No inÃcio de fevereiro de 2019, a Assembleia Legislativa do RN, já com seus novos ocupantes à legislatura 2019-2022 vai escolher os membros de sua nova Mesa Diretora. Até lá, não faltarão favoritos e nome “certo” à presidência da Casa. Mas o adjetivo “certo’ nem sempre se encaixa nos fatos.
É comum em eleições internas no parlamento, que aconteçam surpresas, reviravoltas e decisões alheias a prognósticos antecipados com muita antecedência. A história é quem conta.
O atual presidente da Casa e tido como provável eleito-reeleito em fevereiro, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB, à época no PMDB), é a prova viva de que está com eleição certa não é uma garantia. Ele correu por fora e foi eleito em 2 de fevereiro de 2015 à unanimidade dos votos.
Costuras silenciosas descartam Ricardo Motta
Até algumas horas antes, Ricardo Motta (PSB, à época no Pros) estava certo de sua eleição/reeleição. A contabilidade variava entre 16 e 18 votos assegurados. Nos bastidores, uma costura polÃtica silenciosa envolveu até o governador Robinson Faria (PSD), que antecipou retorno de viagem a Natal e fechou alguns apoios a Ezequiel.
Nessa narrativa, o prefeito mossoroense à época, Francisco José Júnior (PSD, hoje sem legenda), cumpriu missão pontual para reforçar a eleição de Ezequiel. E assim aconteceu. Motta ficou praticamente sozinho.
Depois, Ezequiel foi reeleito para o atual biênio, sem maiores dificuldades ou mÃnima oposição.
Em 1989, o deputado Vivaldo Costa surpreendeu Paulo de Tarso Fernandes, num tessitura nos intramuros desse poder, que teve como um dos principais arquitetos o deputado Carlos Augusto Rosado. Fernandes estaria eleito por aclamação, porém saiu derrotado. Sua decepção com os acontecimentos que marcaram esse episódio foram tão grandes, que acabou até mesmo desistindo da polÃtica.
Nunca mais foi candidato à nada.
Eleição perdida num almoço e a força dos Maias
Em 1987, o deputado Nelson Freire foi eleito presidente da AL como “zebra”, numa chapa fechada em tempo recorde. O então deputado Valério Mesquita costuma contar, até em tom jocoso, que enquanto foi a MacaÃba para almoçar, perdeu a presidência para Freire.
No pleito interno de 1981, as costuras polÃticas partiram do próprio Palácio Potengi (então sede do Governo Lavoisier Maia) e da Fazenda São João (endereço do ex-governador TarcÃsio Maia). Os Maias tinham interesse na eleição do deputado Carlos Augusto Rosado. Queriam fortalecer seu grupo em Mossoró e região, provocando racha no rosadismo.
MarcÃlio Furtado e o ex-presidente Alcimar Torquato duelavam pelo cargo, mas Carlos acabou ungido. Adiante, distanciou-se da liderança dos tios Dix-huit Rosado (prefeito) e Vingt Rosado (deputado federal).
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Ofidiário.
NOTA DO BLOG – kKKKK!
O mais inocente olha a mãe do outro tomando banho nua.
“A melhor das cobras é sempre uma cobra”.