O que torna mais bela uma cascata?
O volume ou a altura da sua queda d’água?
Quem sabe se não é a limpidez, cristalinidade e transparência da sua água, a formar espumas brancas, quando completa sua queda, que faz a beleza da cascata?
Ou será durante o dia, ao refletir os raios do sol, formando cores que nenhum pintor ainda conseguiu reproduzir ou durante à noite ao criar a linda colcha de retalhos com o brilho da lua e das estrelas?
A tudo isto some as borboletas multicoloridas enfeitando a vegetação em volta.
Esta é a beleza que vejo nas cascatas.
E o segredo? Qual o grande segredo da cascata?
Não existe segredo.
Tudo está exposto, claro, nada escondido. Apenas um pouco de sensibilidade para tudo enxergar.
O que existe é o não parar de jorrar. Seja a enorme Sete Quedas, seja uma pequena cascatinha encontrável em tantos morrotes, a cascata só existe enquanto jorrar.
Imagine as Sete Quedas sem uma gota de água.
Jorrar sempre, até porque só existirá como cascata enquanto jorrar.
Assim como as cascatas, somos nós. Por mais difícil que sejam as dificuldades, por mais seco que esteja o filete d’água, sempre jorrar e nunca deixar de acreditar que sempre haverá uma gotinha de água chamada esperança.
E jamais desistir.
Jorrar sempre, pouco ou muito, mas nunca deixar de jorrar.
Este é o segredo da cascata e da vida.
Inácio Augusto de Almeida é escritor e Jornalista
Excelente, amigo Inácio Augusto.
Crônica leve e cristalina como uma linda cascata sob o sol.
Parabéns!
Crônica que dedico ao Marcos Ferreira.
MF é a grande cascata da literatura mossoroense.
Inácio Augusto de Almeida
Muitíssimo obrigado, caro Inácio.
Uma honra para mim esta sua homenagem.
Forte abraço de estima e admiração.