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segunda-feira - 02/01/2017 - 12:50h
João Doria

Novo prefeito ‘copia’ Mário Rosado com farda de gari

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Doria (ao centro) começou como gari hoje (Foto: Estadão)

Em seu primeiro dia como prefeito da maior cidade da América Latina, São Paulo, o prefeito João Doria (PSDB) estreou programa de rush na limpeza urbana, vestido de gari (veja AQUI).

O simbolismo não é inovador em termos de marketing na política e gestão pública.

Secretário de Serviços Urbanos na última (terceira) gestão do pai Dix-huit Rosado, prefeito de Mossoró, Mário Rosado fez o mesmo. Transitou pela cidade de Mossoró em meados dos anos 90, socado numa farda laranja de gari.

Em 2000, entrevistado por mim, o ex-deputado federal Mário Rosado (PMN) soltou alguns comentários emblemáticos.

O tempo, senhor da verdade, mostra que ele não estava completamente errado.

Sobre a Câmara Municipal: “É um câncer que há cinco anos se apropria de fortunas, como o Imposto de Renda que não é recolhido. Precisa ser colocada em seu devido lugar.”

Sobre o clã Rosado: “Os grupos que dominam a política de Mossoró são inferiores aos traficantes do Rio de Janeiro. Os traficantes têm um código de ética e quem o descumpre, morre. Os políticos daqui, não. Aqui eles ficam ricos.”

Mário, vestido à caráter, atuou como secretário de Serviços Urbanos de Dix-huit Rosado (Foto: Blog Carlos Santos)

Desemprego em Mossoró: “Os Rosado acabaram com o desemprego em Mossoró. Não tem um deles nesses grupos que esteja desempregado. Estão todos no serviço público.”

Ele ocupou vaga na Câmara Federal, na condição de suplente, em 1995.

No último governo do pai (1993-1996), Mário transformou-se em seu principal interlocutor e chegou a assumir a Secretaria de Serviços Públicos.

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segunda-feira - 02/01/2017 - 11:56h
Equipe de Rosalba Ciarlini

Elviro Rebouças no Previ e Yuri Tasso na Urbanismo

O economista Elviro Rebouças está escalado para comandar o Instituto Municipal de Previdência Social dos Servidores de Mossoró (Previ-Mossoró).

O engenheiro e ex-diretor presidente da Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN) Yuri Tasso Pinto será ocupante da Secretaria de Urbanismo.

São as duas mais recentes escolhas anunciadas para composição de equipe de governo da prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

Nota do Blog – Acertou em cheio nas escolhas e para os cargos. Nomes certos em pontos certos e nevrálgicos da gestão.

Preparados.

Critérios de confiança e competência prevaleceram.

12h24 – Atualização – A arquiteta Doriana Burlamaqui, filha da ex-gerente da Saúde do município Dorinha Burlamaqui é a secretária de Meio Ambiente.

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segunda-feira - 02/01/2017 - 11:33h
Mossoró

Com Gentil e Sandra tentados à traição, Izabel vence por um triz

Como o Blog antecipou, a eleição de Izabel Montenegro (PMDB) à presidência da Câmara Municipal de Mossoró não estava ‘consolidada’, apesar da maioria que antecipadamente tinha garantido (veja AQUI). Estresse até último voto.

Nos bastidores da eleição, nesse domingo (1º), a oposição se vendo perdida tentou duas cartadas para “melar” a ascensão da vereadora reeleita.

Izabel posa com sua bancada, sem Sandra, mas com João Gentil atrás à sua esquerda; sufoco (Foto: Edilberto Barros)

Como viu que seu chamado “Grupo dos 13” tinha encolhido para “Grupo dos 10”, sendo minoria, ofertou a presidência ao ex-oposicionista João Gentil (PV) – que horas antes fora anunciado como novo governista e dando apoio à Izabel.

Quem também foi sondada para ser candidata pela oposição foi a nova vereadora e ex-deputada federal neorosalbista Sandra Rosado (PSB). Ela tinha anunciado que ficaria neutra (veja AQUI) no pleito, indignada por não ter sido escolhida em lugar de Izabel.

O Blog chegou a apontar essa hipótese de Sandra ser tentada pela oposição (veja AQUI).

Empate pró-Izabel

João Gentil, neoconvertido ao rosalbismo, não tinha motivos para outro pula-pula em tão curtíssimo espaço de tempo, espécie de salto triplo twist carpado da esperteza política. Estava no Grupo dos 13, saiu; estava no grupo do ex-prefeito Francisco José Júnior (PSD), pinotou fora (veja AQUI). Só faltava mesmo deixar o governismo para ser candidato da oposição. Ufa!

O que ele cobrara em termos de “espaços”, para o futuro governo, foi-lhe assegurado em conversa com a cúpula do governismo algumas horas antes.

Quanto à Sandra, a principal exigência após o dissabor de não ser candidata de Rosalba, era ter o filho Lahyrinho Rosado (PSB) anunciado como secretário. Conseguiu, após cobrar publicamente isso (veja AQUI).

Há um detalhe ainda a ser assinalado nessa disputa e de seus bastidores: mesmo que Sandra se abstivesse de votar, ficando “neutra”, Izabel seria eleita por ter maior idade do que Alex do Frango (PMB), concorrente oposicionista.

