domingo - 30/03/2025 - 13:20h

Peripatético

Por Marcelo Alves

Arte ilustrativa obtida com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

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Por estes dias, um amigo, apaixonado pelas coisas do Reino Unido, me perguntou se eu sentia saudades do período em que morei/estudei em Londres. Saudade é sentimento muito peculiar e, observando o todo, prefiro dizer que não. Olhando retrospectivamente, posso até dizer que, comigo, a coisa se dava/dá mais ao contrário. Parafraseando o que certa vez disse João Cabral de Melo Neto (1920-1999) quanto ao seu Recife, eu, quando estou no exterior, tenho saudades do Brasil, quando estou no Brasil, tenho saudades de Natal, e, quando estou em Natal, tenho saudades de quase mais nada. E, se a saudade às vezes bate, o é das coisas que vivi pisando no chão dos meus antepassados, da minha gente, dos que ainda estão aqui e dos que já se foram.

É claro que eu sinto falta de alguns lugares (livrarias, sebos, museus, pubs) que frequentava e de coisitas (caminhar, tomar um café à toa) que fazia prazerosamente em Londres.

Vou dar um exemplo relacionado à sétima arte apenas para relembrar de um tempo em que eu tinha tempo para exercitar a cinefilia. Frequentei bastante o British Film Institute – BFI, complexo dedicado ao cinema, que fica à margem sul do Tâmisa (Southbank), mais precisamente abaixo da Waterloo Bridge.

No meu tempo, acho que eram quatro salas de exibição, mais voltadas para o cinema britânico, mas que também exibiam, vez por outra, os lançamentos da hora. Junte a isso restaurantes e cafés, para bate-papos antes e depois das sessões.

Havia a Filmstore do BFI, uma mistura de loja de DVDs e livraria, que era um achado para qualquer cinéfilo, em variedade e qualidade e, às vezes, se pegássemos uma promoção, em preço. Melhor ainda, até porque de graça, era a Mediatheque, onde se podia explorar boa parte do acervo do BFI. Milhares de produções para o cinema e para a TV que podíamos ver sentados em uma confortável poltrona e com uma telona só para nós. Ainda me lembro da então recém-inaugurada BFI Library, com uma das maiores coleções de livros, periódicos etc., sobre cinema e televisão, do mundo todo. Era aberta tanto para os especialistas como para o público em geral.

Da última vez que estive lá, como turista apressado, vi algumas mudanças (se não estou enganado, a lojinha havia sido descontinuada ou reduzida em tamanho). Mas essas reformas são normais. Quase sempre são para melhor. E o que vale a pena é o complexo do British Film Institute. A sua atmosfera. Sinto falta, sim, das minhas tardes por lá.

De toda sorte, o que sinto deveras falta da minha estada em Londres está mais relacionado a coisas simples, que posso chamar de solitude (não de solidão) e de movimento, do que aos grandes aparelhos culturais que essa metrópole oferece.

Por exemplo, adoro café e gosto mais ainda de frequentar cafés. Sentar sozinho, ler um livro tomando um latte, escrever um pouco ou apenas ver a rua passar. Fiz muito isso em Londres. Para tanto, não precisava de um Deux Magots. Podia ser num daqueles Starbucks, Costa ou Nero de estilo, que pululam nas esquinas de Londres. É difícil fazer isso na terrinha. Conhecemos muita gente. Seria interrompido, tido como em crise existencial ou mesmo, quem sabe, como estando meio assim sei lá da bola. Faltaria a bendita solitude. Como diria Jean-Paul Sartre (1905-1980), por sinal habitué do citado Deux Magots, aqui o inferno são os outros.

E, acima de tudo, na segurança e no clima de Londres, amava andar a pé, a qualquer hora do dia ou da noite, de casa à universidade, à biblioteca ou já em direção a algum rendez-vous de ocasião. Amava caminhar, mesmo que sozinho, por avenidas e vielas, parques e praças, sem pressa e perdidamente, vendo as coisas, os animais e as pessoas.

Amava assim flanar, uma “ciência” que Honoré de Balzac (1799-1850) definiu, poeticamente, como a “gastronomia dos olhos”. E amava, claro, pensar caminhando, como outrora fazia o gigante Aristóteles (384-322a.C.) junto a seus discípulos.

Bom, não dá muito para caminhar, seja à toa ou ao cinema, aqui em Natal. Tem a insegurança. Tem o clima. Não dá para ser pacificamente peripatético num calor dos diabos.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 30/03/2025 - 11:50h

