Jornalismo com Opinião
O Ciine Clube Mossoró apresenta outra sessão nesse sábado (18). Será a partir das 19h, no Hotel Villa Oeste.
O filme iraniano "Filhos do Paraíso" é a atração. Entrada franca (oba!), com debate logo em seguida à exibição.
Professor Giovanni Rodrigues (presidente do clube), vou me esforçar para aparecer por aí.
Inté!
Vários webleitores indagam o que penso sobre o lengalenga em Governador Dix-sept Rosado, pós-eleições.
Lanice Ferreira (PMDB) poderá ser cassada, dizem algumas vozes.
Primeiro quero me portar como leigo nas coisas do Direito. Nem rábula sou. Meu ponto de vista, portanto, não é de um especialista.
Entretanto pelo o que pude ouvir de fontes distintas, da área, me dão a idéia de que a vitória nas urnas é fato consumado. Não deve existir eleição suplementar.
Dona Lanice pode preparar a roupa da posse e boa sorte.
"Em torno de duas semanas a gente deve ingressar com algumas ações".
Essa é a estimativa para a nova etapa da "Operação Sal Grosso". O promotor da 11a Promotoria do Patrimônio Público de Mossoró, Eduardo Medeiros, é quem adianta a notícia em primeira mão ao Blog.
Segundo o promotor, as providências são precedidas de muitos estudos, cruzamento de informações e força documental. "Tudo tem que ser bem amarrado", admite.
A Sal Grosso eclodiu aos olhos da sociedade no dia 14 de novembro do ano passado, com sete mandados de busca e apreensão alvejando a Câmara de Vereadores de Mossoró.
Existem indícios dos mais variados crimes contra o erário.
Uma síntese do que tem sido investigado foi apresentada ao final do mês passado, numa coletiva à imprensa. O MP apurou que em 33 meses, a partir de janeiro de 2005, podem ter sido desviados mais de R$ 7 milhões do duodécimo da câmara.
Depois trago mais detalhes.
Nem os servidores da Câmara Federal e do Senado escapam da greve dos bancários.
A folha de pessoal está em atraso.
Segundo me informa uma fonte de Brasília, o pagamento de setembro ainda não ocorreu.
O titular da 11ª Promotoria do Patrimônio Público de Mossoró, promotor Eduardo Medeiros, viajou para São Paulo (SP). Retorna no início da próxima semana.
Ele está próximo de concluir mais uma etapa da “Operação Sal Grosso”, que investiga a Câmara de Mossoró. Sua viagem é para acompanhar seu pai em tratamento de saúde.
Trago detalhes sobre o assunto ainda hoje.
Uma eventual dobradinha entre pai e filho, candidatos a deputado federal e estadual, não causa estranheza em Mossoró. É regra na elite política.
A postulação à Câmara Federal do atual deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), coadjuvada pelo filho Jerônimo a estadual, é natural e compreensível (veja postagem abaixo).
Com meios para torná-los campeões de voto e garantia avanço estratégico, sua facção joga para enraizar poder e não ficar como penduricalho de ninguém. Por enquanto, há o mandato de Leonardo e o de sua mulher, prefeita Fafá Rosado (DEM).
Uma candidatura viável a deputado estadual alargaria essa força.
Do outro lado da família, a deputada federal Sandra Rosado (PSB) e sua filha Larissa Rosado (PSB), deputado estadual, já adotam a dobradinha. Antes eram Laíre Rosado (PSB) – marido de Sandra – e sua mulher que dividiam esses espaços.
Ele foi deputado federal e ela era deputada estadual.
Portanto, quem é que vai impedir a ala de Fafá Rosado de fazer o mesmo?
* Aguarde ainda hoje:
– "Operação Sal Grosso" explodirá com medidas explosivas;
– Vereador propõe banimento de reeleitos da presidência da nova câmara.
Um dos quatro filhos do casal prefeita Fafá Rosado (DEM)-deputado Leonardo Nogueira (DEM) nutre um sonho adiado: ser deputado estadual. Jerônimo Leonardo ensaiava candidatura para 2006.
Manifestava o propósito entre amigos e chegou a desencadear algumas ações clientelistas de forma pontual. Porém seu pai resolveu se lançar, obtendo êxito eleitoral. Para 2010, a dobradinha entre pai e filho está a caminho.
O “fafaísmo” não quer ficar dependente ou como penduricalho do esquema da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) e do seu marido, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM).
A chapa “Bibo pai, Bobi filho” vem aí.
Postulação de Leonardo Nogueira (DEM) é avaliada como necessária, com o “combustível” da Prefeitura de Mossoró, que fecha o quadriênio 2005/2008 com mais de R$ 1,2 bilhão em receita.
Leonardo estreou nas urnas em 2006 com 45.795 votos no RN, o quinto mais votado. Em Mossoró ele foi campeão com 25.166 votos.
