“Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber.”
Albert Einstein
Jornalismo com Opinião
“Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber.”
Albert Einstein
Por Luís Correia
René Descartes, filósofo, físico e matemático, acreditava que a mente e o corpo eram entidades separadas e que o raciocínio, o juízo moral e o sofrimento poderiam existir independentemente do corpo. Criamos um referencial: o coração representava as emoções e o cérebro, o raciocínio.
O título desta matéria, “O Erro de Descartes”, foi escrito pelo médico neurologista e neurocientista António Damásio. Em seu livro, Damásio apresenta um conjunto de argumentos fisiológicos e anatômicos sobre a formação e processamento de imagens no cérebro, os quais têm uma íntima relação na gênese e na expressão das emoções. Além disso, as tomadas de decisões tramitam por um feedback do sistema límbico (emoções) e neocórtex (“razão”), ativando alguns dos substratos neurais envolvidos na aprendizagem emocional.
A neurociência, hoje, por meio de estudos, neuroimagem, marcadores cerebrais e eletroencefalograma com mapeamento cerebral, defende que as emoções desempenham um papel crucial na tomada de decisões e no pensamento racional. Pensamentos e ações são uma fusão entre os complexos emocionais e racionais.
Fatores emocionais têm uma participação ativa na condução do veículo automotor. Ansiedade, medo, depressão, angústia, euforia e uma cascata de sentimentos criam uma atmosfera que podem levar à participação do condutor em eventos de sinistro de trânsito.
Sabemos que conduzir um veículo automotor exige atenção, controle, raciocínio e decisão, e que o sistema nervoso tem uma relação estreita sobre esses aspectos, e consequentemente, sobre a condução do veículo.
Conduzir um veículo após uma decepção amorosa, desentendimento entre os ocupantes do veículo, distúrbio gastrointestinal, cólicas ou situações que interferem no modo de agir e de conduzir pode ser perigoso.
Brigas de trânsito, manobras equivocadas, uma marcha errada, um momento que deveria frear e acelera, um pedestre atravessando a faixa somente observado muito próximo ao veículo, um avanço de preferencial, um ponto cego são situações agravadas quando o condutor está emocionalmente abalado.
E quando essas emoções vêm somadas com substâncias depressoras do sistema nervoso? Substâncias como benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, etc.), opiáceos ou narcóticos (morfina, heroína, codeína, meperidina, etc.) tornam a maquinaria da resposta motora, da vigilância, da atenção e do cálculo suscetível a inúmeras falhas que culminam em sinistros de trânsito.
A fala mais comum seria: “ainda bem que não consumo nenhuma dessas drogas”. No entanto, uma pesquisa encomendada pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig) ao Datafolha mostrou que 55% dos brasileiros com mais de 18 anos de idade consomem bebidas alcoólicas, sendo que 32%, ou seja, um em cada três indivíduos, consomem semanalmente.
Você está entre esses 55%? Então você faz uso de droga depressora do sistema nervoso central. O álcool, nos primeiros momentos logo após a ingestão, pode aparecer os efeitos estimulantes, como euforia, desinibição e maior facilidade para falar. No entanto, com o passar do tempo, começam a surgir os efeitos depressores, como falta de coordenação motora, descontrole e sono.
Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o estado de coma. O tempo do efeito e as consequências têm inúmeros fatores contributivos, como alimentação, sono, quantidade, tipo de bebida, fatores associativos, fatores emocionais, entre outros.
Em função disso, a legislação do CTB expressa, em seu Art. 276, que qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades impostas no CTB.
Não nascemos em Vulcão, não somos compatriotas de Spock; suas alegrias, tristezas, decepções, anseios, tédios, regozijos e sonhos guiam seu automóvel junto com você.