Depoimento – IX

Por Ayala Gurgel

Arte ilustrativa obtida com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

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B.O: N° 18-1402/2022

NATUREZA: NOTÍCIA SOBRE SUPOSTA AÇÃO DELITUOSA

DATA DA COMUNICAÇÃO: 11 DE ABRIL DE 2022

COMUNICANTE: RAIMUNDO NONATO DE SOUZA

O senhor Raimundo Nonato de Sousa, cinquenta anos, casado, operador de empilhadeira, residente nesta freguesia, em pleno gozo da faculdade dos seus juízos, compareceu a esta delegacia para denunciar, perante mim, escrivã de polícia, fatos ocorridos com sua pessoa que constituem agravo contra a honra de sua pessoa. O depoente disse que tem o hábito de sair todos os sábados à tarde para se encontrar com a amante, que mora no outro lado do Rio do Mangue e faz isso há mais de cinco anos. Indagado pelo delegado sobre a informação prestada há poucoconfirmou se tratar disso mesmo, de uma amante, e que a esposa e filhos sabem do seu relacionamento extraconjugal e aceitam. A amante também sabe da esposa, da qual foi manicure, e não há problemas entre elas. Que os únicos a se meterem em sua vida amorosa são dois vizinhos, com os quais não se dá bem, mesmo antes de ter arranjado a amante. O depoente atribuiu à inveja a causa da desavença entre ele e seus vizinhos, por ter trabalho fixo, ao passo que ninguém daquela família consegue passar mais de um ano no mesmo posto de trabalho. Que a existência da amante só aumentou a inveja, pois ela tem metade de sua idade e já desfilou como madrinha de bateria na escola de samba do bairro onde moram. Que as fofocas inventadas por seus vizinhos aumentaram, mas ele não se importou, nem mesmo as que o colocaram como corno da amante, sob a falsa alegação de que ela só quer ficar com ele por conta do dinheiro. Que sabe da fofoca não acredita nelaQue já perguntou à amante e ela jurou pela alma da própria mãe que nada disso é verdade. Que ninguém jura pela alma da mãe se estiver mentindo. Que não são essas histórias que o preocupam, bem como não é sobre elas que veio relatar, e sim sobre o ocorrido neste último sábado, dia 09, quando atravessava a ponte do trem para chegar ao outro lado do Rio. O depoente narrou que nos dias que vai se encontrar com a amante é de praxe tomar banho com óleos essenciais, fazer a barba, colocar roupa limpa, passar perfume e sair de casa depois das três horas da tarde, para não bater com o horário do trem. Disse que o risco de se encontrar com o trem no meio da ponte é a coisa que mais tem medo. Que não sabe nadar, caso precise um dia se jogar no rio. Que tem sonhos recorrentes com sua própria morte, sendo atropelado por um trem. Que só de pensar nisso, chega a lhe faltar o fôlego. Que, em virtude desse medo, toma todo o cuidado do mundo para atravessar a ponte e sempre tem ido no mesmo horário, quando tem certeza que não passa trem ou outro transporte ferroviário. A pedido, o depoente explicou que atravessar o rio pela ponte ferroviária é o caminho mais perigoso, mas os outros não são viáveis. Ou é a estrada, que fica longe da casa dele, transformando uma viagem de minutos em mais de hora, ou pagar para atravessar de canoa, o que acha caro. Que não tem tanto dinheiro para pagar duas corridas na canoa todos os sábados e que só faz isso se precisa levar a feira ou outra coisa para a amante. Que no dia em tela se arrumou como de costume, esperou a hora propícia, deu um beijo na esposa e saiu de casa. Como tem que passar na frente da casa dos seus desafetos, se preparou para ouvir as piadas de sempre e ouviu da velha cega a praga que naquele dia o trem iria pegá-lo. Ele não respondeu nada, mas se benzeu com o sinal da Santa Cruz e pediu proteção a São Cristóvão, protetor dos viajantes, pois não gosta de vacilar contra praga de cego. Em seguida, foi até a cabeceira da ponte, olhou para os lados, além de perguntar a algumas pessoas que costumam beber num bar que tem na beira do rio e pôde confirmar que o trem havia passado, no horário de sempre, e o próximo era o da volta, às sete da noite. Confirmada a informação que desejava, criou a coragem de sempre e saiu empurrando a bicicleta sobre a ponte. Que é preciso cautela para andar na ponte ferroviária, para não acontecer nenhum acidente. Que haviam outras pessoas passando por ele, nos dois sentidos, o que o deixou mais seguro para seguir em frente, sem pensar em mais nada, até que a desgraça começou. Que, ao passar da metade da ponte, ouviu ao longe um apito, como o de trem. Não pensou duas vezes, olhou para a frente e para as costas e não viu nada de trem, mas não ficou em paz, tranquilo, ao contrário, ficou com medo, àquela altura era o único ser vivo sobre a ponte. Decidiu que era bom apressar o passo e saiu empurrando a bicicleta, até que ouviu novamente o apito, dessa vez mais alto. Que não teve coragem de olhar para trás e confirmar o que eraseu coração estava para sair pela boca. Que apertou mais ainda o passo, não havia condições para voltar nem podia se jogar no rio. Além de não saber nadar, a maré estava baixa e havia muita lama. Só pensou que teria uma morte triste, esmagado pelo trem ou afundado na lama. Que, apesar das palpitações e do medo, arranjou forças e conseguiu empurrar a bicicleta, se aproximando cada vez mais da margem, quando poderia sair da ponte em segurança, e vivo. Pensou que pudesse ser um cargueiro atrasado ou fora de hora, pois não é incomum, embora o povo do bar saberia informar. Que não tinha o que fazer e todas as forças estavam voltadas para tentar escapar daquela situação com vida. Uma terceira vez ouviu o apito, mais alto, bastante perto, e o coração quase infartouNesse momento, ganhou coragem e decidiu se jogar no rio. Pelo trem não seria esmagado. De fato, declarou o depoente, com o apito mais perto, sentiu como se a locomotiva estivesse nas costas. Sentia os trilhos tremerem e o calor da morte fuçando sua nuca. Que não queria se virar para confirmar a morte em forma de ferro fundido, como acontecia nos seus pesadelos. Decidiu e se jogou no mangue com bicicleta e tudo. Que ao cair, não se afundou muito, estava próximo à margem e foi socorrido por dois catadores de caranguejo que estavam no local. Agradecido e todo enlameado olhou para cima para ver o trem que poderia ter lhe ceifado a vida, quando ficou sem condições de falar. Bem ali, em cima da ponte, sobre os trilhos que ele cruza todos os sábados para se encontrar com sua amante, estavam os dois netos da velha cega que lhe rogou as pragas com uma buzina de ar comprimido imitando o apito do trem. Era o que tinha a relatar.

