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domingo - 27/02/2022 - 23:42h

Pensando bem…

“Você nunca vai chegar ao seu destino se parar e atirar pedras em cada cão que late”.

Winston Churchill

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Categoria(s): Pensando bem...
domingo - 27/02/2022 - 13:20h

Fim de tarde

Por Inácio Augusto de Almeida 

Neste fim de tarde de nuvens carrancundas e de pouca chuva, tarde que se vai preguiçosamente, num nunca acabar, apenas um silêncio profundo toma conta deste quarto no qual permaneço há tanto tempo que perdi a conta dos meses ou anos que deitado vivo.

Vivo, porque a minha cabeça mergulha vez por outra no passado, mas quase sempre está buscando o amanhã. Fim de tarde - Guarulhos-SP

Não, não quero o ontem. Desejo, como desejo o amanhã.

Um cachorro late e me leva a questionar se existe mais solidariedade e respeito entre os animais do que entre nós.

Lembro da história do cachorro que ficou semanas à beira do túmulo do seu grande amigo esperando a sua volta.

Recordo-me de um enterro, onde filhos do falecido olhavam os relógios receosos de perderem algum compromisso por conta da demora no sepultamento.

Preciso afastar estas lembranças que ferem meu coração e busco no Tik-Tok alguma piada para contrabalançar a minha tristeza.

Um “humorista” conta, rindo, que tocaram fogo num mendigo e que a pedra de crack disse estar vingada.

A plateia explode em risos e palmas.

Eu me assusto.

Penso que rir e fazer rir com o tocar fogo num ser humano nos leva ao último degrau da degradação humana.

Pergunto para mim, em voz baixa, porque em vez de aplaudirem, não vaiaram tamanha idiotice? E descubro a razão para a não vaia, para a não indignação.

Perdemos totalmente a noção de valores. Amizade, fraternidade, solidariedade e amor ao próximo viraram pieguismo, coisa comum aos fracos.

Importa mais a indiferença, o desamor, a ambição, o sempre ter mais e mais para, tendo mais, mais ter e TER. E assim cada vez mais ser e SER.

Descubro-me a censurar os que estão rindo de uma piada e constato o quanto sou pior quando, sabendo do furto praticado pelos corruptos, por covardia, calo.

Calo. E mais, rastejo. Rastejo quando me levanto na igreja para os canalhas, cedendo os primeiros lugares.

E aos vermes me nivelo quando, no restaurante, entra um patife e aplaudo de pé, para aparentar alegria pela chegada do monstro que furta a Educação das crianças e a Saúde dos velhos.

Furta desviando o dinheiro da Merenda, Uniforme e Transporte Escolar.

Furta desviando o dinheiro das cirurgias e dos medicamentos.

Monstro que pouco se importa com o sofrimento do seu semelhante.

Qual a diferença entre tocar fogo num mendigo e deixar faltar insulina e outros medicamentos para se apropriar do dinheiro?

Qual a diferença entre tocar fogo num mendigo e negar Educação aos jovens, encaminhando-os assim para as veredas da criminalidade onde a vida é curta?

Estarreceu-me uma plateia rir de tocarem fogo num mendigo.

Assusto-me quando constato não me indignar com o genocídio causado pela corrupção.

Nem eu nem ninguém se toca para o quanto somos covardes.

O cachorro volta a latir. Certamente para me lembrar que os bons sentimentos existem no mundo animal.

Quando voltaremos a recuperar parte da nossa dignidade?

Quando voltaremos a ouvir o latido de um cachorro sem questionar nossos valores?

Quando estaremos preparados para receber Jesus Cristo podendo olhar bem dentro dos olhos do Salvador?

Quando voltaremos a ser nós mesmos?

Inácio Augusto de Almeida é escritor e Jornalista

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 27/02/2022 - 12:44h
Educação

Colégio Diocesano e Faculdade Católica do RN celebram aniversário

Nesse mês de março de 2022, o Colégio Diocesano Santa Luzia (CDSL) e a Faculdade Católica do Rio Grande do Norte celebram, respectivamente, 121 e 12 anos de fundação e de história dedicados à educação de Mossoró e região. “O Projeto de Educação do Diocesano, ao entrelaçar conhecimentos acadêmicos, cultura, sólidas referências éticas e formação humana, pautado em valores, propicia um aprendizado que ultrapassa os muros da escola”, prega sua direção.

Diocesano chega a uma longevidade mais do que centenária, com base muito sólida (Foto: divulgação)

Diocesano chega a uma longevidade mais do que centenária, com base muito sólida (Foto: Cedida)

Uma educação impregnada de sentido, muito além da mera transmissão de conhecimentos, capaz de promover a pessoa na plenitude de sua dimensão humana, concretiza a missão desta instituição centenária: educar para a vida.

A Faculdade Católica, em contínua ampliação, assume o papel de proporcionar uma formação integral de profissionais qualificados; homens e mulheres que sejam capazes de desenvolver suas atividades dentro de parâmetros de autêntica excelência humana, em todas as suas dimensões.

A história do Colégio Diocesano Santa Luzia encontra suas raízes mais profundas no ano de 1900, quando, no dia 30 de janeiro, chega à cidade de Mossoró para a realização da visita pastoral, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, bispo de uma imensa Diocese que, naquele tempo, compreendia os estados da Paraíba e Rio Grande do Norte.

Permanecendo seis dias em Mossoró, o religioso teve a oportunidade de escutar as aspirações mais íntimas dos seus diocesanos, destacando-se uma que tocou fortemente o seu coração: o desejo dos mossoroenses de possuírem em sua cidade uma casa de educação com princípios evangélicos.

Padres Sátiro e Charles: educação continuada (Foto: cedida)

Padres Sátiro e Charles: educação continuada (Foto: cedida)

Fundado em 2 de março de 1901, a escola homenageia a padroeira da Diocese e da cidade de Mossoró, Santa Luzia. O educandário era, inicialmente, localizado na Praça Vigário Antônio Joaquim, sob a direção de Cônego Estevam José Dantas, com a sede atual sendo fundada em 9 de junho de 1956 pelo Cônego Francisco Sales Cavalcanti.

