Jornalismo com Opinião
Num episódio ocorrido na Assembléia Legislativa, legislatura passada, o então deputado-enfermeiro Francisco José (PMN) socorreu um colega. Não havia médico na Casa.
Bem, o webleitor pode até perguntar por que deveria existir um plantonista nesse poder, se às vezes falta num posto de saúde e hospital.
A resposta é simples.
A Assembléia Legislativa tem vários médicos cedidos, teoricamente trabalhando no local. Fala-se que seriam mais de 40.
Faz sentido.
O temor é de que se reproduza situações ocorridas com outros vencedores “em férias”, derrotados nas urnas.
Entre exemplos latentes, o caso do senador Garibaldi Filho (PMDB), derrotado ao governo por Wilma de Faria (PSB) em 2006. Este ano tem a deputada federal Fátima Bezerra (PT) em Natal e Fátima Moraes (PSB) em Assu.
As eleições para o governo estadual serão em 2010. É realmente precipitado apostar em vitória de Rosalba, sobretudo num ambiente político como do RN, onde há muito é impssível saber quem é verde e quem é encarnado.
Diplomaticamente, a direção da Assembléia Legislativa tem procurado atrair ao trabalho dezenas e dezenas de servidores. Está difícil.
A maioria é lotada nesse poder por compadrio político e sequer reside na capital.
Em Mossoró, por exemplo, pelo menos uns quatro profissionais da saúde foram alertados que precisariam “bater ponto”. O apelo é para que apareçam no prédio da assembléia pelo menos uma vez na semana.
O problema decorre de pressão do Ministério Público, contra supostos casos de empreguismo e sinecuras.
A caixa-preta da AL é a mais blindada dos poderes do RN.
Mais três municípios do RN podem ter eleições suplementares, além de Patu na região Oeste.
Por enquanto, é esse o cenário. Além de Patu, Touros, São José do Campeste e Santa Cruz.
Saiba mais AQUI.
Diretor do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), o odontólogo Marcelo Duarde dá versão sobre transferência de pacientes para Russas (CE). Leia-o abaixo:
Caro amigo Carlos, as cirurgias que são enviadas para Russas são as classificadas como eletivas, que são responsabilidade dos poderes públicos municipais( cidade de origem do paciente).
Esse acordo para atendimento em Russas foi feito entre PMM e a referida cidade, para não deixar os pacientes desamparados, já que os ortopedistas locais não entraram em acordo o município.
As urgências o HRTM têm feito, inclusive com dois ortopedistas por plantão. A nossa responsabilidade é com o atendimento de urgência e emergência, isso em todas as especialidades.
Grande abraço de seu leitor diário(mais de uma vez inclusive).
Marcelo Duarte.
Em várias disputas à presidência da Câmara de Mossoró, o banheiro contíguo à sala desse cargo se transformou em sala de “ofertório”. No dia 1º de janeiro será assim?
Sinceramente não acredito.
A nova câmara não deve reeditar cenas e escambos, que decidiram outras eleições internas, em enredos impublicáveis. Seria retrocesso ou a ratificação do atraso.
O “banheiro da esperança” deve ser desativado, porque a sociedade cansou de ver a dignidade humana boiando em sua privada.
A vice-prefeita Cláudia Regina (DEM) passou o final de semana em Natal. Nada de política em sua agenda.
Recém-eleita à Câmara de Mossoró, ele priorizou a ninhada. Enroscou-se durante esse tempo com os dois filhos que residem e estudam em nossa bela capital.
Ontem mesmo estava de volta, despachando em seu gabinete.
Esse é o total arredondado do passivo de sua campanha vitoriosa, onde patrimônio pessoal e de familiares entrou como parte da garantia à cobertura dos empréstimos.
É o ônus do bônus.
Duda prestigiou no final de semana a “Vaquejada das Celebridades” do Grupo Porcino Costa.
O evento ganhou dimensão nacional e atraiu Duda – que reside no eixo Salvador (SP)-São Paulo (SP) – por interesse comercial. Ele investe no esporte.
Prováveis reformulações têm a ver com as eleições recém-encerradas.
A segunda suplente de vereador, Cícera Nogueira (PSB), saiu bastante valorizada. Ela obteve 2.124 votos, praticamente sem recursos e hostilizada pelo comando partidário dentro da própria campanha.
