O ex-deputado federal Laíre Rosado (PSB) quer uma ampla mobilização social contra a prefeita Fafá Rosado (DEM). O motivo não seria político. Pelo o que ele rosnou em seu programa de rádio e TV nessa segunda (18), é uma questão de relevo humanístico.

O governo de sua prima, ex-aliada e hoje adversária, resolveu cortar pagamento de serviços de alta complexidade na saúde. A hemodinâmica, por exemplo. "Está na hora de reagir", bradou Laíre Rosado. "É minha reação, minha revolta!", proclamou.

Laíre Rosado açulou os "clubes de serviços" (Lions, Maçonarias etc) a se levantarem contra a decisão.

Em sua ótica, a prefeita toma essa posição porque "ela e o seu marido (deputado estadual Leonardo Nogueira-DEM) não usam a saúde pública".

Olha, daqui – nesse meu humilde observatório, modesto foro de debates, quero endossar as palavras do ex-deputado. Ao mesmo tempo, sugerir que o mesmo movimento acrescente luta em defesa da vida na maternidade da Casa de Saúde Dix-sept Rosado.

Concordo  que os clubes de serviço, a sociedade civil organizada, é muito fria, impassível e egoísta.

Vale salientar, a título de informação, que o serviço de Hemodinâmica coberto pela municipalidade funciona na Casa de Saúde Dix-sept Rosado, controlada pela família do ex-parlamentar.

Mesmo assim, apoiado! apoiado! apoiado!

Voou de Natal a Mossoró pela manhã; depois foi por via terrestre a Caraúbas. Em seguida retornou a Mossoró e daí a Natal.

Em Caraúbas, ela acompanhou o ministro Altemir Gregolin (Pesca), no lançamento de uma unidade de beneficiamento de pescado. Obra do governo Lula. Investimento da ordem de R$ 1,4 milhão.

A iniciativa é uma aposta importante na cadeia produtiva e valor agregado à piscicultura em pleno sertão.

Final da tarde, Fátima ainda aportou em reunião entre dirigente do PT em Natal e o PMDB. Em pauta, a sucessão municipal.

Saiba Mais AQUI.

Discursando em solenidade de lançamento de uma unidade de beneficiamento de pescado, ele avisou: não precisava subtrair nada da prefeitura, pois é um homem abastado (o que é verdade).

Inconscientemente, o prefeito assumiu um preconceito que termina afetando à sua própria origem – que é muito humilde. Venceu pelo trabalho, diga-se de passagem.

O  fato de ser rico, não assegura a condição de inatacável e honesto a ninguém. Fosse assim, todo pobre e favelado era ladrão (o que não é verdade). Qualquer ricaço seria o supra-sumo da correção (o que também não procede).

O recado de Eugênio afeta apenas uma parte de supostos pré-candidatos a prefeito, postados na oposição. Do outro lado existem outros homens de gorda conta bancária.

Também, em tese, os abonados da oposição não precisam meter a mão no que é público. Em tese.

A ex-deputada estadual Ivonete Dantas (DEM), segundo suplente da senadora titular Rosalba Ciarlini (DEM), é o nome. Mulher do ex-deputado estadual Dadá Costa (PDT), Ivonete ganharia período interino no Congresso, com pedido de licença de Rosalba.

O assunto está sendo conversado de forma reservada "lá em cima".

Rosalba deseja gozar uma licença, para tratar de assuntos privados e políticos. Mas sua decisão agora ensejaria a convocação do primeiro suplente, o ex-vice governador Garibal Alves (PMDB), pai do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB). O momento é delicado e seria constrangedor para Garibaldi Filho.

Presidente do Senado, Garibaldi Filho pretende formalizar decisão constitucional, que acabe com a figura do suplente familiar. A propósito, um costume bem brasileiro, sobretudo nordestino, com as oligarquias transformando a missão pública num desígnio hereditário.

É isso. E muito mais. Depois eu conto.

À semana passada, Rosalba fez algumas visitas de surpresa a lideranças comunitárias e formadores de opinião em bairros distintos de Mossoró. As queixas giravam em torno de quebra de compromissos, isolamento da prefeita e aspecto moral do governo.

O uso da contração "tá" seguidas vezes, para exaltar que algo "está" melhorando na cidade, produz sonoridade quanto ao apelido de infância do prefeito Carlos Eduardo Alves (PSB). Não sei o que isso possa contribuir à massificação de sua imagem.

"Táta" é um tratamento carinhoso e íntimo, com que Carlos era envolvido por familiares e poucos amigos. O grande público o desconhece. Mas se é assim que o marketing quer, que assim seja.

Então "tá!"

O primeiro caso confirmado de divergência política entre ambos, para as eleições municipais de 2008, é em Parelhas, na região Seridó.

Em sua passagem ontem pela região, a senadora afirmou que estará dando apoio ao vereador Francisco Medeiros (PT), à prefeitura. Isso mesmo: DEM e PT juntinhos. Ou uma banda do DEM.

O senador José Agripino fará caminho inverso, apoiando o atual pré-candidato a prefeito pela oposição, Romildo Azevedo (PR). O deputado federal João Maia (PR), primo do senador Agripino, é quem o atrai ao compromisso.

Quem me passa a informação é o jornalista Josenildo Carlos (endereço entre Blogs Convidados aí ao lado). O preferido de Rosalba é o indicado à sucessão pelo atual prefeito e médico Antônio Petronilo (PMDB), que colaborou com a eleição de Rosalba em 2006.

No município, o também senador Garibaldi Filho (PMDB) é outro peso considerável a ficar com Francisco Medeiros.

Portanto, num mesmo palanque, Rosalba, o prefeito Petronilo e Garibaldi. Um desenho que pode estar esboçando o cenário para 2010.

Nota do Blog – A Senadora Rosalba Ciarlini há muito que se desgarrou do líder José Agripino. Mês passado tinha negado que fosse divergir de Agripino em Parelhas. Não sustentou a informação agora. Sua crescente vinculação é com Garibaldi.

Ela marcha em faixa própria para ser candidata ao governo em 2010, apesar de José Agripino ser o "dono do DEM" no estado. Será que ele teria coragem de negar a legenda a uma pré-candidata que aparecesse em excelentes condições de vencer a disputa? Pouco provável.

* Depois revelo os primeiros desdobramentos da posição adotada pela senadora. Aguarde.

Nem tanto, meu caro.

É resultado de uma pequena chave de rodas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que mexe com o bolso de eventuais ficcionistas da vontade do eleitor. Multas salgadas. São exigências maiores à divulgação oficial desses trabalhos de intenção de votos.

A gente está livre, até aqui, da indústria das sondagens artificiais. Ela não resiste a uma simples somatória de números em pesquisas fajutas. Algumas totalizam mais de 100% de supostos ouvidos.

Também, graças a Deus, não somos obrigados a digerir as nauseantes acrobacias de colunistas, falando em sentido figurado sobre "elevador" em "xis" andar, para "informar" a posição de pré-candidato e concorrentes. Pelo menos por enquanto. A tentação é grande, na ânsia de "dar o furo", muitas vezes furado.

A Justiça Eleitoral deste país tem-nos oferecido gratas novidades, ótimos resultados, contribuindo à melhoria da seleção dos quadros políticos. Poderia ser ainda mais eficiente, se a classe política deixasse.