RAIMUNDO NONATO SOBRINHO diz:

    — Se a Claudia era cúmplice de Fafá merece o mesmo castigo; porque cúplice e criminoso são a mesma coisa.
    — Não tenho dúvida a ficha caiu; e logo as consequências virão a tona.
    — Segundo um verador da cozinha da ex Prefeita ela está com o futuro político garantido. Acredita na burrice do povo.
    —90 ou 100 dias não faz mais diferença; são a mesma coisa. As promessas não serão cumpridas e as bombas vão explodir.

  4. RAIMUNDO NONATO SOBRINHO diz:

    CLAUDIA REGINA: 100 DIAS
    Parte I
    O que mudou, e o que pode mudar
    —A prefeita de discurso forte e penetrante junto às camadas sociais mais sofridas da cidade, aproxima-se dos 100 dias de governo sem nenhuma novidade. Surprêsa, para mim não; conhecendo seu perfil de pastora do sistema que mantém a elite na sombra, enquanto a massa é quem paga a conta não poderia me enganar.
    — A prefeita eleita teve uma campanha milionária numa aliança política partidária que deu o que falar; onde subiram ao seu palanque velhos cacifes da política do RN como Garibalde, José Agripino e João Maia. Contou ainda com um financiamento privado que para muitos fêz toda a diferênça. Para os analistas de plantão essa aliança somado ao financiamento privado pode trazer algumas amarras administrativas, o tempo vai dizer.
    —A aproximação dos 100 dias já nos dar toda garantia que não teremos grandes surprêsas, e as novidades que poderia trazer a nova administração já ficaram no passado recente.
    —100 dias são suficientes para diagnosticar a nova administração, não mais já nos mostra um perfil; capaz de sentir que pouca coisa pode mudar.
    —As promessas de campanha não serão nem de longe cumpridas, restante apenas mantêr o básico quando fôr possível; coisa que neste início de governo está sendo muito difícil, percebemos facilmente as dificuldades.
    —Mais realmente o que aconteceu nesses 100 dias de governo que os Mossoroenses poderia destacar como novidades, ou mesmo como sendo as maiores dificuldades:
    —1. A Prefeita eleita elegeu segundo ela suas prioridades que poderia melhorar e transformar o dia a dia do povo Mossoroense. Saúde, Mobilidade e Segurança.
    —1.1. A Saúde, não resta dúvida que será seu maior desafio; uma lança no seu tendão, que vai sangrar durante toda sua gestão sob júdice, que ninguêm sabe até quando. Um novo Modelo de Gestão para a Saúde foi o que prometeu a Prefeita em campanha, mais que até o momento nenhum lampejo de mudanças. O que percebemos é que a situação piorou muito durante estes 100 primeiros dias, como o esvaziamento de servidores, natural em qualquer mudança de governo, mais não se justifica o desabastecimento de medicamentos e a ausência de tantos médicos nas UBS.
    —A Atenção Básica que é o carro chefe da saúde municipal, está com sérios problemas em toda sua extensão, funcionando a lá Saci Pererê. Faltam médicos, e medicamentos; é preciso repor alguns funcionários exonerados na mudança de governo, e o que se percebe é que a Prefeita está tendo problemas de reposição porque sabemos da pressão que vem dos vereadores da base, onde já detectamos algumas aberrações como a nomeação de dezenas de servidores intitulados de Sub-Chefe do Programa Saúde da Família (SPSF), quando sabemos que este cargo não existe.
    —Os setores da saúde inseridos na Média e Alta Complexidade também não avançaram a ponto de si perceber qualquer avanço nesses 100 primeiros dias. A inauguração da central de Regulação não passou de uma mudança de endereço muito bem explorada pela Prefeita que conta com o apóio da mídia.
    —A prefeita ao assumir chamou as responsabilidades para si e os problemas para o seu birô sempre diante dos holofotos da Mídia, da imprensa, e anunciando empresas de Assessorias como a Falconi, um Consultor de nome Batinga dando a entender que tudo seria fácil. Porém logo a realidade veio a tona e os problemas também, e nem o que estava encaminhado pela antiga administração foi possível colocar em prática como o CRAS no São Manoel que está em reforma a 8 meses, a UBS da Ilha de Santa Luzia há quase 2 anos e a UPA do Belo Horizonte que é cobrada todo dia pela população. Promessas de ampliar a Atenção Básica com mais 8 UBS, e mais uma UPA nos Abolições devem ficar para o próximo ano se Deus quiser. A fragilidade da nossa rede municipal de Saúde é notória, mais nada que não fosse do conhecimento da nossa Prefeita, e a situação se complica ainda mais quando associamos a rede estadual; os últimos acontecimentos vinculados a imprensa tem demonstrado essa dura realidade.
    —Mossoró não é uma cidade diferente das demais cidades brasileiras com suas deficiências e seus vícios, mais tem gente querendo maquiar essa realidade.
    —1.2. A Mobilidade também foi colocando como prioridade de governo pela nossa prefeita, e 100 dias depois nenhuma novidade, nenhum avanço. Um projeto em construção segundo a prefeita está no forno e logo teremos novidades. Seu idealisador imaginem um técnico de credibilidade duvidosa, mais que para a Prefeita o que importa é o talento, e a nossa esperança nas mãos de um condenado. Medidas urgentes de pequeno porte que poderia trazer esperança para o cidadão foram renegadas ao compromisso. Não podemos esquecer a questão dos ambulantes no centro da cidade que continua infernizando os pedestres, e nenhuma medida foi tomada até o momento. Também é preciso retomar as discursões sobre a construção do SHOP Popular. Chegou-se a noticiar o retorno de algumas linhas de ônibus desativadas, como novidades na mobilidade urbana. Uma triste realidade de quem não tinha o que anunciar até o momento para a Mobilidade Urbana. A questão do trânsito no centro da cidade agravado pelos visitantes que todo dia chegam a cidade de todas as regiões em busca de serviços ou mesmo consumidores; mais que era preciso de medidas urgentes, mais que a prefeita não se pronunciou, que mais parece acuada sem forças para reagir. Esses são os menores problemas que se agravam quando sairmos pala periferia da cidade. A questão da Mobilidade Urbana.
    —1.3. Segurança: Sem qualquer prognóstico, porque simplesmente não existe nada para ser avaliado até o momento, a segurança é zero, nenhuma medida eficaz capaz de inibir o avanço da violência, nada de parcerias com o governo do estado, nada de abertura de postos policiais, e a guarda municipal parece que não faz parte do contexto de segurança. Tem um ponto positivo a chamada de novos guardas municipais por concurso, o que pode no futuro vi a servir ao cidadão mossoroense quando o gestor tiver outra visão da guarda municipal.
    —Não podemos deixar de destacar a questão do funcionalismo. Infelizmente a Prefeita tem demonstrado contradições; é o que se tem observado. Existe uma preocupação por parte da Prefeita em cumprir promessas de campanha criando cargos e nomeando Chefes de Setor (CS) e Chefes de Departamento (CD) as dezenas, um verdadeiro exército de seguidores. A Prefeita não tem nenhuma dificuldade de nomear 100 Chefes de Departamento, mais nomear um médico para o PSF é quase impossível. Porém:
    —Na Cultura a coisa parece ser totalmente diferente. As visitas da nossa Prefeita a Brasília tem deixado o Secretário de Cultura nas alturas, e os 40 milhões anunciados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve garantir a festança no Corredor Cultural. Habilidosa como é a nossa Prefeita com certeza, se esse dinheiro fôr liberado ela vai remanejar parte para a saúde; que seja bem vindo. Ninguem vai perceber. Algo começa a me chamar a atenção; as desculpas que começam a brotar de dentro do sistema, tem algo de estranho no ar.
    —Assim chegaremos aos 100 dias sem maiores novidades.