Ayala Gurgel é escritor, professor da Ufersa, doutor em Políticas Públicas e Filosofia, além de especialista em saúde mental

*O texto faz parte do livro homônimo e tem como desafio transformar a escrita ordinária, informal, em literatura, tal como os clássicos fizeram com as cartas (criando a literatura epistolar). Veja abaixo, links para as postagens anteriores:

Leia tambémDepoimento (02/02/2025)

Leia tambémDepoimento II (09/02/2025)

Leia tambémDepoimento III (16/02/2025)

Leia tambémDepoimento IV (23/02/2025)

Leia tambémDepoimento V (02/03/2025)

Leia tambémDepoimento VI (09/03/2025)

Leia tambémDepoimento VII (16/03/2025)

Leia também: Depoimento VIII (23/03/2025)

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Categoria(s): Conto/Romance
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domingo - 30/03/2025 - 10:44h

Um inesquecível jogo de futebol

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa obtida com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

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Assisti ao jogo da nossa seleção na última terça-feira contra a seleção da Argentina. É claro que não farei análises táticas sobre o comportamento em campo da seleção canarinho, pois não tenho conhecimento para tanto. Contudo, na qualidade de torcedor, senti-me envergonhado.

A seleção nem parecia a de outros tempos. E nem falo da seleção de Pelé, que não vi jogar. Falo da seleção de Romário, Bebeto, Ronaldo e companhia, os quais jogavam bola pra valer, com garra e vontade de ganhar. Já o jogo da terça-feira parecia que estavam em campo um time amador e um time profissional. A Argentina deu um baile, ou melhor, um tango.

Enfim. Mas eu quero lembrar do melhor jogo de futebol que já assisti.

Foi no dia 27 de junho de 2011, pelo campeonato brasileiro. Flamengo e Santos. Ali, sim, um jogão de bola. Jogando pelo Flamengo estava Ronaldinho gaúcho, o Bruxo; pelo Santos, Neymar, no seu melhor momento.

Na Vila Belmiro, Neymar marcou dois gols, deu assistência e comandou o Peixe, que chegou a abrir 3 a 0 no placar. O Rubro-Negro reagiu graças ao Bruxo, que balançou as redes três vezes, incluindo uma cobrança de falta por baixo da barreira. Ao final, 5 a 4 para o Flamengo.

Lembro que um narrador de futebol disse que, dificilmente, a nossa geração assistiria a um jogo de futebol como aquele. Realmente nunca vi nada igual, e já faz quase quatorze anos da partida.

Outro jogo que marcou a minha vida foi o primeiro da final entre Potiguar e América, em 2004, ano no qual o time macho sagrou-se campeão do campeonato estadual do Rio Grande do Norte. Naquela noite memorável, o velho Nogueirão estava lotado, e a torcida do Potiguar fez uma bonita festa.

Hoje, infelizmente, o futebol de Mossoró está decadente, e o Nogueirão caindo aos pedaços. Uma vergonha.

Entretanto, para mim, nada se compara ao jogo entre Flamengo e Santos, independentemente de quem ganhou, pois foi um inesquecível jogo de futebol. Épico.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica / Esporte
domingo - 30/03/2025 - 09:30h
1927

A resistência de Mossoró numa obra impressionista de Túlio Ratto

Reprodução do BCS

Reprodução do BCS

A obra “1927”, de Túlio Ratto, é uma densa pintura impressionista em óleo sobre tecido, medindo 160 x 100 cm. Esse trabalho destaca a trincheira mossoroense durante o ataque do bando de Lampião, capturando com maestria a tensão e a resistência daquele momento histórico.

As pinceladas expressivas e o uso vibrante das cores conferem vida à cena, transmitindo tanto o caos do confronto quanto a determinação dos defensores de Mossoró.

O estilo de Ratto revela uma atmosfera vívida, onde luz e movimento se entrelaçam para contar uma história de coragem e resistência do dia 13 de junho de 1927, em Mossoró.

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Categoria(s): Cultura
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domingo - 30/03/2025 - 07:50h

Os nomes

Por Manuel Bandeira

Arte ilustrativa Web

Arte ilustrativa Web

Duas vezes se morre:

Primeiro na carne, depois no nome.
A carne desaparece, o nome persiste mas
Esvaziando-se de seu casto conteúdo
— Tantos gestos, palavras, silêncios —
Até que um dia sentimos,
Com uma pancada de espanto (ou de remorso?)
Que o nome querido já nos soa como os outros.

Santinha nunca foi para mim o diminutivo de Santa.

Nem Santa nunca foi para mim a mulher sem pecado.

Santinha eram dois olhos míopes, quatro incisivos claros à flor da boca.
Era a intuição rápida, o medo de tudo, um certo modo de dizer “Meu Deus, valei-me”.

Adelaide não foi para mim Adelaide somente
Mas Cabeleira de Berenice, Inominata, Cassiopeia.

Adelaide hoje apenas substantivo próprio feminino.

Os epitáfios também se apagam, bem sei.
Mais lentamente, porém, do que as reminiscências
Na carne, menos inviolável do que a pedra dos túmulos.

