O portal Mossoró Hoje noticia que uma professora de 67 anos está com suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC) na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Bairro Santo Antônio, em Mossoró-RN. Precisa com extrema urgência de uma tomografia no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), além de avaliação imediata de um neurologista. Foi internada no início da madrugada deste sábado (26).
O caso desesperador é jogado para a UPA, que não tem meios nem responsabilidade por pacientes de urgência e emergência. O único pronto-socorro no município, é do Estado: o HRTM. Cabe obrigatoriamente a esse hospital o atendimento. À UPA em todo o país, conforme normatizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o papel é de pronto-atendimento clínico.
“Apesar dos pedidos dos profissionais da UPA para a transferência da paciente, diagnóstico e tentar salvar sua vida, os médicos do HRTM dizem que não têm como recebê-la, porque não tem sequer local para colocar respirador pulmonar, numa possível necessidade de intervenção cirúrgica,” relata o Mossoró Hoje.
Informação atualizada apurada pelo Blog Carlos Santos é de que familiares da professora conseguiram falar com a própria governadora Fátima Bezerra (PT), que “autorizou” o socorro pelo HRTM. Porém, a demora comprometeu o transporte pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e o plantão da Upa teve que intubar a paciente.
Devido obediência à “Nota Informativa” 9/2024 da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP/RN), que bate de frente e se sobrepõe à própria legislação federal do SUS (veja AQUI), sobre fluxo de atendimento, o HRTM cria barreira à chance de vida à professora e a outras centenas e milhares de pacientes. O documento estabelece mudança no “Perfil das portas de entrada das unidades de referência estaduais em Mossoró.”
Em Natal, a mesma experiência foi fracassada porque um homem vítima de infarto, aos 56 anos, morreu em 2021 depois de não ser recebido pelo Hospital Walfredo Gurgel. Portas fechadas para ele. Em Mossoró, o modelo que deu errado na capital promete muitas outras tragédias. A menos que a governadora resolva despachar caso a caso por telefone, dizendo quem deve ter a chance de viver ou morrer. Ela decidirá, que se diga.
Pobre RN Sem Sorte.
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