Sequenciando série de reportagens, em que desfia detalhes da folha de pessoal da Prefeitura de Mossoró, com seus numerosos cargos comissionados, os DAS, o Jornal Página Certa chega a outro núcleo. O novo biombo fuçado é a Secretaria da Cidadania.

Conforme matéria investigativa do periódico, há um total de 61 cargos de chefia na pasta. Uma parcela tem seus nomes até vistos como estranhos.

Todos os nomes e devidos cargos, oficiais, são listados na reportagem. Imperdível. 

O semanário vem colocando o governo da prefeita Fafá Rosado (DEM) acuado há bastante tempo, em face da montanha de situações nebulosas que fazem parte do seu dia-a-dia.

P.S: Jornal Página Certa (84) 3314-0922 – cleilma@jornalpaginacerta.com.br

A Convenção Municipal do Partido da República (PR) de Mossoró, na Câmara de Vereadores, certamente alcançou seus objetivos, neste sábado (22). Pelo que pude acompanhar, o evento teve peculiaridades muito interessantes.

A mobilização comandada pelo presidente estadual e deputado federal da sigla, João Maia, além do empossado presidente municipal e secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Marcelo Rosado, fugiu ao comum. Fez número sem se revelar artificial e forjada à presença de gente famélica e uniformizada.

Primou pela organização, simplicidade e participação de delegações de mais de 20 municípios. Pelo menos uns seis prefeitos, entre eles José Pinheiro (Apodi), Bibi Costa (Caicó), Aldivon Nascimento (Baraúna) e Eugênio Alves (Caraúbas) compareceram ao ato político.

Também foi interessante ver o acompanhamento de militantes de outros partidos, como o presidente do PT mossoroense, professor Luiz Carlos Martins; vereador Osnildo Morais (PSL); vereadora Gilvanda Peixoto (DEM); advogado Paulo Linhares (PSB); comerciante José Mendes (PSDB); suplentes de vereadores Jório Nogueira (PDT), Tomaz Neto (PDT) e Carlinhos Silveira (DEM).

O PR não está para brincadeira.   

O sindicalista Valmir Alves e o economiário Jorge de Castro são os nomes previamente colocados, pelo PT mossoroense, à disputa à prefeitura em 2008. Desde 1982 que o partido não abre mão de lançar candidato à disputa.

A decisão foi tomada neste sábado (22), em reunião plenária do partido, na sede do Sindicato dos Comerciários (SECOM). Ao mesmo tempo se decidiu por abertura de diálogo com PSB e PC do B, com vistas à aliança.

Isso não significa que esse leque de conversas não possa ser ampliado para outras legendas. A candidatura a prefeito também não é uma medida ortodoxa e irremovível

Ao final da tarde de hoje, por exemplo, o presidente petista e ex-vereador Luiz Carlos Martins compareceu à convenção municipal do Partido da República (PR), na Câmara de Vereadores (veja matéria abaixo e outras que postarei ainda hoje).

"No momento nossa decisão não é sobre candidaturas em 2008".

A afirmação foi proclamada agora há pouco pelo deputado federal João Maia (PR). Ele acabou de chegar ao prédio-sede da Câmara de Vereadores de Mossoró, onde se realiza desde às 16h, convenção municipal da sigla.

Nova direção partidária está sendo escolhida, com o secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Marcelo Rosado, sendo ungido como presidente.

"Agora estamos nos apresentando, dizendo a que viemos, a que nos propomos, sendo um partido aberto," comentou João Maia. Ao seu lado, sendo ouvido pela FM 95, Marcelo Rosado complementa:

– É o marco zero do PR em Mossoró; não estamos atrás de culpados e sim de apresentar idéias, ouvindo a todos.

Os pré-candidatos a vereador e atuais suplentes em Mossoró, Jório Nogueira (PDT), Tomaz Neto (PDT) e Carlinhos Silveira (DEM), fecharam questão: vão para o mesmo partido em conjunto.

A decisão preliminar dos ex-vereadores está pactuada, mas falta definir o destino partidário.

O trio aguarda posição definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) para que passe à melhor escolha. O STF julga no próximo dia 3, se considera sujeito à cassação ou não quem trocou ou trocar de partido. 

