Dois secretários do Governo Rosalba Ciarlini (DEM), localizados em pontos estratégicos e com relações técnicas interligadas, batem cabeça neste momento. Cada um aponta um rumo para debelar as greves.
“Se for o caso, os tribunais serão chamados para declarar a inconstitucionalidade”, afirma o secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes. Falou assim, textualmente, à Tribuna do Norte, domingo (12).
Já Anselmo Carvalho, titular da pasta da Administração e Recursos Humanos, foi diametralmente oposto na afirmação. Mais sereno, que se diga.
“O governo não cogita isso (questionar a suposta ilegalidade dos aumentos salariais)”. E acrescentou: “O governo não contesta nem irá contestar a existência dos planos (que proporcionam reajustes salariais a diversas categorias)”.
Paulo de Tarso adiantou que o caminho é outro: “Atualmente tem o impedimento desses limites (Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF), mas as leis estaduais aprovadas são ilegais e, por conseqüência, inconstitucionais”.
Nota do Blog – O governo precisa afinar discurso e álibi.
Num primeiro momento não fechava acordo ou mesmo sequer dialogava com as categorias do funcionalismo, por conta da falta de recursos; depois devido a LRF e agora levanta a tese de ilegalidade das leis aprovadas pela Assembleia Legislativa.