“Guerreiros vitoriosos vencem a batalha antes de ela começar, enquanto os derrotados esperam a batalha para tentar vencer.”
Sun Tzu
Jornalismo com Opinião
“Guerreiros vitoriosos vencem a batalha antes de ela começar, enquanto os derrotados esperam a batalha para tentar vencer.”
Sun Tzu
Nesta terça-feira (1º de agosto), a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) abre as portas dos campi de Assú, Mossoró, Natal, Patu e Pau dos Ferros para que estudantes do ensino médio possam conhecer seus cursos de graduação. A ação faz parte de mais uma edição da Feira das Profissões, que será realizada das 8h às 17h.
A Feira das Profissões é conduzida pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), em parceria com os departamentos acadêmicos, faculdades e direções de campi. A proposta é fazer uma apresentação dos cursos de graduação da Universidade aos candidatos que fazem a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e estão prestes a escolher um curso de nível superior pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
Os alunos do Ensino Médio serão recepcionados pela equipe da Proex e voluntários, receberão as orientações sobre a dinâmica do evento e iniciarão as visitas, acompanhadas de monitores. Em cada bloco das Faculdades, os estudantes conhecer a estrutura física da instituição, o perfil profissional de cada curso, campo de atuação e outras informações que são importantes para a escolha do curso de nível superior.
No ano passado, a Feira das Profissões reuniu um público de mais de 2.500 estudantes de escolas públicas e privadas de várias regiões do Estado participaram da programação nos campi de Assú, Caicó, Mossoró, Natal, Patu e Pau dos Ferros. A expectativa deste ano é repetir ou superar esses números.
A Feira das Profissões surgiu em 2019 presencialmente e teve as duas edições seguidas (2020 e 2021) realizadas de forma remota. E no ano passado retomou aos seu formato presencial, que segue neste ano. O evento integra a programação do Elo Uern.
ELO Uern
O “ELO UERN: a universidade junto à comunidade” é o principal evento de extensão da Universidade. Com atividades presenciais e online, o evento nasceu com o objetivo de ampliar a visibilidade sobre as ações de extensão da universidade, e aproximar a instituição ainda mais da comunidade.
“É no ELO UERN que buscamos apresentar a força da extensão universitária realizada pela comunidade uerniana e pelos parceiros externos que tornam essa experiência muito bonita e gratificante. Temos uma programação bem diversificada, gratuita, que qualquer pessoas interessada pode participar”, explica o pró-reitor de extensão, professor Esdras Marchezan.
No Campus de Caicó, a Feira das Profissões será realizada em uma data posterior, devido a programação da Festa de Sant’Ana, padroeira do município, que está ocorrendo neste mês de julho.
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O ministro da Educação, Camilo Santana, virá ao Rio Grande do Norte para anunciar ações no fortalecimento da educação no Estado, especialmente na melhoria das condições de ensino e aprendizagem para os estudantes. O anúncio foi feito pela governadora Fátima Bezerra (PT) na tarde desta segunda-feira (31), logo após agenda com o gestor em Brasília/DF.
“Na segunda quinzena de agosto, o ministro estará cumprindo agenda em Natal. Vamos fazer um grande ato para oficializar no Rio Grande do Norte o programa Criança Alfabetizada, o novo programa da política de democratização do ensino integral e a repactuação de obras”, afirmou a chefe do executivo estadual.
Ao lado da governadora, o ministro Camilo Santana reforçou o compromisso assumido na audiência. “Vamos ao Rio Grande do Norte fazer esse anúncio, esse ato junto com os prefeitos e prefeitas, para lançar três importantes programas. Um é a retomada de todas as obras que estavam paralisadas ou inacabadas. O outro é a Escola em Tempo Integral, talvez um dos mais importantes para o país, que o Ministério está coordenando, mas que é fundamental a liderança da governadora, dos Estados. E também vamos oficializar no compromisso com a Criança Alfabetizada”.
Regulamentação
O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, em regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, busca garantir o direito à alfabetização de todas as crianças do país. O foco é garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2° ano do Ensino Fundamental; além da recomposição das aprendizagens, com foco na alfabetização, de 100% das crianças matriculadas no 3°, 4° e 5° anos, afetadas pela pandemia.
Já a criação do Programa Escola em Tempo Integral representa uma retomada da política nacional para ampliação de matrículas no ensino em tempo integral. A nova legislação, sancionada hoje pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em cerimônia que contou com a participação da governadora Fátima Bezerra, regulamenta o repasse de recursos e de assistência técnica da União para estados, Distrito Federal e municípios.
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A reitora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), professora Ludimilla de Oliveira, se pronunciou nesta segunda-feira (31) em suas redes sociais. Tentou passar tranquilidade e assegurar que permanece na Reitoria (veja vídeo AQUI), após o Conselho Universitário (CONSUNI) da Ufersa aprovar o parecer que recomenda a sua destituição do cargo.
O Consuni aprovou hoje à noite, com 13 votos favoráveis, três abstenções e nenhum contra, o parecer que recomenda a destituição dela. Caberá agora ao Ministério da Educação se pronunciar sobre a manutenção ou não do mandato dela.
Se o ministro Camilo Santana aceitar o entendimento do colegiado, então o professor-doutor mais antigo da Ufersa assume a Reitoria interinamente para administrar a instituição provisoriamente, até novas eleições de reitor e vice.
A partir da anulação do seu titulo de doutorado (veja AQUI) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por plágio de cerca de 44% de seu conteúdo, Ludimilla passou a ter situação insustentável na Ufersa.