PSB, PR, o próprio PDT e outras legendas são observadas por eles. "Não existe nenhum acerto prévio," garante Tomaz Neto em contato telefônico com o Blog.

A jovem prefeita de Rafael Godeiro (região Oeste), Ludmila Carlos Amorim de Araújo, faz uma mudança radical. Não se trata de nenhum salto político-partidário.

Ela desde ontem, sexta (21), integra o rol dos governantes casados. O marido é Fernando Rosado Júnior, filho do empresário Fernando Rosado.

O casamento em tom eminentemente familiar ocorreu na própria residência do noivo, no bairro Nova Betânia em Mossoró.  

A terra que garante ser credenciada ao título de "Capital Brasileira da Cultura", é mais uma vez flagrada em contradição. No engodo e na trapaça.

O jornalista Nilo Santos (AQUI) narra que atores mossoroenses que participaram do espetáculo teatral "Chuva de Balas no País de Mossoró", em junho deste ano – portanto há mais de três meses, ainda não foram pagos. Só promessas.

A Prefeitura de Mossoró assegurou que haveria pagamento de tiquinho em tiquinho, em três parcelas, sendo a última após a última apresentação da peça ao ar livre. Até aqui, necas.

Temendo represálias, como exclusão de próximos trabalhos e perseguições até em montagens próprias, os atores evitam comentários. Ficam nos murmúrios. Encenam que tudo vai bem no picaresco País de Mossoró.

Não se trata de uma tragédia grega. Estamos diante de mais um quadro do teatro do absurdo.  

Em pleno horário nobre e caríssimo da InterTV Cabugi, nesta sexta (21), uma nota com locução "off" e texto em caracteres, não passou despercebida.

O comandante geral da Polícia Militar do RN, coronel Marcondes Pinheiro, gasta tempo – e dinheiro – para explicar os motivos administrativos e disciplinares que o teriam levado, há poucos dias, a expulsar uma subordinada.

O episódio se refere a sargento Mary Regina dos Santos (AQUI). 

A expulsa deve se sentir honrada. O fato é inusitado. É provável que só aumente as interrogações em torno da questão, em vez de esclarecê-la.

O coronel deu um tiro no pé, em vez de acertar, de novo, a sargento Regina.

Como já disse antes, à época do expurgo da militar, está se fazendo uma vítima-mito. As massas adoram esse tipo de personagem.  

Uma bomba-relógio está prestes a explodir.

Os estilhaços devem respingar sobre a administração da prefeita mossoroense Fafá Rosado (DEM). Mas, por favor, não se apresse a imaginar que ela tenha culpa. Desse vez.

O estrago envolve coisa estimada em R$ 40 milhões ou mais, referente ao funcionalismo municipal. Trata-se de uma herança ainda da segunda gestão – 1997/2000 – da sua antecessora, a hoje senadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Depois volto com muitos detalhes.

Nada mais posso contar, apesar da vontade.

O ex-prefeito de Guamaré, João Pedro Filho, foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado(TCE) a devolver aos cofres públicos a quantia de R$ 518.886,12, valor referente a despesas não comprovadas.

A decisão foi tomada na sessão extraordinária realizada nessa quinta (20), noticia o blog de Oliveira Wanderley.

A decisão tem como base o não-cumprimento das diligências requisitivas de diversos documentos contábeis, referentes a prestação de contas dos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2000, no tocante ao Fundef.

O parecer do Conselheiro Valério Mesquita sugere ainda a aplicação de multa no valor de 100% da quantia atualizada do dano causado ao erário.

Nota deste Blog: Quando é que o zeloso TSE vai enxergar nas grandes prefeituras do RN, o que meticulosamente tem encontrado em pequenos municípios? 

Em resposta ao militante de movimentos sociais da Igreja Católica, Flávio Roberto, que pedia uma ‘luz’ para resgatar a cidade de Mossoró dos vícios da oligarquia, a ex-senadora Heloísa Helena (Psol) foi pragmática. Não botou mais “fogo” no caso.

”O próprio teor de sua pergunta por si só já foi uma resposta, pelo aplauso recebido por você”, identificou.