Henrique comemora

O empate em 10 x 10 a favorecia. Sandra só poderia agir, em contrário, para prejudicá-la e ao grupo da prefeita Rosalba Ciarlini (PP), que apostou em Izabel e fez maioria na Casa antes mesmo de começar a legislatura.

Nas redes sociais, o presidente do PMDB no RN e ex-deputado federal Henrique Alves saudou a vitória de sua liderada e enalteceu o “voto decisivo” de Sandra, de olho no futuro:

“Parabenizar vereadora Izabel do nosso PMDB que se elegeu Presidente da Câmara de Mossoró! Mereceu pela luta que fez. E com voto decisivo 11 a 10 da Ver SANDRA!”

O grupo de Sandra deverá retornar ao PMDB em breve, como o Blog postou (veja AQUI),

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segunda-feira - 02/01/2017 - 11:02h
Hoje

Encontro marcado com o Blog no “Cenário Político” da TCM

Hoje (2 de Janeiro de 2017), a gente tem encontro marcado no “Cenário Político” da TV Cabo Mossoró (TCM), a partir das 18h40

Bate-papo com os jornalistas e apresentadores Carol Ribeiro e Marcello Benévolo sobre os novos acontecimentos da política local, principalmente:

– Posse da prefeita Rosalba Ciarlini (PP);

– Equipe de secretários;

– Eleição de Izabel Montenegro (PMDB) a presidente da Câmara Municipal de Mossoró;

– Herança deixada pela gestão Francisco José Júnior  (PSD)

– Etc.

Até lá!

* Acompanhe a TC ao vivo clicando AQUI.

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segunda-feira - 02/01/2017 - 10:32h
Mossoró

Ex-prefeito fica indignado com pupilo que mudou de lado

O ex-prefeito de Mossoró Francisco José Júnior (PSD) enviou mensagem indignada para o vereador em primeiro mandato, seu ex-auxiliar na Prefeitura, João Gentil (PV).

Gentil e Francisco: amigo, amigos, mas política agora à parte (Foto: Blog Carlos Santos)

Vociferou pela decisão tomada por Gentil na sexta-feira (30) e anunciada no sábado (31), de apoio (veja AQUI) ao governo Rosalba Ciarlini (PP), além da candidatura vitoriosa à presidência da Câmara Municipal, da governista Izabel Montenegro (veja AQUI).

Nessa relação esgarçada entre os dois, há mais do que política em jogo.

João Gentil foi durante anos uma pessoa muito próxima ao prefeito, como amigo “de verdade”.

Nota do Blog – “Francisco” não tem do que se queixar quanto ao itens fidelidade e gratidão.

Se houve perfídia, João Gentil teve inspiração muito próxima. A força da convivência, que se diga.

Questão mesmo de sintonia, mas noutra frequência.

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segunda-feira - 02/01/2017 - 10:20h
Amanhã

Larissa assumirá titularidade na Assembleia Legislativa do RN

A suplente e ex-deputada estadual Larissa Rosado (PSB) voltará à titularidade na Assembleia Legislativa. A posse da deputada será nesta terça-feira, 3 de janeiro, às 10h no gabinete da presidência na Assembleia Legislativa.

O ato de oficialização da posse será coordenado pelo presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) e contará com participação de deputados estaduais, autoridades e convidados da empossada.

O titular da cadeira, Álvaro Dias (PMDB), renunciou no final do ano passado, para assumir como vice-prefeito de Natal na gestão do prefeito reeleito Carlos Eduardo Alves (PDT).

Larissa Rosado foi eleita deputada estadual nos anos de 2002, 2006 e 2010 e assumirá o quarto mandato como parlamentar por ser a atual primeira suplente da coligação.

O desembarque de Larissa na AL decorre de engenhosa articulação política comandada pelo comando central do PMDB no RN, envolvendo as eleições de Natal e Mossoró, como o Blog descreveu com exclusividade (veja AQUI).

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domingo - 01/01/2017 - 23:58h

Pensando bem…

“Não podendo regularizar os outros, regularizo-me a mim mesmo.”

Michel de Montaigne

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domingo - 01/01/2017 - 23:39h
Terça-feira

Após empossada, Rosalba dará posse à sua equipe amanhã

Será nessa segunda-feira (2) a posse na Estação das Artes Eliseu Ventania, às 9h, do secretariado da prefeita mossoroense Rosalba Ciarlini (PP).

Ainda existem cargos a serem preenchidos na equipe da governante (veja AQUI).

Posse aconteceu agora à noite no Teatro Municipal Dix-hui Rosado (Foto: Carlos Costa)

Ela foi empossada pela Câmara Municipal, já presidida pela nova dirigente (veja AQUI) desse poder – vereadora Izabel Montenegro (PMDB) – à noite de hoje, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado.

Posse

Com o teatro lotado, Rosalba e sua vice Nayara Gadelha (PP) tiveram a formalização da posse e, em seguida, caminharam até à sede da municipalidade, o Palácio da Resistência, seguida por correligionários e imprensa.

Em seu discurso, Rosalba afirmou que a prioridade basilar de sua gestão será colocar em dia o salário funcional, visto que parte de novembro, o mês de dezembro e vários servidores ainda não receberam o 13º (é pago em base na dada de aniversário do beneficiado).