Atualmente, a equipe diretiva é formada por Padre Sátiro Cavalcanti, diretor emérito nomeado por Dom Gentil e que contribuiu grandemente com a história do colégio desde 1961; por Padre Charles Lamartine, diretor desde 2012, e por Padre Demétrio Júnior, vice-diretor desde 2020, ambos nomeados pelo atual bispo Dom Mariano Manzana.

Faculdade

Alicerçada nos princípios de formação do Colégio Diocesano, a Faculdade Católica do Rio Grande do Norte nasceu como sonho e aspirações de grandes educadores que visionários do saber buscavam trazer para a região e a todo país uma faculdade comprometida com o futuro, a educação e produção do conhecimento, inspirada nos ideais de liberdade e solidariedade.

Inicialmente fundada como Faculdade Diocesana, no dia 1º de março de 2010, com transição para Faculdade Católica em 11 de fevereiro de 2019, tem desenvolvido ações e projetos para oportunizar o acesso a uma Instituição de Ensino Superior de excelência acadêmica para todo o Estado. Destaca que tem aliado o compromisso social com a missão de formar profissionais críticos, conscientes e aptos a desenvolverem uma atuação humana e de qualidade na sociedade.

Centro de Práticas Múltiplas Dom João Costa da Faculdade Católica do RN (Foto: cedida)

Centro de Práticas Múltiplas Dom João Costa da Faculdade Católica do RN (Foto: cedida)

A Faculdade Católica tem alargado seu papel fundamental na promoção do ensino, da pesquisa e da extensão, representando um importante vetor de desenvolvimento. Atualmente, conta com os cursos de Administração, Ciências Contábeis, Direito, Fisioterapia, Gastronomia, Nutrição, Psicologia e Teologia.

Além disso, oferece cursos de pós-graduação e extensão, somados aos serviços da Biblioteca Dom Mariano Manzana, que teve sua atual sede inaugurada em 2014 com grande acervo e salas de estudo. Também criou o Centro de Práticas Múltiplas Dom João Costa, cujas atividades tiveram início em 9 de agosto de 2021 com o objetivo de beneficiar e retribuir à sociedade com serviços nas áreas de gestão, saúde e jurisdição.

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domingo - 27/02/2022 - 11:10h
Do outro lado

Morre a mãe do prefeito Álvaro Dias

Morreu à noite desse sábado (26), em Natal, Cleonice Costa Dias, 86, mãe do prefeito Álvaro Dias (PSDB). A Prefeitura do Natal emitiu nota com comunicado do fato.

Dona Cleonice e Álvaro Dias (Foto: redes sociais)

Dona Cleonice e Álvaro Dias (Foto: redes sociais)

“Viúva do ex-deputado Adjuto Dias, dona Cleonice tinha 86 anos e vinha travando uma batalha contra os problemas decorrentes da Covid-19. Além do prefeito Álvaro Dias, manifestamos total solidariedade aos demais filhos: conselheiro do TCE, Renato Dias, Débora Dias, Anselmo, Beto, Andréa, Adriana, e ao neto Adjuto Dias, secretário municipal de Trabalho e de Assistência Social”, registrou a nota.

O prefeito postou em suas redes sociais há pouco mais de uma hora e meia uma crônica em alusão à dona Cleonice Costa Dias. Leia abaixo:

Minha mãe passou para o outro lado do caminho. Nasci num lar com muitos irmãos e logo perdi meu pai, que se foi muito cedo, aos 49 anos. Foi minha mãe com sua garra, firmeza e coragem que nos ensinou a enfrentar dificuldades e superar obstáculos nessa difícil caminhada da vida.

Estive com ela, um dia antes de sua partida. Vi que estava sofrendo muito. Apertei sua mão e senti que estava partindo. Me lembrei de Santo Agostinho: “A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do caminho. Me deem o nome que sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram. Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Eu não estou longe, apenas do outro lado do caminho…”.

Me senti confortado. Entendi que mães nunca partem. Mães são irrestritamente solidárias, capazes de gestos e atitudes impensáveis pelos filhos. Estão sempre presentes, nos bons e maus momentos. Assim elas não morrem, vão ficar do outro lado do caminho, porque ninguém mais que as mães representam amor. Amor verdadeiro, amor que aquece a alma, amor que protege, amor que traz segurança e felicidade. Esse amor não morre.

Por isso, as mães são imortais. Porque permanecem imortalizadas pelo amor e pela saudade, eternamente presentes na alma, no espírito e no coração de seus filhos!

Nota do Canal BCS – Nossa solidariedade à sua família e amigos por essa perda. Que descanse em paz!

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Categoria(s): Gerais / Política
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domingo - 27/02/2022 - 10:40h
Fronteiras do Pensamento

Diálogos com Zygmunt Bauman

Zygmunt Bauman (1925-2017), filósofo polonês, reflete sobre a individualização da sociedade contemporânea em entrevista exclusiva concedida a Fernando Schüler e Mário Mazzilli na Inglaterra.

Democracia, laços sociais, comunidade, rede, pós-modernidade, dentre outros tópicos analisados por uma das grandes mentes da contemporaneidade. Ele foi conferencista do Fronteiras do Pensamento 2011.

Escritor, palestrante, sociólogo e filósofo polonês, professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia, Bauman temvmais de trinta obras publicadas no Brasil, dentre as quais “Amor líquido”.

Esse vídeo é uma produção do projeto Fronteiras do Pensamento (AQUI), iniciativa cultural emergente em Porto Alegre-RS em 2006. Traz ao Brasil conferencistas internacionais para abordagem de temática da contemporaneidade.

Através de cuidadosa curadoria, o projeto analisa o pluralismo das abordagens e do rigor acadêmico intelectual e escolhe os conferencistas que têm, em comum, premiações pela excelência teórica ou pela capacidade de transformar a sociedade.

Aproveite.