A palestrante da noite no Teatro Municipal Dix-huit Rosado (veja matérias abaixo), afirmou: “Não tenho receita pronta”. Mas lembrou sinteticamente que sua vitória política em Alagoas foi resultado de “oportunidade única”.

Para os mossoronses que estão sufocados pelo modelo imperial e excludente de fazer política de alguns maus Rosados do A e do B, ela recomendou: “Procurem a oportunidade de vocês. Ela está denunciada que existe”.

Assinalou que "minha dificuldade foi e é tão difícil quanto à conjuntura local, que ainda conheço pouco”.

Durante os momentos de maior tensão da palestra e debate, os secretários Francisco Carlos (Cidadania), na mesa do seminário, e Gustavo Rosado (irmão da prefeita Fafá Rosado-DEM e chefe de Gabinete) demonstravam embaraço. O primeiro chegou a baixar a cabeça e pôr a mão encobrindo os olhos, nos maiores apertos.

O delgado Gustavo não conseguia se esconder numa cadeira frontal na platéia.

As palavras de Heloísa, em vários momentos, pareciam desfigurar seu rosto. Amuava-se. A intervenção do estudante Flávio – que alternava olhar para Gustavo e Heloísa, enquanto falava – se revelou uma tortura psicológica brutal contra o secretário.

A visível estratégia de importar a socialista tagarela Heloísa Helena, para legitimar um modelo de seminário que exaltaria a liberdade, na terra da fanfarra, não passou de um enorme fiasco político. Os estrategistas amadores do governo Fafá Rosado erraram feio. Ainda bem. O povo agradece.

Como na "Ilíada" grega, os troianos locais se imaginando muito astutos, terminaram puxando para dentro de sua fortaleza o "Cavalo de Tróia". 

O presente os pisoteou de morte.

Se não aprenderem a lição…

A palestra da ex-senadora Heloísa Helena (Psol) no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, dentro do “Seminário Novas Liberdades”, foi surpreendente. A palestrante, apesar de articulada, loquaz e incrivelmente doce, não brilhou só.

A ex-senadora dividiu os louros do êxito da noite com uma platéia numerosa, atenta e participativa. E um personagem teve luminosidade à parte, complementando a força irradiadora de Heloísa. O integrante de movimento social da igreja católica, Flávio Roberto, conseguiu expressar em poucos minutos um clima crescente de indignação que se forma em Mossoró.

A princípio, a organização do seminário tinha vetado o uso de microfones para perguntas, preferindo usar abordagens por escrito, para fazer uma “triagem” conforme os temas. A pressão da própria platéia alterou as regras.

Flávio foi irônico, veemente e demolidor com as palavras:

“(…) Bem- vinda ao País de Mossoró”, saudou ele ao utilizar um bordão que virou símbolo das peculiaridades locais. Em seguida, Flávio explicou que esse epíteto era a perfeita representação de uma oligarquia que há 80 anos mandava na cidade, “se dando ao luxo de ser governo e oposição ao mesmo tempo”.

No cerne da sua indagação à ex-senadora, Flávio fez na verdade uma invocação: “Nos ensine a receita para banir do poder essa família (…),” que em sua ótica era a representação do empreguismo, nepotismo, sinecuras e espoliação do povo.

O teatro rugiu. Aplausos quase intermitentes superaram a exaltação até ali, feita à palestrante-estrela.

Saiba em poucos minutos como Heloísa Helena e lideranças governistas se portaram, diante desse episódio. 

O secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, engenheiro Marcelo Rosado (PR), não é necessariamente pré-candidato a prefeito em Mossoró no próximo ano.

Segundo o secretário, que é mossoroense, outro projeto pode ser levado a termo.

– Uma postulação a deputado estadual, em dobradinha com o deputado federal João Maia (PR) em 2010, está em formação? Marcelo admite que "não é impossível". A princípio não estaria delineado.

– Seria improvável então? – indaga este Blog. "Eu diria que é provável",  assinala o secretário de forma bem clara e incisiva no estúdio do Jornal do Meio Dia, da FM 95 (Mossoró).

Amanhã, sábado (22), o PR de Mossoró promove convenção às 16h na sede da Câmara de Vereadores