Petrópolis, 28.2.1953

Manuel Bandeira (1886-1968) foi crítico literário e de arte, tradutor, poeta e professor

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Categoria(s): Poesia
domingo - 30/03/2025 - 06:32h

Pão nosso de cada dia

Por Marcos Ferreira

Foto do autor da crônica

Foto do autor da crônica

Presumo que poucas pessoas se interessem por esse conteúdo, por essa informação. Pois se trata, a bem da verdade, de uma sensaboria, algo de quem parece não ter coisa melhor para dizer. Teimoso, porém, vou contar esta história insípida. É que hoje acordei cedo. Cedinho mesmo: pouco depois das quatro da madrugada. A bexiga estava de fato nas últimas, então fui ao banheiro e não consegui reaver o sono. Volta e meia isso acontece; uma emergência fisiológica. Ainda assim, com o quarto na penumbra e naturalmente frio, retornei para a minha rede e os cobertores.

Vocês sabem que em ocasiões dessa ordem, quando a gente se encontra insone por inteiro ou parcialmente, mil e uma maluquices nos vêm à cabeça. Então nos alcança um monte de besteirol, pessoas e meio mundo de lucubrações. No meio disso, fato corriqueiro, vêm ao meu juízo determinados temas que julgo aproveitáveis, com certo potencial para converter em uma crônica garranchosa.

Recordei-me, por exemplo, de uma dúzia ou mais de amigos que têm (coloco-me no meio deles) esse alumbramento visceral, comunhão, enlace com o exercício da escrita. Sim. É o que estou dizendo. Somos, de forma saudável, reféns espontâneos e um tanto orgulhosos dos vencilhos, das amarras da escrita. Como no verso de Camões, é estar preso por vontade, é servir a quem vence o vencedor. O bardo caolho é fora de série, extraordinário, um fenômeno da poesia. É incomparável.

Então penso, após todo esse nariz de cera, nos meus pares, nos meus amigos literatos, homens e mulheres dominados pelo micróbio da literatura. Alguns desses indivíduos inéditos em livro (por razões que a própria razão desconhece) seguem fugindo da raia, fazem ouvidos moucos ao chamado da Literatura. Lembro, mas que isso fique apenas entre nós, de figuras preciosas e cheias de hesitações como nosso querido arquivo ambulante Rocha Neto. E não apenas o Rocha. Há outros desertores da tinta e do tinteiro nesta Macondo nordestina. Faço aqui a vez de dedo-duro.

O que tanto esperam (insisto que esse assunto fique só entre nós) os senhores Marcos Araújo, Bruno Ernesto, Odemirton Filho, Ailson Teodoro, Raquel Vilanova e, entre outros, Bernadete Lino? Pois é, meus caros. A senhora Bernadete Lino, pernambucana que mora em Caruaru, tem o que verter para o papel. Ela, que me oferece a honra de sua amizade e tem um forte elo com nossa terra, possui uma biografia muito bonita. Estou certo de que um livro seu de memórias, considerando a clareza de seu pensamento e intimidade com nosso idioma, seria uma ótima contribuição às letras. João Bezerra de Castro, gramático vocacionado, pode afiançar o que digo.

A labuta da escrita, perdoem esta metáfora talvez de mau gosto, representa o nosso pão de cada dia, mesmo em se tratando (repito) de personagens que ainda não estrearam em livro. De repente alguém pode saltar e dizer que estou cobrando dos outros uma produção que eu próprio não reúno. Quem isto afirma não está de todo errado, considerando que sou autor de um só livro publicado.

Todavia, para quem não sabe, possuo quase dez títulos inéditos nos gêneros romance, contos, poesia e crônicas, tudo isso à espera de melhores horizontes financeiros ou da possibilidade de ser pego no pente-fino de concursos literário que oferecem premiação em dinheiro e, no mais das vezes, publicam a obra vencedora. Este é o caminho que percorro há tempos.

Ressalto, claro, que estou a anos-luz da fecundidade, da prenhez e dos recursos econômicos de autores de minha estima como Clauder Arcanjo, Ayala Gurgel e o prolífero e versátil Marcos Antonio Campos, três mosqueteiros, três espadachins bem-sucedidos nos salutares duelos com a arte do fazer literário.

Além desses três, e não menos meritórios, temos no País de Mossoró e no estado manejadores da língua portuguesa bem-aventurados como Vanda Maria Jacinto, Fátima Feitosa, Dulce Cavalcante, Margarete Freire, Lúcia Rocha, Júlio Rosado, Caio César Muniz, Cid Augusto, Jessé de Andrade Alexandria, Crispiniano Neto, François Silvestre, Carlos Santos, Inácio Rodrigues Lima Neto, Airton Cilon, Thiago Galdino, Marcos Pinto, Francisco Nolasco, David Leite, Honório de Medeiros, Antonio Alvino e, devido às condições da memória, outros mais que ora não recordo.

Todos, com um nível maior ou menor de arrebatamento, buscam esse pão nosso de cada dia que resulta em crônicas, contos, romances, poemas. No que me toca, enquanto cativo deste mister de arranjar palavras e exibi-las em páginas com um mínimo de qualidade, produzo coisas desse tipo: uma crônica um tanto quanto prolixa, mas sempre com a mão na massa do verbo do qual nos alimentamos.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 30/03/2025 - 05:28h

Trump é o Stalin da Direita

Por François Silvestre

Imagem gerada com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

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O mundo parou de girar, estático, como toda burrice, empacou. Ninguém quer ou tenta querer fazer esse burro caminhar. Ponto.

Os astros giram, que é do feitio do Universo, o deus de Spinoza, imanente, contido em si mesmo, sem pretensão ou cobrança, sem a burrice dos ingênuos tangidos pela esperteza cretina dos larápios das igrejas. Quaisquer delas!