Luís Correia é agente de Trânsito, diretor de Mobilidade do Município de Mossoró, membro da Câmara Temática de Saúde para o Transito (CTST) do Contran e do Conselho Estadual de Trânsito
Por Marcelo Alves
Outro dia, em um excelente grupo de WhatsApp do qual faço parte, “Leitores vorazes”, administrado pelo amigo Bruno Cavalcanti, fui por este indagado sobre quais seriam os meus “top five” no que toca a livros em geral. Citei “O nome da rosa” de Umberto Eco, “A montanha mágica” de Thomas Mann, “Amor a Roma” do nosso Afonso Arinos, “A era da incerteza” de John Kenneth Galbraith e o conjunto “Júlio César/Antônio e Cleópatra” de Shakespeare, para logo depois, refletindo um pouco, transformar essa quina numa meia dúzia, incluindo “Criação” de Gore Vidal.
E é exatamente sobre Vidal e sua “Criação” (“Creation”, 1971) que quero falar um pouco.
Gore Vidal (1925-2012), escritor e ativista político norte-americano, foi um intelectual à moda antiga. Polemista, na esteira de um G. K. Chesterton ou de um George Bernard Shaw. Prolífico e diversificado, escreveu teatro e muitos – ponha muitos nisso – ensaios. Democrata e alegadamente bissexual, tratou, à sua maneira, de religião, filosofia e política. Mas, de minha parte, o que mais aprecio em Vidal são os seus “romances históricos”.
Sobre “Creation”, ainda me recordo até da sua aquisição – falo do exemplar em inglês que primeiramente li – na London Review of Books, a uma quadra do Museu Britânico, no bairro de Bloomsbury, uma das livrarias mais charmosas de Londres. Pequenina, composta de um pavimento térreo e de um subsolo, tem um café que então eu adorava. Logo devorei o livro e voltei à mesma prateleira para comprar “Julian” (1964) e outros mimos do mesmo autor.
Certa vez disse – e agora reitero – que “Criação” tem um lugar especial na minha alma literária. Cyrus Spitama, a personagem principal, grego e persa ao mesmo tempo, é neto do profeta Zoroastro. Representação perfeita do “homem viajado”, ao derredor do século V antes de Cristo, foi embaixador persa perante a Índia, a China e a Grécia de então. Através de Cyrus Spitama, somos apresentados a Cyro (o Grande), a Cambisses, a Dario (o Grande) e a Xerxes, os grandes (e haja grandes nisso) governantes persas da dinastia dos Aquemênidas.
Cyrus Spitama é um homem que, através de pequenos ajustes de datas confessados por Vidal (uma mentirinha branca, a favor do nosso deleite), em direção ao Ocidente, topa com os gregos Péricles, Pitágoras, Demócrito, Tucídides e Heródoto, entre outros luminares que aquela civilização produziu. Vai à China, de mestres do Taoísmo e de Confúcio, no Oriente mais distante. No meio do caminho, ele passeia pela Índia de Sidarta Gautama (o Buda), de Mahavira (fundador do Jainismo) e de seu discípulo/rival Gosala, com suas filosofias e teologias tão misteriosas para nós “ocidentais”.
Uma vida entre reis, pensadores, profetas e magos, de encontros e desencontros, um romance que é, antes de tudo, uma aula de história, geografia, filosofia, religião e política. Ainda devo acrescentar, quanto ao eruditíssimo romance de Vidal, um componente bem pessoal: li “Creation”, praticamente, dentro do Museu Britânico. Foram manhãs e tardes em que, maravilhado, contextualizava mais ainda aquela história/estória de gigantes, passeando (e aprendendo) pelo acervo daquele grande museu.
Paulo Francis, polemista como poucos, que também tem uma crônica intitulada “A criação de Gore Vidal”, republicada no seu livro “Diário da corte” (Editora Três Estrelas, 2012), “elogiosamente” afirma que “Creation sugere que o humanismo já disse tudo o que tinha a declarar em 500 a.C. Não é bem assim. Ou talvez seja. Se ficarmos apenas no humanismo e omitirmos a ciência. É difícil superar Buda ou Confúcio. Nossos mentores Moisés e Cristo são bobos perto desses sábios (é de estarrecer o que Confúcio faria em face de Cristo. Provavelmente lhe daria uma esmola e sairia correndo)”.
Bom, como cristão enfadado, não vou entrar nessa querela. Apenas sugiro a diversa leitura da “Criação”.
Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL
Por Odemirton Filho
No último domingo, o nosso querido escritor Marcos Ferreira nos presenteou, como sempre, com uma belíssima crônica. Ele escreveu sobre a gratidão (veja AQUI), uma virtude que poucas pessoas cultivam na alma.
