Numa paródia de música do "axé music", servidores e ex-servidores da Prefeitura de Mossoró cantam para os males espantar.

– Por onde Fafá passa vai demitindo o povo (…) – aponta um dos trechos da versão.

A angústia não é pouca. E o repertório sádico dos donos do poder parece infindável e sempre muito cruel.

O mês de fevereiro vai terminar e governo da prefeita Fafá Rosado (DEM) ainda não nomeou todos os cargos comissionados. Vai no pinga-pinga.

A cada 15 dias sai o Jornal Oficial do Município (JOM) com uma relação de nomeados. Quem fica de fora vai pros calmantes. De quebra, ainda tem que aquentar achincalhe. É o rescaldo de provocações da campanha eleitoral passada.

A tortura é de fazer inveja aos Assírios, considerados a civilização mais perversa da antiguidade.

De volta à Câmara de Mossoró, o vereador Jório Nogueira (PDT) quer a retomada de sessões ordinárias em novo horário. Na verdade, uma volta ao passado.

A proposição de Jório deve ser operacionalizada através de um projeto de resolução. É o instrumento jurídico que trata de questões de ordem interna na Casa.

Atualmente, a câmara promove suas reuniões às 9h, em dois dias da semana. Ele deseja que se retome o horário vespertino das 16h.

A modificação para o atual período aconteceu na legislatura passada, que foi uma das mais fracas em termos de presença de populares em suas sessões.

Jório começa seu terceiro mandato. Fora eleito antes em 1996 e 2000, não se reelegendo em 2004.

Nota do Blog – O horário vespertino é mais sensato e tradicional. Entretanto, a frequência de público baixa na legislatura passada não se deve tão-somente à alteração para o turno matutino.

O povo sumiu da câmara porque a legislatura não passou de uma fraude, negando-se a cumprir seu papel. Nem simulação de debate chegou a ocorrer.

Foi uma Casa de consenso e sala contígua da prefeitura, disso não passou. E no aspecto moral…

Anêmico e sem graça, o Carnaval chapa-branca de Mossoró vai ganhar um ânimo. É só aguardar.

Grevistas da Educação e outros setores da prefeitura organizam um bloco à parte.

– Olha a "Unidos pela Insatisfação" aí, gente!

O protesto contra o governo da prefeita Fafá Rosado (DEM) em favor do piso salarial nacional da Educação, contra corte nas horas-extras e outros benefícios do servidor, tende a virar enredo. Triste, mas vigoroso.

Os grevistas não querem dar trégua durante o Carnaval picaresco mossoroense.

A governadora Wilma de Faria (PSB) está em Brasília. Ontem aniversariou, com mesa numerosa num restaurante da Capital Federal.

Um grupo de parlamentares homenageou-a. Foi um atenuante do mal-estar do dia anterior na Assembleia Legislativa, quando da leitura da mensagem anual do governo.

Saiba mais AQUI.

A senadora Rosalba Ciarlini (DEM) anda mergulhada. Diminiu, consideravelmente, o volume de "releases" da assessoria de imprensa.

Os extensos roteiros de compromissos sociais de fins de semana – de batizados a velórios – desapareceram. A quilometragem vencida pela senadora no território norte-rio-grandense, para agendas, há muito que não é atualizada.

Até compromisso assumido, e remarcado, com um canal de televisão de Mossoró, para entrevista, Rosalba cancelou.

Com a alteração da pauta de entrevistados do programa Conversa de Alpendre, da TCM-Canal 10, o deputado federal Betinho Rosado (DEM), seu cunhado, ocupou o espaço. A "Rosa" , pré-candidatíssima ao Governo do RN em 2010, teme o iniciado "fogo amigo".

Segundo o jornalista Cassiano Arruda Câmara, privilegiado interlocutor do casal Carlos Augusto-Rosalba Ciarlini, recentemente em sua coluna Roda Viva, do Diário de Mossoró, o "fogo amigo" para alcançar a senadora já tem origem identificada.

Nota do Blog – O texto acima é do jornalista Nilo Santos, postada em seu blog, que é um dos nossos destaque nesta página.

A tese do fogo-amigo foi levantada e comprovada por este Blog há considerável tempo. É só conferir nosso arquivo.

Setores da imprensa foram transformados em sicários, numa espécie de pistolagem jornalística, sob "argumentos" muito conhecidos. A orientação é alvejar Rosalba. Agem sob encomenda.

Terrível é a gente admitir, que lá adiante eles oferecerão o mesmo serviço à própria senadora, caso ela se eleja ao governo. Mudam de lado, mas não de hábito.