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Categoria(s): Cultura
domingo - 27/02/2022 - 10:04h

A terceira via

Por Marcelo Alves

Quando fui fazer doutorado (PhD) no Reino Unido, em 2008, o jusfilósofo Ronald Dworkin (1931-2013) andava por lá. Era professor no University College London – UCL. Era muito badalado. Recordo-me de haver ido xeretar uma de suas palestras. Ele faleceu na amada Londres, de complicações de uma leucemia, não muito tempo depois. Uma pena.

jusfilósofo Ronald Dworkin (Foto: Terrence Spencer//Time Life Pictures/Getty Images)

Jusfilósofo Ronald Dworkin (Foto: Terrence Spencer//Time Life Pictures/Getty Images)

Dworkin nasceu em Worcester, Massachusetts, nos EUA. Estudou nas universidades de Harvard (bacharelado e doutorado) e de Oxford. Coisa de primeira qualidade. Foi assessor no Judiciário americano. Advogou em Nova York. Foi professor na Yale University. Sucedeu a H. L. A. Hart (1907-1992) na cátedra de filosofia do direito da Oxford University. Pontificou lá por 30 anos. Foi finalmente professor na New York University e no University College London, além de ter dado cursos em outras universidades mundo afora.

Filósofo, jurista e constitucionalista, Dworkin foi muito atuante no debate público no mundo anglo-saxão, em jornais e em publicações especializadas. Mas Dworkin é sobretudo o autor de alguns clássicos da ciência do direito. “Taking Rights Seriously” (1977), “A Matter of Principle” (1985), “Law’s Empire” (1986), “Sovereign Virtue: The Theory and Practice of Equality” (2000) e “Justice for Hedgehogs” (2011) são os mais célebres. É fácil encontrá-los, com os títulos “Levando os direitos a sério”, “Uma questão de princípio”, “O império do direito”, “A virtude soberana: a teoria e a prática da igualdade” e “A raposa e o porco-espinho: justiça e valor”, em edições honestas da Martins Fontes.

A obra de Dworkin é variada. É até difícil de compreendê-la e, muito mais, de resumi-la. Mas podemos apontar dois núcleos.

O primeiro está na sua defesa de uma justiça distributiva, materialmente igualitária, desenvolvendo um veio que vinha de Aristóteles (384-322 a.C.) e chegava no seu conterrâneo John Rawls (1921-2002). Vai longe Dworkin nessa busca de uma igualdade material. De fato, o princípio da igualdade perante a lei, como um dogma político e jurídico, é ouro. Mas ele não pode ficar apenas no plano normativo. Tem seu lugar, talvez o de maior destaque, na solução materialmente igualitária de casos concretos na vida em sociedade.

E assim chegamos ao segundo aspecto da filosofia de Dworkin. Um jusnaturalismo moderado. Ou, como li em “Little Book of Big Ideas – Law” (A & C Black Publishers Ltd., 2009), de Robert Hockett, “uma terceira via”, entre as visões positivistas e jusnaturalistas.

Metodologicamente, Dworkin trabalha sua teoria do direito “como uma teoria acerca de como os juízes decidem os casos concretos”.

Para decidir, os juízes devem considerar o que está na lei e nos precedentes judiciais. Parece óbvio e assim o diz Dwokin em “Levando os direitos a sério” (Martins Fontes, 2002): “as teorias da decisão judicial tornaram-se mais sofisticadas, mas as mais conhecidas ainda colocam o julgamento à sombra da legislação. Os contornos principais dessa história são familiares. Os juízes devem aplicar o direito criado por outras instituições; não devem criar um novo direito”. E aqui temos uma visão positivista do direito.

Se o dito acima é o ideal, ele nem sempre é possível. Dworkin afirma que as regras do direito “são quase sempre vagas e devem ser interpretadas antes de se poder aplicá-las aos novos casos. Além disso, alguns desses casos colocam problemas tão novos que não podem ser decididos nem mesmo se ampliarmos ou reinterpretarmos as regras existentes.

Portanto, os juízes devem, às vezes, criar um novo direito, seja essa criação dissimulada ou explícita”. Dwokin fala em buscar a “melhor interpretação moral”, o “melhor para a comunidade” e, ao fazê-lo, os juízes devem agir estabelecendo normas que, “em sua opinião, os legisladores promulgariam caso se vissem diante do problema”. E aí está o seu viés jusnaturalista.

Todavia, para Dwokin (e temos o semipositivista), “é muito comum que o legislador se preocupe apenas com questões fundamentais de moralidade ou de política fundamental ao decidir como vai votar alguma questão específica. Ele não precisa mostrar que seu voto é coerente com os votos de seus colegas do poder legislativo, ou com os de legislaturas passadas”.

Um juiz não deve mostrar esse tipo de independência total. Ele deve associar sua decisão às decisões que outros juízes tomaram no passado. A força da sua decisão deve estar baseada não só na sua “sabedoria”, mas, também, na “equidade” de tratar casos semelhantes do mesmo modo.

E, dito tudo isso, temos um Dworkin tanto terceira via como igualitário. Grande nome.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 27/02/2022 - 09:26h
Ponte Newton Navarro

Conselho Estadual de Cultura é contra mudança de nome

Conselho Estadual de Cultura contra mudança de nome da ponte Newton NavarroO Conselho Estadual de Cultura emite posição acerca da tentativa de mudança do nome da Ponte Newton Navarro, situada em Natal.

A proposição é do deputado estadual Coronel André Azevedo (PSC), que apresentou projeto para mudar a denominação desse equipamento viário para Ponte Governadora Wilma de Faria (veja AQUI).

Na ótica do colegiado, a ideia do parlamentar é um grande “equívoco”.

Nota do Canal BCS – A desomenagem é um grande absurdo. Mais um. Ainda está em tempo de ser retirada pelo proponente.

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Categoria(s): Cultura / Política
domingo - 27/02/2022 - 08:46h

É o tempo

Por Odemirton Filho 

“Batidas na porta da frente é o tempo; eu bebo um pouquinho pra ter argumento”. Assim diz um fragmento da linda canção (Resposta ao tempo) composta por Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, cantada na bela voz de Nana Caymmi.

