Por Carlos Santos
Essa é uma tragédia que alcança qualquer um de nós, seja lá quem for, com qualquer papel na sociedade: rico, pobre, remediado.
Não é a tragédia da morte, mas da vida interrompida.
É o fim antes da hora, o corte abrupto da vida – em sua aurora.
É aquele adeus que não ficou combinado, um até logo que ninguém definiu.
Estamos diante da fatalidade, da imperícia, da imprudência ou da falta de sorte? Talvez apenas estejamos em contagem regressiva à próxima morte.
É a perda que não vai só, porque mutila e faz fenecer muitos que ficam.
A gente então se pergunta: até quando? Quantos ainda irão mais cedo?
Por favor, não digas: “Sinto muito!” Nenhum pesar é o bastante para ser muito.
Mas a compaixão é, mesmo assim, o sentimento dos que sentem também. Dos que resolvem dividir a dor alheia, na esperança de fazê-la menor.
De verdade, eu não sei o que pai e mãe estão passando. Sequer os conheço superficialmente. Sou pai. Esse filho também passou a ser meu – é o que sei e sinto.
* Para cada pai e mãe que sente a dor não definida e jamais sanada.
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Verdade amigo, durante minha passagem inerente atividades políticas e laboral na Assembleia Legislativa, convivi com Benes e Ana Karina, o sentimento da fragilidade humana que estão vivenciando é imensurável, só Deus e o tempo irão acomodar a família de Benes Júnior.
Estamos no extremo. O que acontece é uma tragédia anunciada há anos.
Perdemos vidas diariamente. O sentimento de pesar é de todos nós, reféns dos bandidos das ruas e de colarinho branco.
Até quando?
A situação está incontrolável. Que o diga os moradores da cidade do Rio de Janeiro, onde as forças armadas nem de longe estão dando conta do recado.
O fato de os três poderes não enxergarem um centímetro além do ‘pau de suas ventas’, ambos estão mais perdidos que cachorro de pobre em dia de mudança. Au! Au! Au! Au!
Lembrando que, de cada dez assassinatos, apenas DOIS são solucionados.
E olha que a ‘puliça’ dispõe de um ‘serviço de inteligência’. Imagine se não dispusesse.
Lembrando ainda que, neste momento a prioridade do governo (e da TV Globo) é descobrir os assassinos da vereadora carioca.
Os outros cidadãos e cidadãs assassinados, são secundários. Deixa pra lá.
Ontem, o sono foi difícil. A tristeza me encolheu. A dor por pais que não conheço, mas se tornaram próximos.
Os meus dias à janela, aguardando meus filhos.
Vi aflorar seus sentimentos, Carlos Santos. Muito linda
a exposição da alma do homem que escreve . Mostra que participa do espírito da palavra. Que ela não é, apenas, comunicação entre as pessoas. Transporta o conforto, mostra o mergulho no âmago de cada letra e, ao lado da notícia, diz, estou aqui! ” Sou pai”, tento compartilhar a dor, na esperança de minimizá-la.
Falou por todos nós, na linguagem do amor ao próximo!
Sei a exata dimensão da dor dos seus pais, por ter evolado uma filhinha aos sete anos de idade, vitimada por erro médico. Sei, também, o quanto pesam as sandálias de chumbo da tristeza. Tem que se ter muita fé, para que Deus nos vista com o Sudário da conformação espiritual. Roguemos a Deus para que amapre os genitores desse jovem com a unção da fortaleza espiritual.
Em adendo à postagem anterior: …Roguemos a Deus para que AMPARE …
Ora – direis – “Até quando?” Certo perdeste o senso.
E eu vos direi, no entanto:
– Perguntem ao Tião da Prest, o vice mossoroense do “Governo da Segurança”.
Ninguém mais qualificado que ele para responder.