Antecipou que cumprirá compromissos de campanha, mas que precisará da compreensão da sociedade para uma série de medidas. A palavra “reconstrução” está novamente em uso.

Rosalba discursou novamente da escadaria de acesso ao Palácio da Resistência (Foto: divulgação)

No Palácio da Resistência, ela voltou a discursar – ladeada pela vice, vereadora Sandra Rosado e suplente de deputado estadual (prestes a ser empossada) Larissa Rosado (PSB).

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domingo - 01/01/2017 - 23:07h
Câmara do Natal

Raniere Barbosa confirma eleição com votação esmagadora

Do Agorarn

O vereador Raniere Barbosa (PDT) foi eleito o novo presidente da Câmara Municipal de Natal (CMN) por ampla maioria de votos.

Raniere: eleição tranquila (Foto: arquivo)

O pedetista foi o escolhido por 28 dos 29 vereadores existentes na Casa. Apenas o seu concorrente e até então presidente da Câmara, Franklin Capistrano (PSB), não votou com o ex-líder do prefeito da cidade, Carlos Eduardo Alves (PDT).

Raniere assume a presidência da Casa Legislativa para o próximo biênio (2017-2018) e vai substituir o vereador Franklin Capistrano, que disputou sua reeleição neste domingo (1º), mas não conseguiu alcançar o objetivo por falta de apoio.

Mesa Diretora ficou formada assim:

Presidente: Raniere Barbosa (PDT)
1º vice-presidente: Ney Lopes Jr. (PSD)
2º vice-presidente: Wilma de Faria (PT do B)
3º vice-presidente: Érico Jácome (PTN)
1º secretário: Dinarte Torres (PMB)
2º secretário: Ana Paula (PSDC)
3º secretário: Eudiane Macedo (SD)
4º secretário: Carla Dickson (PROS).

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domingo - 01/01/2017 - 22:58h

Democracia de exceção

Por François Silvestre

Não se compara, nem de longe, com a exceção das ditaduras; vez que não há repressão política nem restrições à cidadania.

O tipo de violência que vivemos é de outra natureza. Insegurança na monstruosa incompetência do Estado, onipresente na desumanização e ausente no amparo. Tempo de exceção institucional.

Quando a Ditadura de 64 exauriu-se, apodrecida na lama do sangue que derramou, quis fugir do banco dos réus. E o fez negociando com ex-aliados que abandonavam o barco e com antigos inimigos que tinham pressa em abocanhar o poder.

Uma aliança dessa natureza não poderia produzir uma ordem institucional séria nem duradoura. E foi o que ocorreu. Uma constituinte, desfigurada pelo congresso constituído, para redigir a Carta Magna das Corporações. Remendada e piorada a cada remendo. Cidadania de retórica e patronato de privilégios.

Aliados antigos e beneficiários do regime decaído assumiram o comando da transição.

Para assegurar sossego ao domínio dessa desordem foi escancarada uma porteira para o estouro das corporações. Castas elevadas à condição de inalcançáveis pelos poderes tradicionais. Se há uma coisa que necessita de tradição é a prática democrática.

No Brasil, inovou-se para pior. Negou-se a tradição inaugurada em 1946 e recriou-se a cavilação. Da esperteza nobiliárquica do legalismo, do bacharelismo e do corporativismo “meritocrático”.

Sem falar na manutenção do Jaboticabal da vitaliciedade em cargos de indicação política, sem o concurso exigido na própria Carta. A vitaliciedade só se justifica na Magistratura. Só. Fora disso, é contorcionismo de malandragem.

Repito o que já disse aqui: O constituinte de 88 salvou sua biografia ao prever, no Ato das Disposições Transitórias, uma reforma geral da Carta após cinco anos da sua promulgação. Seria a forma de corrigir equívocos e chamar à ordem o feito que produziu um monstrengo ao calor do afogadilho. Essa reforma recolocaria a redemocratização nos eixos.

Os mesmos que aí estão, ou por seus descendentes, não fizeram a reforma prevista. Atores da mesma peça bufa, da burlesca encenação. Em não sendo feita a reforma, chegou-se à senilidade institucional.

Tudo desaguado nessa democracia de cangalha. Estado Democrático de Exceção.  Confissão pública dos outros Poderes da incapacidade atributiva. O País entregue ao quem sabe e ao talvez. A vida merecendo o risco do talvez e do quem sabe.  Com licença de Alencar Furtado, no discurso libertário. Tempo em que a vida também valia pouco.

Hoje, a vida vale nada! Todo o aparato repressivo volta-se para a defesa do patrimônio “público”. Sem prevenção. Só repressão, ineficiente e inútil. A corrupção faz a festa, dos corruptos e dos seus “combatentes”.

Enquanto as ruas são propriedades dos bandidos e as casas presídios desguardados.

Té mais.

François Silvestre é escritor

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domingo - 01/01/2017 - 21:44h
Mossoró

Câmara devolve mais de R$ 500 mil para a Prefeitura

A Câmara Municipal de Mossoró devolveu R$ 506.134,91 à Prefeitura no final da legislatura encerrada ano passado. O dinheiro é referente a duodécimo repassado à Casa pelo Executivo e foi devolvido como sobra financeira, após o Legislativo ter pago todas as despesas possíveis do ponto de vista orçamentário.