O tempo está passando. Eu me volto para o passado. Observo o que fiz. Mas, principalmente, o que não fiz. Faltam argumentos para contestar o tempo. Ele, o tempo, é implacável. Por que deixei de viver? Por que não fiz aquilo que me deu na telha? Talvez seja tarde. Ou não. Sempre há tempo quando se quer.

O tempo caminha a passos largos. A minha infância foi até onze anos de idade. Vejam só: onze anos! A partir dos doze anos a pessoa é considerada adolescente; aos dezoito, adulto, porque já responde civil e penalmente pelos seus atos.

Eu sei. O que determina a idade é o espírito e a vontade de viver, embora com o tempo a gente sinta o peso das pernas. Mas eu creio que sorri pouco. Chorei menos ainda. Deixei que a vergonha prendesse minhas lágrimas. Agora, nem aí!

Eu era pra ter brincado mais com os meus filhos; era pra ter tomado mais banho de mar na minha Tibau. Eu era pra ter aproveitado mais a companhia dos meus pais. Ter escutado as suas histórias de vida. Os seus sonhos; os seus medos. Felizmente, ainda há tempo.

Hoje, eu não deixo de aguar as plantas do meu quintal. Acho bonitas as rosas do deserto. E espero que desabrochem. Tomo meu café; uma dose de cana ou de uísque. Viajo pra onde a minha grana permite. Quando não permite, viajo nos meus pensamentos.

E o tempo vai passando, passando. E eu ainda acho que não aproveito cada segundo como deveria. Fico preso nas obrigações e preocupações do dia a dia. E tenho saudade do que não vivi, como se diz por aí.

Diz-me o tempo: sorria; chore; ame.

Sim, o tempo furtou a minha juventude. Mas, doutro lado, deu-me a oportunidade de rever conceitos; atitudes. Se não aproveitei, e não aproveito, a culpa é minha. Só minha. O tempo me ensinou tantas coisas, repassou-me valorosas lições. Às vezes, porém, penso que aprendi tão pouco.

Aliás, um dia desses eu recebi uma mensagem do nosso artesão das palavras, Marcos Ferreira. Era uma citação de Dostoiévski:

“Somos assim: sonhamos o voo, mas tememos a altura. Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o voo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram”.

Resposta ao Tempo

Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter
Argumento

Mas fico sem jeito calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei

Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há folhas no meu coração
É o tempo

Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei

E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Pra tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Pra tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer

Pois é. Eu vejo o tempo correr, mas fico preso em uma gaiola.

Eu acho que “o tempo sabe passar, e eu não sei”.

Ou talvez “eu seja uma eterna criança, que não soube amadurecer”.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 27/02/2022 - 07:50h

Toca Raul!

Por Erasmo Carlos 

Vi nas redes sociais que Ed Mota, sobrinho do cantor e compositor Tim Maia, havia feito algumas críticas muito pesadas a Raul Seixas (veja AQUI). Na oportunidade não procurei saber maiores detalhes. Hoje, assistindo ao canal Foro de Moscow, fiquei mais a par do assunto.

Ed Mota e Raul Seixas (Fotomontagem: Blog Tio Colorau)

Ed Mota e Raul Seixas (Fotomontagem: Blog Tio Colorau)

Raulseixista que sou desde os 11 anos de idade, sinto-me na obrigação de meter o bedelho no assunto, esclarecendo algumas situações, ditas tanto por Ed Mota, como pelos apresentadores Bruno Barreto e William Robson.

De início, desconheço qualquer “falha de caráter” de Raul Seixas, muito pelo contrário. Quando começou a carreira, como produtor da CBS, Raul Seixas impulsionou o sucesso de nomes como Odair José, Diana, Renato & seus Blue Caps, Roberto Ribeiro, Leno e Lília, Jerry Adriani e Baltazar. Inclusive, os maiores sucessos dos dois últimos foram escritos por Raul Seixas: “Doce, Doce Amor” e “Se Ainda Existe Amor”, respectivamente.

Quem se propuser a mergulhar nas obras dos artistas citados, bem como de outros do portfólio da CBS naquele período, final dos anos 60, encontrará várias canções escritas por Raul Seixas, que sempre teve o reconhecimento de todos eles. Tanto é que muitos tentaram ajudá-lo nos últimos anos de vida, como Jerry Adriani e Odair José.

A única história desabonadora envolvendo a conduta de Raul Seixas foi na ditadura militar, e tudo indica ser um boato. Alguém chegou a dizer que ele havia dedurado o seu parceiro, Paulo Coelho, o que nunca foi provado. Nem o escritor, que já foi instigado a tratar do assunto, acredita que isso tenha acontecido.

Outro equívoco é imaginar que as canções de Raul Seixas foram escritas por Paulo Coelho. De fato, eles fizeram muitas músicas em parceria, como “Al Capone”, “Tente Outra Vez” e “Medo da Chuva”. No entanto, o “mago” nem foi o maior parceiro do cantor, título este que cabe a Cláudio Roberto, com quem Raul escreveu dois de seus maiores clássicos, “Maluco Beleza” e “Cowboy Fora-da-lei”, além de dezenas de outras canções.

Muitas composições Raul Seixas escreveu sozinho, como “Ouro de Tolo”, “Metamorfose Ambulante”, “Mosca na Sopa” e “Trem das 7”, pra ficar apenas no início da carreira.

De outro modo, não há no repertório de Raul Seixas uma só música escrita unicamente por Paulo Coelho.

Costumo dizer que sou capaz de cantarolar entre 20 e 25 músicas de Raul Seixas numa roda de conversa e os presentes conheceram todas elas, mesmo que um ou outro não seja fã. Poucos artistas brasileiros conseguem reunir tantos sucessos.

Ed Mota tem quantos, apesar de seu tão alardeado talento musical? Eu lembro de “Manuel” e “Colombina”, tem outra?

