Citou o controvertido "Caso Capitão 40", ocorrido na campanha eleitoral de 2008.

À ocasião, ele e a sua irmã e candidata a prefeito de Mossoró, deputada estadual Larissa Rosado (DEM), foram envolvidos numa armação para incriminá-los e impedir que fossem candidatos. O caso teve desdobramento judicial e em duas intâncias tiveram ganho de causa (veja AQUI).

A Justiça Eleitoral considerou que ocorrera fraude para prejudicá-los.

Hoje, Lahyrinho lembrou que os três envolvidos diretamente no embuste afirmaram, em juízo, que cumpriam ordens de Sílvio Rebouças, o "Silvinho". O trio responde a diversos processos cíveis e criminais.

Os mesmos depoentes atestaram que sabiam de ligações muito próximas entre Silvinho e Gustavo Rosado (PV), chefe de Gabinete e irmão da prefeita e candidata à reeleição Fafá Rosado. Unha e carne.

O vereador foi ao fundo da relação, em seu discurso. Qualquer dúvida quanto às suas afirmações, bastaria qualquer cidadão ler os autos do processo (Veja AQUI), em que é detalhada a proximidade entre ambos e o que foi a sujeira do Caso Capitão 40 .

"Serviu para mostrar quem é o chefe de Gabinete da Prefeitura de Mossoró", apontou.

Lahyrinho lamentou que os mesmo jornais que abriram manchetes a tratá-lo como "marginal", não o tenham ouvido e dado igual espaço quanto às decisões judiciais, inocentando-o e à Larissa.

No caso do blog apócrifo "Paulo Doido", que revela nova proximidade de Gustavo com a marginália, outra vez os jornais Gazeta do Oeste, Jornal de Fato e Correio da Tarde preferem silenciar, como se nada estivesse ocorrendo de grave – salientou o vereador.

Foto (Arquivo Blog do Carlos Santos) – Gustavo (à esquerda) já fora citado em processo eleitoral como envolvido com Silvinho (à direita) na farsa do caso "Capitão 40" .

Veja a seguir:

– Envolvido no caso "Paulo Doido" tem apoio de secretários em reunião secreta com advogado. 

Incisivo, emocional, dilacerante. Didático, inquestionável, certeiro. São essas apenas algumas das palavras que definem o pronunciamento do vereador Lahyrinho Rosado (PSB), da tribuna da Câmara de Mossoró hoje, sobre o caso do blog apócrifo "Paulo Doido".

Sem rodeios ou meias palavras, ele mandou ver, mesmo que em alguns momentos precisasse dar uma pausa, retomar o fôlego e até recorrer a um copo com água, para conter palavras mais ásperas. Para segurar as lágrimas.

Dissecou os relatórios em mãos da Justiça da Comarca de Mossoró, advindos de provedores de Internet, que revelam a formação de uma quadrilha homonêgena, sistêmica, que durante vários meses do ano passado enxovalhou a honra e agrediu com palavras e montagens fotográficas, diversas pessoas em Mossoró.

"Eu provo que Gustavo Rosado (PV) e seu pessoal não são sérios", disse claramente. "Adversário deve ser tratado como adversário e bandido como bandido", esclareceu.

"Agrediram minha filha com apenas duas semanas de vida e minha avó de 83 anos", afirmou, quase chorando.

Ele não puxou por acaso, para o olho do tufão, o atual chefe de Gabinete da Prefeitura de Mossoró, conhecido fartamente na cidade como prefeito de fato: Gustavo Rosado. Todos os personagens que aparecem em cena, na quadrilha do Paulo Doido, têm vasos comunicantes com o secretário-prefeito.

– Mais de 30 postagens foram feitas do Gabinete da Prefeita, no próprio Palácio da Resistência", contou Lahyrinho, com base nas informações judiciais.

Por lá trabalham o próprio Gustavo e Ivanaldo Fernandes Júnior, contabilista e webmastar (faz páginas para Internet) que se transformou em chefe da Gerência de Comunicação (GECOM) da prefeitura, com sala no mesmo imóvel público.

Também cumpre expediente no palácio, o jornalista Pedro Carlos, editor-geral do jornal Correio da Tarde, que possui cargo comissionado na Gecom. É outro enterrado no caso até o pescoço, como o jornalista Neto Queiroz (Gazeta do Oeste).

