O fim da greve dos professores do estado, iniciada em 8 de junho, mas encerrada oficialmente ontem, tem vencedores e vencidos. Uma contabildade natural.
Quem perdeu mesmo de verdade foi o alunado.
O líder do governo, deputado Gustavo Carvalho (PSB), queimou o próprio filme.
Já a secretária Ana Cristina revelou inabilidade no trato do assunto.
Quanto ao deputado federal Rogério Marinho (PSB), queridinho para ser candidato a prefeito de Natal, que indicou a secretária, sai chamuscado do episódio, apesar de ter continuado um ás na arte do mergulho, do escapismo, da dissimulação. É do ramo. Tem muito a crescer na política.
O sindicato grevista mostrou que tem a força. Fez e aconteceu. Mobilizou a classe, fincou pé, comunicou-se bem e provou que não enverga a vertebral facilmente.
A deputada federal Fátima Bezerra (PT) é quem mais lucrou. Com o discurso do líder Gustavo Carvalho endossando suas críticas à secretária, isentou-se da versão de que estaria manipulando o movimento.
Com relação à governadora Wilma de Faria (PSB), ao recuar da decisão de cortar salários dos grevistas, abriu um precedente. Pode pagar caro adiante. Só ficará numa boa com a classe se fizer uma escolha política em 2008, à Prefeitura do Natal, que não exclua o nome de Fátima Bezerra, por exemplo.
Pronto! Contabilidade fechada. Passe a régua.