A sua candidatura terminou concorrendo para desmanchar o projeto de reeleição para terceiro mandato, da assistente social Ruth Ciarlini (DEM), irmã da senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Ela teve apenas 18.116 votos no estado e sofríveis 10.737 em Mossoró.
O rosalbismo engoliu a seco a postulação do marido da prefeita. Não a desejava. Entretanto temia que ao impor veto, para favorecimento de Ruth, a revolta do casal Fafá Rosado (DEM)-Leonardo respingasse na postulação de Rosalba.
O nome do atual deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM) está na “plataforma de lançamento”. Tudo indica que concorrerá à Câmara Federal em 2010.
O desejo da facção política da prefeita mossoroense Fafá Rosado (DEM), mulher de Leonardo, é de fortalecimento geopolítico.
Vem daí a idéia de fazer do seu marido um parlamentar federal, a partir da base de Mossoró, que atualmente possui 153.027 eleitores inscritos, segundo maior colégio eleitoral do estado.
E como ficaria o deputado federal Betinho Rosado (DEM), cunhado da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), principal apoiadora de Fafá?
O pensamento que emerge no “fafaísmo” é simples: em 2012 o mandato de Fafá Rosado estará concluído, sem direito a um terceiro consecutivo.
Sua sobrevivência dependerá do que for feito nesse espaço de tempo.
Com apenas oito vagas para o RN, a Câmara Federal será um sonho muito difícil para quem deseja a reeleição. A disputa de 2010 provará essa assertiva.
A última cadeira a ser conquistada em 2006 foi da deputada federal Sandra Rosado (PSB), com 69.227.
Ela só se reelegeu devido a sobra de votos provocada por candidatos como João Maia (PR), com 193.296; Rogério Marinho (PSB), com 130.063 e o campeão de votos Fábio Faria (PMN), que alcançou 195.148 votos.
Betinho Rosado (DEM) alcançou 81.402 votos e não se reelegeu, na coligação oposicionista, apesar de ter empalmado maior votação do que a prima-adversária Sandra Rosado.
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A Prefeitura de Mossoró continua demitindo em conta-gotas. São casos de nepotismo. Mas não é tudo. O Ministério Público passa a ter material em mãos, para agora rastrear se todo esse pessoal realmente trabalhava ou apenas faturava no final do mês. Existem certas situações suspeitas. Alguns demitidos sequer residiriam em Mossoró. Assim estaria configurada mais uma improbidade administrativa. Receber sem labutar é sinecura. Nada mais posso adiantar, para não atrapalhar a atuação do MP. |
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O advogado Robson Wagner, irmão de Paulo Wagner (PV), recém-eleito vereador em Natal, está de malas prontas. Vai ajudá-lo em Natal. Robson foi convidado para trabalhar na capital, o que o levará a se despedir de assessoria direta ao grupo empresarial dirigido por Fernando Rosado, em Mossoró. "Eu não tinha como segurá-lo", comenta Fernando. Paulo foi eleito com votação estonteante, superior a 14 mil votos. |
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Com casa em Búzios (região dos Lagos no Rio de Janeiro), o deputado federal João Maia (PR) pode acomodar a governadora Wilma de Faria (PSB) por lá. A vista ajuda. Os dois políticos vivem um momento de abalo no relacionamento, em face da disputa eleitoral em Natal. A saída do engenheiro Marcelo Rosado (PR) da Secretaria Estadual do Desenvolvimento, também reforça a suposta cisão. A governadora e João sumiram do RN. Ela foi com destino ao Rio. |
O ex-secretário do governo Garibaldi Alves Filho (PMDB), Jaime Mariz, é figura obrigatória nesse índex. Além de ser da confiança da cúpula peemedebista, é primo da governadora.
O ex-secretário da Educação do estado e ex-candidato a vice-prefeito do Natal Luiz Eduardo Carneiro, também está em alta. Saiu bem na foto ao lado da deputada federal e candidata a prefeito Fátima Bezerra (PT).
Entretanto antes de qualquer nome, é preciso amarrar a composição PSB-PT-PMDB com vistas às eleições de 2010. Não é fácil.
E PR, PMN, PP, PPS etc?
Parece carga de pote essa arrumação política no RN. Qualquer descuido e quebra tudo.
Ele informa que a recém-eleita prefeita Lanice Ferreira (PMDB) e seu vice Júnior Afonso (PMDB) foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 1º de outubro, quatro dias antes das eleições.
A dúvida é saber se a sentença implica em cassação da conquista de ambos ou não.
De antemão, é preciso assinalar que se houver perda do diploma ou cassação de mandato, o município passaria a figurar no elenco de locais onde aconteceria outra disputa, uma eleição suplementar.
* Veja o Blog de Erasmo Carlos AQUI.
A tentativa era induzir a governante a não exercer qualquer ingerência quanto à discussão para montagem da chapa governista à Prefeitura do Natal. Brincadeira, né?
Para resumir a “ópera”, Wilma fez composição com adversários e ungiu a deputada Fátima Bezerra (PT) como sua candidata. O jeito Wilma de ser. Houve antípodas e toma o rumo que bem entende.