Na consulta aos segmentos da Ufersa, ela ficou em terceiro lugar com apenas 18,33 por cento dos votos, no dia 15 de junho de 2020 (veja AQUI). Porém, numa articulação política de bastidores, aproximou-se de forças influentes do bolsonarismo, conseguindo nomeação. O próprio presidente (PL) Jair Bolsonaro comunicou a ela sua decisão, em passagem por Mossoró no dia 21 de agosto de 2020 (veja AQUI).
Consulta Universitária – 2020
Rodrigo Codes – 35,55%
Jean Berg – 24,84%
Ludimilla Oliveira – 18,33%
Josivan Barbosa – 12,94%
Rodrigo Sérgio – 6,33%
O então presidente Jair Bolsonaro (PL) seguiu mesma conduta em diversas outras instituições federais, nomeando gente com alinhamento político e não os escolhidos por comunidades acadêmicas.
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Com decisão judicial determinando o fim da greve dos médicos da Prefeitura de Natal, nesse fim de semana, a categoria foi obrigada ao retorno à normalidade, apesar de atrasos salariais.
Mas, nesta segunda-feira (31), às 16h, o Sindicato dos Médicos do RN (SINMED/RN) realiza assembleia (presencial e virtual) às 16h, para discussão sobre encaminhamentos das negociações com a prefeitura.
Médicos cobram a Incorporação da Gratificação de Urgência e Emergência (GEAUE) ao salário.
Paralisação teve início no último dia 25 (terça-feira da semana passada).
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Do Agora RN
O secretário da Fazenda do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, o “Cadu Xavier”, fez um apelo na última sexta-feira (29) por contenção de gastos com pessoal, visando equilibrar as contas do Governo do Estado.
Segundo informações compartilhadas em seu perfil no Twitter, o resultado fiscal referente ao 3º bimestre de 2023 apresentou um aumento de 14,44% nas despesas empenhadas, enquanto as receitas subiram apenas 3,01% em comparação com o mesmo período de 2022.
De acordo com os dados divulgados, a receita teve um crescimento de R$ 8,76 bilhões para R$ 9,03 bilhões, enquanto as despesas empenhadas aumentaram de R$ 10,6 bilhões para R$ 12,15 bilhões.
O Secretário chamou a atenção para o aumento significativo nos gastos com pessoal e encargos, que atingiu 19,82%, contrastando com o crescimento modesto da receita arrecadada, que foi de apenas 2,49%.
“Não há como manter as contas equilibradas com esse cenário e, por isso, venho insistindo na necessidade de conter o crescimento da folha nos próximos anos”, afirmou Cadu Xavier.
ICMS e FPE
Ele destacou que um dos fatores que contribuíram para o baixo crescimento das receitas foi a combinação dos efeitos da Lei Complementar 194, que reduziu a alíquota do ICMS sobre serviços essenciais, incluindo combustíveis, juntamente com a estagnação do Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal (FPE), causada pela manutenção dos juros altos.
Outro ponto de destaque é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
A tabela demonstra que 86,46% dos recursos foram destinados ao pagamento de pessoal, representando um aumento de 6,91% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Carlos Eduardo Xavier ressaltou que esse percentual considera apenas os profissionais ativos e evidencia um problema: a insuficiência de recursos do fundo para custeio e investimento.
“No segundo semestre, buscaremos um crescimento consistente das receitas de ICMS para fecharmos o ano com as contas equilibradas, incluindo o pagamento do 13º salário. Além disso, estamos em busca de receitas extraordinárias, como a adesão ao PEF, visando retomar os investimentos”, afirmou o Secretário.
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O América de Natal segue sua sina. Não vence. Nesse domingo (30), no Arena das Dunas, esteve com vitória nas mãos (ou pés), mas novamente não segurou o resultado.
Empare em 1 x 1 com o Paysandu pela Série D do Brasileirão 2023.
Assim, o clube natalense fica estacado na 17ª posição da tabela, ou seja, zona de rebaixamento, com 15 pontos. Uma vitória o catapultaria para fora desse ambiente perturbador.
O próximo jogo do alvirrubro será contra o Figueirense, em Florianópolis-SC, domingo (6), às 11h. O adversário é o 13º colocado com 17 pontos.
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Atacante e ídolo do Corínthians paulistano, Roger Guedes está na iminência de jogar no futebol árabe por contrato multimilionário. Temendo perdê-lo, a torcida do clube mobiliza-se desesperadamente para segurá-lo, inclusive fazendo créditos via Pix em sua conta.
Na manchete do Globo Esporte da página do clube, nesse sábado (29), manchete diz muito sobre o jogador, torcida, mas também nos transporta para a política contemporânea do Brasil:
Guedes comenta futuro no Corinthians e diz que vai doar valores de pix enviados por torcedores.
No complemente, o detalhe da reportagem: Corintianos fizeram campanha pedindo a permanência do atacante, que deixa definição sobre saída ou permanência no Timão para seu empresário, Paulo Pitombeira.
No fim da semana passada, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi identificado como beneficiário de depósitos – via Pix – de mais de R$ 17,2 milhões de aliados, fãs e ‘devotos.’
Entretanto, cobertura jornalística mostrou que o ex-presidente resolveu aplicar essa fortuna no mercado financeiro (veja AQUI), em vez de usar pelo menos parte dela, para pagamento de multas em cinco processos que tramitam em São Paulo. O objetivo da “vaquinha” era esse.