Voltemos pra cá, terra de Tupã, onde navega, nesse mar da idiotice, disputa política que causa canseira até no caminhar da preguiça. Não falo do animal, mas da minha própria indisposição com a apreciação do quadro.

Vejamos. O Brasil, colônia cultural incurável, doença infantil adquirida, sarampo mal curado, erisipela de crosta litorânea, viroses ideológicas dos sertões, criança mental hospedada nas cabeças de adultos atávicos. Retroativos da estupidez aqui plantada, regada e de colheita permanentemente.

Pois pois, vos digo. Nesse quadro, estamos ante nossa relação com o mundo dito civilizado. Qual? Nossa metrópole econômica, nosso modelo democrático, nossa face distorcida do espelho. Ó! Que admiração! Estados Unidos da América. O nosso complexo de inferioridade nasce aí. Portugal, uma corte mórbida, alvo de gracejos.

E quando tudo parece perdido, nesse pantanal de mediocridade, eis que surge uma lanterna na proa, iluminando as ondas do por vir. Qual? Donald Trump! O alumioso.

Trump é o Stalin do capitalismo. E se Stalin, pela truculência da estupidez mais desabrida, conseguiu matar a única alternativa possível ao capitalismo, Trump consegue agora, querendo ou não, igual a Stalin, ferir de morte o capitalismo ocidental.

Registre-se aí uma evidência histórica nunca prevista, nem imaginada. Como um equipamento astrológico, um James Webb, desvendando fatos, expondo verdades e pondo mentiras no lixo. Trump é a negação útil do capitalismo inútil. É a flecha lançada pelo arco da negação do arqueiro. O timoneiro de um barco à deriva. O idiota que mobiliza multidões de adeptos. Uns tanto, outros nem tanto, mas cada um com sua dose de idiotice.

Aí, nasce a China. Não a milenar. Não. Essa nasceu antes dos milênios. A China que nasce agora, com o stalinismo de Trump, é a parteira do ocaso do capitalismo ocidental. Transformando em caricatura do domínio financeiro um decadente império de mentira e fanfarra!.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 30/03/2025 - 03:48h

Responsum paroquial

Por Bruno Ernesto

Foto ilustrativa do autor da crônica

Foto ilustrativa do autor da crônica

Nas últimas semanas temos acompanhado a batalha do Santo Padre, Papa Francisco, que tem resistido bravamente a uma infecção polimicrobiana em seus pulmões e, embora permaneça internado no hospital Gemelli, em Roma e, apesar dos momentos difíceis, a enfermidade está sendo debelada, tudo convergindo, ao que tudo indica, que, muito em breve, terá sua saúde plenamente restabelecida. É o que todos nós desejamos genuinamente.

Quem me conhece, sabe muito bem que nunca tive – e não tenho – o costume de citar a palavra sagrada, por não me achar conhecedor dela, nem me considerar muito merecedor da misericórdia divina, se lida ao pé da letra; estritamente.

Mas, neste caso específico, destacaria a passagem de Hebreus 11:1, que é o sentimento convergente de todos em relação à saúde de Jorge Mario Bergoglio: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.”.

Embora não me considere um católico fervoroso e praticante dos atos formais e ritos do Catolicismo  Apostólico  Romano (Leia-se, ir à missa semanalmente, e comungar), me interesso pela filosofia cristã, costumo ler os documentos papais e gosto de ler as notícias do Vaticano na imprensa oficial do Estado Papal (Vatican News).

Há alguns anos, um registro de uma fala do Papa Francisco me chamou a atenção, pois lhe perguntaram se era necessário rezar constantemente para salvar a nossa alma, e a resposta dele foi a mais filosófica possível, ao dizer que nossa alma é como uma casa, sempre há o que se limpar e constantemente.

Quando, eventualmente, participo de alguma celebração ou reunião religiosa, percebo que, por vezes, não há uma padronização de algumas ideias e, até mesmo, de alguns ritos, que nada mais são que um conjunto de costumes, ações, prescrições e peculiaridades litúrgicas, praticados pela Igreja, segundo normas codificadas por ela mesma.

É bom que se consigne, desde já, que normas sempre serão normas em qualquer lugar que se deva aplicá-la, seja social ou jurídica.

Apenas no mundo secular, ou seja, na vida comum – por razões de laicidade estatal – deve, obrigatoriamente, haver a separação da esfera governamental da religiosa.

Assim, segue quem quer as normas religiosas. Assim como se adere à uma doutrina religiosa quem assim deseja. Porém, uma vez que decide seguir tal ou qual denominação religiosa, tem o dever de seguir as normas dela. Não há o que se discutir.

No caso da Igreja Católica, desde 21 de julho de 1542, por ordem do Papa Paulo III, foi instituída a Suprema e Sacra Congregação da Inquisição Universal, cujo o objetivo era defender a Igreja da heresia, tendo seu nome alterado em 2022 para a atual denominação, ou seja, Dicastério para a Doutrina da Fé, sendo até hoje responsável, tanto pela doutrina quanto pela disciplina da Santa Sé, de modo que a ambas se mantenham intactas.

Isso é absolutamente importante no que se refere às normas litúrgicas e que, se não observado, poderá, inclusive, anular um sacramento. Foi isso que a Congregação para a Doutrina da Fé afirmou no Responsum, publicado no boletim de 6 de agosto de 2020, ao responder duas perguntas sobre a validade de um Batismo conferido sem observar a fórmula correta.