O presidente da Câmara até então, Jório Nogueira (PSD), comentou que a devolução comprova que a Casa não possui problema financeiro, mas orçamentário.

Exonerações

Acrescentou que mesmo com dinheiro disponível, faltava previsão no orçamento do Legislativo para determinadas despesas, o que gerou medidas de economia.

“A adoção de medidas duras para a economia, como a exoneração de 143 cargos comissionados (veja AQUI), no começo do mês, gerou descontentamentos. “Mas foram decisões necessárias. No final, diminuímos o déficit orçamentário na Casa e até devolvemos recursos”, assinala.

O último presidente a fazer devolução de recursos foi Júnior Escóssia (DEM).

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domingo - 01/01/2017 - 20:40h
Mossoró

Rosalba assume com novos nomes e equipe incompleta

Três novos nomes do primeiro escalão do governo Rosalba Ciarlini (PP), prefeita mossoroense que começa hoje o seu quarto mandato, foram anunciados à tarde deste domingo (1º). O titular do Previ- Mossoró (Previdência Municipal) e de Urbanismo ainda não foram anunciados.

Entre os três escolhidos, critérios diferentes à escolha. Carlos Eduardo Ciarlini Rosado, o “Cadu”, é filho da própria prefeita e vai ocupar o Gabinete, estreando em cargo público. Fátima Marques, ex-funcionária do Banco do Brasil, ficará na Controladoria Geral do Município, que j á ocupou antes. E o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mossoró, Aldo Fernandes, é nome indicado pelo presidente estadual do PMDB, ex-deputado federal Henrique Alves (PMDB) – como Blog assinalou (veja AQUI).

Veja o perfil dos três:

Cadu: filho da prefeita (Foto: divulgação)

Secretaria do Gabinete da Prefeitura – Carlos Eduardo Ciarlini Rosado – Filho da prefeita, é Graduado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade pela Universidade Católica de Brasília. Atuou na área de comunicação e marketing na campanha eleitoral do governador reeleito do Amazonas, José Melo de Oliveira. Foi coordenador da comunicação da campanha de Rosalba Ciarlini em 2016. Realizou cursos de formação política na George Washington University (EUA) em 2012 e da Fundación de Estudos Sociales de Madri – FAES em 2009. Participou da elaboração do plano de governo em áreas como políticas para a juventude e modernização administrativa com o Cidade Inteligente.

Controladoria Geral do Município – Fátima Marques – Graduada em Letras pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Funcionária de carreira do Banco do Brasil S.A de 1974 a 1999. Exerceu a presidência da Fundação de Apoio à Geração de Emprego e Renda (FUNGER). Foi titular do Planejamento na Prefeitura de Mossoró. Integrou a equipe de transição em 2012. Também na Prefeitura, assumiu a função de Controladora Geral do Município.

Fátima: nome técnico (Foto: divulgação)

Secretaria do Planejamento – Aldo Fernandes – graduado em Direito pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte em 2001. Especialista em Direito do Trabalho e Processo.  Professor da Universidade Potiguar (UNP). Já foi conselheiro e vice-presidente da OAB Mossoró. Foi eleito como presidente da OAB para o triênio 2013-2015.

Veja o restante dos nomes já escolhidos e os anunciados hoje:

Consultoria Geral do Município – Anselmo Carvalho;

Secretaria do Gabinete da Prefeitura – Carlos Eduardo Ciarlini Rosado;

Secretaria de Infraestrutura – Kátia Pinto;

Controladoria Geral do Município – Fátima Marques;

Procuradoria Geral do Município – Karina Martha Ferreira de Souza Vasconcelos;

Secretaria de Segurança – General Eliéser Girão Monteiro Filho;

Secretaria de Comunicação – Aglair Abreu;

Secretaria do Planejamento – Aldo Fernandes;

Aldo: nome do grupo Alves (Foto: divulgação)

Secretaria da Fazenda –  Abraão Padilha de Brito;

Secretaria do Desenvolvimento Econômico – Lahyre Neto;

Secretaria de Saúde – Benjamim Bento;

Secretaria de Desenvolvimento Social  e Juventude– Lorena Ciarlini;

Secretaria de Educação – Magali Delfino;

Secretaria de Administração e Finanças – Ronaldo Cruz;

Secretaria Executiva de Agricultura e Recursos Hídricos- Anne Katherine de Holanda Bezerra.

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domingo - 01/01/2017 - 18:20h

O começo mais difícil

Por Carlos Duarte

A ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) assume, hoje, a Prefeitura de Mossoró mergulhada numa crise administrativa-financeira sem precedentes na história recente do município. Terá à frente uma missão dificílima para equilibrar as contas públicas e devolver aos mossoroenses a esperança de dias melhores.

O começo mais difícil de sua vida pública.

O cenário conjuntural da crise nacional agrava a situação e suas ações de gestão e de políticas públicas terão que ser, imprescindivelmente, ágeis e eficazes.

Não há mais tempo a perder com lamentações e busca de culpados para o caos, a exemplo do que fez quando foi governadora do RN. O momento atual exige um outro olhar da gestora – que deve ser focado na solução de problemas com pragmatismos e inovações.