Postagens

Neto, conforme relatório da Oi/Velox, esclarecido pelo vereador, tem seu endereço de equipamente e residência física com mais de 25 postagens.

No ano passado, ele fez  o marketing da campanha do deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), marido da prefeita "Fafá" Rosado (DEM). 

Além disso, presta consultoria à comunicação do governo. Chega a utilizar uma sala próxima ao gabinete de Gustavo, despachando regularmente com ele.

"Tem mais gente", alertou Lahyrinho.

Garantiu ainda que as investigações continuam e todos vão responder a processos na Justiça e serem ouvidos pela Polícia Federal. Tudo dentro da lei. 

"O mandante não está aqui", deixou claro. Manifestou que "existem outras pessoas" e que formam "uma quadrilha".

Os vereadores Francisco José Júnior (PMN), presidente da Casa, Genivan Vale (PR) e Jório Nogueira (PDT) prestaram-lhe solidariedade e a outras vítimas dos quadrilheiros.

Genivan citou que quanto a Pedro Carlos, "não é surpresa". Lamentou Neto Queiroz no mesmo rolo, por conhecer bem sua família. Foi solidário a Lahyrinho e outras vítimas, como o editor deste Blog.

Jório Nogueira foi o mais contundente com as palavras:

– Toda Mossoró tinha carinho por esse rapaz – referindo-se a Gustavo. "Tão bem criado por seus pais e agora envolvido ou se deixando envolver com esse tipo de gente", asseverou. "Eu não posso defender esse tipo de coisa", avisou.

Cobrou uma posição da prefeita e demissão dos envolvidos, além de pedir à bancada governista que fizesse pressão pela decência.

Entre os vereadores do governo ouviu-se um silêncio sepulcral. Ninguém o defendeu ou a qualquer um dos seus membros, mesmo quando a prefeita Fafá foi criticada por dizer que não tem "nada a declarar".

Apenas Chico da Prefeitura (DEM), falando quase sussurradamente, balbuciou  palavras de desapontamento, sem advogar a causa dos acusados. Pediu respeito "às famílias".

Veja adiante:

– Lahyrinho lembra episódio "Caso Capitão 40" e envolvimento de pessoa próxima a Gustavo Rosado.

Na sua permanência na Câmara de Mossoró nesta terça (22), durante sessão solene em que foi homenageada, evitou se pronunciar.

Provocada por uma repórter de "O Mossoroense", utilizou um velho bordão dos tempos do regime militar: "Nada a declarar". A mesma frase lançou para Túlio Ratto, da revista Papangu, dando-lhe imediatamente as costas.

Travou-se e até seu espelhado sorriso fotográfico foi contraído diante da abordagem.

Segundo relatórios de operadores de provedores de Internet, entregues à Justiça, do próprio Palácio da Resistência (onde a prefeita despacha) foram feitas postagens desta página anônima que durante vários meses insultou e ridicularizou pessoas.

Nas ofensas e baixarias não escaparam sequer a viúva do ex-deputado federal (falecido) Vingt Rosado, Lourinha Escóssia, uma bisneta recém-nascida, políticos, jornalistas-blogueiros que fazem críticas ao governo etc.

Mexeram com sexualidade e honra de filhos de gente que desaponta o governo, satirizaram problemas de saúde de uma senhora idosa, vomitaram impropérios contra outros tantos cidadãos.

Veja AQUI mais detalhes.

Veja AQUI também.

Nota do Blog – Como cidadã, "Fafá" tem todo o direito de se calar. Como agente pública, não. Num regime republicano, ela é empregada dos munícipes, enquanto prefeita.

Ela deve explicações à sociedade, haja vista que até secretário de seu governo e outros auxiliares aparecem flagrados com endereços sendo origem de várias postagens. O seu próprio gabinete, também, conforme atesta a Justiça, foi berço das maldades.

Calar-se, aqui, não é sinal de consentimento, mas certamente de desprezo pelo povo. Ou de medo pelo pior.

Se tivessem enxovalhado a honra de um filho seu e ridicularizado neta, ela adotaria o mesmo silêncio?

E a mídia azul-turquesa aparelhada ignoraria o fato?

O grande Dix-neuf Rosado, seu pai, deve estar se remexendo no túmulo. Homem de bem, inatacátel, não merecia isso.

Nunca permitiu que qualquer filho seu entrasse para a política. Sábio, parece que previa mesmo o pior.