Conto aqui, outro episódio envolvendo pesquisas e escolha de nomes para composição de chapas, em Mossoró, revelando como o critério utilizado pela família Rosado – de qualquer banda, é o mesmo: excludente, reducionista e baseado em seus interesses familiares.

Em 1998, com o empresário Fernando Bezerra (então no PMDB) candidatando-se a senador, o empresariado de Mossoró mobilizou-se para indicar o seu primeiro suplente. Colocaram  três nomes para sondagem estimulada.

Se a memória não me falha, houve a fixação de Nilson Brasil, Genivan Batista e Tasso Rosado. O único não-Rosado, empresário Nilson Brasil, terminou vencendo. Mas não levou. Passou por um constrangimento humilhante até na  convenção partidária em Natal. Pensava que seria o indicado. Sobrou.

A alegativa do grupo rosadista (deputado federal Laíre Rosado, além do então deputado estadual Frederico Rosado), foi a óbvia, conforme os magnânimos interesses familiares, sob pesada carga de cinismo: seria melhor um Rosado. A pesquisa foi para as cucuias.

Empurraram Tasso, irmão da hoje prefeita Fafá Rosado, para o espaço que Nilson Brasil tinha ganho pela preferência popular. Mesmo assim, Tasso terminou colocado como segundo suplente. Apesar do "rebaixamento", o irmão de Fafá chegou a assumir espaço no Senado.

Portanto, por favor, vamos parar com essa balela de pesquisa para escolher o vice de  Fafá  Rosado. Respeitem o povo de Mossoró e seus próprios correligionários, expostos à ridicularização e a pilhéria nesse jogo de faz-de-conta.

Francamente!

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Alguns servidores da Prefeitura de Mossoró estão com dificuldade de crédito. E o imbróglio pode ser pior do que possa ser imaginado individualmente.

A surpresa é que dinheiro debitado – em folha – dessas pessoas, como pagamento a empréstimo consignado, não estaria sendo repassado pela prefeitura ao banco credor. A inadimplência não é pouca. Coisa aí de dois meses. 

Caracterização de apropriação indébita.

Ano passado o governo esteve a ponto de sofrer sanções da Caixa Econômica Federal, por embaraço parecido.

Volto com mais detalhes. Aguarde.

Uma ala considerável da família do presidente da Câmara de Mossoró, Júnior Escóssia (DEM), está querendo sua renúncia. Vêem sua posição como desgastante.

Entre alguns de seus privilegiados interlocutores, fora do círculo familiar, Júnior admitiu que a pressão é sufocante. Mas resiste.

Sua entrevista ao Jornal Página Certa, no domingo (13), causou ainda mais frisson. 

Volto a afirmar: ninguém espere que Júnior capitule de boca calada.

Sob investigação do Ministério Público, a Cãmara de Vereadores é um terreno minado.

* Volto já com mais bastidores da política e outros assuntos.

Só recordo de um personagem capaz de driblar os Rosados, na “armadilha” da formação de chapas com carta marcada. A lorota da pesquisa (veja abaixo) não vingou.

Trata-se de Antônio Capistrano.

Ex-reitor e ex-deputado estadual, nome apoiado pelo então senador Geraldo Melo (PSDB), Capistrano foi ungido como vice na campanha de 1996, com Rosalba Ciarlini (PFL, hoje DEM) a prefeito. Em 2000, Carlos Augusto foi acuado por articulação do mesmo Capistrano.

Sentindo que seria expurgado da nova chapa à reeleição, o ex-deputado antecipou-se na sua postulação. Temendo uma catilinária de Geraldo, que estava em grande evidência, Carlos e Rosalba engoliram a seco.

Capistrano outra vez sobreviveu como vice.

O Jornal de Fato reproduz hoje (AQUI), um resumo de reunião em dois tempos, que teriam reunido lideranças do governismo em Mossoró. Ficara decidido, que o  nome para ser companheiro de chapa da prefeita Fafá Rosado (DEM) sairá de três pesquisas quantitativas-qualitativas.

Olha, o que os líderes do chamado rosalbismo divulgam é proporcional ao ilusionismo da Carochinha. É algo lúdico. A história repete-se.

Ocorrerá o seguinte: a cúpula vai “bombar” seu preferido (a) com forte propaganda subliminar, para que “naturalmente” ele se projete. Em seguida, a pesquisa apenas homologará a opção previamente selecionada.

Dá para lembrar 1992, quando o empresário Manoel Barreto apareceu em melhor posição para ser vice do também empresário Luiz Pinto, ambos do então PFL. A surpresa embaralhou a cabeça do líder Carlos Augusto Rosado, marido da então prefeita Rosalba Ciarlini. Ele tinha "inflado" o professor João Batista Xavier, ex-candidato a prefeito em 1982.