Espera-se que, desta vez, o governo Rosalba Ciarlini esteja com um Planejamento Estratégico bem elaborado e pronto para ser executado, juntamente com um competente Conselho Gestor de Crises.

Se insistir na prática da velha maneira de fazer política e na condução de gestão pública ultrapassada, certamente, sua administração será um fiasco e a população poderá até sentir saudades do ex-prefeito Silveira Junior (PSD) – o que será uma tragédia.

As evidências ainda não apontam para mudanças estruturantes, como a situação exige, mas ainda é muito cedo para conclusões precipitadas e há (pouco) tempo para correções de rumo.

O destino de Mossoró, agora, está entregue ao governo Rosalba Ciarlini e, independentemente, da cor partidária e de convicções políticas todos devemos torcer pelo sucesso da administração, pedindo a Deus que ilumine sua equipe nesse mandato. O mossoroense não merece mais tanto sofrimento.

Boa sorte, Mossoró!

SECOS E MOLHADOS

Câmara – Izabel Montenegro (PMDB) foi eleita e assumiu hoje a presidência da Câmara Municipal de Mossoró. A situação de sucessivos desgastes é sempre resultado de má gestão de presidentes despreparados ou de conchavos políticos, que tornam o poder legislativo de Mossoró uma sala contígua ao Palácio da Resistência. Isso também precisa mudar. É oportuno lembrar que o presidente da CMM é o terceiro na linha sucessória do município. A qualquer momento poderá vir a assumir a prefeitura, por isso, tem que ser uma pessoa preparada e experiente. Tivemos exemplo recente.

Robinson – O governo Robinson Faria vai se instalar em Mossoró, entre os dias 11 a 13 de janeiro. Está preparando uma agenda positiva, mas o verdadeiro objetivo é a formação de um grupo político próprio do governador em Mossoró. Fará uma parceria, apenas, administrativa com a prefeita Rosalba Ciarlini, mas quer remontar seu grupo, liderado diretamente por ele, em Mossoró e região. Está procurando um imóvel para montar um ‘escritório’ de governo.

Robinson: gabinete em Mossoró

Segurança – A segurança no RN, que está muito ruim, poderá piorar ainda mais, em 2017. O orçamento aprovado pela Assembleia Legislativa para a Secretaria de Estado de Segurança Pública é de apenas 0,2%. Isso significa que, mesmo se o orçamento aprovado for totalmente repassado, o valor ainda não cobre a necessidade de custeio – que já é um caos. Além da falta de políticas públicas eficazes, a pasta da Segurança convive com índices baixíssimos de resolutividades de homicídios, recordes de crimes violentos (quase 2.000 assassinatos, em 2016), déficit de contingente de PMs (mais de 4 mil), diárias operacionais insuficientes, entre outras mazelas. Lembrando: A Segurança foi a principal bandeira de campanha do governador Robinson Faria.

Onda – Como uma onda…! No conjunto da obra, esse foi o efeito do governo Francisco José Júnior (PSD), em Mossoró. Chegou majestosa, com crista alta e imponente. Todos se encantaram com o surfista habilidoso que nela singrava. No refluxo, arrastou as esperanças e os sonhos de mudanças positivas. Lamentável. Mas, ele promete voltar na crista de outra onda. Aposta no tsunami que poderá ser o governo Rosalba Ciralini.

Emprego – A locomotiva da geração de emprego no RN, a construção civil, é agora o setor que mais demite. A fruticultura irrigada é o setor que mais contrata e ultrapassa a construção em números de vagas, apesar da sazonalidade, da estiagem, da crise econômica, da alta carga tributária e da falta de investimentos de infraestruturas do Estado.

Desemprego – Historicamente o final de ano é o período em que o desemprego dá uma trégua. Neste foi diferente: o mercado de trabalho mostrou sinais de deterioração e o País alcançou o recorde de 12,132 milhões de desempregados. Por outro lado, a renda média dos que permaneceram empregados mantiveram tendência de queda.

Energia – O consumo de energia elétrica no Brasil caiu 1,2%, em novembro. Isso é a consequência da crise econômica, sem sinais de recuperação da indústria. O “lado bom” é que a partir de janeiro a bandeira tarifária será verde. Isso não acontecia desde janeiro de 2015, quando o sistema de bandeiras tarifárias foi implementado.

* Veja coluna anterior clicando AQUI.

Carlos Duarte é economista, consultor Ambiental e de Negócios, além de ex-editor e diretor do jornal Página Certa

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domingo - 01/01/2017 - 16:46h
Agora

Izabel Montenegro é eleita presidente da CMM

Placar definido: 11 x 10. A vereadora Izabel Montenegro (PMDB) é eleita presidente da Câmara Municipal de Mossoró, nesta tarde.

A vereadora Sandra Rosado (PSB) terminou votando nela, após muitas escaramuças.

A primeira secretaria fica com João Gentil (PV), a segunda com Alex Moacir (PMDB).

A terceira e a quarta secretarias estão espectivamente com Ricardo de Dodoca (PROS) e Didi de Arnor (PRB).

