A decisão interna apertada no PT de Mossoró, de apresentar um candidato próprio à prefeitura nas eleições municipais deste ano, tomada nesse domingo (18), é particularmente emblemática. Não apenas por devolver o partido à trajetória de postulações próprias, como pelo efeito ainda abstrato que produz nos grupos tradicionais dos Rosado do A e do B.
Avaliam-se perdas e ganhos, a partir da postulação.
A postulação confirmada de Josivan Barbosa, por 162 votos contra 157 (cinco votos de maioria), segundo a prévia ocorrida na sede do Sindicato dos Empregados no Comércio de Mossoró (SECOM), levará o PT à sua sétima eleição municipal como cabeça de chapa, em oito campanhas municipais que participou. Apresenta candidatos próprios desde 1982.
Josivan mexeu com os dois lados do clâ Rosado; dificuldades continuam (Cézar Alves)
Só em 2008, o último pleito, é que o partido adotou a tese da ‘aliança tática’ com o PSB da deputada estadual Larissa Rosado, para tentar vencer o poderio sem-fim do DEM. Não obteve êxito e sofreu profundo desgaste. Sequer elegeu um vereador.
Agora, o PT retorna um caminho com o selo de “força alternativa”, mas ainda marcado por um processo interno bastante desgastante. Caberá ao próprio Josivan, um neopetista, contando com apoio de lideranças históricas, a tarefa de tornar sua postulação uma bandeira do partido, superando as querelas e antipatias pessoais-ideológicas que emergiram nos últimos meses.
O partido perdeu muito tempo, deixou de pavimentar caminho do seu pré-candidato e expôs-se à virulência e articulação de forças externas, interessadas em influirem no desfecho de sua discussão interna. Um lado, trabalhando e apostando na candidatura própria; outro, com apoio de tendências internas da sigla, costurando aliança com o PSB.
Talvez poucos tenham percebido, que essa disputa de fora para dentro reserva uma observação no mÃnimo sinalizadora de mudanças no cenário polÃtico de Mossoró: o clã Rosado, representado pelo PSB (de um lado) e pelo DEM (noutro), passou a considerar vital interferir na vida orgânica do PT, o que até bem poucos anos e décadas era absolutamente irrelevante, tamanho seu poderio.
No PSB, a postulação à prefeitura da deputada estadual Larissa Rosado tinha esperança de que o PT não tivesse candidato próprio. O melhor seria tê-lo em sua chapa, outra vez apontando o vice, como em 2008. Nos intramuros, trabalhou ao lado da deputada federal Fátima Bezerra (PT) para asfixiar a postulação de Josivan, reitor da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA).
Nessa simbiose, o interesse de Larissa se fundia ao de Fátima. Sob a tese de união oposicionista, a deputada federal proclamou que assim ficaria mais fácil derrotar o ‘belzebu’ dos petistas, o DEM. Embutido, no discurso, sua aspiração de contar com apoio de Larissa e famÃlia – em 2014 – para ser candidata ao Senado. Mas personalista, impossÃvel. Um clone do modelo de polÃtica reacionária que Mossoró experimenta há décadas.
Hegemonia
Do outro lado desse cabo-de-guerra familiar, oligárquico, partidário, está o DEM da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e do seu marido e lÃder do denominado “rosalbismo”, ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM). Apesar do poder descomunal que alcançou, tendo a hegemonia da prefeitura e recentemente com a ‘posse’ do Governo do Estado, o casal está com enormes dificuldades para anunciar candidatura própria à sucessão da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”.
Filigranas como a candidatura própria do PT passaram a ter importância estratégica para o DEM de Carlos e Rosalba. Supõe-se que a postulação de Josivan ‘ajuda’ o DEM indiretamente, pois tiraria uma leva de intenções de voto que em tese migrariam para Larissa, tida hoje como favorita à disputa.
Rosalba-Carlos: falta nome competitivo
As pesquisas qualitativas e um raciocÃnio lógico indicam que, sim, o DEM beneficia-se com o PT de Josivan. Não faz sentido, entretanto, é a campanha ‘vendida’ por setores da imprensa convencional e da mÃdia alternativa (Internet), além de segmentos da militância petista, de existência de um ‘acordão’ entre a ala de Josivan e o DEM de Carlos e Rosalba. Versão capciosa. Fascista.
O DEM tem o que comemorar. O PSB nem tanto. Porém há um superdimensionamento nas expectativas e olhares de lado a lado, a partir do resultado de ontem nas hostes do PT.
Em 2008, o Partido dos Trabalhadores também se dividiu. A tese de ‘união da base’ do presidente Lula em Mossoró, com PSB e PT, para enfrentar o DEM, não foi capaz de efetivamente tornar homogênea a campanha em torno de Larissa e do vice, petista, Tércio Pereira. A aliança tática entre dois adversários históricos não foi bem digerida pela opinião pública
Medir a dimensão do racha no PT, à quele ano, é quase impossÃvel. Mas é insofismável que o partido perdeu muito. A começar por ter sido despido de seu vestal, um arauto contra as oligarquias. Não chegou sequer a eleger um vereador.
Para 2012, este ano, depois de tantos contratempos, a missão de Josivan é hercúlea. Pode surpreender e chegar à ponta? Sim. Porém não será fácil. Contudo, o DEM não tem muitos motivos para comemorar a ‘divisão’ da oposição, se não encontrar uma postulação realmente competitiva e utilizar a contento o velho e eficaz remédio da ‘estrutura’ contra os adversários.
Tércio e Larissa: sem mistura agora
Em relação ao PSB de Larissa, não há razões maiores para chororô diante da iminente candidatura de Josivan. Até o momento, sua crescente ascensão em pesquisas têm ocorrido mesmo com o ‘fator Josivan’ aparecendo em simulações de voto.
