Tem coisa mais subdesenvolvida e símbolo de submissão, do que solenidade de “cumprimentos de final de ano” a prefeitos, governadores e até presidente da República?
É triste essa modalidade de coronelismo disfarçado, que perdura na República Federativa do Brasil.
Remonta às cortes europeias da Idade Média, aos rituais humilhantes de poderosos da antiguidade.
Assemelha-se, ainda, àquelas fotografias em que nomeados para cargos comissionados são obrigados a posar com portaria à mão, ao lado de quem o emprega, como prova de favor e devoção.
Os dois acontecimentos comuns ao poder, no Brasil, não representam respeito e consideração a alguém. Na verdade, documentam a subalternidade e o personalismo que teimam em fazer parte da política nacional.
Pobre Brasil Sem Sorte!