Mas é preciso tentar compreender o que faria o parlamentar, no melhor momento de sua carreira, refluir para o RN e à condição de prefeito. Por si só, ser prefeito não o motivaria à mudança.

Mesmo se levando em conta um arco de alianças, com a governadora Wilma de Faria (PSB), PMDB, o PT e seu primo Carlos Eduardo Alves (PSB), atual prefeito, o projeto carece de profundidade. Na verdade, o foco final é 2010. Henrique só ingressaria em tamanha manobra, com a garantia de ser candidato a governador.

Nesse emaranhado de nomes, siglas e interesse, não faltam interrogações e eventuais expurgos.

É bom atentar para um detalhe: passar o bastão para Henrique, mesmo com incentivo do presidente Lula (PT), não é uma aspiração de Wilma. Seria devolver aos Alves o que ela conquistou – com louvor – na arena de luta. De graça.

A engrenagem carece de muito mais ajustes. Difíceis ajustes, diga-se.

PR, PCdoB, PT e PMDB afinam conversa que possa desaguar em chapas majoritária e proporcional, enfrentando o sistema da prefeita Ludmila Carlos (PSB).

A oposição ensaiou postulação de Sufia Nunes (PCdoB) a prefeito. Outro nome que chegou a ser cogitado foi o do seu marido, Airene Paiva (PCdoB). Entretanto, em consenso no seu grupo, optaram pelo apoio a Bertoldo.

O PCdoB possui os vereadores Cícero Francisco, Tomaz Ferreira, Antonio de Delfino e Adeilton Cortez na Câmara de Rafael Godeiro.

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Ela falou agora à tarde à TV Ponta Negra sobre ações de governo, para enfrentar os efeitos do inverno no estado. Admitiu que não é possível ainda ter uma idéia da dimensão dos estragos econômico-sociais e na infra-estrutura do RN.

Wilma lembrou que em reunião de emergência em Brasília, com o governo federal, houve solicitação de R$ 98 milhões para fazer frente às dificuldades. Entretanto, o volume financeiro certamente fica aquém das necessidades.

Reiterou, que é preciso encarar a situação como fenômeno, haja vista a região ser própria à estiagem. Devem existir estudos para aproveitamento pleno das águas e maior defesa contra sua vazão desproporcional, salientou a governadora.

Leonardo e outros políticos estavam no bairro, um dos mais alagados com a cheia do rio Mossoró, mas saiu de fininho. Evitou participar da "esquadra" dantesca que se formou na área, da qual participou também a senadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Quem também estava com o "semancol" ligado era a vice-prefeita Cláudia Regina (DEM). Ela e o tremendão sentiram o excesso.

Além disso não sei se ambos sabem nadar.

Fafá seguiu em frente, remando sua "nau-capitânia".

Cálculo superficial, com pagamento a motorista, gravações de propaganda e combustível o assustou. O ítem carro-de-som não sairá por menos de R$ 60 mil.

Se o veículo não quebrar durante a puxada tarefa em três meses corridos, o que é pouco provável, o custo mínimo do ítem é esse.

A campanha mossoroense, com apenas 13 vagas, é caríssima. A redução de 21 para 13 assentos na chamada "Casa do Povo" tornou a disputa um funil de passagem cara e elitista.

Visita – Uma comissão de deputados estaduais visita hoje alguns municípios da região do Vale do Açu. A intenção é fazer um levantamento "in loco" dos estragos provocados pelas enchentes. A Assembléia Legislativa pleiteia integração de apoio entre o setor público e privado, socorrendo as vítimas.

Carnaubais – Em Carnaubais, município do Vale do Açu, o prefeito Zenildo Batista é outro personagem que emerge das águas barrentas das cheias, com noticiário fantasioso, pose de marechal Cândido Rondon e benemérito. A mídia, paga, dá sua contribuição também. Veja AQUI.

Aluízio – Louve-se a ação do vereador Aluízio Feitosa (PDT), em Mossoró, em socorro às vítimas do inverno vigoroso. Sem propaganda, cedeu imóveis e transportes seus para atendimento no transporte e abrigo a famílias expulsas de casa pelas águas.

Os excessos podem ser identificados com naturalidade, até mesmo pelo ímpeto de assessorias dos principais esquemas políticos em atividade no município. Elas espalham fotos e textos exaltando o que seria trabalho de benemerência e solidariedades dos assessorados.

A mídia potencializa a informação e imagem, numa propaganda eleitoral para lá de subliminar.

No governismo municipal, a prefeita Fafá Rosado (DEM) foi para ruas desde sábado (5) devidamente uniformizada e seguida por um numeroso grupo de auxiliares, todos à caráter: vestiam azul, cor padrão de seu governo e campanha que se avizinha.

Sua aliada e líder do grupo que se denomina "rosalbismo", a senadora Rosalba Ciarlini (DEM), seguiu a onda. Literalmente. As duas foram vistas nessa segunda (7) singrando o mar de água barrenta do rio Mossoró, no bairro Ilha de Santa Luzia.

Rosalba e a prefeita estavam numa canoa, guiada por um popular, além da companhia de um cachorro vira-lata. Fafá ainda posou para fotografias e câmeras de TV´s com um remo à mão, além de arriscar algumas evoluções com a primitiva peça de comando náutico.

O close foi espalhado pela webimprensa e a mídia convencional, acrescido de release (texto oficial) enaltecendo a preocupação e o gesto "humanitário" de ambas.

No bloco que se denomina de oposição, a pré-candidata a prefeito e atual secretária da Agricultura do estado, Larissa Rosado (PSB), não deixou por menos. Também apareceu em áreas alagadas, acompanhada de um exército de partidários, todos com indumentária vermelha – cor majoritária de seu sistema e partido.

O irmão da pré-candidata do PSB, Lahyrinho Rosado (PSB), foi apresentado como coordenador de campanha para arrecadar alimentos à doação aos desabrigados. Ele é pré-candidato a vereador. Faz uma bi-estréia: em campanha social e político-eleitoral.

Os marqueteiros profissionais ou empíricos, de lado a lado, não conseguiram separar a necessária presença solidária dos agentes políticos, da exposição lúdica e constrangedora que protagonizaram. Ficou difícil passar naturalidade diante de tanto aparato de apoio e imprensa.

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