O reitor não é seu contendor principal. No afunilamento de campanha, se ela demonstrar fôlego e robustez, haverá considerável possibilidade do ‘voto útil’ se deslocar pro seu nome.
Entretanto, é sempre bom lembrar uma máxima da sabedoria chinesa, na arte da guerra, que serve à arena polÃtica:
– “Não existe inimigo pequeno”.
Bom anotar. E repetir como mantra.
Sua análise….é o retrato da lógica….kkkkk
O PT de Mossoró segue a linha burra dos “Bundas Moles” anunciado por Lula em data próxima passada. Pela primeira vez há uma situação favorável contrária a postulação do DEM em Mossoró, ou seja, pela primeira vez Rosalba seria derrotada em Mossoró o que traria consequências absurdamente desfavoráveis a sua candidatura a reeleição. Agora o PT resolve tentar “entregar” a prefeitura de mão beijada a Rosalba já que o PT não passará dos 10 ou 15 mil votos, e só. Ô povim, burro…
Seu João,
no dia que o Sr. me provar bem provadinho que Sandra Rosado é adversária de verdade do Dr. Carlos Augusto Rosado eu dou minha cara a tapa!O PT fez certo,temos que mostrar aos mandões que não se brinca com o povo, eles mandam nas rádios nas TVs,mais aqui na TL os donos somos nós e aqui o espaço é de todos e todos têm o direito de opinar do mais humilde até o mais abastado diferente do meios de comunicação da FamÃlia Rosado que só se publica o que eles determinam,não vamos baixar a guarda agora que o bixo pega!Se liga mandões que agora é JOSIVAMos Mossoró!é só!
è a cara nova na politica viciada de Mossoró.Da mesmice, Rosado X Rosado.
O ano de 2012 está evidenciando as mesmas particularidades de 1968, quando o então advogado Antonio Rodrigues de Carvalho derrotou o intelectual Vingt-Un Rosado. 2012 – o ano que não terminou.
Amigos, se a qualidade indispensável para governar Mossoró for trajetória vitoriosa a pré-candidata Cláudia Regina é PHD. E não me venham com essa história que se deve ao fato de ser aliada dos Rosados A ou Y. Pois se for assim o prof. Josivan teve a UFERSA (um excelente pano de fundo) que tem orçamento maior do que a maioria das prefeitruras e não tem que lidar com problemas sociais de toda sorte mas apenas com estudantes de nÃvel superior e professores doutores em sua maioria, isto é, gente que sabe o que quer. Fácil. Chegou de papra-quedas no PT e não é, nem de longe, unanimidade e me parece que a candidatura do “se colar-colou” não vai colar. Respeito a trajetória do professor, mas acho equivocada a maneira aventureira como se lançou na polÃtica partidária.
Veremos em favor de quem vai conspirrar o destino. Eu, democraticamente torço pela cearense de fibra e muitÃssimo inteligente, Cláudia Regina.
Tô com o PT Josivan nessa. Estarei na internet construindo sua campanha e nas eleições irei as ruas fazer campanha e solicitar votos. Mossoró não poderá perder esta oportunidade. Resta um candidato a vice a altura.
ditado popular: é melhor dividir o mel com todo mundo, do que comer a merda sozinho…
PT estar sendo usado por interesses particulares, para dificultar uma possÃvel vitoria de lala…
Não podemos nem devemos deixar de embarcarmos no TREM DA HISTÓRIA seguindo os trilhos do futuro, por isso – JOSIVAMOS.
É eu pergunto também ao piu piu!Eu sei que vou o FERNANDO fF eu acredito que vai e Vc Vai mesmo piu piu?
Josivamos, eu tambem vou ! E vc? Vai
Calibre, já preparei minha baladeira.Vomos que vamos, isso é JOSIVAMOS.
Meus caros amigos esta é a grande oportunidade de acabarmos com essa longa ditadura dos rosados na terra de santa luzia… sugiro o slogan de campanha “chega de Rosado, Josivan é o mais preparado.”
Josivan não tem o que comemorar
Afinal, venceu por apenas 5 votos. Isso não é nada.
O voto útil será decisivo nessa eleição e o deixará a ver navios
Sou petista e voto Larissa
Minha cara Carla, vc nunca foi e nem nunca será petista, pois o PT, é sinônimo de democracia, vc tava do outro lado e não tiro a sua razão vc tinha um ideal mas foi vencida, tenha um pouco de esclarecimento, Josivan pegou uma escola com 600 alunos e transformou numa universidade, 6000 alunos, em quanto a sua candidata fez o que além de ser da famÃlia Rosado, ter competência não é pra qualquer um, esse rapaz é um vencedor pois o conheço muito bem da época que jogávamos bola na boa vista, ele tinha uma habilidade com uma bola com ninguém, mais preferiu a caneta e se tornou um expoente com a tal, pense melhor pra não cair na mesmice dos Rosados, Josivan tem de sobra capacidade pra governa Mossoró; em conversa com amigo de Mossoró, vi claramente que o povo quer mudança e vamos muda!
A questão não é eleger josivan, claúdia ou larissa. É entender o projeto politico que uma cidade como Mossoró precisa para resolver questões básicas de saúde, educação, segurança, etc. Não podemos ficar nas emoções cegas das paixões politicas de direita ou da dita esquerda, mas ver realmente que projetos os partidos e seus candidatos trazem para o desenvolvimento da cidade. Não vejo politica como uma paixão, mas como uma administração que altera o meu cotidiano nas estruturas mais básicas de uma cidade.