Roger Guedes poderia servir de bom exemplo para Bolsonaro, mas isso não o inspira.
Questão de valores, digamos.
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Numa das plataformas das redes sociais, a ex-prefeita Fafá Rosado (PSB) tem página preparatório para a campanha de 2024, em Mossoró. É o que se chama no meio político de ‘balão de ensaio.’
Denominada de “Fafá Rosado 2024”, o endereço justifica que é “Página de apoio à pré-candidatura da ex-prefeita Fafá Rosado nas eleições de 2024.”
Mas, não esclarece se é à prefeitura, como vice ou à vereança.
A ex-prefeita tem sérios problemas para fazer esse balão ganhar os ares, subindo, subindo, subindo…
O menos grave é de ordem legal. Com algumas condenações em segundo grau, por improbidade, ela está inelegível. Mais de 50 demandas tramitam na Justiça acossando Fafá Rosado.
A outra dificuldade é mais evidente e não precisa ser especialista em política mossoroense para constatar o óbvio: seu tempo passou.
Foi bom para ela e familiares, enquanto durou.
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O Potiguar bateu o Bahia de Feira por 1 a 0 neste domingo (30), no Estádio Nogueirão em Mossoró. Assim, largou na frente em confronto pela segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro. O gol da vitória alvirrubra no Estádio Nogueirão, em Mossoró, foi marcado pelo zagueiro Victor Souza, aos 35 minutos do segundo tempo, numa troca de passe com o também zagueiro Anderson Júnior.
Com a vitória, o Potiguar tem a vantagem do empate no jogo da volta, que está marcado para sábado (5), às 17h, na Arena Cajueiro, em Feira de Santana. O Bahia precisa vencer por pelo menos dois gols de diferença para assegurar a classificação. Se ganhar por um, a vaga para as oitavas de final será decidida nos pênaltis. O classificado após os 180 minutos encara o vencedor de Parnahyba-PI x Nacional-AM.
O jogo
O jogo foi fraco tecnicamente. O alvirrubro local começou com dificuldade para sair do seu próprio campo e tocar a bola. Depois passou a ter maior posse, mas sem maiores preocupações para o adversário. Apenas o meia-atacante Wilson, numa jogada dentro da área, chegou a chutar fraco para defesa do goleiro Alan. O time baiano deu dezenas de chutões em ligação direta para o ataque, além de promover cai-cai para ganhar tempo. Mas, teve um jogador expulso, Abuda, o que o Potiguar pouco aproveitou.
No segundo tempo o time melhorou com substituições, enquanto o Bahia seguia seu enredo de seguidas paralisações, além dos intermináveis chutões. Aos 35 saiu o gol, depois de uma série de ataques perigosos do Potiguar. Entretanto, quando se esperava pressão e ampliação do placar, o time mossoroense repetiu erros do primeiro tempo, sem conseguir ser eficaz. Pelo menos o Bahia deixou de lado o cai-cai e resolveu jogar em pé.
Curiosidades
O Potiguar mantém invencibilidade há oito jogos. Sua última derrota foi para o Campinense em Campina Grande-PB, na fase de grupos, dia 10 de junho. Em sua casa, segue invicto. Venceu 7 dos oitos jogos com mano de campo. Já o Bahia de Feira, no seu grupo, não venceu uma partida sequer fora de seus domínios e está invicto em seu estádio. Foram cinco vitórias e dois empates.
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“O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de todos os vícios.”
Santo Agostinho
Sem nome, sem respeito, malfalada;
Com tinta no cabelo, um dente escuro.
A boca muito rubra quanto usada
No leito coletivo, atrás do muro.
O vício do cigarro e tanto nada
No olhar daquela vida sem futuro…
A cruz dentro do peito, ensanguentada,
Um feto sepultado no monturo.
A perna com platina… A tosse feia
-O busto avantajado de baleia,
A voz muito sonora, mas confusa.
Portanto, assim morreu na primavera
(Doente de si mesma e de quimera),
Na casa do meu peito, a minha musa.
Marcos Ferreira é escritor
*Extraído do livro “A hora azul do silêncio” do mesmo autor.
Por Marcos Pinto
Nos anais da história da escravidão humana sobressaem-se dois tipos. Nos primórdios da colonização e fixação do elemento branco europeu, houve um violento processo de preagem/captura de indígenas, principalmente das nações e etnias que habitavam as solidões vastas e desoladoras dos sertões quase que indevassáveis.
Os violentos e temidos sargentos-mores de entradas valiam-se dos raros conhecedores das veredas indígenas do interior, conhecidos como “práticos do sertão”.
A indiada capturada e vilipendiada em seu habitat natural era conduzida amarrada uns aos outros, em fila indiana. Era o embate, a luta feroz e desigual entre a flecha, a borduna, e o tacape contra a pólvora e o ferroviril/espada dos que compunham a expedição colonizadora, batizada de entradas e bandeiras. O comércio humano era consumado ao chegarem na cidade grande, famintos e maltratados, onde já os esperavam os compradores/mercadores.
Pagava-se o imposto de um quinto sobre o valor total da “mercadoria” cobiçada. Logo descobriu-se que a indiada era avessa e hostil a mão de obra utilizada na cultura canavieira, predominante no século XVI, XVII e XVIII. A escravidão do indígena aconteceu principalmente na extração do pau Brasil.
Os historiadores estimam que, ao longo da história da escravidão no Brasil colonial, foram trazidos cerca de quatro milhões de africanos para pindorama, o que viria a ser o Brasil. O flagelo da escravidão Africana maculou com o sangue derramado durante os açoites as páginas da nossa história.