A primeira e segunda presidência são pela ordem de Emílio Ferreira (PSD) e Zé Peixeiro (PTC).

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domingo - 01/01/2017 - 13:06h
Hoje

Câmara empossa vereadores, prefeita-vice e elege presidente

Os vereadores eleitos para a próxima legislatura na Câmara Municipal de Mossoró (2017/2020) tomarão posse neste domingo, no plenário da Casa. A sessão começará às 14h30 e será presidida pela vereadora diplomada Sandra Rosado (PSB), pois é a que tem mais idade entre os 21 vitoriosos à Câmara.

Na cerimônia, após composta a mesa dos trabalhos e executado o Hino Nacional, haverá ato ecumênico, sucedido pelas assinaturas do termo de posse e juramento dos vereadores. Em seguida, a presidente convocará a eleição para escolha da Mesa Diretora do Legislativo do biênio 2017/2018.

Rosalba

As chapas terão que ser registradas até as 13h30, uma hora antes do início da sessão, conforme determina o Regimento Interno. A votação é aberta, no painel. Proclamado o resultado, o presidente eleito e os demais membros da Mesa assumirão seus postos e farão convocação para a posse da prefeita diplomada.

A cerimônia, que marcará o início do quarto mandato de Rosalba Ciarlini (PP) na Prefeitura de Mossoró, será realizada às 18h, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, e é sequência da sessão de posse dos vereadores. É que cabe à Mesa Diretora da Câmara dar posse à chefe do Executivo Municipal.

Também será empossada a vice-prefeita Nayara Gadelha (PP).

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domingo - 01/01/2017 - 12:38h
Câmara Municipal de Mossoró

Rosalbismo quer garantir sobra para eleição de Izabel

Para não depender do voto de Sandra Rosado (PSB) à eleição da vereadora Izabel Montenegro (PMDB) a presidente da Câmara Municipal de Mossoró, o alto comando do rosalbismo caiu em campo. Está à caça de mais um voto de “sobra”.

O pleito de hoje estaria teoricamente “definido” com placar de 11 x 10 para Izabel contra o oposicionista Alex do Frango (PMB).

Mas Sandra Rosado, neorosalbista, é uma esfinge (veja AQUI).

Com a conquista de mais um integrante do outrora “Grupo dos 13” vereadores, o rosalbismo fará Izabel Montenegro presidente com ou sem voto de Sandra Rosado.

Aguardemos os acontecimentos.

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domingo - 01/01/2017 - 12:08h
Câmara Municipal de Mossoró

Nome de Sandra Rosado pode ser surpresa em eleição de hoje

A eleição de Izabel Montenegro (PMDB) à Presidência da Câmara Municipal de Mossoró não está decidida. Está caminhada.

Mas podemos ter surpresa, mesmo com números que agora já são favoráveis (veja AQUI).

O “Fator Sandra Rosado (PSB)” pode alterar a lógica dos números.

Rosalba e Sandra: 'união' que pode ter fratura logo no início (Foto: web)

Por quê?

A vereadora eleita-diplomada irritou-se com a própria Izabel no desfecho da escolha do nome dela para ser a candidata do governismo. Esperava contar com seu voto e ser a ungida.

A princípio, pode não votar em Izabel e decidir a favor da oposição, no primeiro teste dela como “neorosalbista”, após quase 30 anos como adversária feérica desse grupo.

Nos bastidores, em momento algum Sandra esteve ausente, distante ou neutra na disputa (veja AQUI).

E ela ainda pode ser a surpresa, com possibilidade de ser candidata a presidente “na hora”, com votos da oposição para ser eleita (11 x 10).

Decisão drástica

Vendo o atual pré-candidato Alex do Frango (PMB) como eleitoralmente inviável, o “Grupo dos 10” pode tomar essa decisão drástica.

Se ela não votar em Izabel e tiver apoio da oposição, numericamente terá a vantagem para se eleger.

Isso é improvável e impossível?

Nem uma coisa nem outra.

Na própria história da Câmara Municipal de Mossoró temos exemplo dessa natureza. Na primeira gestão de Rosalba Ciarlini (PP) – 1989-1992 – o vereador Antônio Duarte fez essa sinuosa manobra, elegendo-se presidente da Casa. Depois, governista, graças a Deus.

As eleições na Câmara Municipal de Mossoró historicamente são carregadas de surpresas.

Politicamente, essa hipótese de Sandra contrariar seus novos líderes políticos na Câmara – mas continuar governista – não seria muito provável. Até porque ela conseguiu algumas conquistas importantes desde que desembarcou no rosalbismo. Mas, impossível, não.

Apesar da decepção de não ser a escolhida para concorrer à presidência, obteve escolha do seu filho e ainda vereador Lahyrinho Rosado (PSB), para ser titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do município.

Pleiteia mais espaço.

Por enquanto, o voto de Sandra tem muito peso (o Blog já tinha antecipado AQUI). Mas pode se voltar contra ela, adiante, uma escolha inconsequente.

Aguardemos os acontecimentos.

* As chapas terão que ser registradas até as 13h30, uma hora antes do início da sessão, conforme determina o Regimento Interno.

