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segunda-feira - 29/12/2014 - 07:38h
Crime à céu aberto

Complexo Viário aguarda visita de ministro e políticos

O ministro dos Transportes (Paulo Sérgio Passos) e um amontoado de políticos potiguares, bem que poderiam fazer visita à interminável obra do Complexo Viário da Abolição, em Mossoró. O monstrengo à céu aberto se arrasta desde 2009.

Tinha previsão de ser concluído em meados de 2013.  Mas até hoje não foi entregue e apresentou problemas diversos, sem que a sociedade tenha sido devidamente informada sobre detalhes desse caos que  já consumiu mais de R$ 72 milhões.

Obra se arrasta repleta de falhas grotescas e, aparentemente, sem fiscalização (Foto: Secretaria da Infraestrutura do RN)

O empreendimento faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sob gestão do Estado como “obra delegada”. Orçada inicialmente em R$ 52 milhões, seu projeto original previa cinco viadutos, uma ponte e duplicação da BR-304 em extensão da ordem de 17 quilômetros em área predominantemente urbana, na chamada “Avenida do Contorno”.

A ordem de serviço deriva da gestão Wilma de Faria (PSB) e presidente Lula da Silva (PT). De lá para cá, já tivemos a eleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e passamos pro segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).

Vencedora da licitação, a empresa EIT entrou em regime de recuperação judicial (insolvência), com a obra caindo no “colo” da CLC. Nesse período de tempo, o que se testemunha é a edificação de um escândalo continuado, sem que ninguém seja punido.

Marketing político

Todos os viadutos apresentaram problemas.

Tudo é tão sinistro e suspeito, que até fica difícil se localizar uma placa com informações sobre a obra ao longo da construção. Pelo visto, ninguém quer ser lembrado ou associado ao trambolho milionário.

Na prática, o que se testemunha, é a formatação de um projeto obtuso e que nasce obsoleto, aparentemente sem qualquer fiscalização séria.

Durante alguns anos, a obra foi visitada por diversos políticos como peça de propaganda político-eleitoral. Viadutos chegaram a ser “inaugurados” individualmente pela governadora Rosalba.

Contudo há vários meses que o “marketing” de inaugurações e visitas foi abandonado. Nem mesmo na campanha eleitoral deste ano, qualquer político quis se expor ao antimarketing, visitando o monstrengo.

Mossoró, enfim, segue sendo punida pelo descaso, irresponsabilidade e ganância, num consórcio que envolve alguns patifes conhecidos e outros ocultos.

O Complexo Viário da Abolição é caso de polícia e não apenas de engenharia.

O Ministério Público Federal (MPF) que o diga.

O crime compensa.

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Categoria(s): Administração Pública

Comentários

  1. Marcos diz:

    Carlos,
    Recordo que então ministra Dilma, pouco antes de tornar-se candidata , veio visitar o canteiro de obras. Apenas para citar um ato de marketing eleitoral que marca a história desse complexo Viário. Cinco anos depois, temos um trânsito piorado por conta de uma obra de mobilidade. E ninguém explica nada sobre os serviços e recursos que foram empregados. Fosse o Brasil um país sério…

  2. Edmiro diz:

    Vergonhoso, desrespeitoso, acinte, afronta, criminoso, aberração… enfim faltam adjetivos.

  3. João Claudio diz:

    Agora é oficial.

    Entre os mortos no acidente aéreo da Air Asia, INFELIZMENTE não há nenhum politico brasileiro.

    Lamentável.

  4. fernando diz:

    O governo Robson começa com a cara do rosalbismo. Já são cinco,, inclusive alguns com sobrenome Rosado .Um governo que inicia coma maioria rosalbista e petista não se espera muita coisa.

  5. João Claudio diz:

    Ou liberar para os jovens brincarem de Skate e Patins. Mais precisamente o viaduto construído na saída para Natal. O “mais mal feito de todos” rs rs rs

Trackbacks

  1. […] a conclusão do Complexo Viário da Abolição (um monstrengo cheio de patifarias – veja AQUI), o anel viário da cidade e o andamento de outros projetos que estão paralisados ou que nunca […]

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