Aí eu lembrei de uma virtude que, também, anda escassa nos dias que correm: a humildade. De acordo com o Dicionário Aurélio, a humildade é a qualidade de quem tem consciência de suas limitações; modéstia. Quem não conhece alguém arrogante, dono da verdade?
No nosso local de trabalho, na igreja, ou em qualquer lugar que frequentamos sempre há aquela pessoa de difícil trato, que acredita que sempre está com a razão, até em família, encontramos. Humildade, diga-se, não é ser subserviente, aceitando tudo, calado. Não. Creio que a humildade é se comportar de forma respeitosa, e não usar o dinheiro, o conhecimento ou a hierarquia de um cargo para menosprezar quem quer que seja.
Não é incomum em alguns ambientes religiosos ou clubes de serviços existirem os “donos”, que adoram mandar e desmandar. Nas Universidades, alguns doutores ou mestres agem de forma professoral perante os demais colegas, funcionários e alunos, como se o título acadêmico fosse um salvo-conduto para a arrogância.
No trabalho existe “o sabe-tudo”, que não gosta de ajudar, e não pede ajuda ao colega, pois acha que se diminui ao compartilhar e receber ensinamentos. No mundo jurídico não é diferente, nem entre os literatos; e nem comentarei sobre o egocentrismo nas redes sociais.
Na política, alguns candidatos e lideranças que se achavam imbatíveis, com o resultado das eleições tiraram a prova que o seu tempo passou, e perderam vergonhosamente.
Entretanto, apesar dos exemplos acima, existem pessoas que sabem que estamos a navegar no mesmo mar, muito embora em barcos diferentes. Na verdade, nunca é tarde para revermos nossos valores e atitudes, afinal, todos nós, mais dia, menos dia, iremos para o mesmo lugar.
Nas palavras do cronista Rubem Alves, “assim, para sair do círculo fechado de nós mesmos, em que só vemos nosso próprio rosto refletido nas coisas, é preciso que nos coloquemos fora de nós mesmos. Não somos o umbigo do mundo. E isso é muito difícil: reconhecer que não somos o umbigo do mundo! Para se ouvir de verdade, isso é, para nos colocarmos dentro do mundo do outro, é preciso colocar entre parêntesis, ainda que provisoriamente, as nossas opiniões”.
Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos
Por Bruno Ernesto
Decerto você deve estar a pensar que desde o meu último texto, inicie alguma espécie de série, antologia, volume, talvez o primeiro tomo, sobre nomes de pessoas.
Lhe garanto que é pura coincidência.
Na crônica intitulada Jão (//blogcarlossantos.com.br/jao/), falei sobre a origem do meu nome e a correlação entre nome, geração e personalidade. O meu, como disse, vem de um solo.
Apesar de alguns nomes, tidos como tradicionais, ainda terem forte apelo regional e serem bastante utilizados ainda, um detalhe sempre chamou a atenção de muitas pessoas.
Alguns deles tem uma correlação – um tanto injusta -, com a idade biológica, embora atemporais.
Você, por acaso, já conheceu um Bruno de 80 anos de idade? Rebeca? Letícia? Larissa? Marina? Talvez, Melissa?
Eu, particularmente, nunca conheci.
Tomando como mote os Joões, a que me referi na minha crônica anterior, João embora tenha a injusta correlação com sendo de uma pessoa idosa, se composto, como João Paulo, já se transfigura como sendo de uma pessoa jovem.
Puxei rapidamente pela memória, e só me recordo de dois Joões Paulos idosos: o Papa João Paulo II e o filósofo e escritor francês, Jean-Paul Sartre.
É interessante destacar que há uma profusão de memes na internet correlacionando o nome à real idade de algumas pessoas, fazendo crer que é muito estranho, e engraçado, algumas crianças dessa geração serem nominadas com nomes que, aparentemente, só conhecemos como pessoas idosas, e cujos os nomes eram tradicionalmente utilizados por duas ou três gerações anteriores à nossa, como se o idoso brotasse no mundo já idoso.