Sobre um disco de referência do cantor e compositor baiano, posso apontar “Krig-ha, Bandolo!” (1973), considerado o 12º melhor disco do Brasil segundo a lista dos 100+ da revista Rolling Stone Brasil, e o 5º melhor na eleição do jornal Estado de S. Paulo, em 2012.

Como todos os artistas, Raul Seixas teve momentos altos e baixos na carreira. No seu caso, os baixos foram motivados pelo vício em drogas, especialmente bebidas alcoólicas, o que acabou por leva-lo à morte em 1989, aos 44 anos.

Raul Santos Seixas é um dos maiores nomes da música brasileira de todos os tempos, o pai do rock nacional, com enorme reconhecimento no meio. É uma unanimidade. Não me recordo de outro artista que tenha desmerecido seu trabalho e seu caráter.

O que muitos fazem, é lamentar que uma pessoa tão talentosa tenha perdido a guerra para o álcool.

Ed Mota, o gênio que conseguiu rimar “Manoel” com “Céu”, é uma voz solitária.

#TocaRaul!

Erasmo Carlos é editor do Blog Tio Colorau

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Categoria(s): Crônica
domingo - 27/02/2022 - 04:28h

Sportwashing disfarça violações a direitos humanos

Por Marcello Benevolo

Na quadra de gelo, à baixíssima temperatura, os atletas deram um verdadeiro show de superação nas Olimpíadas de Inverno 2022, em Beijing, na China, encerradas no domingo (20/02).

Fora das quadras, a China deu mais um show de marketing político, marcando mais um gol de placa, elevando seu prestígio internacional, esbanjando simpatia e passando uma imagem de país acolhedor.

Foto: reprodução multiverso

Foto: reprodução multiverso

Talvez você esteja se perguntando: e o que o esporte e a política tem a ver um com o outro? Tudo! Cada vez mais países com histórico de violações a direito humanos, como perseguição a minorias étnicas e ataques a liberdade de comunicação e expressão têm investido em eventos esportivos.

Esse movimento político de usar o esporte para limpar a imagem desses países acusados de violações a direitos humanos tem um nome: “sportwashing” (esporte e lavagem). Além de render milhares de dólares em patrocínios e movimentar positivamente toda a cadeia do turismo, as competições esportivas internacionais ajudam a desviar a atenção, ainda que temporariamente, de eventuais notícias negativas envolvendo violações perpetradas por esses países.

Copa do mundo, jogos olímpicos, corridas de fórmula 1, torneios de tênis e compras bilionárias de times europeus, com contratações de astros do futebol por cifras astronômicas, envolvem a prática do “sportwashing” por alguns países de origem asiática e do mundo árabe.

Reportagem da Exame, de 07/10/2021, informou que um fundo de investimentos de 430 bilhões de dólares ligado ao governo da Arábia Saudita (e bilionários indianos) comprou, por exemplo, o clube inglês Newcastle United. O príncipe saudita a frente dos negócios é acusado pelos americanos da morte (ainda não comprovada) do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018, um ex-correspondente do jornal “Washington Post” e ferrenho crítico do governo saudita. Seu corpo jamais foi encontrado.

Embora o termo “sportwashing” venha sendo utilizado mais recentemente, a prática de desviar (apagar e/ou também esconder) as atenções negativas por violações a direitos humanos e fazer propaganda governamental positiva disfarçada por meio do esporte não é nova.

Como bem assinalou o portal brasileiro de notícias Poder360, em 16/10/2021, a Itália sediou a Copa do Mundo de 1934, no auge da ditadura facista de Benito Mussolini. E Hitler, após o autogolpe, recebeu em Berlim a 10ª edição dos Jogos Olímpicos, os últimos antes da 2a. Guerra Mundial.

E não muito distante do Brasil, a Argentina do general Jorge Rafael Videla, em plena ditadura portenha, sediou a Copa do Mundo de 1978 como uma jogada de marketing político para melhorar a aprovação do combalido regime militar.

O jogos de Beijing 2022 foram acusados por organizações de defesa dos direitos humanos ​​e pela imprensa internacional de propaganda descarada por usar um atleta ‘uigure’ para acender a chama olímpica na cerimônia de abertura.

O governo chinês enfrentou acusações de cometer crimes contra a humanidade no tratamento dado aos ‘uigures’ e outros muçulmanos turcos em Xinjiang. Entidades de direitos humanos alegaram que até um milhão de uigures sofreram abusos em campos de “reeducação”.

E mesmo em meio ao momento festivo das olimpíadas, a China seguiu revelando sua essência autoritária. Reportagem publicada pelo jornal britânico Daily Mail, em 06/02/2022, noticiou que, de acordo com o Clube de Correspondentes Estrangeiros da China, os jornalistas estrangeiros estão “enfrentando obstáculos sem precedentes” devido aos “esforços do governo para bloquear e desacreditar a reportagem independente”.

Em dezembro próximo, teremos a Copa do Mundo de futebol no Qatar. A imprensa internacional e grupos de direitos humanos apontaram para um triste histórico de violações a direitos humanos no Catar que deixa muito a desejar. Alguns dos trabalhadores migrantes estrangeiros (90% da população é de fora) que contribuem para tornar a Copa do Mundo do Catar de 2022 uma realidade, vivem e trabalham em péssimas condições.

A Copa do Mundo no apagar das luzes de 2022 no Qatar parece se configurar em mais uma lavagem esportiva, arquitetada pelo bilionário e atual marketing político governamental para marcar na nossa memória uma Copa do Mundo em campos de futebol chamativos e jogadores “heróicos”.

Ah, em tempo, o Brasil participou das Olimpíadas de Inverno de 2022 na China. Mandamos 11 atletas que disputaram provas de esqui na neve, estilos livre e cross-coutry; bobsled (corrida de trenó em dupla ou mais); e skeleton (uma espécie de prancha em que o atleta desce sozinho e de cabeça).

O melhor resultado ficou com a atleta Nicole Silveira, 13ª colocada no skeleton, segundo melhor resultado da história do Brasil em Jogos Olímpicos de Inverno.