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Categoria(s): Política
domingo - 01/01/2017 - 11:16h
Oposição em Mossoró

“Grupo dos 13” despenca para dez e pode descer mais ainda

Nos últimos dias, vereadores que supostamente tinham firmeza em bloco de oposição, à futura gestão municipal em Mossoró, distribuía fotos de divulgação garantindo: estavam unidos.

Começou como “Grupo dos 13”. Aí saiu João Gentil (PV).

Tudo começou com 13, mas logo João Gentil (marcado) saiu do grupo e recentemente mudou de lado (Foto: divulgação)

Ficou “Grupo dos 12”. Mas Manoel Bezerra (PRTB) saiu também.

“Grupo dos 11”.

No sábado (31), saltaram dois de uma vez para o governismo e apoio à postulação à Presidência da Câmara Municipal, de Izabel Montenegro (PMDB).

Foram os vereadores eleitos-diplomados Emílio Ferreira (PSD) e Zé Peixeiro (PTC). Horas antes, o próprio João Gentil já tinha se acertado.

Agora é “Grupo dos 10”, porque a petista Isolda Dantas resolveu se compor com a oposição e no apoio à postulação a presidente do vereador reeleito Alex do Frango (PMB).

Por enquanto, o outrora “Grupo dos 13” é “Grupo dos 10”.

E pode descer mais um patamar.

Contagem regressiva.

Anote.

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domingo - 01/01/2017 - 10:18h
Câmara Municipal de Mossoró

Izabel caminha para ser presidente; Rosalba garante maioria

Izabel Montenegro (PMDB) está na iminência de ser eleita para a presidência da Câmara Municipal de Mossoró, em pleito marcado para hoje (1º de janeiro), após a posse dos vereadores eleitos (14h30).

Sua assessoria divulgou à tarde desse sábado (31), foto da prefeita eleita-diplomada Rosalba Ciarlini (PP), seu marido e ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (PP), do deputado federal Beto Rosado (PP), com os três mais recentes apoios para ela se eleger, e ao próprio governismo.

Carlos, Gentil, Emílio, Rosalba, Peixeiro e Beto Rosado no mesmo lado (Foto: divulgação)

Na foto (constante nessa postagem), aparecem os vereadores Emílio Ferreira  (PSD), Zé Peixeiro (PTC) e João Gentil (PV).

Os dois primeiros aderiam à candidatura no sábado. João Gentil, ainda na sexta-feira (30).

Os três faziam parte do chamado “Grupo dos 13”, que depois foi “Grupo dos 12”, “Grupo dos 11” vereadores da oposição, número que encolheu para “Grupo dos 10”. A Câmara Municipal tem 21 vereadores.

Os três votos que se somam à base primária do rosalbismo, com sete votos, além de Manoel Bezerra (PRTB), que anunciou apoio no último dia 28, numericamente garantem a vitória de Izabel.

Mais do que isso: a própria maioria do futuro Governo Rosalba Ciarlini (PP) na Casa, com 11 votos.

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domingo - 01/01/2017 - 06:48h

O servidor público e as elites

Por Honório de Medeiros

Costumava iniciar, ano a ano, quando ensinava, o curso de Filosofia do Direito, dizendo a meus alunos que filosofar é desvendar a realidade, como se esta tivesse véus que a ocultassem e, por assim ser, impedissem os menos persistentes de encontrar a verdade que ela insistia em nos esconder.

Essa imagem inicial guarda débito, óbvio, com a bela elaboração da mitologia hindu, que nos apresenta a deusa MAYA enquanto responsável pelo ocultamento da realidade tal qual ela é, bem como de não percebermos que tudo quanto nos cerca nada mais é que pura ilusão, um devaneio infindável a nos impedir o verdadeiro conhecimento.

Um desses véus mais persistentes é – se pudermos usar essa imagem para melhor explicarmos – aquele que despersonaliza a ação concreta do ser humano e a atribui a uma abstração, como é o caso da ideia de Estado.

Ouvimos e vemos sempre que o Estado não se faz presente, no caso do Brasil, desde épocas passadas, na luta contra a desigualdade e exclusão social – algo inquestionável, por sinal, pois podemos constatar que, de fato, evoluímos quanto ao aparato tecnológico com o qual a lógica do capital se instaura, mas não conseguimos solucionar questões comezinhas como a da eliminação do analfabetismo. Não é o Estado que não se faz presente.

Somos nós mesmos que estamos ausentes.

Despersonalizar a ação de quem detém o poder, mascarando-a com esses artifícios, dificulta sua responsabilização.

Outro véu onipresente é aquele que nos impede de apreendermos como se instaura uma determinada lógica na ação daqueles que detém o Poder. Uma vez instaurada, essa lógica passa a fazer parte do nosso cotidiano sem que, em qualquer momento, passemos a questioná-la em seus fundamentos básicos.

É o caso da persistente e programada despersonalização da ação da elite, através de artifícios que pretendem legitima-la, haja vista o caso do atual conceito vigente de Estado, que deixa de ser o “topos” onde ocorre a ação, para ser o instrumento burocrático atrás do qual se esconde o processo de instauração dos mecanismos do Poder.

Podemos considerar que a despersonalização é conseqüência coerente da necessidade de ocultar o real. Seria como uma manobra diversionista, se utilizássemos a linguagem da guerrilha. E qual é esse discurso real?

