Com cerca de 120 mil servidores na estrutura do Estado (incluindo os aposentados), a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tem uma missão hercúlea pela frente: reconquistá-los.
A tarefa não é fácil. Em cerca de 16 meses de gestão, a governadora manteve permanente clima de beligerância com os “barnabés”, além de ter promovido acentuado corte na remuneração da classe. Não faltaram ainda seguidos dribles nos próprios compromissos assumidos.
Até quando executa o pagamento salarial, ela desagrada. Durante o pagamento feito aos servidores da Universidade do Estado do RN (UERN), no dia passado, com bancos superlotados, o mal-estar era generalizado.
Na boca do caixa, a “Rosa” só recebia insultos, pois tinha ordenado o bloqueio do pagamento apostando que a Justiça iria considerar ilegal a paralisação dos funcionários dessa autarquia, o que não ocorreu.
Aí, diante do inesperado, teve que voltar atrás. Um desgaste a mais, sem remendo. Pagou no dia seguinte, mas sob revolta coletiva dos servidores.
Com 120 mil pessoas e seus familiares falando mal do governo, o que pode ser entendido para algo em torno de 600 mil pessoas (cinco pessoas por família), Rosalba precisará de verdadeiros milagres para reverter a antipatia.
Difícil, muito difícil.