Embora, de fato, alguns nomes tradicionais soem estranhos nessa geração, o novo de hoje – se tudo der certo -, vai ser idoso um dia. Claro que as cirurgias plásticas, cuidados médicos, nutrição e saúde mental – me desculpe o pleonasmo – serão um plus a mais.
Pois bem. Parece que, para mim, tem se aproximado bem mais rápido do que pensava – o que não acredito muito -, uma vez que, ao olhar os meus documentos pessoais, o meu ano de nascimento me enquadra como sendo da geração millennials.
Talvez, a estética seja o detalhe. Refletindo melhor, talvez não.
Quero acreditar – amiúde – que o costume ainda possa prevalecer, em certas situações, apenas como vocativo; como termo genérico para chamar alguém que não se conhece pelo nome, como por exemplo, chamar alguma mulher pelo vocativo genérico de Dona Maria. Será? Não sei.
O que de fato me ocorreu é que, durante a última edição do programa Justiça na Praça, ocorrida no dia 31 de outubro, promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte (TJRN), em parceria com a Prefeitura Municipal de Mossoró e outras entidades, colaborei com o atendimento da população que buscou os serviços oferecidos na Estação das Artes de Mossoró e, num deles, após esclarecer e tirar algumas dúvidas de uma jovem que acompanhava a sua mãe, após ouvir atentamente as explicações e orientações, me agradeceu fervorosamente:
– Obrigada, seu Zé!
Minha filha, Melissa, como diz o velho provérbio nordestino – desculpe o trocadilho -, gaitou.
Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor
Por Marcos Ferreira
Quinta-feira passada, 31 de outubro, dia consagrado às míticas bruxas do planeta inteiro, topei com uma jovem senhora em companhia de uma menininha no semáforo do Cemitério São Sebastião. Sim, outra vez esse recorte da cidade é o palco de um lastimável quadro social. Tais retratos dessa ordem, todavia, são invisíveis aos olhos de um monte de pessoas convictas de que não têm nada a ver com a miséria desses coitados que enfeiam o belo e auspicioso País de Mossoró desde sempre.
Deparei-me com essa situação por volta das três da tarde. A mulher e a criança, apesar de malvestidas e maltratadas pelas circunstâncias que enfrentam, exibiam uma beleza física subjacente. A garotinha, talvez com quatro anos de idade, estava nos braços da mãe. Esta, quando o sinal ficava vermelho, aproximava-se das janelas dos carros com um recipiente de plástico oferecendo uma iguaria que todos nós conhecemos como paçoquinha. Raramente um motorista ou outro baixava o vidro do automóvel para adquirir a paçoca ou apenas dar algum trocadinho à vendedora.
Parei minha moto na frente do São Sebastião, pendurei o capacete no guidom, abri minha carteira e peguei uns cinco reais em moedas. Eu já estava acabando de atravessar a rua para entregar as moedinhas àquela desconhecida, decerto mãe solteira, quando ela se posicionou ao lado da janela de um sedã azul da marca BMW. Em seguida o condutor estirou o braço para fora do veículo e apalpou os seios da mulher por entre o decote do vestido, diante da criança. Fiquei desconcertado.
Não demorou e o sinal ficou verde, o sujeito entregou uma cédula não sei de quanto à vendedora de paçoquinha e seguiu viagem. Maldito dinheiro aquele! Maldito elemento que se aproveita da miséria de outrem para satisfazer uma pulsão sexual! Quantas vezes esse indivíduo já não terá feito isso com outras mulheres carentes e desvalidas por aí, nos semáforos de Mossoró? Não faço ideia.
Nesse instante as minhas pernas ficaram bambas, vi-me estarrecido, e um sentimento de impotente revolta se apoderou de mim. Respirei fundo, os carros rumavam para um lado e outro e me aproximei daqueles dois seres (mãe e filha) sobre o canteiro. A mulher, notando a minha presença, pareceu-me um tanto surpresa com o fato de que alguém a pé viesse em sua direção. Ainda assim, quem sabe receosa, encarou-me e ofereceu o que tinha no recipiente de plástico transparente.