Sua votação foi considerada um fenômeno, levando-se em conta que o filho da deputada federal Sandra Rosado (PSB), Lahyrinho Neto (PSB), conseguiu 2.459 votos com estrutura de majoritária, além de cooptar apoios dela na reta final da disputa.
Suas recentes entrevistas após a vitória nas urnas com 2.784 votos recebem elogios pela serenidade, além da forma articulada no uso das palavras.
Que atenda à esperança de reconstrução da "Casa do povo".
Nas eleições de 5 de outubro passado, os partidos da base da governadora Wilma de Faria (PSB) conquistaram perto de 100 municípios, mas a governante também tem apoios em partidos de “oposição”.
O foco do governismo é agora 2010, com trabalho para governo estadual, duas vagas ao Senado, maioria dos 24 deputados estaduais e das oito vagas à Câmara Federal. Não se deve deixar passar ainda a corrida presidencial.
Máquina calculadora de lado e vamos às contas.
As contas simples são essas: o PSB fez 44 prefeituras, enquanto o PP fez 19. O PR aparece com 17 e o PTB com sete. Já o PSDB somou quatro, número igual ao do PT.
O PV abocanhou uma, justamente a da capital, com a deputada estadual Micarla de Souza. O PPS somou três e o PMN venceu em seis municípios.
O PMDB ficou em segundo lugar, com 37 prefeituras. Mas esse partido é wilmista na capital, oposição em Mossoró, duas cabeças em Pau dos Ferros e algo indecifrável em outros municípios.
Entre os 17 eleitos pelo DEM, existem alguns que estão alinhados com a governadora.
A culpa desse samba-do-crioulo-doido não é do eleitor. Os caciques e mandarins promovem essa suruba de letrinhas e siglas, sem qualquer respeito a programas partidários, ideologias ou ao eleitorado.
O pedido de exoneração apresentado pelo engenheiro Marcelo Rosado (PR), na manhã passada, saindo da Secretaria Estadual do Desenvolvimento, não desmonta a base wilmista. Entretanto é lógico que há muito a ser discutido internamente.
Na prática, o governismo “trincou”. Contudo isso acontece “com as melhores famílias de Londres”.
Em Natal, principal colégio eleitoral do RN, decisivo às pretensões da governadora Wilma de Faria (PSB), houve clara cizânia e fracionamento. PSB, PT e PMDB ficaram de um lado, PMN, PTB, PV e PP de outro, além do PPS numa vertente alternativa.
A governadora não vai simplesmente agir pelo emocional, acionando sua centrífuga. A hora é de fazer um inventário das eleições, sentar com os aliados à mesa de negociações e aparar arestas.
A saída de Marcelo não aponta para um racha, mas sinaliza para alguma anormalidade. O corpo está febril e é preciso tomar providências, ou o caso se tornará irreversível.
* Continuo já com outro ângulo dessa abordagem.
Mais sal
Para reeleitos e não-reeleitos à Câmara de Mossoró, um aviso: vem mais notícias sobre a "Operação Sal Grosso" por aí.
Não se trata de terrorismo psicológico.
Adianto o que tenho apurado e não posso divulgar, em respeito ao Ministério Público e seu trabalho.
Decifra-me ou te devoro.
A equipe da prefeita mossoroense Fafá Rosado (DEM) retoma formação básica nesta semana. Quem se licenciou está de volta.
Retomam seus postos o chefe de Gabinete, agitador cultural Gustavo Rosado; Alex Moacir na pasta de Serviços Urbanos, além da assistente social Fátima Moreira na gerência da Ação Social.
Bom trabalho.
O Palácio da Resistência não nutria simpatia pela vitória de Niná Rebouças (DEM) a vereador. Ela sempre foi candidata pessoal do ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM).
A facção de Fafá Rosado (DEM), liderada por seu irmão Gustavo Rosado, tinha outros compromissos.
O governismo preferiu apoiar sorrateira, mas fortemente, os nomes do comunitário Arlindo Fulgêncio (PMDB), Manoel Bezerra e Vingt-un Neto (PDT). Não conseguiu a eleição de nenhum deles, nem “deseleger” Niná.
Na lista de alvos para "deseleição" também constavam os vereadores Aluízio Feitosa (PDT) e Izabel Montenegro (PMDB). Eram estorvos para o “fafaísmo” e não se reelegeram.
Uma derrota de Niná representaria, como simbologia, um insucesso de Carlos Augusto (DEM). Aí está o "xis" da questão.
