Seria desabafo de alguns torcedores do Flamengo, que não se classificaram à próxima fase da Copa do Brasil, em jogo de 2 x 2 com o Ceará. A coisa partiu para achincalhes e outros procedimentos verbais, baixos, contra o Nordeste.
Sinceramente, não ocupei meu tempo a saber quem disse o quê. Optei por tratar de outros assuntos naquilo que denomino de "terapia desocupacional".
O Twitter serve-me para uso de uma linguagem mais coloquial, solta e divulgar esta página. Para arengas, vômitos verbais, bate-bocas estéreis, nem pensar.
Até porque acho que agressão não se responde. Agressão se revida. Mas prefiro o silêncio, a indiferença, pois sei que dói mais do que um palavrão ou bofete.
Quem parte para a baixaria, normalmente tem algum distúrbio psicossosial, vive consumido por ressentimentos, se acha vítima de tudo e é um poço de recalques.
Precisa de holofotes e esgrimitas para rosnar e aparecer.
A bogagem em torno dos desdobramentos de Ceará 2 x 2 Flamengo não merece ser esticada, pois é sobretudo algo imbecil e de pura idiotia.
Bom levar em conta, por exemplo, que boa parcela dos jogadores do Ceará tem origem no próprio "Sul", como o goleiro carioca Fernando Henrique e o goleador orelhudo Washington, que fez os gols do "Vovô". Se é para satanizar, bom satanizar ambos, que realmente decidiram o jogo.
Eu, cá de minha banda, sou nordestino, capiau convicto, provinciano por natureza e mossoroense com muito orgulho. Brasileiro. Além disso, não tenho nada contra "Sum" Paulo ou Rio de Janeiro, apesar da asfixia humana que promovem entre seus arranha-céus.
Esse separatismo preconceituoso, que as redes sociais na Internet ajudam a propagar, só ganha essa dimensão porque damos ouvidos a essas pobres criaturas. São dignos de pena. De compaixão.
Tem mais: futebol é, tão-somente, uma modalidade esportiva. A agressividade que muitos demonstram, supostamente em defesa de seu clube, não é prova de amor. Trata-se de algum tipo de patologia. Algumas, sem cura.
E viva o Ceará, ora!

