Acreditar que Wilma ficaria à margem de um processo político que a interessava diretamente, passou a ser uma bobagem ou um blefe dos propagadores da proposta.
Risível até.
Leio hoje na coluna de César Santos (diretor-geral do Jornal de Fato), que a prefeita Fafá Rosado (DEM) disse que “não meterá o bedelho na disputa”.
Em ambos casos, com todo o respeito aos informantes, não acredito nas afirmações. Não é o normal. Nem poderia sê-lo.
Afirmo isso com base em nossa cultural política. Há também um componente científico na questão.
A Constituição afirma que os poderes são “independentes” e “harmônicos entre si”, mas na prática não ocorre isso. Com raras exceções, legislativo e executivo funcionam assim.
Carlos tem preferência e deve sinalizar pró-Niná Rebouças (DEM), a quem deu apoio direto à eleição.
Quanto à prefeita, realmente ela não meterá o bedelho. Continuará em sua “redoma” no gabinete do Palácio da Resistência, enquanto o agitador cultural Gustavo Rosado (DEM), seu irmão e líder de sua facção familiar, cumprirá essa tarefa.
* Volto ao tema em seguida.
Ele relata que houve considerável “irrigação” da campanha, a partir de articulação de Agripino com o PIB paulistano. Repassa o comentário, a partir do que ouviu de interlocutores de peso em São Paulo.
Faz sentido.
Nada mais posso contar, apesar da vontade.
Ele cunhou essa frase emblemática: "Um burro pode arrebentar um celeiro, mas você precisa de carpinteiros para construir outro".
O "Mister Sam", como era conhecido, ficou 48 anos na Câmara dos Deputados, sendo que 17 na sua presidência. Não falava com lobistas e morava num dois quartos e sala.
Quando morreu, tinha 15 mil dólares no banco. Era seu patrimônio material. Seus bens palpáveis na Meca do capital, da livre concorrência e das oportunidades e oportunistas.
Remeto-me ao exemplo de Rayburn para identificar como possível a reconstrução da Câmara Municipal de Mossoró.
Ela não está no fundo do poço. Foi jogada – de forma vil – no subsolo do fundo do poço. É um ambiente muito pior, pois além de ermo é fétido e insalubre.
Constitucionalmente, a câmara é o mais legítimo foro de debates e de intermediação do desiderato popular. É por sentido filosófico a Casa do Povo, ainda mais representativa do que as “ágoras”, praças gregas onde eram promovidas as assembléias populares. Portanto é herdeira superior desse tempo, com suas virtudes e defeitos.
A decisão popular de excomungar a maioria da atual composição da Câmara de Mossoró não deve ser entendida como uma condenação ao poder. Enxerguemos diferente: trata-se de um aviso a todos e a cada um de nós, políticos ou não. Cidadão, isso que o somos, se assim fizermos por onde.
A política não mudou, não é degenerada ou deixou de ser uma atividade superior. Como qualquer outro ofício humano, só quem tem estatura moral pode edificá-la.
Recorro ao falecido Mário Covas, símbolo de um Brasil politicamente melhor, para fechar minha pregação: “Sou, por formação e por índole, um homem que fundamentalmente crê. Desejo morrer réu do crime da boa-fé, antes que portador do pecado da desconfiança.”
Sim, é possível melhorarmos a política.
A vida boa, em detrimento do contribuinte e do cidadão que espera melhor atendimento nos hospitais públicos, é algo antigo. Muito antigo mesmo.
Há casos que remontam ao início dos anos 80, com a presidência da Casa nas mãos do então deputado Carlos Augusto Rosado (que era do PDS). Uma pouca vergonha.
O salário também é considerável. O montante chega aos R$ 7 mil/mês. Mufunfa excepcional, que é ganha com a cara e o compadrio politiqueiro.
Como o Ministério Público anda pressionando a Casa (veja matéria postada dia passado neste Blog), o jeito é simular trabalho uma manhã por semana em Natal. Esses médicos têm feito o trajeto Mossoró-capital nos últimos tempos.
Já no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) e dezenas de municípios, faltam médicos e gente morre à míngua.
Essa terra ainda vai cumprir seu ideal.
Nomes como os deputados João Maia (PR) e Robinson Faria (PMN), além da governadora Wilma de Faria (PSB), trataram de se dispersar. Saíram do epicentro da intriga.
Há um êxodo proposital de todos eles, fugindo do “olho do tufão”. Assim, entre mortos e feridos devem escapar quase todos. Por enquanto.
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Sem despertar a atenção da mídia, Obery circula com a nítida missão de oferecer contribuição a um ajuste técnico-administrativo ao futuro governo Fafá Rosado (DEM).
Para quem não sabe – ou não lembra – Obery articulou diretamente a reforma no terceiro e último governo municipal de Rosalba (2001/2004), quando surgiram as gerências executivas. O modelo ainda é adotado por Fafá.
Depois trago mais novidades dos bastidores.