Aí o jeito foi ludibriar Manoel, com a promessa de aproveitamento noutra eleição. Balela. Carlos impôs João Batista. Manoel terminou desestimulado, desistindo de ingressar na política.

Adiante, o rosalbismo deu vez à irmã de Rosalba, assistente social Ruth Ciarlini, que foi eleita e reeleita a deputado estadual, sem qualquer pesquisa a indicando para tal.

Volto já com mais detalhe sobre o assunto.

Júnior Escóssia, presidente da Câmara de Mossoró, esteve reunido nesta terça (15), com o agitador cultural Gustavo Rosado, chefe de Gabinete da prefeita Fafá Rosado (DEM).

Não transpirou o teor da conversa.

Mas depois de suas recentes declarações, avisando que se fosse obrigado a renunciar à presidência da câmara, não cairia “sozinho”, virou uma arma letal.

Tido como prefeito de fato, Gustavo Rosado pode dimensionar o que deve ser um Júnior Escóssia indócil e encurralado.

Secretário dos mais destacados na administração da prefeita Fafá Rosado (DEM), em Mossoró, Alex Moacir não será candidato a a vereador. Decidido.

O grupo familiar e político do qual Alex faz parte, não quer criar áreas de atritos com postulantes à Câmara de Vereadores. Ninguém direta ou indiretamente ligado ao grupo de Fafá deverá ser lançado à câmara. Essa posição já foi tomada internamente.

Titular da Secretaria de Serviços Urbanos, Alex é genro do secretário da Controladoria Municipal, empresário Noguchi Rosado, irmão da prefeita.

* Atualização (16h36) – Obrigado à observação feita, por um webleitor anônimo, para corrigir uma informação.  

Só muita ingenuidade ou desconhecimento absoluto de causa, para imaginar que a crise na Câmara de Mossoró ficará restrita a esse poder. A lama será aspergida para outros setores. 

É muito provável, que parte do escândalo sob investigação do Ministério Público termine respingando sobre a Prefeitura Municipal de Mossoró – a "nave-mãe".

Duvida? Duvide não.

Em se tratando de princípios que regem as relações entre executivo e legislativo, a câmara só é pródiga no quesito "harmonia". Dependendo da interpretação, isso pode significar promiscuidade de serralho.

Anote, por favor.  

Hoje faz dois meses que acontecimentos, isolados e cumulativamente, abalaram Mossoró. Ambos mexeram e remexem as entranhas da política local.

No dia 14 de novembro passado, era desencadeada a "Operação Sal Grosso", investigação que apura supostos casos de corrupção na Câmara de Vereadores.

À ocasião, policiais civis e militares cumpriram sete mandados de busca e apreensão. Até o presidente da Casa, vereador Júnior Escóssia (DEM), terminou sendo preso. Entretanto, por um detalhe até burlesco: detinha em casa algumas cápsulas de armas de uso exclusivo das Forças Armadas.

O outro episódio, é o que marca o grupo do ex-deputado federal Laíre Rosado (PSB). Decisão no âmbito da Justiça Fedeal bloqueou seus bens e de mais 15 pessoas. Atendeu a pedido do Ministério Público Federal.

Laíre é acusado de envolvimento em desvio de recursos que seriam para compra de remédios. O dinheiro seria proveniente de emendas ao Orçamento Geral da União (OGU), época em que ele ainda exercia mandato federal.

O processo em questão, é um dos quais onde ele aparece em situação muito delicada. O principal está concluso para sentença, na Justiça Federal de Mato Grosso, no rumoroso caso denominado de "Máfia dos Sanguessugas."

Está definida uma primeira rodada de conversas entre dirigentes do PT e PC do B, executivas de Mossoró. Em pauta, sucessão municipal 2008.

A reunião foi marcada hoje à tarde, em encontro de membros do Diretório Muncipal do PT.

Os dois partidos se reunirão no próximo sábado (19), às 16h, no Sindicato dos Comerciários (SECOM). Vão buscar pontos de convergência para uma coligação. Historicamente, os dois vêm se afinando em disputas no município.

A princípio, o PC do B possui um pré-candidato a prefeito, o ex-deputado estadual e ex-vice-prefeito (duas vezes) Antônio Capistrano.

O deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa do RN, Robinson Farias (PMN), tem uma proposta à melhoria da segurança pública. Não é inovadora, mas é algo já testado.

Ele sugere o modelo "ronda-quarteirão", que é utilizado pelo policiamento cearense.

Ouvido pela jornalista Gabriela Barreto, diz que um investimento de R$ 20 milhões poderia atender a contento Natal e sua região metropolitana.

Nota deste Blog – O deputado só não adianta como ficará o interior do RN. Por sua proposta, aquele conceito de que o RN só existe até a "Reta Tabajara" se fconsolida na proposta.

E o sertão, deputado? Fica no "quem quiser que se lasque?" 

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