Por Guilherme Ricarte
Encenado nos dias 12, 13 e 14 de abril no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, pelo Grupo Diocecena, o Espetáculo Egito uniu épocas ao recontar parte da História apenas com movimentos, através da dança contemporânea. Montar essa temática e apresentar ao público foi um dos grandes desafios na carreira da diretora e coreógrafa Roberta Schumara, que está à frente do grupo e assina essa nova obra da cultura mossoroense.
“Foi um dos espetáculos mais desafiadores que eu fiz na minha vida, porque trouxe uma linguagem um pouco diferente do que a gente já usava. Trazer a dança contemporânea para um espetáculo com esse tema, em que as pessoas visualizam muito luxo, muito ouro, foi um desafio. Tentei colocar o luxo e o ouro dentro da própria movimentação corporal dos bailarinos. E isso é a dança contemporânea: a gente narra uma história através do corpo”, diz Schumara.

Espetáculo contou no palco a história multimilenar de uma civilização emblemática (Fotos: Guilherme Ricarte)
A coreógrafa confessou após as três noites de apresentações, que a repercussão junto ao público era a sua maior expectativa:
– “Eu não sabia como as pessoas iam receber isso, mas ao mesmo tempo eu gostaria muito de experimentar, sair da minha zona de conforto, e mostrar esse outro lado da dança. Então foi muito gratificante ver o feedback do público, saber que as pessoas aceitaram essa nossa proposta de espetáculo, assim também como a novidade da dança acrobática, que fizemos junto com Marcelo Zamora. Sem contar que trouxemos uma iluminação muito pontual para o Egito, também assinada por ele”, relembra.
Egito antigo
O espetáculo teve 60 bailarinos no palco e foi montado em 13 cenas, criadas unindo a linguagem contemporânea com o legado histórico, passando pela referência aos povos antigos, mitologia egípcia e sua interpretação da criação do universo. Deuses e deusas, pirâmides, hieróglifos e múmias compõem as referências utilizadas para recontar esta história.
Trabalhar o Egito também trouxe resultados além do palco, repercutindo positivamente no desempenho dos alunos em sala. “Estou muito feliz com o aprendizado dos alunos. Eles se envolveram muito. Alguns professores de História do Diocesano estavam relatando sobre a dedicação dos estudantes que são bailarinos, interagindo muito em sala de aula no conteúdo sobre o Egito Antigo. Tivemos a ajuda muito grande dos professores Rafael Magnum e Lúcia Câmara, que tiveram colaborações cruciais na montagem do roteiro”, reconhece Roberta.
A experiência do Egito foi o início de uma nova fase no Grupo Diocecena, que está em atividade desde 2006. É o que relata a própria diretora: “Particularmente acho o espetáculo mais maduro do grupo, coreograficamente, cenicamente, acho que foi o trabalho em que o Diocecena mais amadureceu”, finaliza Roberta Schumara, já pensando em seu próximo desafio.
O espetáculo deverá ser apresentado excepcionalmente em outras ocasiões este ano, como na abertura de evento da Faculdade Católica do RN e Jogos Interdiocesanos.
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Pela descrição esse espetáculo é grandioso. Trazer o Egito, com seu legado, ao palco é trabalho que envolve capacidade criativa, habilidade coreógrafa e enorme desenvoltura artística.
Embora não tenha assistido, imagino o esforço empregado e o talento posto à prova positivamente.
Parabenizo Cristina Schumara, sua equipe e todos os que, de alguma forma, contribuiram para essa apresentação hollywoodiana.
Salve, Mossoró!