Notei que ainda havia em seu semblante um aspecto de constrangimento. Não duvido de que ela tenha imaginado que testemunhei o que acontecera um minuto antes. “Boa tarde. O senhor quer paçoquinha? Custa só dois reais. Compre pelo menos uma para me ajudar. Eu sou viúva; o meu marido era viciado em crack, estava devendo na boca de fumo e foi morto por um traficante nos Teimosos”, disse-me assim como se tivesse aquela história dramática ensaiada na ponta da língua.
Sobre o final do canteiro da Avenida Augusto Severo, enquanto os carros paravam no sinal vermelho e logo após seguiam seus destinos, travei um breve diálogo com ela, depositei em sua mão pequena quantia e revelei que eu não tinha interesse nas paçocas, mas que aceitasse as moedas porque o meu intuito (embora com um valor bem pequeno) era tão somente o de ajudá-la. Estava perante mim uma morena clara de olhos tristes, cabelo longo, corpo franzino e bem-conformado. A filha não se parecia com a mãe, pois se tratava de uma menina de cabelos meio loiros e olhos esverdeados. Deduzi, então, que herdara as feições do pai, morto pelo traficante.
Na faixa dos trinta anos de idade, contou-me que hoje mora com a mãe idosa na Favela do Cachorro Assado, onde também existe uma boca de fumo perto do barraco que ela e a filha habitam com uma irmã mais velha e outras duas crianças. Compreendi que nossa conversa precisava ser curta, pois a vendedora de paçoquinhas estava deixando de oferecer suas iguarias enquanto falava comigo.
Ela me agradeceu, disse “Deus proteja o senhor” e eu fui embora contrariado com aquele motorista vil, sem compaixão. Torço mesmo que ele e nenhum outro volte a praticar esse tipo de patifaria, de absoluta falta de humanidade, contra aquela pobre mulher. Ainda mais aos olhos da uma criança inocente.
Esse tipo de coisa, que devemos repudiar com total veemência, é a cara de Mossoró. Pois nosso município, sempre coberto por maquiagem publicitária, vira as costas para um sem-número de cidadãos miseráveis.
Marcos Ferreira é escritor
“Otimismo é esperar pelo melhor. Confiança é saber lidar com o pior.”
Roberto Simonsen
“Sinto-me quase duas: uma me ama demais e a outra, nem sei quem é…”
Clarice Lispector
Devido os sucessivos atrasos nos pagamentos, médicos que prestam serviços na especialidade de Pediatria/Neonatalogia, no Hospital Regional Mariano Coelho, em Currais Novos, resolveram parar. Sem dinheiro, sem trabalho.
Mesmo com sucessivos comunicados oficiais à Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP/RN), não houve retorno algum.
O valor total do débito em aberto é de R$ 473.141,28 (quatrocentos setenta três mil, cento quarento um reais e vinte oito centavos).
Como o Governo do Estado do RN não paga, a manutenção da escala médica médica ficou insustentável: ninguém aceita trabalhar sem receber sua remuneração.
O atraso são referentes aos meses de junho, julho, agosto e setembro deste ano.
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Novos investimentos no setor da construção civil estão sendo azeitados em Mossoró.
O segmento não para de dar mostras de vigor.
As empresas locais, bom que fique claro, disputam com destemor a preferência dos investidores – num mercado bastante competitivo e com presença de grupos de Natal, Paraíba e também do Ceará.
Um aquecimento que mexe com a economia em vários estamentos da pirâmide social.
Como se diz por aqui, numa linguagem bem coloquial… “bom quesó.”
A Prefeitura de Mossoró segue com inscrições abertas para dois editais de fomentos viabilizados através da Lei Aldir Blanc. O credenciamento é feito on-line e o prazo para inscrição termina neste domingo (3). Serão mais de R$ 1,1 milhão investidos diretamente na viabilização de projetos culturais no Município de Mossoró.
Por meio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), a Prefeitura de Mossoró beneficiará 97 projetos culturais em dois editais: “FOMENTO CULTURAL – ALDIR BLANC” e “PRÊMIO CULTURA VIVA – PREMIAÇÃO PARA AGENTES CULTURAIS E PONTOS DE CULTURA”.
