Entre os 16 projetos de lei que o governo da prefeita Fátima Rosado (DEM) "empilhou" hoje à tarde na Câmara de Vereadores, para aprovação urgente amanhã (quarta, 9), um é particularmente polêmico.
O projeto de lei 1.0003 de 7 de dezembro de 2009 "institui o Plano de Controle da Poluição por Veículos em Uso (PCVC) e o Programa de Inspeção e Manutenção para Veículos Automotores em Uso – Programa I/M, para fins do licenciamento de veículos automotores e dá outras providências".
A matéria, que tende a ser aprovada "no escuro", sem sequer uma leitura amiúde e séria pelos vereadores, estabelece mais despesas para quem possui veículos automotivos, além dos naturais compromissos do emplacamento. A prefeitura enxerga aumento na arrecadação direta, nas costas do usuário-contribuinte.
Com base em resoluções federais, a prefeitura usa da prerrogativa para cobrar taxas que vão de R$ 15,00/ano a R$ 53,00/ano de donos de simples motocicletas de baixa cinlindrada a veículos acima de 8 toneladas.
Numa cidade que possui em circulação mais de 44 mil motos, a nova taxa é mais uma asfixia financeira para essa multidão. Dessa voracidade em fazer caixa, a prefeitura não abre mão sequer dos proprietários de motonetas que não costumam ser emplacadas. São máquinas de baixíssima potência e em mãos de usuários de renda modesta.
A partir de inspeções anuais, todos terão que pagar essas taxas. Quem circular indevidamente pagará multas de até 10 vezes o valor original da taxa, além de apreensão do veículo e outra sanções legais.
Nota do Blog – O pior de um projeto dessa natureza, é que a prefeitura teve um ano inteiro para colocá-lo em discussão, incluindo setores da própria sociedade, como mototaxistas, mas preferiu o apagar das luzes do período legislativo, para impor sua vontade.
Pobre Mossoró.