LEMBREMO-NOS que, no Brasil, desde a ocupação portuguesa, o espaço público foi privatizado. Não é desconhecida a carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei solicitando regalias para sua família. Tampouco o é o episódio das Capitanias Hereditárias. O fato é que, desde o início, e até o presente, esse espaço público pertence à elite e esta tem se revelado de um atraso inigualável.

Raymundo Faoro demonstra, em sua obra “Os Donos do Poder”, criando o conceito de “estamento”, o quanto, ao longo dos anos, até o presente, a elite privatiza o público e o utiliza em proveito próprio. Ou seja, segundo Faoro, no capitalismo brasileiro não há, necessariamente, uma apropriação dos meios de produção por parte da elite, mas, sim, uma privatização do espaço público em proveito próprio.

Assim é que vemos filhos de juízes sucederem aos pais, generais aos avós, deputados aos antepassados e assim por diante. A vingança dos excluídos tem sido, ao longo do tempo, variada, mas permanente. Não é à toa que na literatura, na música, na arte, de uma forma geral, o “barnabé” é sempre motivo de chacota. Mas o resultado é inócuo.

Continuamos tendo o espaço público privatizado. Essa ação da elite tem seu preço: a ampliação do espaço público, o gigantismo, o excesso de burocracia. Burocracia: mais cargos para atender a demanda, mais ações para atender a procura. Com a globalização, essa burocracia passou a ser um entrave para o grande capital internacional legitimado pela doutrina do “Consenso de Washington”.

A ordem passou a ser: devemos nos render ao Estado mínimo. Chegamos, agora, ao ponto fulcral desta análise.

A doutrina que passou a prevalecer após o ideário do “Consenso de Washington” exige um Estado mínimo para que não haja dificuldade na circulação do capital. Este tem que vir e voltar logo, bem mais gordo, para os bolsos de quem o possui.

Para que não haja dificuldade nessa circulação, é necessário impor a ótica financeira na ação governamental. Essa ótica financeira demanda opções típicas de mercado, como equilíbrio nas contas públicas e pagamento dos juros extorsivos do dinheiro emprestado pelos organismos internacionais.

Portanto, as políticas públicas de longo alcance, bem como os serviços e servidores públicos através dos quais elas são realizadas devem desaparecer para que a lógica do capital prevaleça, em detrimento dessa meta intangível. Não é à toa que os políticos somente pensam em termos de obras físicas. Acaso o investimento em uma meta real, concreta, significativa, de erradicação do analfabetismo traria retorno em termos de voto e dinheiro para financiamento de campanhas políticas?

Construir uma ponte, sob o argumento de que é preciso desenvolver, traz retornos mais concretos, segundo essa ótica, que investir na erradicação da mortalidade infantil! Também não é à toa o surgimento da publicidade: o “Governo investiu tantos milhões em obra tal e qual”, e a sociedade esquece que mais importante é alcançar metas mais abstratas, como a diminuição dos índices de violência pública.

Sem contar que o discurso para legitimar as obras é impressionante em sua vacuidade: “construamos para acelerarmos o desenvolvimento e aumentarmos a riqueza; em aumentando a riqueza, todos ganharemos”.

Claro, o capital precisa de rapidez para circular.

Então construamos estradas, rodoanéis, viadutos, pontes e outros mais, e esqueçamos o analfabetismo, a mortalidade infantil, a exclusão social, porque a riqueza vai circular mais rápido e tornar mais rico quem detém o capital, mas a desigualdade permanecerá, como o demonstra o crescimento desde Getúlio até os dias de hoje e a permanência dessa mesma desigualdade.

Nesse afã de tornar o Estado mínimo, faz-se a política da terra arrasada: não temos tempo nem queremos distinguir entre o que vale e o que não vale a pena eliminar: todo serviço público é ruim, e todos os servidores são ineptos.

Esse é o discurso da elite financeira a encontrar eco na sociedade nauseada com o mau serviço público e os maus servidores que existem exatamente na justa medida da apropriação do espaço público pela elite ansiosa para se locupletar.

Assim, aquilo que parece óbvio, qual seja a recompensa pela vocação do servidor, uma aposentadoria digna, está desaparecendo e, com ela, o interesse em se devotar ao Estado.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Artigo
domingo - 01/01/2017 - 04:04h

Só Rindo (Folclore Político)

Outra ‘inleição’

Dona Hilda de Medeiros Leite, aluizista histórica, sempre gostou de fazer promessas para seus candidatos nas disputas eleitorais. Em 1994, primeira campanha de Garibaldi Alves Filho ao Governo do Estado, dona Hilda engendra uma promessa para encetar em Mossoró, onde mora:

– Se Garibaldinho (assim que ela o trata…) ganhar, servirei um farto café aos garis dessa rua…

Apuração encerrada, com resultado positivo para Garibaldi, ela logo anuncia o dia do pagamento da promessa. Tudo com esmero e fartura, armando mesa em sua calçada à Avenida Rio Branco: bolo, pasteis, sucos, ovos, cuscuz, etc.

Quando já estavam terminando, naquela hora dos agradecimentos, um dos garis faz uma pergunta oportuna à benemérita:

– Dona Hilda, quando tem outra inleição?

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Categoria(s): Folclore Político
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