Isso é muito sério, do ponto de vista da doutrina. Tanto é, que o próprio Vaticano, consignou recentemente que o Concílio Vaticano II, declara “a absoluta indisponibilidade do septenário sacramental à ação da Igreja”, estabelecendo que ninguém “mesmo se sacerdote, ouse, por sua própria iniciativa, acrescentar, remover ou alterar qualquer coisa em matéria litúrgica”, tudo isso em consonância com o Concílio de Trento.

Recentemente, participava de uma reunião para um batizado e, após as explicações sobre as regras para o Sacramento do Batismo – já no final da reunião -, alguém levantou a mão e questionou se para ser padrinho precisava ser católico, o que de pronto foi respondido por óbvio, gerando um misto de riso de muitos e perplexidade em outros.

Pude perceber, então, que, até na religião, por vezes, é preciso ir além da fé para se manter a unidade sacramental e, quem sabe, seja necessário um Responsum paroquial.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
  • Repet
sábado - 29/03/2025 - 23:48h

Pensando bem…

“Preconceito é opinião sem conhecimento.”

Voltaire

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sábado - 29/03/2025 - 20:00h
Estadual 2025

América vence ABC e é tricampeão potiguar

O América derrotou o ABC na noite deste sábado (29), no jogo de volta do Campeonato Potiguar 2025.

Hebert marcou nos acréscimos da etapa final e garantiu o título de tricampeão do Mecão, no Estádio Frasqueirão, casa do adversário.

O gol saiu na cobrança de escanteio do meio-campista Souza. Hebert desviou de cabeça e levou o alvirrubro ao título.

O ABC não conseguiu reagir, para pelo menos empatar e levar a disputa ao título.

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Categoria(s): Esporte
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sábado - 29/03/2025 - 12:22h
MCJ 2025

“Raiá do Dia” vai levar o Mossoró Cidade Junina pros mercados

Imagem de um sanfoneiro, em peça de madeira, arte criada com recursos de Inteligência Artificial pro BCS

Imagem de um sanfoneiro, em peça de madeira, arte criada com recursos de Inteligência Artificial pro BCS

Quem conta é o jornalista William Robson em suas plataformas virtuais: uma das novidades do Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2025 será o “Raiá do dia”.

Segundo ele, sanfoneiros vão se apresentar cedinho nos mercados da Cobal, Central e Alto da Conceição, sempre aos domingos.

Tamo dentro, à espera pro arrasta-pé na Rainha da Panelada – Mercado do Alto da Conceição.

Cuida!

Veja programação do MCJ 2025 AQUI.

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Categoria(s): Cultura / Gerais
sábado - 29/03/2025 - 11:34h
Dia 27 de abril

Caminhada de Santo Expedito 2025 marcará religiosidade

Iniciativa religiosa e social está com preparativos em andamento (Foto: Arquivo)

Iniciativa religiosa e social está com preparativos em andamento (Foto: Arquivo)

Seguem os preparativos para a 20ª Caminhada de Santo Expedito, um dos eventos religiosos mais tradicionais da região de Mossoró. Vai reunir centenas de fiéis do santo das causas urgentes e impossíveis.

A caminhada está agendada para sair às 00h19 do dia 27 de abril, da Praça do Rotary, em Mossoró, bairro Nova Betânia, em direção à Capela de Santo Expedito, no Sítio Vertentes, em Baraúna. O percurso é de 21 km.

Ao longo dessas duas décadas, a caminhada se consolidou como um momento especial de espiritualidade, reunindo, a cada ano, um número crescente de peregrinos,  que fazem o percurso em agradecimento ou em busca de bênçãos.

O evento, que começou com promessa pela recuperação da saúde de uma doença grave, hoje movimenta centenas de participantes, devotos de Santo Expedito.

Quem desejar participar dessa iniciativa poderá optar por adquirir a camiseta oficial da 20ª Caminhada de Santo Expedito, disponível nas Lojas Aleatory (ND Mall). Com a camiseta, o participante concorre a vários sorteios que acontecem na concentração do evento.

Parte do valor arrecadado será revertido para entidades filantrópicas.

Acompanhe todas as atualizações e registros do evento no perfil oficial: @caminhadadesantoexpedito

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sábado - 29/03/2025 - 10:48h
Lançamento

Revista do IHGRN traz histórias inéditas e novos olhares sobre o RN

Capa da edição 102, com arte de Amanda Carreras Simões

Capa da edição 102, com arte de Amanda Carreras Simões

Uma carta perdida, escrita por uma testemunha ocular das duas grandes guerras, finalmente foi encontrada. A primeira versão do Teatro Alberto Maranhão, com detalhes inéditos, é revelada. E os mistérios que envolvem a Coluna Capitolina ganham novas interpretações.

Essas são apenas algumas das histórias que fazem parte da nova edição da Revista do IHGRN (Instituto Histórico e Geográfico do RN), que estará disponível para venda a partir desta segunda-feira, 31 de março.

A 102ª edição da Revista do IHGRN dá continuidade à tradição secular do IHGRN; a revista é a mais antiga publicação em circulação no estado. Com um olhar inovador, a publicação preserva a história oferecendo novos aprendizados e perspectivas aos seus leitores a cada edição.

Disponível para compra por R$ 70 (R$ 60 para sócios), a Revista do IHGRN #102 pode ser adquirida na sede histórica do Instituto, localizada na Rua da Conceição, 622, Cidade Alta, Natal/RN, de segunda à sexta, das 8h às 12h. Uma excelente oportunidade para mergulhar na história e cultura do Rio Grande do Norte.