Depois volto ao tema, com maior aprofundamento e detalhes surpreendentes.
Não está descartada a hipótese do vereador não-reeleito Manoel Bezerra de Maria (DEM) compor equipe da prefeita reeleita Fafá Rosado (DEM). O assunto está na pauta.
Ele recebeu ajuda diferenciada para ser reeleito, mas não conseguiu essa conquista.
A estratégia do esquema da prefeita era viabilizar sua reeleição em cima da ex-gerente da Educação Nina Rebouças (DEM). Manoel ficou na primeira-suplência.
Webleitor contumaz deste Blog, Westerley Ramalho revela um quadrante da crise na saúde em Mossoró. Foi testemunha dorolosa de mas um caso triste.
Leia-o abaixo:
Onde esta o ministério público, nessa horas? Há três dias, convalesce um tio de minha esposa, no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Não apareçeu ninguém, depois a informaram que ele só iría ser atendido quando fosse transferido para Russas (CE).
Pior é que só quando a assistente social chegar. Perguntar não ofende: Cadê o Ministério Público?
Por que à cidade de Mossoró envia estes pacientes, para Russas?
Quem está ganhando com isto?
Mossoró merece os governantes que têm.
Se f…., como diz Mandioca!!!!!
Westerley Ramalho Cavalcante.
Nota do Blog: A mensagem narra episódio testemunhado pelo internauta no final de semana.
O Palácio da Resistência quer colaborar, mais ainda, para transformar Vingt-un Neto (PDT) em vereador. Mas não é fácil.
Existem três nomes da coligação da qual ele faz parte, que terão assento na câmara a partir de janeiro de 2009. Entretanto não é automática a substituição.
Jório poderia ser “puxado” para uma secretaria. Não se mostra disposto a isso (veja matéria abaixo).
Ricardo de Dococa (PDT) não atenderia ao perfil pretendido pela facção da prefeita Fafá Rosado (DEM) e o atual vereador reeleito Claudionor dos Santos (PDT) é visto como uma bomba-relógio. Já faz tic-tac.
A qualquer momento, Claudionor deve ser alcançado pelas investigações da “Operação Sal Grosso” do Ministério Público, podendo contaminar o governo.
Eis o imbróglio.
Integrada a uma chapa majoritária ao Senado, com duas vagas a serem conquistadas, a senadora Rosalba Ciarlini pode ser puxadora de votos. Repetiria outros casos.
Sendo confirmada à disputa ao governo e como favorita, Rosalba pode içar por gravidade quem estiver em seu entorno e associado ao seu nome. Os candidatos ao Senado sabem que esse fenômeno não é raro na política nacional e mundial, em qualquer tempo.
Contudo nada é tão simples assim, como se fosse tão-somente um movimento mecânico.
Em 1986, o crescimento ao governo de Geraldo Melo (veja postagem abaixo) puxou Wanderley Mariz e Zezito Martins para cima. Houvesse empenho e crença na vitória por parte de ambos, talvez surpreendessem os favoritos Lavoisier Maia e José Agripino, dois ex-governadores.
Em 1998, o então governador Garibaldi Alves Filho (PMDB) trouxe o empresário-senador Fernando Bezerra (filiado ao PMDB) para novo mandato. Ganhou com facilidade.
Porém é bom que cada um dos exemplos seja contextualizado.
Em 1986, Geraldo foi parte de um fenômeno nacional, com o sucesso fantasioso do Plano Cruzado, que fez o PMDB ganhar a grande maioria dos governos e vagas ao Senado no país.
Em 1998, a ótima aprovação da gestão de Garibaldi e o “estouro” dos recursos da venda da Cosern alavancaram o governismo ao sucesso eleitoral.
Nada é por acaso em política. É um erro crasso, em qualquer análise, a avaliação de fatos sem contextualização.
Recém-eleito à Câmara de Mossoró, Jório Nogueira (PDT) foi sondado para mudar de cadeira. Sairia do legislativo para a equipe da prefeita reeleita Fafá Rosado (DEM).
O contato foi feito por um representante do primeiro suplente Vingt-un Neto (PDT).
Fora garantido que o troca-troca tinha incentivo e pleno apoio da facção da prefeita. Jório recusou a cantada.
Depois de não ter sido reeleito em 2004, ele está com muitas saudades do plenário da Câmara de Mossoró, onde sempre foi voz ativa.
O Blog ouviu o enredo de fonte ligada diretamente ao vereador eleito.