Serão selecionados projetos culturais que envolvam Artes Visuais, Audiovisual, Design e Moda, Artesanato, Música, Dança, Artes Cênicas, Cultura Popular, Arquitetura e Urbanismo, Patrimônio Cultural, Povos Tradicionais, Fotografia, Livros/Leitura e Literatura, Gastronomia e quaisquer outras que sejam do âmbito cultural.
O edital 001 “FOMENTO CULTURAL – ALDIR BLANC”, de fomento às manifestações culturais selecionará 69 projetos, com investimento total de 830 mil reais, incentivando os artistas mossoroenses à execução de projetos em 6 categorias: Fomento cultural A (240 mil); Fomento cultural B (180 mil); Fomento Festival A (50 mil); Fomento Festival B (50 mil); Fomento Cultura Viva A (100 mil); Fomento Cultura Viva B (30 mil).
Já o edital 002 para o “PRÊMIO CULTURA VIVA – PREMIAÇÃO PARA AGENTES CULTURAIS E PONTOS DE CULTURA” beneficiará 28 projetos de incentivo à Política Nacional de Cultura Viva, num investimento de 328 mil reais, dividido em duas categorias: Personalidade cultural (pessoas ou grupos que expressam tradições, conhecimentos, identidade e influência cultural) e Pontos de Cultura (entidades, reconhecidas pelo Ministério da Cultura, que desenvolvem ações socioculturais em suas comunidades).
A deputada federal Natália Bonavides (PT) perdeu as eleições à Prefeitura de Natal? Sim, é fato. Perdeu. Mas, a história e a verdade não devem ser contadas de forma tão simplista e pragmática assim. Não se trata de passar outra versão ou fabricar novo resultado. Longe disso.
A advogada, ativista social e petista/lulista de carteirinha Natália Bastos Bonavides, 36, teve o que pode ser definido como “A queda para o alto.” Esse oxímoro nos remete a 1982, nos primeiros anos da reabertura política do país, quando livro com esse título foi lançado pela Editora Braziliense, biografia dilacerante da jovem Sandra Mara Herzer, ou Anderson Herzer.
Sem resumos ou spoiler quanto ao conteúdo, contexto e abordagem revolucionária da obra, nos prendemos ao paradoxo do título e seu fio de identidade com as urnas na capital potiguar em 2024, 42 anos depois. Claro que a vitória do também deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) no primeiro e segundo turnos é legítima, épica (veja AQUI e AQUI). Contudo, existem outros vencedores e, entre os derrotados, quem também venceu.
Natália Bonavides não será prefeita, óbvio, porém carrega um capital pro futuro que a transporta para outro nível no quadro de forças em seu partido, à esquerda das correntes ideológicas no RN e no tabuleiro de nomes proeminentes da política do RN. Bonavides não é mais da prateleira de baixo, do segundo escalão. Furou a oligarquia petista de décadas, que era formada pelo binômio Fátima-Mineiro (deputado federal Fernando Mineiro).
Ela superou a própria rejeição antiPT que contaminou sua candidatura, além da bigorna de algumas toneladas de repulsa popular personificada na governadora Fátima Bezerra (PT). Com dignidade, diga-se, não se escondeu nem escamoteou a presença da apoiadora. Subiu degrau a degrau nas pesquisas e afeição popular, mesmo com essa sobrecarga nas costas a puxando para baixo.
Ex-vereadora, deputada federal em segundo mandato como campeã de votos, a candidata driblou descrenças internas, oráculos externos (como deste jornalista que vos escreve), intolerâncias diversas e virou a grande estrela do PT. Perdendo no voto, que se repita. Bonita, inteligente, inquieta, carismática, de boa extração familiar, mas que a direita prefere resumir no epíteto de “Patricinha Bolivariana” (criação genial do jornalista Gustavo Negreiros), Natália Bonavides venceu, sim senhor.
Teve sua queda para o alto!
Série Eleições
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O Governo do Rio Grande do Norte declarou ponto facultativo nesta sexta-feira (1º), em comemoração ao Dia do Servidor Público Estadual. A data foi transferida do dia 28 de outubro, conforme publicação do decreto no último dia 11, no Diário Oficial do Estado.