A Lei Eusébio de Queiroz aprovada em 1850 determinou a proibição definitiva do tráfico negreiro no Brasil. Contudo, continuou violento o comércio humano entre as províncias brasileiras. Prova insofismável está contida na consagrada obra intitulada “Os escravos na história de Mossoró” de autoria dos pesquisadores/historiadores Sebastião Vasconcelos dos Santos e Nancy/Neyza Wanderley de Oliveira.
Na Coleção mossoroense – vol CL XXI, ano 1981, pág 175, encontramos o traslado de uma escritura de compra e venda (ano de 1874) de uma escrava pertencente ao tenente-coronel Luís Manoel Filgueira, rico fazendeiro em Caraúbas-RN, tendo como comprador o estrangeiro Gustavo dos Prazeres Breyner, cujos escravos por ele comprados eram revendidos para os engenhos pernambucanos.
O pior é a constatação de, não raro, os renomados sacerdotes serem donos de escravos, descritos nos inventários e testamentos dos mesmos, vide testamento do padre Faustino Gomes de Oliveira, pernambucano, que durou na Paróquia do Apodi no período de 1813-1856, em cujo documento consta ser dono de 05 escravos muito bem avaliados. (Vide livro “velhos inventários do Oeste Potiguar” – Marcos Antonio Filgueira – pág 88 – coleção mossoroense – série c – volume 740 – ano 1992).
Dentre o vasto martirológio dos cativos africanos, na região Oeste Potiguar, destaca se a dolorosa história da escrava Tereza e seus filhos, objeto de ação de liberdade que tramitou na então Vila do apud ano 1860, termo judiciário da comarca da maioridade (atual Martins-RN). Tenho cópia integral deste triste capítulo da escravidão africana, que, dissecado, daria origem a um dolente filme. A infeliz escrava Tereza teve como curador e advogado o Dr. Joaquim José Mendes Ribeiro.
Esta história tem início com a chegada do padre José Pereira da Ponte ao cais da povoação de Areia Branca-RN, no ano de 1810, ocasião em que ele trazia consigo a escrava Lourença, alforriada pelo padrinho pernambucano. Já desembarcou nomeado para pastorear a Paróquia do Apodi, onde exerceu o ofício durante o período de 1810 a 1813.
Conforme testemunhas inquiridos no processo, a escrava forra (alforriada) era amásia do padre José Pereira da Ponte, supondo-se assim que os filhos de Lourença seriam filhos do padre, que os pôs em escola particular para aprenderem a ler. A partir do ano de 1814 o padre Ponte residiu em São Sebastião de Mossoró durante o período de 10 anos, em companhia de Lourença e seus filhos.
Tempos depois, a Lourença fugiu para um Quilombo, o que irritou profundamente o clérigo, que lançou mão da Carta de liberdade de Lourença e a rasgou, contando com a certeza de que tal carta de alforria nunca fora registrada em cartório competente. Valendo-se desta realidade, pagou a um capitão do mato para resgatá-la, ao que logrou êxito.
O reverendo não cita o Quilombo. Há a possibilidade de ter sido na Serra de Portalegre-RN.
Esta comunidade quilombola situada no cimo da Serra de Portalegre existe até os dias atuais com a denominação toponímica de comunidade do “Pega”. Em tempos remotos, este Rincão era habitado pelos índios tapuias paiacus oriundos da missão jesuíta instalada na aldeia do Apodi em 10 de Janeiro de 1700.
Como a Serra de Portalegre era lugar ermo e distante, passou a ser coito para escravos fugidos dos seus Senhores, logo houve o entrelaçamento entre negros e índios, consolidando o perfil físico-facial predominando a cor preto escura com cabelos lisos e corredios, o conhecido elemento cafuzo.
Em Apodi, São Sebastião de Mossoró, e Mossoró, era público e notório que o reverendo padre José Pereira da Ponte era homem de má conduta e sem escrúpulo. A alforriada Lourença ganhara sua carta de liberdade pela espontânea generosidade do seu padrinho então residente em Pernambuco. Lourença teve os filhos José, Martinho, e Ana. De Ana nasceu Tereza, que foi mãe de Januário, Tertuliano, Epifânio e Odílio.
Todas as testemunhas ouvidas no processo de Ação de liberdade de Tereza e filhos foram unânimes ao afirmarem que Lourença era livre, e como tal eram livres seus filhos e netos. Que por volta do ano de 1840 o malévolo padre Ponte convenceu Ana, filha de Thereza a acompanhá-lo montada em seu cavalo, com destino à fazenda São Lourenço, onde residia o tenente José de Góis Nogueira. Lá deixou penhorada a criança Ana por determinada quantia que pedira por empréstimo. A infeliz Lourença ainda tentou alcançar o satânico padre para reaver a sua filha Ana, tendo-o seguido ao longe até a fazenda das Aguilhadas onde parou para descanso.
Para provar que o endiabrado padre Ponte nunca vendera Ana para o tenente José de Góis Nogueira falecido e inventariado no ano de 1857, o curador da infeliz Tereza e seus 4 filhos requereu certidão dos bens constantes no dito inventário, tendo sido expedida a certidão constando que não existia nenhuma escrava de nome Tereza e seus filhos como pertencentes ao finado inventariado.
