Ex-deputado e deputada federal têm interesses que ajudam no entendimento
O objetivo primordial de Carlos Augusto Rosado (DEM) é eleger a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao governo do estado em 2010. Topa qualquer negócio. Para Sandra, salvar o próprio mandato e o da filha, a deputada estadual e candidata a prefeito Larissa Rosado (PSB), está de bom tamanho.
Vale tudo.
O rosadismo, unido, vislumbra uma votação decisiva para Rosalba, Sandra e Larissa, a partir de Mossoró. A idéia que tende a emergir, caso se confirme esse novo “acordão”, é de uma campanha em tom “cívico”, para mexer com o bairrismo nativo. Uma ode aos candidatos “da terra”.
A reengenharia de dominação do clã Rosado, oligarquia que se arrasta por 60 anos, tem outra peça imprescindível para ganhar funcionalidade: o deputado federal Betinho Rosado (DEM). Irmão de Carlos, ele é a opção número um para ser candidato a prefeito, caso Fafá seja extirpada da chapa majoritária.
Sendo eleito, não concorrerá diretamente com Sandra à Câmara Federal em 2010. Tudo encaixado.
Na atual campanha eleitoral existe a hipótese de Sandra retomar o governo municipal através da filha. Se isso ocorrer, os planos de Carlos e o aceno positivo da deputada federal vão por água abaixo. Para ela, nada melhor do que ter a prefeitura com o segundo maior receita do estado, à mão. São mais de R$ 25 milhões/mês. Mais de R$ 300 milhões para o atual exercício.
A junção ficaria para outra dificuldade.
Se houver confirmação de uma vitória judicial-eletiva de Fafá, os dois sistemas terão que conviver com um fantasma: por trás da prefeita está o comando do agitador cultural Gustavo Rosado, seu irmão. Também pesa a palavra do seu marido, o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM). Ambos acreditam que essa terceira via Rosado seja a dinastia da vez. Não querem perder a oportunidade.
* Aguarde a terceira e última parte desta reportagem especial.