A China, anfitriã do megaevento, terminou em terceiro lugar, com 15 medalhas, atrás da apenas da Alemanha (com 27) e Noruega (campeã com 37).

Marcello Benevolo é pernambucano, jornalista e advogado radicado em Natal (RN). E-mail: marcellobenevolojus@gmail.com

*Artigo adaptado com coleta de informações de variadas fontes nacionais e internacionais.

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sexta-feira - 25/02/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Não há soluções rápidas. Mas, agindo um pouco todos os dias, você construirá um poderoso reservatório de confiança, autoestima e disciplina.”

Scott Allan

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sexta-feira - 25/02/2022 - 20:30h
Política internacional

Otan x Quem?

Bandeira da Otan é ostentada por militar (Foto: Reuters)

Bandeira da Otan é ostentada por militar (Foto: Reuters)

Por François Silvestre

Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Esse é o nó górdio dessa guerra. A Otan nasce após a segunda guerra mundial, início da guerra fria, para fazer frente à expansão da União Soviética. Em oposição, a URSS cria o Pacto de Varsóvia, formalizado na Polônia. A Otan formada pelos Estados Unidos e o ocidente europeu, as potências que se opunham ao “comunismo”.

Do Pacto de Varsóvia faziam parte a União Soviética, com todas as repúblicas agregadas, inclusive a Ucrânia, e mais a Alemanha Oriental, Checoslováquia, Hungria, Albânia, Romênia e mais outros de menos peso. Não lembro se a Iugoslávia, de Tito, fazia parte. Esse era o quadro do mundo do pós guerra.

Com o fim da União Soviética, o Pacto de Varsóvia dissolveu-se. Não fazia sentido a continuidade da Otan. Mas continuou e expandiu-se. E continua querendo mais. Agora, aproveitando a ingenuidade desse ator humorista presidente da Ucrânia, a Otan resolveu encostar-se no terreiro da Rússia. Deu nessa merda.

A Otan pôs o rabo entre as pernas e deixou a Ucrânia ao relento. O presidente da Ucrânia mandando a população enfrentar os tanques russos com coquetéis Molotov.

O que vai acontecer? A Ucrânia vai continuar existindo, perdeu a Criméia há sete anos e agora perdeu mais duas províncias, e vai ter um governo títere da Rússia. O humorista vai se refugiar num dos países que lhe corda. Entrou em perna de parto saiu em perna de pinto, seu rei mandou dizer que contasse cinco.

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sexta-feira - 25/02/2022 - 19:36h
Município

Professores aguardam negociação e deixam greve no modo ‘espera’

Assembleia aconteceu no auditório da Estação das Artes Eliseu Ventania (Foto: Sindiserpum)

Assembleia aconteceu no auditório da Estação das Artes Eliseu Ventania (Foto: Sindiserpum)

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) repassou nesta sexta-feira (25) em assembleia geral, as informações a respeito da reunião realizada ontem com o Executivo mossoroense (veja AQUI). Não há entendimento ainda de como o município pagará o reajuste do piso nacional do magistério de 33,23%.

Diante das datas expostas (sequência de reuniões entre as partes), a categoria deliberou por esperar até o dia 10 e no dia seguinte (11 de março), em nova assembleia, analisará a proposta apresentada para deliberar se entra ou não em greve.

Ficou agendado um encontro entre o setor jurídico do Sindiserpum e o da Prefeitura na próxima quinta-feira (03/03).

No dia 04 de março o sindicato se reúne com as secretarias ligadas ao financeiro do Executivo mossoroense.

Uma nova audiência entre executivo municipal – com presença do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) – e sindicato está marcada para dia 10 de março (uma quinta-feira).

“Não podíamos fechar o diálogo neste momento com uma greve. Se temos uma data posta e a promessa de uma proposta a ser apresentada, a categoria decidiu que devemos aguardar e, caso não seja aquilo que se espera, aí sim, pode-se deliberar pela greve na Educação do município”, comentou a presidente do Sindiserpum, Eliete Vieira.

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sexta-feira - 25/02/2022 - 15:50h
Emoção

Filho comemora com o pai na roça aprovação em Medicina

O Globo

Os choros de pai e filho, moradores da pequena cidade de Caculé, no sertão da Bahia, têm emocionado milhares de brasileiros nas redes. Num momento em que o país vive o luto de uma tragédia, como a de Petrópolis (RJ), e o mundo vive o temor de uma guerra, as lágrimas de felicidade de Sandro Lúcio Nascimento Rocha, de 21 anos, serviram para criar uma verdadeira corrente de esperança entre internautas.

Ele compartilhou imagens em que conta para o pai, que trabalha na roça, ter passado no  vestibular para Medicina, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Na gravação, o rapaz, chamado de Sandrão pelo amigo, adentra ansioso a lavoura onde o pai trabalhava com sua enxada. Acompanhado pelo autor das imagens, ele precisou ainda de um “empurrãozinho” para que, após avistar o pai, seguisse para o abraço de comemoração.

“O mais novo estudante de Medicina! Ele passou!”, diz o interlocutor, enquanto o homem parece não acreditar. Não demora para que os dois comecem a chorar copiosamente, enquanto se abraçam com força.

A cena também emocionou os trabalhadores que estavam em volta. A simplicidade do pai resta mais evidenciada que nunca quando, após o breve momento, ele ainda chorando pega seu instrumento de trabalho novamente e volta a cultivar o solo.

Nesta sexta-feira (25), Sandro escreveu sobre o momento, após saber sobre sua aprovação. Ele agradeceu à Deus, a seus professores, que o ajudaram a alcançar o objetivo, mas também falou sobre a base familiar, que se provou valiosa: o pai lavrador e a mãe, dona de casa.

Veja matéria completa clicando AQUI.

Veja AQUI, no Instagram, mensagem de agradecimento do Sandrão.

Nota do Canal BCS – Feliz demais por esse rapaz, sua família, professores e amigos. Aplauso e torcida para ganharmos outro grande médico e humanista.