Prova cabal de que Tereza nascera liberta por ser filha de Lourença (liberta por carta de alforria) e como também nasceram libertos ditos filhos de Tereza. Nos autos do processo não consta se o truculento padre Ponte era vivo e qual o seu desiderato. Durante os trâmites do processo, a infeliz escrava Tereza e seus filhos foram depositados em dez residências diferentes, sofrendo toda sorte de humilhações discriminatórias, verdadeiros crimes de racismo.
Um padre reprovável
Após conduta eivada de ilicitude no Rio de Janeiro, onde disfarçou-se a tal ponto que chegou a casar-se com moça de família, mas temendo ser descoberto nesta estripulia, o Padre Ponte fugiu para Pernambuco, onde agilizou sua indicação para cura da freguesia eclesiástica das Várzeas do Apodi, dando inicio ao auto isolamento social, decorrente de um afastamento estratégico.
Contudo, não escapou do fato imprevisível do aparecimento na freguesia do Apodi, de um curandeiro apelidado vulgarmente de “o cirurgião de Domingos Alves”, o qual dizia ser baiano e que admirava-se por ouvir falar do Padre Ponte, que no Rio de Janeiro era objeto de opulenta oferta de contos de réis para quem informar o paradeiro do desonesto e truculento sacerdote.
O longo martírio da escrava Lourença e seus filhos e netos teve fim definitivo com a sentença do juiz municipal do termo do Apodi, comarca de Imperatriz (atual Martins-RN), Francisco Luis Correia de Andrade, peça jurídica fantástica que restituiu a liberdade às sofridas escravas, decisão datada de 20 de novembro de 1861. Contudo, já dizia o grande jurista Rui Barbosa: “Justiça tardia não é justiça. É injustiça manifesta.”
Assino embaixo.
Inté.
Marcos Pinto é advogado e escritor
Estes dias, lendo um artigo no caderno BBC Culture – “Roald Dahl: the fierce debate over rewriting children’s classics”, por Neil Armstrong –, topei com mais um caso, seguindo a moda dos últimos tempos, de revisão da linguagem de clássicos da literatura para suas novas edições. Desta feita, a coisa atingiu a obra do britânico Roald Dahl (1916-1990), que, para quem não sabe, é autor de clássicos infantis como “Gremlins” (“The Gremlins”, 1943), “A fantástica fábrica de chocolate” (“Charlie and the Chocolate Factory”, 1964), “As bruxas” (“The Witches”, 1983), “Matilda” (“Mathilda”, 1988) e por aí vai. Não preciso dizer que a obra de Dahl foi bater no teatro, no cinema, na TV, com enorme sucesso. Vocês reconhecerão pelos títulos.
O “caso” Dahl tem causado forte debate, como esperado, alguns afirmando tratar-se de mais um episódio de infame censura. Segundo o autor de “Roald Dahl: the fierce debate over rewriting children’s classics”, “Sir Salman Rushdie falou sobre a coisa. O Primeiro-Ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, idem. The New York Times publicou um artigo debatendo os prós e os contras. Steven Spielberg deu sua opinião. Até a Rainha pareceu se referir a isso [espero que ainda em vida].
Quando The Telegraph revelou, no início do ano, que centenas de mudanças foram feitas no texto original dos romances infantis de Roald Dahl para as suas últimas edições, a notícia causou grande rebuliço. O jornal descobriu que Charlie and the Chocolate Factory, The Witches, Mathilda e mais de uma dúzia de outros títulos tiveram palavras relacionadas a peso, altura, saúde mental, sexo e cor da pele removidas. Algumas das mudanças pareceram “desconcertantes”.
Caso bem interessante é o de “O BGA: o bom gigante amigo” (“The BFG”, 1982). Segundo o artigo da BBC Culture, “Você ficou branco como um lençol!” virou “Você ficou imóvel como uma estátua!” e o BGA não pode mais usar uma capa “preta”. Já os “Homens-Nuvem”, de “James e o pêssego gigante” (“James and the Giant Peach”, 1961), viraram “Pessoas-Nuvem”. “Tia Esponja, a gorda, tropeçou em uma caixa”, nesse mesmo romance, passou a ser “Tia Esponja tropeçou em uma caixa”.
Na verdade, a palavra “gordo” foi expurgada de todos os livros. O pior: até trechos não escritos por Dahl foram inseridos nos romances. Em “As bruxas”, uma referência ao fato de que as bruxas são carecas e usam perucas foi acompanhada pela seguinte observação: “Existem muitas outras razões pelas quais as mulheres podem usar perucas e certamente não há nada de errado com isso”.
O grande Salman Rushdie, já citado acima, descreveu as mudanças como “absurda censura”. Já um porta-voz do Primeiro-Ministro do Reino Unido disse: “É importante que as obras de literatura, obras de ficção, sejam preservadas e não retocadas”. Rushdie tem dado a vida, literalmente, pela liberdade de expressão na literatura. Portanto, tem “lugar de fala” no tema, como gostam de dizer os politicamente queridinhos de hoje.
Essas coisas estão se sucedendo, essas “harmonizações”, para usar de outra palavra da moda. Outro dia foi com Bond, James Bond. O mesmo se deu com as investigações de Hercule Poirot e Miss Marple, os detetives da minha amiga Agatha Christie. Trata-se de um tema polêmico, é verdade. Já dei minha opinião em outras oportunidades. E o meu elogio aqui a Salman Rushdie dá bem a entender o que penso.
No mais, embora essa “harmonização” da linguagem de clássicos da literatura seja moda agora, fui alertado, pelo artigo da BBC Culture, de que “a reescrita de livros não é novidade”. Diz-se que Charles Dickens ficou tão atingido pelas repreensões magoadas de um leitor judeu sobre sua representação do vilão Fagin, que interrompeu já na metade a reimpressão de “Oliver Twist” e removeu muitas das referências a Fagin como “o judeu”.