Veja AQUI o que este Blog já tinha escrito sobre o assunto;

E também AQUI.

A tarde do dia 17 de fevereiro de 2009 não deverá ser esquecida pela prefeita Fafá Rosado (DEM). Viveu um dia de cão. Sua passagem pela Câmara de Vereadores, para leitura de mensagem anual, a deixou atordoada. Mais, que se diga.

Componentes de sua claque e professores grevistas do município travaram duelo com palavras de ordem, cartazes e outras "armas". O confronto não descambou para as vias de fato, mas deixou feições tensas no rosto de Fafá.

Dentro e fora da sede da câmara, as partes conflitantes não deram trégua uma a outra. Cada uma a seu modo.

A claque que tentou blindar a prefeita, formada por cargos comissionados da prefeitura, apostou no repertório de sempre:

– Linda! Maravilhosa, Arrasoooou!! Fala, prefeita!

A "novidade", além de gritos estridentes da turba, foi o uso do brado característico do Big Brother Brasil (BBB), da Rede Globo de Televisão. Sim, pode acreditar.

– Uh-hu! Uh-hu! – rugia o elenco da versão "Da Gente" para o BBB, uma espécie de Big Brother Fafaletes (BBF).

Surreal, acredite.

Já os professores ensaiaram vaias na entrada e saída da prefeita. Não ficaram só nisso.

– Professor na rua, prefeita a culpa é sua – gritavam os manifestantes.

Em alguns cartazes, a indignação dos docentes pelo não-pagamento do piso salarial nacional era ainda mais contundentes: "Lei não se discute. Cumpre-se"; "25 centavos? Não! Valorização Sim".

Volto com mais bastidores. Aguarde.

Quem acompanhou a TV Câmara entre a tarde e noite de hoje deve ter sentido náuseas. Asco.

Uma penca de parlamentares de "esquerda" enaltecia Hugo Chávez, caudilho venezuelano, um dos dinossauros da política internacional.

Para um deles, a Venezuela é um primor de democracia, porque chegou a promover cerca de 15 eleições nos últimos anos.

Não sei se a abordagem é fruto de ignorância ou má-fé mesmo do deputado que sequer lembro o nome. 

Um dos princípios da democracia é a alternância no poder. Outro é a liberdade de expressão e de imprensa. Não combinam com a "república" do histriônico Chávez.

No Iraque de Saddam Hussein, eleições, plebiscitos e referendos eram igualmente comuns. E daí?

A greve dos servidores da Educação, de Mossoró, começa a surtir efeito. O governo da prefeita Fafá Rosado (DEM) quer retomar o diálogo.

O secretário da Cidadania do município, professor Francisco Carlos, acionou uma dirigente sindical da categoria. Propôs nova rodada de conversação.

As manifestações hoje na Câmara de Vereadores (veja matérias abaixo) fizeram soar o alarme no governismo.

O professorado quer pagamento do piso nacional. O governo faz acrobacias numéricas e jogo com vantagens adquiridas, para simular suposto atendimento à conquista legal.

Saiba detalhes do movimento grevista AQUI.

Tendo o deputado federal Betinho Rosado (DEM) como anfitrião, o também deputado federal Rogério Marinho (PSB) jantou entre interlocutores "adversários". Foi nessa segunda (16), em Brasília.

Ao lado da mulher Mary Simone, Betinho teve à mesa do conceituado restaurante Piantella, o irmão Carlos Augusto Rosado (DEM) e a senadora Rosalba Ciarlini (DEM), sua cunhada.

Rogério está em vias de sair do PSB. Desde as eleições municipais do Natal no ano passado que está na condição de ex-aliado da governadora Wilma de Faria (PSB).

Portanto, o grupo rosalbista pôs a conversa em dia, encontrando pontos em comum com o parlamentar pesebista.

Depois conto mais detalhes de bastidores.

A leitura da mensagem anual da prefeita Fafá Rosado (DEM), hoje à tarde na Câmara de Mossoró, foi marcada pela superficialidade. Ela esquivou-se de temas delicados.

Em seu conteúdo de apenas cinco páginas, a mensagem identificou a existência de uma crise mundial e citou genericamente iniciativas que podem marcar a atual gestão.

Nada sobre demissões, reforma administrativa, extinção do Afim etc.

Veja o texto na íntegra AQUI.

Depois o Blog abordará aspectos da presença tumultuada da prefeita na câmara, sitiada por manifestantes e blindada por sua claque.