Com exceção dos serviços essenciais, as repartições públicas vinculadas ao Estado não funcionam nesta sexta-feira (1º), ponto facultativo.
Confira abaixo como ficam os atendimentos:
Saúde
No Hemocentro do Rio Grande do Norte Dalton Cunha, localizado na Avenida Alexandrino de Alencar, no Tirol, Natal, não terá alterações no atendimento da sexta-feira (1º), no sábado, o prédio funciona até às 12h. Já o Espaço Hemonorte no Partage Shopping, na zona Norte de Natal, estará fechado na sexta-feira e ao sábado.
Unicat
Na unidade sede o funcionamento será normal durante o Ponto Facultativo (1°), apenas os setores administrativos estarão fechados. A unidade do Alecrim estará fechada.
No feriado de Finados (02) a unidade do Alecrim se mantém fechada e a sede abre de 7h às 13h.
Segurança
As delegacias distritais e especializadas estarão fechadas. No caso de ocorrências policiais, procurar as delegacias de plantão.
1ª Delegacia de Plantão (Zona Sul) – Central de Flagrantes
Av. Interventor Mário Câmara, 3.532 – Cidade da Esperança, Natal/RN
2ª Delegacia de Plantão (Zona Norte)
Av. Dr. João Medeiros Filho, 2.141, Conjunto Potengi, Natal/RN
3ª Delegacia de Plantão (Parnamirim)
Endereço: Avenida Bela Parnamirim, Bairro Vida Nova, Parnamirim/RN
Delegacia Virtual
//delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/
As ocorrências relacionadas à violência doméstica devem ser comunicadas à Delegacia de Plantão de Proteção a Vulneráveis (DPAGV), localizada na Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal.
Central do Cidadão
Todas as unidades das Centrais do Cidadão fecham durante o Ponto Facultativo (1º) e não possuem funcionamento aos sábados.
Detran
Não haverá atendimento no Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran) nesta sexta-feira (1).
Cidadãos que possuem agendamento para o dia 1°, poderão comparecer na respectiva unidade durante a semana seguinte, portando o comprovante de agendamento.
SINE
Em função do ponto facultativo do Dia do Servidor, não haverá expediente no Sine – Sistema Nacional de Emprego.
Restaurante Popular
Os restaurantes populares funcionam normalmente nesta sexta-feira (1º) com exceção das unidades localizadas no Centro Administrativo de Natal e do campus da Uern em Mossoró e em Pau dos Ferros, que estarão fechadas. Quanto ao programa do leite, a distribuição obedece o cronograma semanal normal.
Turismo
O Parque das Dunas, em Natal; o Cajueiro de Pirangi, em Parnamirim, funcionam normalmente no ponto facultativo e feriado (02). Já o Parque Estadual Mata da Pipa, em Tibau do Sul funciona apenas na sexta-feira (1º). Os equipamentos são administrados pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema/RN)
Parque das Dunas – Natal
Horário: 7h30 às 17h00
Entrada: R$ 1,00
Parque Estadual Mata da Pipa – Tibau do Sul
Horário: 9h00 às 16h00
Entrada: gratuita
Cajueiro de Pirangi – Parnamirim
Horário: 8h00 às 17h00
Entrada: R$ 8,00 (crianças de sete a 12 anos pagam meia-entrada, assim como estudantes, professores e idosos, portando carteira comprobatória)
Cultura
Memorial Câmara Cascudo – fechado nesta sexta-feira (1º), já a Biblioteca Estadual Câmara Cascudo, o Complexo Cultural Rampa e a Cidade da Criança estarão fechadas nesta sexta-feira (1º) e sábado (2).
CEASA
As lojas da Central de Abastecimento do Estado do Rio Grande do Norte (Ceasa) não terão alteração no seu funcionamento durante a sexta-feira e o sábado.
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O Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Norte (CRCRN) alerta candidatos e partidos políticos sobre o prazo para a prestação de contas referentes às eleições municipais de 2024. A data limite para a entrega à Justiça Eleitoral, via Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE), é o dia 5 de novembro (próxima terça-feira), mesmo para aqueles que ainda disputaram o segundo turno.
Nessa prestação, devem ser informadas todas as receitas arrecadadas e despesas realizadas até o dia 6 de outubro de 2024.