Justo, o próprio autor Dickens pode rescrever (em vida, suponho) o que ele bem entender. Mas fui também alertado de algo deveras grave: um tal Thomas Bowdler – mui sensível e zeloso leitor do século XIX, cujo sobrenome até virou, em inglês, verbo significando “expurgar ou modificar partes de um livro consideradas ofensivas” – chegou a rescrever Shakespeare, para remover, entre outras coisas, quaisquer “insinuações sexuais” nas peças deste.
“Ganhamos” um Shakespeare “família”.
Aqui entre nós, rescrever Shakespeare não é apenas absurda censura, é sacrilégio mesmo.
Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
Por Ney Lopes
Observa-se na economia global melhores perspectivas de crescimento econômico em 2024.
Até o FMI havia anunciado uma taxa otimista de crescimento.
Porém, essa chance está ameaçada pelo fenômeno do El Niño, aponta estudo da gestora britânica Schroders.
El Niño se refere ao aquecimento anormal das águas do Pacífico. Ele altera temporariamente a distribuição de umidade e calor no planeta, principalmente na zona tropical.
Ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio, com início nos últimos meses do ano.
No Brasil, ocasiona secas prolongas as regiões Norte e Nordeste e chuvas intensas e volumosas no Sul. O fenômeno natural deverá ter seu pico entre outubro deste ano e fevereiro de 2024
O Norte e Nordeste brasileiros passarão por um período de seca severa, o que se deve à redução considerável no volume de chuvas para ambas as regiões.
Aumenta, com isso, o risco de incêndios florestais devido ao calor extremo e à falta de umidade, além dos prejuízos à economia e sobretudo à saúde das pessoas.
Afetará a produção agrícola do Norte e Nordeste.
Desde meados dos anos 1990, foram registrados sete eventos de El Niño com impactos na produção de grãos. O atual é o oitavo. Historicamente as safras de milho sofrem mais do que as de soja.
Agora, não será diferente. Em 2024 estima-se uma queda de 2,3% na produção de milho e uma alta de 3% na de soja.
O PIB do agronegócio deve registrar grande desaceleração
Em 2024, o crescimento do setor deve ser de 2,5%, abaixo dos 12,3% projetados para este ano.
Os Estados Unidos devem se beneficiar de mais chuvas na região produtora de grãos, o que tende ser bom para a safra de milho e soja.
A Colômbia reduzirá produção do café e Ásia o açúcar.
O maior risco é a generalização de uma inflação alimentar.
Por enquanto, previsões.
Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal
O Tribunal de Contas da União (TCU) é o responsável pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades públicas do país quanto à legalidade, legitimidade e economicidade.
À título de informação, existem no Brasil trinta e três Tribunais de Contas. Sendo o da União (TCU), nas 26 capitais e no Distrito Federal, dos Municípios do Estado da Bahia, Goiás e Pará e os Tribunais de Contas do Municípios de São Paulo e Rio de Janeiro.
De conformidade com o Art. 71 da Constituição Republicana, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete, entre outras atribuições, apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.
Consoante o Art. 49 da Carta Maior, inciso IX, é da competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.
E o que vem a ser a inelegibilidade? A inelegibilidade é a perda da capacidade eleitoral passiva, isto é, do direito de ser votado. A Lei da Ficha Limpa – Lei Complementar (LC) 64/1990, com alterações da LC 135/2010, entre outras hipóteses, diz que são inelegíveis:
“Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição”.
Entretanto, no tocante ao Chefe do Poder Executivo – presidente da República, governadores e prefeitos, é necessário que o órgão legislativo correspondente, Congresso Nacional, Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais, julgue a prestação de contas dos respectivos gestores, aprovando-as ou reprovando-as.
Ou seja, somente após o julgamento pela respectiva Casa Legislativa o gestor poderá ficar ou não inelegível, uma vez que o parecer técnico do Tribunal de Contas tem natureza meramente opinativa.
Aliás, foi essa a tese do Recurso extraordinário (n. 729744) em que se discutiu, à luz do art. 31 da Constituição Federal, se a competência da Câmara Municipal para o julgamento das contas do Chefe do Poder Executivo municipal é exclusiva, entendendo-se meramente opinativo o parecer prévio do Tribunal de Contas respectivo, o qual não pode substituir o pronunciamento da Casa Legislativa.
Portanto, percebe-se que os Tribunais de Contas, seja no âmbito da União, Estados e municípios, exercem relevante função, uma vez que analisam as contas prestadas pelos gestores públicos.
De toda forma, é sempre bom lembrar o ensinamento do professor José Afonso da Silva: “ora, o princípio da prestação de contas da administração pública, direta ou indireta, só tem eficácia de princípio de Estado Democrático enquanto as demais instituições de apuração dessas contas gozarem de autonomia e prestígio para o cumprimento dessa elevada missão, do contrário tudo não passará de mero exercício de formalidade vazias de resultados práticos”.
Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça
Por Aldaci de França
Na mesma proporção em que se confunde repetidamente o repente com o cordel, nos acresce a responsabilidade em salientar que, entre esses dois formatos da nossa literatura popular, existem semelhanças e grandes diferenças, ou seja, são semelhantes na técnica básica: métrica, rima e conteúdo; e distintos, porque o “cordel” é escrito, lido ou declamado, depois de sua memorização, pelos seus autores e/ou apreciadores com habilidades para tal, enquanto o termo “repente” define bem o profissional da cantoria, em construir momentaneamente estrofes em quaisquer temáticas propostas no ato do desafio poético.