  5. OSORIO diz:

    SEM FALAR QUE OS ALUGUEIS DOS MESES DE OUTUBRO A DEZEMBRO ESTÃO ATRASADOS, SEM NINGUEM SABER INFORMAR NADA. HAJA MÃO LIMPAS NISSO.

  6. Francy Granjeiro diz:

    CS, você tocou no ponto certo:“Herança maldita” pressiona início de Governo Cláudia do desgoverno passado…Hoje no programa Observador Político Genivan Vale falou que a prefeitura deve muito.Eu entendi ele dizer que a prefeitura tem um rombo grande.
    E Cláudia Regina estar atada a passos de tartaruga, idem Micarla e Rosalba, tudos a ver as 3.
    O ROMBO DA PREFEITURA DE MOSSORÓ
    Por Wilson Cabral –
    Dívida é dívida, e a Prefeitura de Mossoró deve 60 milhões de reais aos funcionários, a dívida do governo de Rosalba Ciarline que em 1997 sequestrou FGTS dos funcionários, na campanha Cláudia prometeu pagar, mas depois de eleita e assumindo o governo não fala nesta dívida.Os 60 milhões de Mossoró fico triste pelo silêncio dos nossos vereadores, eles se preocupam com tudo, menos em pagar aos servidores enganados pelo erário, uma completa sacanagem com os nosso barnabés e Cláudia nada fala, nada diz, o processo está transitado e julgado, só falta a prefeitura pagar, fico sem saber porque os recursos da prefeitura não são sequestrados para pagar esta enorme dívida, justiça é lenta e mal vontade de Cláudia em honrar esta dívida é maior, na campanha ela disse que ia pagar, promessa é dívida e este sítio continuará cobrando.
    E a imprensa laranja/azul omite os fatosa num dão um pio sequer.
    .
    Dep Sandra Rosado convida ministro da Saúde, Alexandre Padilha para conhecer a triste realidade da saúde em Mossoró. A deputada falou da situação da UPA do Belo Horizonte, do Hospital da Mulher, das UTIs pediátricas e também da necessidade de se aumentar a oferta de vagas para o curso de Medicina da UERN.
    Tremei Cláudia Regina.

  7. Francisco Bezerra diz:

    Cadê o MP? Foi tão operante na “operação sal grosso” e é por que o Vereadores devolveram tudo que deixou de ser descontado nos empréstimos. O problema do Brasil é esse: o pau sempre quebra no lombo do mais fraco! Até as crianças de Mossoró sabem dos desmando da antiga administração, menos o MP!

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