O CRCRN destaca a importância de seguir rigorosamente as normas estabelecidas na Resolução TSE nº 23.607/2019, que regulamenta o processo de prestação de contas eleitorais. O não cumprimento dessas exigências pode resultar em sanções, incluindo multas e até a perda do direito ao Fundo Partidário e ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
“É fundamental que todos os envolvidos estejam atentos para evitar complicações futuras que podem impactar diretamente na obtenção da certidão de quitação eleitoral”, diz Lígia Limeira, Vice-Presidente de Políticas Operacionais do regional.
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Do Canal Meio e outras fontes
Seis anos, sete meses e 17 dias. Esse foi o tempo que a Justiça levou para condenar os ex-PMs Ronnie Lessa a 78 anos e 9 meses de prisão e Élcio Queiroz a 59 anos e 8 meses pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um crime que chocou o Brasil.
“A Justiça por vezes é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas ela chega”, afirmou a juíza Lúcia Glioche ao ler a sentença no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro-RJ.
Lessa, autor dos disparos, e Queiroz, que dirigiu o carro usado no atentado em 14 de março de 2018, foram condenados por unanimidade por duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle que sobreviveu, e receptação do veículo usado no crime. Como os ex-PMs assinaram acordos de delação premiada, que possibilitaram o avanço das investigações, Lessa ficará preso por, no máximo, 18 anos em regime fechado e dois no semiaberto, já Queiroz ficará encarcerado por até 12 anos, a contar de 12 de março de 2019, quando foram presos. Se a delação for anulada, será aplicada a pena definida no julgamento. (g1)
Os parentes de Marielle e Anderson acompanharam os dois dias de julgamento. Diante do anúncio das sentenças, não contiveram a emoção. Os pais dela, Marinete e Antônio, a filha Luyara, e as viúvas da vereadora e de Anderson, Mônica Benício e Ágatha Reis, aplaudiram e se abraçaram. “As pessoas precisam parar de normalizar os corpos que caem nesse país”, disse a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, irmã de Marielle. (Folha)
Mandantes
Falta acertar as contas com quem ordenou o crime. Chiquinho e Domingos Brazão são apontados como mandantes; o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa seria o mentor; o ex-PM Robson Calixto teria ajudado a dar sumiço na arma usada; e o major Ronald Paulo Alves Pereira teria monitorado a rotina da parlamentar.
Devido ao foro privilegiado do deputado federal Chiquinho Brazão, o caso está no Supremo Tribunal Federal. As audiências de instrução terminaram na terça-feira. Agora, as partes podem pedir diligências. Depois, a Corte ouvirá as alegações finais. (Globo)
Matheus Leitão: “É sem dúvida um marco para o país. Durante anos, com a ação conivente do crime organizado infiltrado na máquina do Estado do Rio, tentou-se de toda forma impedir a elucidação do caso. Réus confessos, Lessa e Queiroz são apenas a ponta de uma história que ainda tem perguntas sem respostas. Se não há uma justiça perfeita, a condenação de ambos, pelo menos, é uma demonstração de que existe uma justiça possível”. (Veja)
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A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) dá início à campanha “Natal sem Fome” e, para a edição deste ano, amplia o número de entidades beneficiadas. As doações podem ser entregues até o dia 17 de dezembro nos pontos de arrecadação montados nos campi de Angicos, Caraúbas, Mossoró e Pau dos Ferros.
Os alimentos doados serão destinados às famílias em situação de vulnerabilidade social. Em Mossoró, além do Lar da Criança Pobre, já contemplado nas edições anteriores, também serão assistidos o Instituto Amantino Câmara e a Liga de Mossoró de Estudos e Combate ao Câncer, juntamente com o seu núcleo na cidade de Pau dos Ferros.
As doações coletadas no Campus Caraúbas serão entregues no Lar dos Mestres da Vida e as do Campus Angicos serão distribuídas em parceria com a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura Municipal, que fará triagem das famílias beneficiadas.
A campanha recebe alimentos não perecíveis, preferencialmente, os itens que compõem a cesta-básica e também brinquedos, que serão destinados às crianças das famílias carentes.
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