Assim, fica fácil entendermos que todo repentista, quando faz opção para o cordel, não vai encontrar quaisquer dificuldades, o que se explica pela sua habilidade em fazer repentinamente estrofes, nas mais diversas formas poéticas, da poesia popular nordestina, mas nem todo cordelista consegue ser repentista.
Podemos até ser suspeitos, em ter afirmado e continuarmos assegurando, em programas de rádios locais e regionais, como em outros meios de comunicação que levam as informações a confins bem distantes, que “o Festival de Repentistas do Nordeste no Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2023, pode ser considerado como o mais qualitativo Projeto Cultural em se tratando de cultura de raiz”.
Diante do exposto, acrescentamos que a nossa preocupação não é mais justificar a qualidade do referido projeto, que coordenamos há 21 anos no Mossoró Cidade Junina, e não há mais dúvidas quanto a isso, pois já provamos e comprovamos a sua significância como cultura popular expressiva e legitimamente nordestina. Os 21 anos de Festivais falam bem por nós.
Não foram anos fáceis para coordenarmos essa ação cultural em Mossoró, mas nunca nos desestimulamos nem pensamos em desistir dos nossos objetivos, e essa nossa determinação nos tem credenciado a aprovação dos nossos projetos, e a prefeitura, por sua vez, a nos contratar.
E aqui somos justos em afirmar que a Prefeitura Municipal de Mossoró tem fomentado melhor financeiramente as nossas atividades como repentistas, nesses anos de 2022/23. Proporcionou-nos melhores cachês, o que nos têm dado condições de contarmos com boa parte do melhor da nossa cantoria, em nível regional e nacional no Mossoró Cidade Junina.
Respeitamos a todos os estilos musicais, a todos os colegas cordelistas, e a tudo que é considerado como cultura de um povo, mas também somos defensores ferrenhos de uma maior difusão do repente como expressão autêntica e legítima da cultura popular.
Somos gratos a gestão atual por valorizar os nossos festivais, e o nosso próximo passo será a continuidade da luta por uma maior visibilidade do nosso evento, no Mossoró Cidade Junina.
No que tange à qualidade da cantoria, sempre que nos for confiada à coordenação dos festivais de repentistas será mantida.
Nós, cantadores, temos a consciência de que o nosso Festival de Repentistas é comparado positivamente aos melhores eventos que vêm acontecendo no Nordeste e em outras Regiões do país.
Aldaci de França é poeta repentista, escritor e coordenador dos Festivais de Repentistas do Nordeste no Mossoró Cidade Junina
“O maior benefício do treinamento não vem de se aprender algo novo, mas de se fazer melhor aquilo que já fazemos bem.”
Peter Drucker
O Globo, Terra e outras fontes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aportou R$ 17 milhões em investimento em renda fixa, segundo um relatório Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão de combate à lavagem de dinheiro ligado ao Ministério da Fazenda.
O valor é semelhante aos R$ 17,2 milhões que o ex-presidente arrecadou de apoiadores em uma “vaquinha” promovida por aliados no primeiro semestre, cujas doações seriam supostamente direcionadas para pagar multas devidas por Bolsonaro. O ex-presidente deve quase R$ 1 milhão em multas em cinco processos que tramitam em São Paulo.
No entanto, o ex-mandatário ainda não efetuou os pagamentos. Segundo reportagem do jornal O Globo, que citou o relatório do Coaf, Bolsonaro, em vez de pagar as multas, aparentemente usou a soma milionária para investir em títulos de Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Recibo de Depósito Bancário (RDB), duas das principais modalidades de investimentos de renda fixa no Brasil.
Segundo O Globo, esse tipo de transação está atrelada à taxa básica de juros, a Selic, atualmente de 13,75% ao ano.
O valor arrecadado de R$ 17,2 milhões na “vaquinha” de Bolsonaro foi tornado público na quinta-feira (27/07), após a divulgação do relatório do Coaf. Bolsonaro não divulgou as contas da campanha de arrecadação voluntariamente. No fim de junho, ele havia se limitado a afirmar que havia arrecadado o suficiente para quitar as multas, acrescentando que pretendia detalhar os valores “mais para frente”. No entanto, um mês depois, o ex-presidente não tinha nem detalhado a escala das doações nem quitado as multas.
Campanha de arrecadação
Segundo o Coaf, foram 769.717 operações de Pix efetuadas em seis meses que acabaram beneficiando o ex-presidente.
No início do ano, a chave Pix de Bolsonaro foi divulgada nas redes sociais por ex-ministros da sua administração e alguns parlamentares do PL, como os deputados Mário Frias e Nikolas Ferreira. A campanha foi lançada após a Justiça determinar um bloqueio de R$ 87 mil nas contas do ex-mandatário pelo não pagamento de multas aplicadas contra ele em São Paulo durante a pandemia, em 2021, por promover aglomerações e não usar máscara. Ao todo, Bolsonaro deve R$ 936.839,70 em multas em São Paulo, referentes a cinco processos. Mesmo de posse de pelo menos R$ 17,2 milhões em doações de seus apoiadores entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho, Bolsonaro ainda não efetuou o pagamento das multas.