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sábado - 29/03/2025 - 09:50h
Quinta-feira, 03

Associação dos Procuradores do RN empossará sua nova diretoria

Renan Maia, Leia Cunha e José Marcelo Costa: entidade unida (Foto: divulgação)

Renan Maia, Leila Cunha e José Marcelo Costa: entidade unida (Foto: divulgação)

A nova diretoria da Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Norte (ASPERN) realizará cerimônia de posse, na próxima quinta-feira (03), a partir das 18h, na Academia Norte-Rio-grandense de Letras (ANRL). Os representantes eleitos estarão à frente da instituição durante o biênio 2025-2027.

O pleito, realizado em 28 de fevereiro deste ano, ocorreu em chapa única, intitulada “Procuradores unidos, interesses protegidos”, por meio da qual foram eleitos para presidente e vice-presidente os procuradores José Marcelo Costa Ferreira e Leila Cunha Lima de Almeida, respectivamente.

“Nossa diretoria está bastante equilibrada. Contempla colegas de várias gerações da Procuradoria, pessoas que já tiveram sua contribuição importante e também outros colegas que estão na ativa. Nossa pretensão é dar continuidade ao trabalho que o procurador Antônio Almeida tem desenvolvido ao longo desses dois anos, tanto é que a vice-presidente segue conosco, que é Leila Cunha Lima”, comentou o presidente eleito José Marcelo Costa.

Confira a lista dos novos diretores

Presidente: José Marcelo Costa Ferreira
Vice-Presidente: Leila Cunha Lima Almeida
Secretário-Geral: Rodrigo Nobre
Diretor Jurídico e de Prerrogativas Funcionais: Filipe Alves
Diretoria  Financeira: Jansênio Alves
Diretora Social e Cultural: Magna Letícia Câmara
Diretor de Comunicação e Assuntos Estratégicos: Lucas Cristhovam
Diretora de Inativos e Pensionistas: Idaisa Mota
Suplentes: Vaneska Caldas Galvão e Francisco de Souza Nunes

Conselho Fiscal

Presidente: Renan Maia
1° Membro: Ana Karenina Stabile
2° Membro: Valério Marinho
Suplentes: Francisco Sales Matos; Iara Moema; e Ricardo Furtado

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sexta-feira - 28/03/2025 - 23:50h

Pensando bem…

“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.”

Hebreus 11:1

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sexta-feira - 28/03/2025 - 21:00h
MCJ 2025

Mossoró Cidade Junina tem atrações anunciadas

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O prefeito Allyson Bezerra (UB) anunciou agora à noite, no Hotel Thermas, a programação do Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2025.

Léo Santana, Felipe Amorim, Dan Ventura, Xand Avião e Banda Grafith abrem festejos com o Pingo da Mei Dia, dia 7 de junho.

Bell Marques fecha ciclo junino dia 28 de junho no Boca da Noite.

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sexta-feira - 28/03/2025 - 20:40h
RN

“Sesc Mesa Brasil” é sinônimo de fartura e compromisso social

Programa tem forte impacto social (Foto: Sesc/RN)

Programa tem forte impacto social (Foto: Sesc/RN)

A experiência do programa “Sesc Mesa Brasil” no RN, encetado no estado desde 2003, é marcada pelo compromisso social. A solidariedade está em seu DNA, como explica o diretor regional do Sesc RN, Gedson Nunes. “O Sesc Mesa Brasil é um programa que combate à fome e à insegurança alimentar. Somos a ponte que conecta quem quer doar a quem precisa receber. E é uma honra exercermos esse papel”, afirma.

O Sesc Mesa Brasil é considerado a maior rede nacional de solidariedade e de bancos de alimentos, a qual transforma a vida de crianças, jovens, adultos e idosos em todos os estados do Brasil. No RN, o projeto tem mais de 20 anos, nos quais já foram redistribuídos mais de 26 milhões de quilos, que beneficiaram mais de 3,5 milhões de pessoas.

É uma ação conjunta que integra o Sesc, empresas, e instituições sociais, no combate à fome e ao desperdício de alimentos, com um papel proativo e socialmente responsável.

“Quando o Sesc Mesa Brasil liga, é certeza de fartura na mesa.” Esse depoimento foi colhido do presidente do Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do RN (IERC), Marcos Antônio da Silva, durante a entrega simbólica de 14 toneladas em alimentos pelo Sesc Mesa Brasil, no último mês, em Natal, antecedendo o Carnaval.

A solenidade aconteceu no Sesc Cidade Alta e contou com a presença de 18 entidades que foram beneficiadas com essa doação. A arrecadação foi fruto de dois grandes eventos dos últimos dias: o Sesc Parada na Ladeira, maior prévia carnavalesca gratuita de Natal, que arrecadou mais de 9,5 mil quilos através dos abadás solidários; e o Axé Natal, evento da Tawfic Produções, que arrecadou quase 4,5 mil quilos de alimentos.

Parceria

A parceria entre o Sesc Mesa Brasil e o Ierc tem 20 anos. O instituto atende diariamente pessoas com deficiência visual que estão em situação de vulnerabilidade social. São servidas três refeições diárias na entidade, porém, quando há uma grande remessa de alimentos, é possível também realizar a entrega de cestas básicas às famílias. Para o presidente Marcos, “é uma parceria divina”. “Essa doação de alimentos é muito significativa para nós, porque traz conforto e segurança alimentar para toda a nossa comunidade, que é oriunda de famílias carentes”, explica.

Parte da arrecadação é oriunda do evento Axé Natal, uma iniciativa da empresa Tawfic Produções. Para o proprietário, Alexandre Tawfic, a importância dessa parceria é notável. “Quero agradecer ao Sesc Mesa Brasil por essa conexão com a Tawfic Produções. É muito gratificante quando conseguimos ajudar alguém, e através dos nossos eventos é melhor ainda, porque é uma quantidade mais expressiva. A gente faz a festa e faz o bem”, celebra.