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sexta-feira - 25/02/2022 - 14:26h
Grande perda

Velório de Soutinho tem sequência em Natal; corpo será cremado

Francisco Souto Filho, o "Soutinho" (Foto: Ricardo Lopes/09/08/2011)

Francisco Souto Filho, o “Soutinho” (Foto: Ricardo Lopes/09/08/2011)

O velório do empresário Francisco Ferreira Souto Filho, “Soutinho”, 95 anos, cumpre outra etapa agora à tarde a partir das 15h, em Natal. Será realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do RN (FIERN), às 15h.

Depois das 17h, o corpo seguirá para cremação no Cemitério Vila Flor, localizado na Av. Vila Flor, 700, BR-304, em Macaíba.

Aos que não puderem se fazer presente, também é possível prestar homenagens pelo Memória Viva (memoriaviva.irmaosvila.com.br), plataforma virtual de envio de mensagens e de transmissão da cerimônia da Empresa Vila.

Natural de Areia Branca, Soutinho viveu a maior parte de sua vida em Mossoró, onde faleceu à noite passada (veja AQUI). O velório inicialmente ocorreu em sua casa no centro da cidade e no fim dessa manhã seu corpo foi transportado para Natal.

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sexta-feira - 25/02/2022 - 13:34h
Mossoró

Vereadores aprovam adequação previdenciária

Plenário teve consenso no projeto (Foto: Edilberto Barros)

Plenário teve consenso no projeto (Foto: Edilberto Barros)

Com 21 votos favoráveis, a Câmara Municipal de Mossoró aprovou nessa sexta-feira (25), a redação final do Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município nº 01/2022, que estabelece mudanças na Previdência da Prefeitura.

Após concluir a votação em duas sessões extraordinárias, a Mesa Diretora da Casa promulgou a Emenda à Lei Orgânica, de número 11, enviou o Ato à Prefeitura para publicação no Jornal Oficial de Mossoró (JOM).

A Emenda nº 11 resulta do projeto enviado pelo Poder Executivo, em 1º de fevereiro, para adequar a Previdência do Município à Emenda Constitucional n° 103/2019 (Reforma da Previdência Federal).

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sexta-feira - 25/02/2022 - 08:26h
Economia

Desenvolvimento se reúne com ambulantes e autônomos

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo (SEDINT) promoveu nesta quinta-feira (24) reunião com o setor produtivo que abrange o comércio ambulante, autônomo e mercados públicos. Ocorreu no auditório da Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM).

Filgueira fez explanação de projetos para o segmento e ouviu sugestões e questionamentos (Foto: Walmir Alves)

Filgueira fez explanação de projetos para o segmento e ouviu sugestões e questionamentos (Foto: Walmir Alves)

Na ocasião, o titular da pasta, Franklin Filgueira, explanou sobre o Programa de Governo, possibilitando aos presentes darem sugestões, definindo aspectos relevantes e prioritários. “Temos mais de 1.500 famílias que dependem desse segmento. Eles têm visões importantes para que a Prefeitura possa utilizar em seu planejamento”, declarou.

Francivaldo Santos da Silva, presidente da Associação dos Comerciantes Ambulantes de Mossoró (ASCAM), apresentou em reunião dificuldades enfrentadas pela categoria e propôs soluções para que o comércio ambulante flua de forma mais organizada.

“Esse diálogo é muito importante para a categoria porque busca solucionar os problemas existentes. Assim, vamos conseguir alinhar os interesses, levando benefícios à população sem prejudicar a renda de cada ambulante”, disse.

A secretária da Ascam, Carmélia Dhezerê, ressaltou que a reunião foi muito importante, visto que possibilitou diálogo com a Sedint. “Entendemos que o secretário tem buscado o melhor para os ambulantes e acreditamos que muitas coisas vão melhorar para nós”, declarou.

Com informações da PMM.

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quinta-feira - 24/02/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado”.

Provérbio Chinês

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quinta-feira - 24/02/2022 - 23:50h
Adeus!

CPI da Arena das Dunas morre, estranhamente, por perda de prazo

Após meses de trabalho, a 'investigação' resultou num calhamaço inócuo que consagra patifarias

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Arena das Dunas está encerrada. Na tarde desta quinta-feira (24), os membros da comissão, por maioria, decidiram acatar parecer da Procuradoria-Geral da Assembleia que entendeu que a CPI já havia expirado seu limite de tempo para finalização dos trabalhos.

Relatora, deputada Isolda promete pelo menos espalhar relatório por órgãos de controle (Foto: Eduardo Maia)

Relatora, deputada Isolda promete pelo menos espalhar relatório por órgãos de controle (Foto: Eduardo Maia)

A relatora da CPI, deputada Isolda Dantas (PT), mesmo assim, disse que vai encaminhar o material coletado aos órgãos de controle.

Prevista para ocorrer na terça-feira (22), a leitura do relatório da deputada não ocorreu após ser levantado um questionamento por parte do deputado Getúlio Rêgo (União Brasil), suplente da comissão, que tratava exatamente sobre o prazo de funcionamento da CPI. O parlamentar fez o questionamento à procuradoria e, após o parecer, os parlamentares adiaram a sessão para que as dúvidas sobre o documento fossem sanadas.

Nesta quinta-feira, votaram por acatar o entendimento da Procuradoria e deram por encerrados os trabalhos da comissão que funcionava desde o dia 7 de outubro, com o prazo de 60 dias para funcionar.

Nota do Canal BCS – Parabéns aos envolvidos. Tudo que já tínhamos ‘cantado’ se consagra com esse fim ridículo. Fossem advogados de uma grande empresa, ante à perda de prazo com envolvimento de grandes somas, seriam sumariamente demitidos.

Na política ainda é possível que culpem o “mordomo”, o “criado-mudo”, o “pinguim da geladeira” ou o “patinho de borracha” por toda essa trapalhada.

Vozes quase inaudíveis da política do RN comentam nos intramuros da Assembleia Legislativa e fora dela, que as duas CPI’s (da Covid-19 e da Arena) que ocorrem nesse poder – tratando de investigações distintas – ‘se comunicam’. Mais do que isso: completam-se. É mais ou menos assim: salve os meus que eu salvo os seus. Nenhum peixe graúdo será punido ou minimamente incomodado – postamos no dia 10 de dezembro do ano passado, em matéria sob o título CPIs ‘se comunicam’ e se completam rumo a um fim previsível.