Segundo o relatório, as maiores transações vieram de um grupo de 18 pessoas, formado por advogados, empresários, militares, agricultores, pecuaristas e estudantes, que pagaram entre R$ 5 mil e R$ 20 mil cada ao ex-presidente. Entre esses doadores estão Admar Gonzaga Neto, ex-ministro do TSE que chegou a atuar como advogado de Bolsonaro. Ele transferiu R$ 5 mil para a conta de Bolsonaro. Outro doador foi o bilionário Marcos Ermírio de Moraes, herdeiro do Grupo Votorantim, que fez uma transferência de R$ 10 mil.
Mas o grosso das doações via Pix que beneficiaram o ex-presidente constituiu em valores individuais menores. Alguns doadores propagandearam suas transações nas redes sociais, entre eles Fabrício Queiroz, o “ex-faz-tudo” do clã Bolsonaro, e suspeito de ser o operador de um esquema de desvio de salários de funcionários-fantasmas do senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do ex-presidente. Em junho deste ano, Queiroz, que em sua própria conta movimentou milhões de reais antes de Bolsonaro chegar ao Planalto, divulgou um comprovante de Pix no valor de R$ 10 para o ex-presidente.
Clã reclama de “vazamento”
O relatório do Coaf se tornou público após ser enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do 8 de Janeiro.
O clã Bolsonaro e aliados criticaram a divulgação do documento. O ex-ministro e atual advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, se limitou apenas a reclamar do “vazamento” do documento. “São inadmissíveis os vazamentos de quebras de sigilos financeiros de investigados no inquérito de 8/1 e ou de qualquer outra investigação sigilosa. Faz-se necessário identificar quem está entrando na tal sala cofre para que as medidas judiciais sejam tomadas. Quem vazou será criminalizado”, escreveu em suas redes sociais.
“Sabe o que assusta? O tamanho da vaquinha espontânea feita por milhões de brasileiros ao presidente mais popular do país para ajudá-lo a pagar multas milionárias por estar na linha de frente na pandemia salvando vidas e empregos”, disse, por sua vez, o senador Flávio Bolsonaro.
Os R$ 17,2 milhões via Pix correspondem a grande parte do valor que circulou nas contas de Bolsonaro em 2023. No total, o ex-presidente movimentou R$ 18,5 milhões. Entre as transações que não parecem ter relação com a campanha de arrecadação, está uma transferência de R$ 3,6 mil para Walderice Santos da Conceição, a Wal do Açaí, que em 2018 foi apontada como funcionária-fantasma do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, e que acabou exonerada após o caso vir a público.
Na campanha de 2022, quando tentou sem sucesso se reeleger, Bolsonaro declarou ter um patrimônio de R$ 2,3 milhões no registro de sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A quantia foi apenas um pouco superior à informada no pleito de 2018, quando Bolsonaro declarou R$ 2,2 milhões.
Nota do BCS – O que me impressiona não é o destino das doações, mas a força do fanatismo. Caso típico de um sabido que faz milhares de pessoas de trouxas. Francamente!
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Chega a ser ‘comovente’ o empenho e fervor do PT, militantes e muitos “devotos”, na cruzada pela cassação (veja AQUI) do senador Rogério Marinho (PL). A luta é medonha e não apenas política, mas acontece em outros escaninhos do poder.
Virou uma questão de honra tirar seu mandato.
Deve ter no inconsciente de muitos, o peso da responsabilidade pela vitória de Marinho no ano passado.
Ao dividir votos entre Rafael Motta (PSB) e Carlos Eduardo Alves (PDT), o governismo petista comandado pela governadora do RN, Fátima Bezerra (PT), praticamente sacramentou o êxito do seu inimigo de ocasião.
Agora, corre atrás em busca de um meio, um atalho qualquer para reparar a burrada.
Só lembrando: Rogério Marinho foi eleito com 708.351 votos, ou 41,85% dos votos válidos, superando Carlos Eduardo (PDT), com 565.235 votos (33,40%), e Rafael Motta (PSB), com 385.275 votos (22,76%).
Carlos Eduardo, a propósito, em 2018, foi candidato a governador contra Fátima Bezerra, tendo empunhado no segundo turno a bandeira do bolsonarismo tão odiado pelo petismo. Em 2022, perdoado em nome da prioridade de reeleição de Fátima e eleição de Lula (PT) à presidência, foi ungido candidato ao Senado.
No próximo ano, 2024, deve ser de novo adversário do PT e de Fátima, na empreitada pela Prefeitura de Natal.
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ABC e Londrina empataram em 0 a 0 neste sábado (29), na Arena das Dunas, em mais um jogo decepcionante para o alvinegro natalense. A partida foi pela 20ª rodada da Série B.
O ABC soma apenas 13 pontos e segue como lanterna na competição. O Londrina, com 15 pontos, é o penúltimo colocado.
Na próxima quarta-feira (2), o ABC vai enfrentar o Vitória em Salvador, às 21h30.
O time baiano é o segundo colocado na Série B com 37 pontos, atrás apenas do Sport Recife que totaliza 38, com uma partida a menos.
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A disputa municipal de Tibau (42 km de Mossoró) no próximo ano pode colocar frente a frente “criador e criatura.”
De um lado, a atual prefeita Lidiane Marques (PSDB).
Do outro, Josinaldo Marcos, o “Naldinho”, ex-prefeito por dois mandatos consecutivos.
Naldinho fez Lidiane sua sucessora e ela está em seu primeiro mandato, com projeto de tentar a reeleição em 2024.
O ex-prefeito sopra aos quatros ventos que vai voltar.
Confronto marcado? Saberemos.
Aguardemos, pois.
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