O evento ainda contou com a participação do coordenador da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC), representando o governo do RN, Otomar Lopes.

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sexta-feira - 28/03/2025 - 10:46h
Política

De olho na Assembleia Legislativa, Eriko Jácome assume Fecam/RN

Erineide passou comando a Eriko na Fecam/RN (Foto: Verônica Macedo)

Erineide passou comando a Eriko na Fecam/RN (Foto: Verônica Macedo)

Presidente da Câmara Municipal de Natal, Eriko Jácome (PP) tomou posse, nesta quinta-feira (27), como presidente da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte (FECAM/RN). Evento bastante prestigiado aconteceu no hotel Holiday Inn, em Natal, como parte do Encontro Nacional de Gestores e Legislativos Municipais.

Ele ocupa lugar de Erineide Sá, que passa ao cargo de diretora executiva da entidade.

Jácome foi eleito dia 11 de fevereiro com maciça votação.

É mais um vereador da capital que ingressa no comando a Fecam/RN com olhar focado noutro patamar: corrida à Assembleia Legislativa no próximo ano.

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sexta-feira - 28/03/2025 - 09:28h
Imunização

Atualização de vacinas ocorre mais uma vez no Partage Shopping

È o terceiro fim de semana consecutivo dessa campanha no shopping (Foto: PMM)

È o terceiro fim de semana consecutivo dessa campanha no shopping (Foto: PMM)

A Prefeitura de Mossoró seguirá com ponto extra de vacinação pelo terceiro fim de semana consecutivo. A população que deseja se imunizar, colocando as vacinas em dia, pode buscar a proteção no Partage Shopping.

No sábado (29), o atendimento ao público acontece das 10h às 18h e no domingo (30), a imunização ocorre das 11h às 18h.

Algumas das vacinas ofertadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS): Covid-19; tríplice viral; dengue; dupla adulto; hepatite A; hepatite B, entre outras, são imunizantes que fazem parte da vacinação de rotina e estratégia especial.

No fim de semana passado, a Coordenação de Imunizações do município contabilizou mais de 450 doses de vacinas aplicadas. A medida amplia o acesso da população aos imunizantes em dias e horários alternativos às Unidades Básicas de Saúde que já ofertam as vacinas de segunda a sexta-feira.

Os interessados devem se dirigir ao ponto extra de vacinação portando um documento oficial e cartão de vacinas, se tiver.

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sexta-feira - 28/03/2025 - 08:50h
Agosto

Fest Bossa & Jazz anuncia data para edição 2025 em Pipa/RN

Banner de divulgação

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Um dos mais importantes festivais do segmento no Brasil, que une tradição e inovação em uma explosão de ritmos, o Fest Bossa & Jazz, já tem data marcada para sua aguardada edição em Pipa, no Rio Grande do Norte. Em 2025, o evento acontece do dia 14 a 17 de agosto, consolidando-se como um dos maiores festivais do gênero no País. A novidade foi anunciada pela Juçara Figueiredo Produções, organizadora do festival.

Celebrando 16 anos de história, firmando seu espaço como Patrimônio Cultural, Imaterial e Turístico do Rio Grande do Norte, o Fest Bossa & Jazz  atrai amantes da música instrumental, da Bossa Nova, do Jazz e do Blues. Mais do que um evento musical, o festival tem o compromisso de fomentar a cena cultural e promover a responsabilidade social.

Com a data definida, os fãs do festival já podem se programar e garantir hospedagem antecipadamente para aproveitar toda a magia da edição 2025 em um dos destinos mais paradisíacos do Brasil: a Praia da Pipa.

O Fest Bossa & Jazz  – Pipa 2025 é uma realização da Juçara Figueiredo Produções, apresentado pela Ster Bom com patrocínio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Programa Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura, MAC Madeiras, Ki Preço e Prefeitura de Tibau do Sul. Tem o apoio da Emprotur, Secretaria de Turismo de Tibau do Sul, Preserve Pipa, Luck Receptivo, Michelle Tour, Abrasel Litoral Sul, Ratts Ratis, G7 Comunicação e InterTV.

Mais informações serão divulgadas em breve pelos canais oficiais do evento. Siga @festbossajazz

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quinta-feira - 27/03/2025 - 23:54h

Pensando bem…

“Grandes realizações são possíveis quando se dá atenção aos pequenos começos.”

Lao Tsé

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quinta-feira - 27/03/2025 - 23:40h
Feira

Evento da construção civil é aberto em Mossoró

Solenidade de abertura ocorreu à noite desta quinta-feira (Foto: Wilson Moreno)

Solenidade de abertura ocorreu à noite desta quinta-feira (Foto: Wilson Moreno)

A I Feira da Construção Civil do Sinduscon Oeste (ConstruSind) 2025 foi aberta à noite desta quinta-feira (27) no Requinte Buffet, em Mossoró. O evento acontecerá até o sábado (29) nesse mesmo local, entre 18 e 22 horas.

A ConstruSind oportuniza que a cadeia de produtos e serviços do segmento possa negociar casas, apartamentos, lotes, imóveis comerciais, materiais de construções etc.

Também há programação com outras atividades, como palestras.

A solenidade de abertura contou com autoridades locais, como o prefeito Allyson Bezerra (UB),  além de representantes de entidades diversas e empresas participantes, bem como diretoria do Sindicato da Construção Civil do Oeste (SINDUSCON Oeste), promotora da Feira.

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