Agora, por favor, pelo menos não insultem nossa inteligência com explicações e justificativas mais fajutas.

Leia também: CPI da Arena das Dunas revela sua inutilidade ao poupar ex-governadora;

Leia também: Um casal e suas preocupações com a CPI da Arena das Dunas;

Leia também: Essa culpa eu não carrego (Arena das Dunas).

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Categoria(s): Política
quinta-feira - 24/02/2022 - 23:00h
Jornalismo

TCM vai lançar seu portal de notícias

TCM -LogoA TV Cabo Mossoró (TCM Telecom) prepara o lançamento de um portal de jornalismo.

Ainda não existe nenhuma informação oficial sobre o início de atividades dessa nova plataforma de mídia.

Por enquanto, tudo é guardado a sete chaves.

No aguardo.

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quinta-feira - 24/02/2022 - 22:14h
Em Mossoró

Morre o empresário Francisco Ferreira Souto Filho – “Soutinho”

"Soutinho": uma história de vida marcante (Foto: Ricardo Lopes)

“Soutinho”: uma história de vida marcante (Foto: Ricardo Lopes)

“É com profundo pesar que comunico o falecimento de Francisco Ferreira Souto Filho, “Soutinho”. O velório será na sua residência, na Praça Vigário Antônio Joaquim, Centro de Mossoró”. O comunicado foi passado à noite dessa quinta-feira (24) por Edith Fernandes Souto, mulher do empresário.

Não foi acrescentado que horas será o sepultamento nessa sexta-feira (25).

Soutinho estava com 95 anos. Nasceu no dia 7 de agosto de 1926, em Areia Branca.

Filho do industrial Francisco Ferreira Souto e Ester Burlamaqui Souto, Soutinho tem uma história de vida fascinante, marcada sobretudo pelo trabalho e humildade.

Herdou dois negócios prósperos deixados por seu pai, a indústria de sal F. Souto e o Banco de Mossoró, além de outros patrimônios. Ao longo de sua vida sempre produtiva investiu em outros empreendimentos, sofreu derrocadas, soergueu-se, sempre com o mesmo perfil de sobriedade.

Foi por 62 anos contínuos, talvez um recorde no país, presidente do Sindicato das Industrias de Extração do Sal do Estado do Rio Grande do Norte (SIESAL/RN).

No dia 7 de agosto de 2009, quando ele completou 83 anos, publiquei uma crônica em sua homenagem, sob o título “Soutinho, um bosque espesso por inteiro“. Leia abaixo:

Ele quebra o conceito aristotélico, lá da antiguidade, que colocava o indivíduo diferenciado numa medida que tolerava o lado “b”, ou seja, talvez até o mal: “A virtude está no meio”. A moderação com Francisco Ferreira Souto Filho, o “Soutinho”, é diferente.

Não há nele essa composição para fazê-lo alguém “normal”. Soutinho é exageradamente do bem.

Discreto, trabalhador infatigável, polido, leal e acima de tudo decente. É assim o perfil inquestionável de Soutinho, que hoje aniversaria. Chega aos 83 anos.

Como antes, num passado de maior envergadura econômica de banqueiro e industrial, ele não se abre ao deslumbramento. Fecha-se no seu eu. Repete-se numa obviedade que mesmo assim não o faz comum. É acima de tudo um homem de bem, como fora à época em que muitos só o viam pela lente do ter. Pelos bens.

A frivolidade e a pompa nunca desmancharam sua espinha dorsal. Impassível sem se permitir passivo.

O poder, paixões e o radicalismo da política, que viveu ao lado da amada Edith, também não conseguiram desfigurá-lo na manada de contendores, Verdes contra Encarnados. Continuou assim: “souto”. Aqui o sobrenome é tratado intencionalmente como substantivo, extraído de sua origem latina, que significa “bosque espesso”.

Soutinho também não é diminutivo. Parece mesmo um aglomerado florestal. Uníssono, fonte de vida, multiplicador e base de um ecossistema que pode se renovar a partir de sua existência profícua, no sentido mais sublime desse termo, ou seja, a seiva moral.

Revela-se imperecível, inquebrantável, atemporal e umectado de honradez.

Imagino que alguém simultaneamente à leitura desta crônica se pergunte o porquê da homenagem que faço. É simples. É-me uma questão de crença.

Continuo devotado ao humano, não obstante deslealdades, ingratidões e leviandades comuns à natureza do bicho homem. Soutinho é um indivíduo real, em meio a postiços e tartufos, diante da ralé ou do aristocrata.

Recorro a Fernando Pessoa para enxergá-lo no todo, sendo apenas o que é: “Para ser grande, sê inteiro”.  Só isso.

Leia também: “Soutinho”, Francisco Ferreira Souto Filho (18-11-2007).

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quinta-feira - 24/02/2022 - 20:38h
Opinião

ONU, uma mentira universal

ONUPor François Silvestre

Organização das Nações Unidas.

Não organiza nada, pelo contrário, desune e na desunião desorganiza. Manda lá quem tem poder de fogo, num falso Conselho de Segurança montado após a guerra para assegurar aos vitoriosos o controle da ordem mundial. E cavilosamente mantém nesse Conselho uma participação temporárias dos excluídos. A Farsa é explícita.

Das Nações. Olha a mentira, quantas nações têm força ali? Trinta? Não. Vinte? Não. Dez? Não. Parece o anjo, em Gomorra, perguntando a Lott quantos puros há entre os ímpios. Quantos?

Unidas. Aí vai pro campo da piada. Os países unidos da América do Sul. São? Os países unidos do Oriente Médio. São? Os países unidos da Europa. São? Os países unidos da Ásia. São? Ah…vão se danar!… União de merda num caldeirão de tripas, Todas expostas fora do intestino. Essa é a ONU. Uma farsa universal.

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