A campanha municipal de Mossoró deste ano traz algumas peculiaridades, que não são detectadas em outras tantas do passado. Reflexo de uma conjuntura diferente e pré-campanhas distintas de governistas e oposicionistas.
Pela primeira vez, uma candidatura de oposição tem mais partidos coligados do que o governismo: a Coligação Mossoró Feliz da deputada estadual Larissa Rosado (PSB) amealhou 14, enquanto a vereadora e concorrente governista – Cláudia Regina (DEM) – possui nove.
A mesma Coligação Mossoró Feliz tem 124 candidatos a vereador, contra 120 da Coligação Força do Povo, de Cláudia.
Em se tratando de tempo em rádio e TV, há também dianteira de Larissa em relação à adversária do governo.
Larissa possui 13min32s por dia, mais 1.218 inserções soltas na programação; Cláudia Regina desponta com 10min15s, mais 923 inserções.
Quando o assunto é pesquisa, o cenário discrepante continua. Em seis pesquisas divulgadas até o momento, por quatro institutos diferentes, Larissa Rosado vence em todas. De 1992 para os dias atuais, esse “fenômeno” não tinha se verificado. Os governistas sempre foram os destaques.
Mas há algo muito favorável à Cláudia, também quebrando a “normalidade” das campanhas mossosoenses: pela primeira vez, desde 1992, uma candidatura a prefeito tem apoio do governismo municipal e estadual.
Em 1992, essa situação favoreceu o então vice-prefeito Luiz Pinto (PFL), apoiado pela prefeita Rosalba Ciarlini (PFL) e pelo governo estadual do hoje senador José Agripino (PFL).
Contudo, Luiz perdeu o pleito para o ex-prefeito Dix-huit Rosado (PDT), numa maioria de 4.393 (5,64%) votos.
Parte desse quadro foi construÃdo paulatinamente, ao longo de meses e meses de pré-campanha. No dia 19 de março deste ano, o Blog postou matéria sob o titulo “Pré-campanha, um segredo para vencer” (veja AQUI) .
Nessa matéria é defendida a importância de se trabalhar bem a pré-campanha, costurando polÃtica de alianças, montando equipe de trabalho e tomando outras providências. Em parte, é isso que assegurou à Larissa Rosado certa robustez e afinação para a contenda de forma oficial.
Enquanto ela fora lapidada e tivera uma candidatura moldada para a disputa, Cláudia Regina foi escolhida após um dramático processo de exclusões, decorrente da queda-de-braço e interesses conflitantes entre o grupo da governadora Rosalba e o esquema da prefeita de fato Fafá Rosado(DEM).
A governadora frustrou-se por não viabilizar sua irmã, a vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM). O “fafaÃsmo” passou meses tentando cevar o nome do então secretário da Cidadania, Chico Carlos (PV), sem sucesso. E nenhum dos dois queria Cláudia, não obstante saberem de seu melhor perfil à campanha.
Sem saÃda, rosalbismo e fafaÃsmo engoliram a postulação de Cláudia, que se fez pelo próprio esforço.
A boa pré-campanha ajuda sobremodo o candidato, mas não lhe assegura vitória.
Como se diz na gÃria do futebol, “treino é treino, jogo é jogo”.
O jogo está sendo jogado.
Prezados,
Isso só mostra que essa campanha é jogo, de um lado a prima, do outro uma pessoa que não se queria pelo dois lados.
Continuando usando a “lÃngua” de boleiro, assim, como um time que é superior tecnicamente e entra em campo “de salto alto”, achando que vai fazer o gol no momento em que desejar, a situação agiu como se a qualquer momento, ou quem quer que fosse o(a) candidato(a) ganharia a eleição, subestimou o processo da pré campanha e a união de partidos que poderiam fazer frente a uma situação que teria as duas máquinas na mão, prefeitura e estado. Bem, a campanha não está decidida, mas, a essa altura pode-se atestar que Larissa tem o favoritismo.
Parabéns, Carlos Santos. Você foi completo neste seu texto.
Não adianta… CLaudia ainda é a melhor candidata para prefeita de Mossoró…