A chamada PEC do Nepotismo foi desengavetada ontem, mas deverá enfrentar muitas resistências dentro do Congresso até poder ser adotada.
O motivo é que se trata de prática comum entre deputados e senadores a indicação de parentes para a composição de suas equipes de trabalho. Além disso, por ser uma proposta que altera a Constituição, necessita de amplo apoio para ser sacramentada.
Para valer, a PEC do Nepotismo precisará de três quintos de todos os votos no Senado, em dois turnos de votação. Isso representa 49 dos 81 votos na Casa em duas votações.
Se passar, a PEC segue para a Câmara, onde precisará receber o apoio novamente de três quintos dos deputados (308 dos 513) em dois turnos.
Nota do Blog – Exemplo da resistência política aos bons costumes e à isonomia no acesso ao serviço público, é Mossoró. O governo da prefeita Fafá Rosado (DEM) resiste há quase dois anos à pressão do Ministério Público para demitir a parentada.
Não recua. Tem o emprego como direito hereditário e a empresa pública seria um bem de família.
A prefeita chegou ao cúmulo de empregar a própria filha Farah Rosado e uma sobrinha, Mariana Rosado, na Procuradoria-geral do Município, sem concurso público. O interessante, é que Farah reside em Campina Grande (PB), mas o endereço constante em documentação seria da mansão de seus pais, em Mossoró.
Nunca na história dessa cidade houve prática tão desenfreada de nepotismo, empreguismo e sinecura. Na verdade, o clã Rosado se transformou num grupo autárquico, financiado pela coisa pública. É difícil encontrar alguém da nova geração prosperando na iniciativa privada, visto que é mais fácil o atalho pro erário.
